Storybrooke Goes To Hogwarts escrita por Paula Greene


Capítulo 16
Nada É Impossível Se Você Acredita.


Notas iniciais do capítulo

Ou não, né.



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Belle descia as escadas silenciosamente e mesmo assim podia ouvir seus passos ecoarem nos corredores vazios. A luz fraca da lua que entrava pelas janelas só a faziam querer correr ainda mais rápido, pois a lembravam de Ruby. Ruby havia se comprometido a ficar de olho em Emma caso ela tentasse alguma loucura, como todos sabiam que ela tentaria. Desde fugir da enfermaria a sair por ai montada em uma vassoura. Então o professor Longbottom, diretor da Grifinória a pediu para ‘vigiá-la’.

Então Belle apressou os passos, pois queria chegar antes dela. Queria surpreendê-la e cobrar aquela conversa que adiavam por tanto tempo, na verdade não fazia tanto tempo assim, mas parecia uma eternidade dentro dela.

Chegou até as portas da enfermaria e esperou. Andou de um lado para outro, impaciente, nenhum livro jamais a dissera como deveria fazer isso. Caminhou até a grande janela do corredor e de lá pode ver o salgueiro lutador. Ainda podia se lembrar claramente do dia em que ela, Ruby, Emma e Bae entraram por aquelas raízes a fim de ir até a casa dos gritos, de alguma forma ela sabia que tudo tinha mudado a partir daquele dia, só não entendia muito bem o porque. Talvez fosse só coisa da sua imaginação, mas todos eles estavam mais distantes e estranhos, cheios de segredos e o que mais a incomodava nisso tudo era Ruby. Todos eles podia se afastar menos Ruby.

Quando a conheceu ela era só mais uma garota hiperativa que não sabia se comportar, não sabia quando ou como, mas em pouco tempo ela se tornou sua melhor amiga lhe mostrando toda a alegria que ela jamais conhecera. Não que Belle não fosse uma criança feliz, ela era, mas quando conheceu Ruby descobriu que podia ser ainda mais. E então vieram as mudanças. Primeiro foi terem sido separadas na escola. Ruby foi para a Grifinória e Belle para a Corvinal. Ruby fez novos amigos, Belle conheceu Aurora e elas passaram a se ver com menos frequencia. Belle nunca chegara a falar em voz alta, mas sentia falta dela todos os dias e agora talvez estivesse entendendo a razão.

Quando Ruby começou a se sentir estranha, no seu aniversario de treze anos foi com Belle que ela conversou primeiro. Foi sempre Belle, a saber, de tudo primeiro e a lhe ajudar mais que qualquer outra pessoa.

Ruby não saia disso, talvez nunca nem desconfie, mas Belle sempre soube. Quando a lua cheia vinha, Ruby se escondia na floresta a fim de não machucar ninguém ela se isolava. No outro dia quando acordava nua e sozinha não se lembrava de nada, havia encontrado uma arvore oca e grande o suficiente para cabê-la e lá ela escondia roupas e as vezes alimentos. Ela sempre voltava pra escola com uma péssima aparência, mas fingindo que nada havia acontecido mal sabia ela que Belle estivera com ela em todos os momentos e que ela jamais a machucara. Ela saia no meio da noite, entrava na floresta e a encontrava, já havia lido tudo a respeito de lobos e sabia como encontrá-los. A loba sempre se assustava e ficava hostil quando a via, mas em alguns segundos como se a reconhecesse ela ficava dócil e se aproximava para lamber-lhe a mão e esperar por um cafuné. Era como se a loba fosse outra pessoa e elas tivessem um segredo só delas. Belle passava com ela toda a noite e quando via sinais do dia ia embora, não entendia porque aquilo era tão importante para ela, mas tinha medo de dizer a Ruby e ela a afastar.

Passos apressados ao longe a arrancaram de seus devaneios.

Ela se escondeu acaso fosse um dos professores e saiu aliviada quando viu sua loba. Ruby fez uma cara confusa quando viu Belle parada perto do corredor.

– Hey, o que esta fazendo aqui? – Disse ela evitando os olhos de Belle.

– Bem, você disse que conversaríamos depois e já é depois.

– Belle...

– Por favor, Ruby, não me deixe de lado assim.

Belle forçou sua melhor cara de ‘tenha dó de mim’ que sempre funcionava e acertou em cheio, Ruby ficou desconcertada e suspirou.

– Me desculpe, vamos falar sobre o que você quiser, ok?

Belle concordou com a cabeça e se aproximou novamente das janelas, Ruby a seguiu.

Ruby contou a ela tudo o que sabia a respeito do que estava acontecendo com seus amigos. O sumiço de Bae, a queda de Emma, o mini sequestro de Regina e como aquilo havia afetado Emma, tudo menos o que Belle realmente estava ali para ouvir. Mas era bom enfim poder ouvir a voz de Ruby, poder conversar com ela sem se preocupar se outras pessoas estão a sua volta.

Quando Ruby parou de falar, Belle balançava a cabeça digerindo tudo aquilo.

– E quanto a nós? – Perguntou antes de a coragem lhe escapar.

Viu o peito de Ruby se expandir e relaxar nervosamente, sua respiração provavelmente estava igual a dela. Ela colocou uma das mãos na janela olhando fixo para algum ponto distante, Belle sabia que ela não a encararia, mas não importava, daria tempo a ela.

– Estou apaixonada por você.

O coração de Belle enlouqueceu. Tentou controlar a própria respiração e falar alguma coisa, mas nada saia de sua garganta. Ruby parecia até mesmo calma encarando o exterior do castelo mal sabia Belle que ela havia reunido toda coragem que havia dentro dela, eu até diria que foi a loba quem a ajudou.

– Eu acho que sempre estive, mas não havia percebido até as transformações começarem, foi quando ficar longe de você se tornou mais insuportável.

Belle fechou os punhos tentando conter o nervosismo.

– Me desculpe por não ter dito antes, acho que eu só não queria acabar com a nossa amizade.

Ruby limpou a garganta e a olhou de relance, talvez não tivesse como esconder a cara de espanto que ela fez, pois fez Ruby soltar um riso abafado.

– Por favor não fique com essa cara e diga alguma coisa.

Mas Belle não podia falar nada, em vez disso ela estendeu a mão para alcançar a de Ruby que ainda estava sobre a janela, as duas se encararam desejando poderem quebrar a tensão que havia se formado, mas sem sucesso.

Ruby sentiu aquele ato como um sinal verde, havia considerado tantas consequencias por ter se apaixonado por sua melhor amiga, mas jamais pensou na possibilidade de ela a amar também, entretanto, ali estavam elas de mãos dadas se encarando na escuridão. Ruby não conseguia mais tirar os olhos dos lábios de Belle que percebeu e se aproximou lentamente até que seus lábios se encostassem e seus corpos entrassem em conexão.

Quanto tempo elas ficaram ali ninguém estava contando, mas as duas desejavam nunca mais precisar ficar longe uma da outra.

Esconderam-se quando a porta da enfermaria se abriu.

Viram Emma e Regina discutindo, viram Emma beijar Regina e ela não resistir e viram o garoto. Não o reconheceram, é claro. Elas ainda ficaram lá do lado de fora s amando e se curtindo até um barulho de explosão dentro de a enfermaria as fazer entrar, ambas de varinha em mãos.

***

Regina estava ao lado delas, perto das portas. Baelfire em frente, mas a metros de distancia do outro lado da sala. Emma e Killian lado a lado parecendo mais confusos até mesmo do que Belle e Ruby.

Bae tinha um sorriso irônico nos lábios, ele girava a varinha nos dedos muito confiante.

– Aparentemente você é mais forte do que eu previa. – Disse ele passando a mão pelos cabelos que agora pareciam mudar de cor, estavam ficando claros.

– Bae? – A voz de Emma era só um sussurro. – Por favor, me diga o que esta acontecendo.

– Swan! – Regina a repreendeu. – Não seja estúpida. Esse não é Baelfire.

Killian sacudiu a cabeça, perturbado. Ainda estava meio fraco e aquilo era de mais até para alguém que não havia saído de um coma de quase um mês. Belle soltou a mão de Ruby que se assustou e se aproximou alguns passos como se analisasse a situação. Regina a olhou como se só agora tivesse reparado nela.

– Poção Polissuco, é claro. – Disse ela encarando o garoto que agora parecia crescer alguns centímetros e ficar mais magro. – Inacreditável.

– Ora então vocês descobriram o meu pequeno segredo, não é mesmo? – Disse o garoto que agora já não se parecia em nada com Bae. – Bom pra vocês.

– Onde esta o Bae? – Emma sacou a varinha e avançou em direção ao garoto, todos na sala fizeram o mesmo.

O garoto sorriu sarcasticamente quando viu todas as cinco varinhas apontadas para ele.

– Acham mesmo que seria fácil assim? – Ele dá um passo encostando o pescoço na varinha de Emma. – Eu não gosto de coisas fáceis, sabe? Faz com que não haja diversão. Vamos tornar as coisas divertidas. Se o encontrar pode ficar com ele.

– Ah, é? – Emma sorriu sinicamente. – E porque você acha que não iremos forçar você a nos dizer?

– Porque eu sou Peter Pan e eu faço as regras.

No instante em que Emma ia rebater o garoto girou e desapareceu, todos se olharam assustado, pois sabiam que era impossível desaparatar em Hogwarts.

– Hey, é impossível desaparatar em Hogwarts. – Disse Killian frustrado.

– Acho que esqueceram de avisar o tal Peter Pan. – Ruby disse suspirando.

– Quem é esse cara? – Disse Emma quase gritando. – E porque ele sequestrou Bae e curou Killian? Qual o objetivo nisso tudo?

– Obrigado queridinha, também estou feliz em revê-la. – Disse o rapaz bastante incomodado.

– Emma... – Regina chamou antes que os dois também iniciassem uma briga. – E se for esse o cara? O cara de quem Theodora falou.

Os olhos de Emma estavam pesados demais, sua cabeça doía. Olhou para todos a sua volta e viu que esperavam que ela os guiasse que ela os dissesse o que fazer.

– Isso explicaria por que ele salvou Killian, e o como ele é poderoso. Ele disse que queria que eu fosse à floresta com ele, provavelmente Bae esta lá.

– E se for uma armadilha? – Perguntou Regina

– Você não precisa vir, ele já lhe tentou matar vezes de mais.

Ruby e Belle trocaram um olhar, sabia que precisavam ajudar, afinal Bae era amigo delas também.

Todos ali sabiam que Regina e Killian odiavam Baelfire mais que muita coisa então não esperavam deles nenhuma ajuda. Mas o que as pessoas esquecem às vezes é que o amor é mais forte que o ódio. Regina jamais deixaria que Emma fizesse isso sozinha e Killian... Bem, Killian não era do tipo que fugia de uma aventura, mesmo depois de ter acabado de passar por tudo aquilo. Se Regina fosse ele a seguiria.

– Não acredito que você seja idiota o suficiente para imagina que eu lhe deixaria entrar sozinha naquela floresta a procura de um assassino poderoso e um cara potencialmente apaixonado por você.

Emma conseguiu dar um sorriso de lado, mas não pode fazer mais.

Então os cinco saíram da enfermaria cuidando para não serem pegos e rumaram para a floresta proibida, não sei se era porque estava no meio da madrugada, mas ela parecia ainda mais assustadora do que o normal.


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Notas finais do capítulo

Reviews??



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