Um amor em meio a guerra escrita por JRaquel


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Capítulo narrado pela Regina.

Eu quero agradecer a Aline que é muito fofa e aceitou ser a leitora beta da fanfic e dizer que a ajuda dela é super importante.

Gente eu estou com muitas ideias para essa fic, mas também quero saber a opinião de vocês.



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Eu caminhava pelos vagões do Expresso de Hogwarts me amaldiçoando mentalmente por ter aceitado o pedido de Dumbledore para acompanhar os alunos novos até a escola, isso era trabalho para Hagrid e não para mim.

Estava procurando um cabine vazia para poder descansar sem precisar ouvir os gritos e brincadeiras sem graça que os alunos mais velhos teimavam em fazer com os mais novos, obviamente eu deveria repreende-los e impedir tais atos, mas até parece que eu me importava. Quando enfim encontrei a cabine livre, fiquei observando as paisagens, perdida em meus pensamentos e acabei nem percebendo a entrada de um menino de no máximo 11 anos e cabelos castanhos na cabine em que eu estava.

– Me desculpe, eu só estava procurando um lugar longe de todo barulho. – Ele se desculpou.

Fiquei observando aquele menino que de alguma forma parecia tão familiar para mim, se desculpando e parecendo tão assustado. Normalmente teria mandado o menino sair sem deixa-lo se explicar, mas não fiz isso.

– Tudo bem menino, pode ficar se quiser. – Disse num tom impaciente.

– Sério? – Ele perguntou um pouco cético.

– O que você acha? – O questionei com uma expressão séria no rosto, o que fez ele ficar com uma carinha de confuso e eu acabei achando aquilo fofo. – Claro que pode ficar.

Eu só podia estar ficando velha e amolecendo meu coração, acabei rindo de mim mesma com esse pensamento. Eu, Regina Mills jamais amoleceria meu coração ou qualquer coisa do tipo, eu sou uma Mills e as mulheres da família Mills não foram feitas para amar. Pelo menos era isso que eu achava.

– Muito obrigado senhora, eu realmente estava perdido. Sabe eu sou novo e não conheço ninguém ainda. – O menino agradeceu e me lançou um sorriso sincero, porém não parecendo muito empolgado.

– Bem, agora você me conhece. – Falei demonstrando um pouco mais de impaciência do que realmente estava sentindo.

– Sim e isso é bom. – Ele disse, se apressando em sentar na poltrona em frente a minha.

Fiquei mais uma vez observando as paisagens, perdida em meus pensamentos.

FLASHBACK

– Oi Regina!

Despertei de meus devaneios quando ouvi alguém pronunciando o meu nome e mesmo o tom de voz estando diferente, de uma forma até que doce, eu sabia que era Emma, porém estranhei ela não me chamar pelo sobrenome.

– O que você quer Swan? – Perguntei, deixando transparecer que não estava com vontade de conversar e muito menos aturar a presença dela.

– Eu quero conversar – Ela falou como se fosse a coisa mais normal do mundo, claro que conversar era normal, mas nós duas termos um diálogo não. Isso não era nem de longe normal, nós nos odiávamos e isso era óbvio, mesmo eu não entendendo o motivo muito bem. Já estava ficando confusa tentando elaborar algo para dizer a ela.

– Não, você não quer conversar e sabe por quê? Por que nós não conversamos e você sabe muito bem disso, não se faça de sonsa Swan.

– Cruzes Regina, estou tentando conversar com você amigavelmente para agradecer por ter salvado minha vida e é assim que me trata? - Ela estava com raiva no olhar e eu por um instante me senti arrependida por ter sido tão rude com ela. – Você é uma idiota! Quer saber? Não, a idiota não é você e sim eu. Eu sou a idiota por ter deixado de lado todo o meu orgulho para conversar com você, para agradecer você e olha que não foi fácil, pois eu sou bem orgulhosa, mas eu fiz mesmo assim porque você merecia isso. – Ela praticamente gritava com uma expressão indecifrável no rosto e por uma fração de segundo eu pude jurar que ela estava com lágrimas nos olhos.

Não! Definitivamente Emma Swan não choraria só porque eu quis conversar com ela, claro que não. Ninguém nunca choraria por mim, nem mesmo minha mãe nunca havia chorado por mim, então por que ela faria isso? “Quanta tolice Regina, recomponha-se você é uma Mills, imagina a vergonha que Cora sentiria se te visse assim, tão confusa.” Só conseguia pensar nisso e no quanto Emma me odiava, porque ela me odiava e eu a odiava, afinal isso era o mais certo ou talvez não?

– Você já me agradeceu e agora pode ir embora. Nós prometemos, lá na Floresta Proibida que não tocaríamos novamente no assunto, você deveria cumprir com suas promessas Swan.

Eu não soube decifrar se o olhar que ela lançou em minha direção antes de ir embora era de ódio ou decepção. Também não sabia o porquê aquilo me afetava, mas não importava mais. Logo minha mãe estaria ali para me encontrar e eu nem sei o que ela faria se me visse conversando com aquela Grifinória, que além de ser de uma casa rival era filha de Snow, uma das que sempre se mostrou contra minha família.

FIM DO FLASHBACK

Quando despertei, fiquei confusa por ter sonhado com essa cena, já tinha se passado tantos anos, não sabia ao certo porque me lembrei de Emma. Percebi que o menino a minha frente parecia apreensivo quando percebeu que estávamos chegando perto do nosso destino final.

– Você está bem? Parece um pouco preocupado.

– Não, quero dizer sim. Eu estou bem é só que as vezes o medo de decepcionar a minha família me deixa assim. – Ele concluiu com lágrimas nos olhos.

– Por que você tem medo de decepcionar sua família? – Perguntei, sentando ao seu lado.

De alguma forma estranha eu sentia vontade de confortar o menino, era como se tivéssemos uma ligação, o que era impossível.

– É que eles querem muito que eu vá para a Grifinória, na verdade os meus avós querem muito isso. Minha mãe não se importa, ela disse que não importa para qual casa eu vá, pois ela sempre vai me amar. Porém eu não quero decepcionar meus avós.

– Eu acho que você não vai decepcioná-los e o que verdadeiramente importa é que sua mãe vai te amar independentemente da casa. Olha, se você tem tanto medo de não ir para Grifinória, você pode pedir ao chapéu seletor, ele leva em consideração o desejo do aluno.

– Verdade? - Ele pareceu mais animado.

– Sim. Agora eu tenho que ir, já estamos quase chegando. – Eu disse me levantando e indo em direção a porta da cabine.

– Espera, qual o seu nome? Você é professora em Hogwarts? – Ele perguntou de uma só vez, antes de eu sair.

– Regina Mills e sim, sou professora de feitiços em Hogwarts. E você como se chama? Perguntei, afinal passamos quase a viagem inteira conversando e nem ao menos sabia o nome do menino.

– Henry Swan. – Ela disse sorrindo.

Henry Swan, será que ele era filho de Emma Swan? Era provável que sim, tinham o mesmo sobrenome. Mesmo sabendo a resposta eu ainda tinha esperanças que aquilo fosse um engano, aquele menino não era filho da Swan, não podia ser. E quantos anos ele tinha?


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Notas finais do capítulo

E aí gostaram? :)