E Se? escrita por WaalPomps


Capítulo 48
Well the landslide brought me down


Notas iniciais do capítulo

Heeeeeeeeeeey gente
Reta final da fic :/
Não sei ao certo quantos capítulos, mas não serão muitos não, isso eu sei.
Bom, já tem quase 50. Se chegar em 60 tá bom né? HUAHUAHUAHUA
O de hoje tá beeem curtinho, mas ainda sim tá forte. Espero que gostem.



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E os dias se passaram com calma e tranquilidade.

Giane e Fabinho embarcaram para a lua de mel três dias depois que a jovem recebeu alta do hospital, e prolongaram sua viagem em cinco dias, já que Fabinho não podia se ausentar tanto quanto gostaria da agência.

Eles passaram doze dias incríveis nas ilhas havaianas, aproveitando o máximo do turismo durante o dia, e as paredes do quarto durante a noite.

Mas a realidade os chamava, e eles tiveram que voltar para a vida adulta de trabalho e preocupações. E a primeira delas, estava no hospital.

Apesar de afinal ter saído do respirador, Kim ainda não havia tido alta e tinha a saúde extremamente delicada. Bento sequer podia ficar muito tempo com o filho, e ninguém mais podia entrar para ver a criança. E Amora ainda permanecia na mesma: inconsciente.

_ E aí cara? – Giane cumprimentou o amigo, o abraçando. Ele sorriu, retribuindo o abraço e apertando a mão de Fabinho – Como estão as coisas por aqui?

_ Indo, é o que posso dizer. O Kim já ganhou 300gr enquanto vocês estiveram fora, e de acordo com a médica, isso é um grande avanço. Mas ele ainda é bem frágil e temos que tomar todo cuidado do mundo. – explicou o rapaz – E vocês? Como foi o Havaí?

_ Esse pivete conseguiu pegar uma linda insolação, mas pelo menos depois virou bronzeado. – contou Fabinho, enquanto Giane o fuzilava e Bento ria – No mais, ficamos presos às deliciosas armadilhas turísticas.

_ Normal. Passei pela mesma coisa quando eu e meus irmãos fomos para lá com o meu pai. – o empresário contou – O Vinny cortou o pé em um coral e depois disso, nossa viagem se resumiu ao hotel.

_ Falando nisso, meu pai me contou que você vendeu sua parte dos parques? – perguntou Fabinho, parecendo surpreso – Corajoso, mas um pouco burro. Porque fez isso?

_ Resolvi seguir por outro caminho. – Bento sorriu – Eu vou virar florista. Eu gostava muito disso quando era criança. Acho que está na hora de voltar para as origens.

_ Isso. Zé Florzinha está de volta. – Fabinho comemorou, assustando os outros – Qual é gente, Zé do Parquinho não é tão engraçado quanto Zé Florzinha.

_ Adoro a capacidade dele de falar com seriedade.- suspirou Giane.

_ Reclama não pivete, cê me quis assim mesmo. E agora, tá presa a mim para sempre. – ele ergueu a mão esquerda, mostrando o anel de ouro – P-a-r-a-s-e-m-p-r-e.

_ Eu devia era estar muito louca quando concordei com isso. – eles trocavam alfinetadas, enquanto Bento ria.

_ Com licença? – alguém atraiu a atenção dos três. Viraram, se deparando com uma médica – Sr. Rabello, podemos conversar?

_ Claro. Giane, Fabinho, vocês esperam um pouco? – o casal assentiu, enquanto o rapaz seguia a médica.

_ Sabe o que eu quero? Achar aquela máquina que tinha as jujubas. – comentou Fabinho – Eu vou pegar uns 15 saquinhos e levar para casa, porque aquilo é muito gostoso.

_ Comprar no mercado para que? – ela arqueou a sobrancelha.

_ Qual é pivete. Do hospital tem um gosto melhor. – ele riu – Já volto. Não caia de cabeça em lugar nenhum.

_ Babaca. – ela sentou nas cadeiras, começando a mexer no celular. Após um tempo, se levantou de um pulo e seguiu até uma enfermeira – Com licença... Você poderia me dizer onde é o quarto da Amora Rabello?

~*~

Quando Fabinho retornou, encontrou Bento sentado, distraído.

_ Cadê a Giane? – perguntou o publicitário, atraindo a atenção do amigo de infância.

_ Achei que vocês tinham ido embora.

_ Não. Fui caçar jujubas e deixei ela aqui. – Fabinho mostrou os saquinhos de doce – Não me diz que essa maluca saiu correndo de novo.

_ A moça que estava aqui? – perguntou uma enfermeira, e os dois assentiram – Ela foi visitar a sua esposa, Sr. Rabello.

_ A Amora? – os dois fizeram eco, e a mulher assentiu – O que ela quer visitando a Amora?

_ Não sei... Mas espero não ter que pagar um advogado por defesa de homicídio. – suspirou Fabinho, se sentando – Jujuba?

~*~

Giane entrou no quarto, sem saber o que esperar. Quando mostravam pessoas em coma nos filmes, era algo assustador. Porém, ali, tudo parecia quase normal.

Era como se Amora estivesse simplesmente tirando uma soneca, se não fosse pela magreza que seu rosto e corpo aparentavam.

_ Sabe o que tá parecendo? O dia que tu chegou na Casa Verde... Cê era tão magra e mirrada, que parecia ter seis ao invés de nove anos.

Não sabia por que estava falando, já que a outra não podia ouvir. Mas passara diversos dias pensando nisso, e nos sonhos que tivera com a mãe. Por algum motivo, sabia que precisava falar com a irmã adotiva.

_ Eu não entendo porque você fez tudo que fez, porque você manipulou a vida de todos, da sua família, do Bento... Mayara, cê podia ter sido feliz sem tudo isso, cara. Se tu queria o Maurício, era só me falar. Se você queria que o Bento ficasse com você, não precisava armar. Se você queria uma vida de rainha, porque aceitou que meus pais te adotassem? Porque cê fez tudo que fez? – a corintiana andava de um lado para o outro, gesticulando enquanto falava – Pra que cê jogou sua vida na merda?

Ela parou, suspirando. Estava jogando tudo que estava entalado em sua garganta, tudo que pensara nos últimos meses. Mas era tudo tão ridiculamente conflitante dentro de si, que era difícil até de por para fora.

_ Você era minha irmã Mayara, você entende o que isso significa? Entende o que é família? – Giane se aproximou, sentando ao lado dela – Você entende que tem um marido, um filho e dois sobrinhos, te esperando aqui? Que precisam de você? E que você precisa deles? Que você precisa do Bento, e ele de você?

A corintiana colocou a mão em frente ao rosto, suspirando. Ela encarou a mulher adormecida, tentando entender tudo que sentia e queria dizer. A voz de sua mãe ecoava em sua cabeça, e seu coração gritava de raiva.

_ Eu te perdoo por tudo que você fez, juro que perdoo. Eu não vou mais guardar raiva ou ressentimento de você, até porque eu já segui com a minha vida. – a corintiana se levantou – E já é tarde demais pra gente, mas não para você e a sua família. Então luta. Luta para conseguir voltar. Voltar para o Bento, para o Kim, para o André e para a Mayara. E vai ser feliz, se permita ser feliz Mayara.

Dizendo isso, a moça se levantou. Observou mais uma vez a irmã adotiva, suspirando. Caminhou até a porta, abrindo a porta e saindo do quarto. Caminhou pelos corredores em silêncio, ainda absorta nos pensamentos.

_ Hey. – Fabinho foi o primeiro a vê-la, se levantando depressa. Bento o seguiu, os dois com olhares interrogativos – Vou precisar de um advogado de defesa?

_ O que? – Giane perguntou, confusa.

_ Nada Gi, ignora ele. – pediu Bento – Tá tudo bem?

_ Tá sim... Só precisa falar algumas coisas para ela, nada demais. – a mulher garantiu – Amor, podemos ir? Eu preciso ir na Toca ainda.

_ Claro. – Fabinho assentiu, os dois acenando para Bento e saindo. O rapaz ficou parado alguns instantes, até que uma enfermeira se aproximou novamente.

_ Sr. Rabello? – ele virou-se – O Dr. Jonas pediu para chamá-lo... Sua esposa acordou.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado ^.^
Beeeeijos