A Herdeira dos Riddle escrita por Myla Oliveira
Notas iniciais do capítulo
Primeiiro capítulo, espero que gostem!!!
"O menino nunca mais chorou, e nunca se esqueceu do que aprendeu: que amar é destruir, e que ser amado é ser destruído - Cidade dos Ossos."
– Tia Pansy! - gritei indo em sua direção - Tia Pansy, olha o que achei nos jardins!
– Diga querida - disse ela me encarando e eu sorri.
– Olhe o que eu achei - disse e lhe amostrei o coelho branco que tinha encontrado.
– Ele é lindo querida - disse ela com um sorriso estranho - Que tal irmos tomar um banho, depois lhe direi o que fazer com ele.
– O que fazer com ele? - disse erguendo as sobrancelhas.
– Sim, depois te amostrarei.
Subi as escadas da mansão correndo com ela ao meu alcance e fomos para o banheiro. Tomei meu banho e tia Pansy pois um vestido de babados em mim.
– Vamos querida - disse ela arrumando o vestido em mim - Nossos convidados já chegaram.
– Mas eu não gosto deles - disse recuando dela - Não gosto das coisas que eles me obrigam a fazer.
– Sem dramas Sophia - disse ela puxando o meu braço - Ou você já esqueceu do que eles fizeram com seu pai, você não quer que eles paguem por tudo isso Sophia? Quer deixar que a morte de seu pai seja em vão?
– Não - disse rapidamente - Mas...
– Mas o que? - perguntou ela me encarando.
– Nada - disse olhando para os meus sapatos.
– Então vamos descer - disse ela e eu fui em direção a porta - Não esqueça seu coelho querida.
– Ele tem que ir? - disse o pegando.
– Sim, claro que tem - disse e me virou pelos ombros para a porta e descemos as escadas. Vários rostos se viraram para mim e curvaram-se.
– Tio Ben! - disse soltando o coelho e correndo em direção ao homem de cabelos castanhos e ele me pegou no colo.
– Sophia, oh querida - disse ele ainda me segurando - Como está?
– O que eles vão fazer com meu coelho tio Ben? - sussurrei para que só ele ouvisse.
– Eu não sei querida - disse ele me soltando e se abaixando para ficar na minha altura - Mas acredite em mim, eu não tenho nada haver com nada disso. Você sabe que é verdade, não sabe?
– Sim.
– Venha Sophia - chamou Pansy e eu virei-me para ela, meu coelho estava em seus braços e eu corri em sua direção pegando o coelho.
– O que vocês vão fazer com ele?
– Te ensinar uma lição - disse Pansy sorrindo maldosamente para mim - Ponha-o ali no meio.
– Não - disse balançando a cabeça negativamente quase chorando.
– Agora! - gritou ela e eu o coloquei no meio do salão com lágrimas nos olhos.
– Parkinson! - disse tio Ben entredentes - Ela tem só seis anos!
– Idade o suficiente para vingar o Lord! - gritou ela feito uma louca e eu recuei para trás assustada - A irmã não deu certo, pois aconteceu aquilo tudo e...
– Cale a boca Parkinson! - disse Lucius Malfoy - É para a menina ouvir?
– Que irmã? - perguntei arregalando os olhos.
– Não te interessa!
– Não fale assim com ela Malfoy! - disse tio Ben apontando a varinha para ele.
– Já chega! - disse Pansy - Venha Sophia!
Fui até ela sentindo cada centímetro do meu corpo tremer.
– Segure-a - disse ela me dando a varinha - Aponte para o coelho.
– Tia Pansy... - implorei a ela.
– Aponte! - eu apontei com lágrimas nos olhos e esperei que ela mandasse - Diga Crucius.
– É uma maldição imperdoável - disse a encarando assustada - Ele vai sofrer e...
– Seu pai também sofreu.
– Mas a culpa não é do coelho - disse e senti as lágrimas escorrerem pelas minhas bochechas.
– Pare com esse drama todo Sophia - disse ela me empurrando para frente - Honre seu nome, honre seu pai. Você nem parece uma Riddle.
– Mas eu sou!
– Então prove! - disse e eu apontei para o coelho torcendo para que ele fugisse - Diga Crucius.
– Não - disse balançando a cabeça.
– Crucius! - alguém disparou e o coelho começou a se contorcer na minha frente.
– NÃO! - gritei procurando ver quem fazia isso, era um homem alto e magro que eu não fazia ideia do nome - PARE! PARE COM ISSO!
– Avada Kedavra! - gritou tio Ben e o coelho parou de se contorcer, mas eu sabia o que havia acontecido. Essa era a maldição da morte, Pansy sempre me fizera ler livros de artes das trevas desde que aprendi a ler.
Olhei para tio Ben com lágrimas silenciosas deslizando por meu rosto. Ele me encarava com pena, como se quisesse me tirar dali.
– Sophia... - começou ele mas eu saí correndo e subi as escadas - Sophia!
Entrei no meu quarto e me joguei em minha cama, chorando alto e descontroladamente.
– Sophia - disse ele entrando no quarto e fechando a porta - Minha querida, me desculpe.
– Você o matou! - acusei.
– Mas eles matariam de qualquer jeito - disse ele me pegando no colo - Eu só não queria que você visse aquilo tudo.
– Por que eu tenho que fazer essas coisas?
– Eles querem que você vingue a morte de seu pai princesa - disse ele - Você é muito nova para saber essas coisas, um dia descobrirá por conta própria.
– Que coisas? - perguntei o encarando.
– Um dia você vai ver - disse ele beijando meus cabelos e me fazendo deitar - Agora durma, para tudo isso passar.
– Fica - pedi.
– Fico - disse ele sorrindo e deitando ao meu lado - Mas só até você dormir, tá bom?
– Ta - disse sorrindo - Boa noite, tio Ben.
– Boa noite, princesa.
– Eu te amo - sussurrei e ele pareceu surpreso mas sorriu.
– Também te amo.
Fechei meus olhos e fiquei assim até finalmente conseguir dormir.
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O tio Ben é bonzinho siiim, ele ama a Sophia como um pai ama uma filha ^^