Eternit escrita por Uma Jujuba Azul


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Terceiro capítulo pra vocês!!!



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O vento cada vez mais assoviava forte em meus ouvidos e a cada milésimo de segundo muitas cenas se passavam em minha mente fazendo com que eu me lembrasse de cada mínimo detalhe do que acontecera.

Quando cheguei no prédio onde morava naquele dia fiz uma incrível descoberta: o desgraçado do di Ângelo seria meu novo vizinho de cima. Ótimo, perfeito, além de ter que ignora-lo na escola também teria que ignora-lo toda vez que esbarrasse com ele pelos corredores do prédio ou o encontra-se no elevador, o que, eu não sei por que, mas algo me dizia que aconteceria muito.

As duas semanas seguintes se passaram quase que se arrastando, neste meio tempo minha vida continuava dolorosamente na mesma e a cada noite antes de dormir um pensamento invadia minha mente: “Se é pra mim ter esta vida cretina, por que eu ainda continuo nela?”. E eu sempre adormecia com este pensamento na cabeça.

Naquela manhã acordei com a cabeça doendo e o rosto manchado pelas lagrimas de ontem a noite. Arrumei-me rapidamente e, antes de sair do meu apartamento tive uma pequena discussão com minha mãe, pelos mesmos motivos de sempre e, como sempre, comigo saindo machucada por dentro. Como se aquilo não bastasse, quando cheguei em frente ao colégio me deparei com um Nico di Ângelo, sendo engolido por uma das minhas colegas vadias. Aquilo me machucou mais ainda. Sai em direção a sala de artes, que sempre fica vazia nos três primeiros tempos, e lá me escorei em uma parede, coloquei meus fones de ouvido e comecei a escutar Wake Me Up When September Ends do Green Day, e logo desabei em lagrimas.

Passei três períodos na sala de artes sozinha com minhas musicas e meus pensamentos, depois sai do colégio escondida e fui até o Central Park onde fiquei até as estrelas iluminarem o céu.

Quatro meses se passaram, da mesma maneira lenta e cada vez mais dolorosa, com minha mãe me machucando todos os dias com suas palavras que se tornavam cada vez mais dolorosas, e ainda tendo que fingir não notar a presença do di Ângelo toda vez que o via. Depois que o encontrei duas vezes no elevador, passei a usar apenas aas escadas do prédio para evita-lo. O maior dialogo que chegamos a ter foi:

ELE: Oi!

EU: Oi.

ELE: Você sabe a resposta da B?

EU: Não.

Numa noite fria, porém de céu estrelado, as palavras da minha mãe foram mais dolorosas que o normal, principalmente quando eu perguntei qual era o problema dela e ela me respondeu que o maior problema dela se chama Thalia Grace e infelizmente ainda está viva e infernizando a vida dela. Aquilo me machucou muito. Sai às pressas do prédio, já com lagrimas escorrendo pelo meu rosto e descendo pelo meu pescoço, andei sem rumo por algumas quadras de Nova York, apenas deixando as lagrimas escorrerem. Eu tremia muito por causa do frio que fazia, as palavras de minha mãe ecoavam pela minha mente. De repente fui surpreendida por uma luz forte de faróis de um carro em meus olhos e uma buzina alta em meus ouvidos, porém senti meu braço ser puxado com força e dei de cara no peito de alguém. Olhei para cima e percebi quem era o dono dos braços que agora envolviam minha cintura

– Você está bem? -perguntou ele.

Aquele que eu sempre evitei por ter medo de um sentimento que despertou dentro de mim na primeira vez que o vi, acabará de me salvar. Nico di Ângelo agora envolvia minha cintura com seus braços fortes.


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