E Se? escrita por WaalPomps


Capítulo 44
I thought I saw a sign


Notas iniciais do capítulo

Como eu não quero ser responsável por alguns trabalhos de parto prematuros, tá aqui o capítulo...



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_ Giane? – ouviu uma voz doce e conhecida – Filha... Acorda.

Abriu os olhos lentamente, encontrando o rosto de sua mãe. Sentou assustada, olhando ao redor. Reconheceu seu quarto da infância e começou a arfar.

_ E-eu... Eu morri? – sussurrou a garota, a voz tomada pelo medo. A mãe riu, negando com a cabeça – E o que é isso?

_ Um sonho, apenas isso. – prometeu Samara, acariciando os cabelos da filha – Eu sempre disse que você ficava mais bonita de cabelo comprido.

_ Por-porque eu estou sonhando com você? Porque estamos aqui? – a garota passava a mão nos cabelos – Eu me lembro de cair no corredor do hospital, eu estava nervosa e...

_ E você bateu a cabeça, sim. – concordou Samara – E você entrou em um estado de consciência diferente, no qual pode me encontrar. – sorriu a mulher mais velha – Mas você não está morta ou em perigo... Apenas dormindo bem pesado. O que não é muito diferente do usual, Srta. Sono Pesado.

Giane riu, encarando a mãe mais profundamente. Suspirou, puxando-a para um abraço apertado.

_ Eu sinto tanto a sua falta... – sussurrou a jovem, a voz embargada – Tanto.

_ Eu sempre estou com você meu anjo, você sabe disso. – prometeu a mãe, beijando sua testa com carinho – Mas não é para matar a saudade que você está aqui.

_ Ainda não entendi onde é aqui. – garantiu Giane, fazendo a mãe rir.

_ Venha comigo. – pediu Samara, se levantando e estendendo a mão para a filha. A corintiana deu a mão para a mãe, as duas caminhando par fora do quarto. Passaram pelos corredores, Giane observando tudo atentamente. Saíram pela porta da casa, encontrando a rua cheia de gente – Reconhece alguma coisa?

A jovem observou tudo atentamente, recordando a cena.

_ Foi o dia que o Plínio adotou o Fabinho. – recordou a morena – Que o Wilson encontrou o Bento.

_ Sim. Se você se lembra, você estava pensando “e se as coisas tivessem sido diferentes?”, estou certa? – Giane assentiu – Porque você viu o Bento sofrer, e ele é seu amigo. E querendo ou não, a Mayara sempre foi sua irmã, e saber que ela estava naquela situação, ver o Kim naquela situação... Você ficou com medo e assustada, e saiu correndo. Mas você começou a cogitar se a Mayara teria sido diferente se não tivesse sido criada por nós, se Bento teria sido feliz... Você começou a pensar nos “e se?”, e foi por isso que não viu o chão molhado e caiu. Eu estou aqui, para te mostrar os “e se?”.

_ E se...? – perguntou Giane confusa.

_ E se Plínio não tivesse acompanhado Bárbara, será que ela teria escolhido o Fabinho? – perguntou Samara – Você sabe que não, nós duas sabemos. Ela estava louca por Mayara, e seria ela a escolhida. E ao contrário do que ela fez conosco, ela percebeu que com Bárbara ela podia mostrar sua verdadeira face e logo trocou seu nome para Amora.

_ E o Fabinho?

_ Foi adotado pelo casal de Ribeirão... Sua nova madrasta. – piscou Samara, fazendo Giane rir – E Malu foi criada por Bárbara, divorciada de Plínio. Mas ela cresceu com muita responsabilidade, tendo que livrar os irmãos adotivos das loucuras da mãe.

_ E o Bento? Foi encontrado pelo Plínio? – a mãe negou, surpreendendo a menina.

_ Seu pai nunca reconheceu Glória, e com isso, ninguém nunca soube que Kim estava vivo. – explicou Samara, enquanto observavam as crianças que corriam. Giane viu a si mesma, jogando bola com Fabinho – E você cresceu com essa personalidade forte, briguenta e moleca... Porque eu não estava lá para tentar fazer de você algo que você não era.

_ Como assim? – engasgou-se Giane.

_ Você já ouviu falar que, até mesmo o bater de asas de uma borboleta, pode mudar o rumo das coisas? – Giane assentiu – Cada escolha, palavra, respiração que temos, pode mudar tudo minha filha. É tão difícil explicar todos os desdobramentos que nossa vida poderia ter tido...

Giane ficou calada, observando a cena com atenção. Bento e Mayara estavam sentados em um banco de praça, rindo e conversando. Enquanto isso, ela e Fabinho corriam perto da grade, ela driblando o amigo com maestria.

_ Mas ainda há uma dúvida em você... – Samara acariciou o rosto da filha – Algo que você quer saber, com toda a certeza.

_ E se a Lívia não tivesse morrido? E se a Irene não tivesse entregado o Fabinho? – perguntou Giane, com um fio de voz – Você sempre dizia que quando as coisas eram para ser, elas eram. Mas e se ele não estivesse lá? E se o Bento não estivesse lá quando a Amora chegou? O que teria acontecido?

_ Fecha os olhos e me dá a mão. – pediu Samara, e assim Giane o fez. Sentiu o ar rodar a sua volta – Abre os olhos.

Piscou se acostumando a claridade. A cena parecia a mesma, mas era bem diferente. Ela devia ter uns treze anos, e corria pelo mesmo campinho. Ao seu lado, Fabinho tentava dominar a bola, os dois gargalhando.

_ Fraldinha, cê é muito ruim. – reclamou ela, pegando a bola dele.

_ Não é minha culpa se minha mãe me educou para ser mais que um moleque de rua que só joga bola. – ele retrucou.

_ Te criou pra ser mulherzinha. – ela mostrou a língua para Fabinho.

_ E seu pai te criou para ser um moleque. – rebateu ele – O que é uma pena, porque você até que é bonitinha, sabia?

_ Eu sou o que? – Giane travou, perdendo a bola. Fabinho percebeu o que havia dito, corando logo em seguida. Mas foram salvos pelo gongo.

_ Fábio, filho... Vem almoçar. – Irene apareceu no campinho, sorrindo para o filho – Ah, oi Giane. Quer almoçar em casa?

_ Hã, não tia Irene, brigada. – agradeceu a menina – Eu vou ajudar meu pai.

_ Ah sim, tudo bem querida. Mas passe lá mais tarde... Fiz aqueles biscoitos que vocês adoram. – sorriu Irene, abraçando Fabinho pelos ombros.

_ O que foi isso? – a Giane mais velha perguntou, surpresa.

_ O que teria acontecido, se a Irene não houvesse desistido do Fabinho. – sorriu Samara – Você tem que entender minha filha, que todos nós temos pontos nessa vida. Vamos dizer que é como se fosse um ligue-pontos. Nossas escolhas apenas direcionam a linha: se ela vai ser reta e objetiva, tortuosa e prolongada...

_ Não entendi... – a jovem franziu o cenho.

_ A Malu precisava vir ao mundo minha filha. E a Irene precisava amadurecer e se tornar mais forte. – explicou Samara, sorrindo – A diferença é que, aqui, o amor dela pelo Fabinho foi mais forte do que a doença. Ela lutou, ela aguentou, ela escolheu cuidar dele, mesmo sozinha e desamparada.

_ E porque ela não foi atrás do Plínio? – perguntou Giane, e Samara sorriu.

_ Ela escolheu cuidar do Fabinho, mas ela não sabe que a Bárbara armou tudo. – a garota assentiu – Mas para ela isso não importa. E nem para o Fabinho. A grande raiva, a grande ira dele, não vinha de querer mais coisas materiais ou algo assim. O que o Fabinho sempre quis foi amor, o amor dos pais, o amor que ele nunca pode receber. E quando o Plínio e a Malu o encontraram, ele conseguiu isso, e mudou. Aqui, ele teve isso desde o momento em que veio a esse mundo. A Irene o amou tanto, que venceu tudo para cuidar dele. E o ensinou a ter gratidão e ser feliz mesmo com tão pouco, morando em uma casinha tão simples, vivendo essa vida “pobre”.

_ E nós dois crescemos juntos. – observou Giane, sorrindo para sua versão mais nova, que rolava a bola com uma cara avoada – E nos apaixonamos conforme crescemos...

_ Vocês fizeram muitos pedidos para a lua, jogaram muitas partidas, fizeram muitas apostas... – concordou Samara – E um dia, fizeram o mesmo pedido, durante um jogo que valia um sorvete. Mas caíram logo depois, e nunca souberam quem pagaria o sorvete.

O sorriso da corintiana se alargou, vendo o mesmo em sua versão mais nova e diferente. Ela apanhou a bola, saindo correndo na direção que Irene e Fabinho haviam ido. Não conseguiu ouvir o que dizia, mas Fabinho sorriu para ela, abrindo o portão e deixando que ela entrasse. Os dois se olharam sorrindo, corando levemente.

_ E ali vem a segunda parte da sua resposta. – avisou Samara, apontando um carro que vinha pela rua. Giane esticou o rosto, reconhecendo quem era.

_ Bento. – sussurrou, vendo o carro estacionar.

Dos bancos da frente, saíram Wilson e Lívia, ambos rindo deliciados. De trás, vieram Bento e mais três crianças, que Giane não reconheceu no primeiro momento, mas depois percebeu serem Tito, Mel e Vinny.

_ C-como? – ela perguntou confusa.

_ Como você sabe, Wilson engravidou a Dámaris quando achou que Lívia e Kim tivessem morrido. – explicou Samara – E foi o que ele achou, porque foi o que Glória disse. A diferença, é que Lívia, assim como Irene, lutou contra seu mal pelo amor ao filho, para que pudesse estar ao lado de Kim. Mas ela ainda estava magoada e ferida, e ficou assim por anos e anos. Até que, quando Vinny nasceu, Dámaris teve uma crise de consciência e contou a verdade para Wilson. Ele então procurou Perácio, que contatou Glória e tudo foi esclarecido. Wilson pode então conhecer o filho e ele e Lívia voltaram a viver juntos, com Kim e seus três irmãos. Eles não têm mais o Kim Park, Wilson o vendeu e usou o dinheiro para começar sua oficina de brinquedos de madeira.

Giane observou Kim (Bento) correr para abraçar Salma e Gilson, os dois sorrindo largo para o sobrinho. De dentro de casa, apareceu uma jovem que ela conhecia bem e logo ela e Kim estava nos braços um do outro.

_ Mayara? – sua mãe concordou – Ela não foi adotada?

_ Os pais dela não morreram. – suspirou Samara, surpreendendo Giane – Eles se mudaram para cá com ela e Simone quando Mayara tinha seis anos. Logo depois, Kim foi apresentado como filho de Wilson. Eles dois, você e Fabinho se tornaram grandes amigos e cresceram assim, mesmo na adolescência e quando jovens adultos.

_ E como o caráter da Mayara mudou? – surpreendeu-se Giane – Como... Ai, eu to confusa.

_ Por isso não é bom ficar pensando “e se?”. – avisou a mãe, rindo – Ela apenas não sentiu a necessidade de querer pegar tudo dos outros, porque ela ainda tinha a vida dela. Tinha os pais, tinha a irmã... E foi assim por muito tempo.

_ Como assim por muito tempo? – Giane questionou.

_ Lembra o que disse? Sobre os pontos? – a jovem concordou – A diferença é que as ações e escolhas...

_ Prolongaram as linhas entre eles. – concordou a corintiana, vendo a mãe assentir – Então você também morreu? Aqui, nessa realidade.

_ Eu morri quando você era pequena, tinha uns cinco anos. – explicou Samara – Mas é parte do ciclo natural, é parte do que devia acontecer... Não podemos fazer nada para mudar isso.

_ E a Malu e o Maurício? – questionou Giane – Você comentou sobre a Malu na outra... E nessa?

_ Ela cresceu com Bárbara e Plínio. Eles não se separaram, por uma série de motivos. Adotaram juntos Kevin, Dorothy e Luz, e Plínio conseguiu dar uma boa educação aos quatro, apesar de tudo. – contou Samara – Malu conheceu Maurício no colégio, assim como na nossa realidade. Mas como não havia Bento no caminho, eles simplesmente se apaixonaram um pelo outro aos 14 anos. E viveram uma belíssima história de amor.

_ E o Fabinho nunca encontrou o pai? – perguntou Giane, curiosa.

_ Irene e Plínio se reencontraram depois de mais de 16 anos. – Samara sorria, observando a casa de Irene, onde Fabinho e Giane estavam na janela, conversando de maneira diferente do usual. Pareciam envergonhados por estarem tão próximos, apesar de seus rostos indicarem que usavam os apelidos e provocações de sempre – Ela tentou fugir, mas Fabinho apareceu na hora. Você, tão bem quanto eu, sabe o quanto Fabinho parece com o pai quando mais jovem.

_ O Plínio percebeu que o Fabinho era filho dele. – a mãe assentiu – Ele matou a charada, fez Irene explicar tudo. Eles desmascararam a Bárbara.

_ Nesse ponto, você e o Fabinho já estavam juntos havia um bom tempo, assim como a Mayara e o Bento. Vocês conheceram a Malu e o Maurício e se tornaram amigos. – Samara viu a surpresa nos olhos da filha – Filha, eu posso ficar aqui para sempre, contando cada desdobramento da vida de vocês. Ou eu posso te mostrar o que você tanto quer saber.

_ Então me mostra. Por favor. – pediu Giane, segurando a mão da mãe e fechando os olhos.

Quando abriu novamente, o cenário era diferente. Era um jardim enorme, gigantesco. Grandes e longos campos de flores, de todas as cores e tipos, com pequenos corredores entre elas.

Ouviu risos e os reconheceu, virando na direção.

_ Gabriel, volta aqui agora. – viu um garotinho de uns três anos, cabelos loiros claros, olhos que mais pareciam duas jabuticabas. Ele tinha um sorriso que ela conhecia bem, e o mesmo nariz arrebitado que estava em seu rosto. Aquele era seu filho, seu e do fraldinha.

_ Vem mamãe, pega a flo. – pediu o menino, e ela se viu aparecer atrás dele. Estava um pouco mais velha, com o cabelo na altura do ombro, e tinha o maior sorriso do mundo no rosto.

_ Vai ficar roubando as flores do tio Bento? – Bento apareceu com um menino de sete anos ao seu lado. Eram muito parecidos e Giane concluiu que aquele era Kim – É isso que você ensina para o menino, Giane?

_ Ela ensina tudo direito pro nosso filho, viu Zé Florzinha. Não enche o saco. – Fabinho apareceu ao seu lado, pegando o menino do chão – Né Gabriel, mamãe e papai te ensinam tudo direitinho.

_ Sim. – o menino riu, abraçando o pai, que lhe plantou um beijo no rosto. A Giane-mãe abraçou o marido, começando a beijar o rostinho do filho, os três rindo.

_ Até parece comercial de margarina. – quem faltava chegou. Maurício e Malu vinham segurando as mãos de uma menininha de dois anos, que se balançava entre eles. Tinha os cabelos castanhos bem cacheados, caindo em molinhas por seus ombros, e olhos extremamente azuis.

_ Cadê a mamãe? – perguntou Kim, curioso.

_ To aqui meu amor. – Amora veio de outra direção, com dois jovens ao seu lado e uma menininha em seu colo – A Simone quis ver as rosas laranja, e o André e a Mayara foram junto comigo.

_ Queo vê. – pediu Gabriel, quicando no colo do pai.

_ A gente leva eles. – avisou André – Vem também Emília.

Malu soltou a filha, enquanto Fabinho colocava o filho no chão. Kim correu dar a mão para a prima mais velha, que pegou Simone do colo da tia. Logo, as crianças corriam em direção as rosas, observadas pelos seis adultos.

_ Você entende? – perguntou Samara para a filha. Ela assentiu.

_ Não importa o que nós mudemos... Esse é o ponto de chegada. – suspirou Giane, fazendo a mãe sorrir.

_ A Mayara vai cometer muitos erros minha filha, já cometeu e ainda cometerá. Mas eles, - ela apontou André, Mayara e Kim – vão ajudá-la a encontrar o caminho certo. E ele, - Samara apontou Bento – vai lembrá-la de quem ela é.

_ Isso é confuso. – riu Giane, observando a si mesma e Fabinho, ambos abraçados, observando Gabriel correndo entre as flores.

_ É, e não é... – Samara acariciou o cabelo da filha – Por sorte, você não vai se lembrar de nada disso.

_ O que? – perguntou Giane, surpresa.

_ Filha, ninguém deve saber o futuro. Isso faz mal, muito mal. – riu Samara – Mas isso, tudo que você sentiu, vai ficar gravado aqui. – ela colocou a mão no peito da filha – E quando chegar a hora de decidir, você vai saber escolher o caminho mais curto. Porque é tão melhor chegar logo ao ponto da felicidade, do que enrolar para encontrá-lo.

_ Obrigada mãe. – ela deu um abraço apertado na mulher a sua frente – Eu sinto muito a sua falta. Já te disse isso.

_ Eu vou estar com você sempre. Em casa segundo, em cada desafio. – garantiu Samara, beijando novamente a testa da filha – Especialmente quando for a hora dele nascer. – apontou discretamente Gabriel – Não posso perder isso por nada no mundo.

Giane se afastou da mãe, ajoelhando ao lado do garotinho. Ele brincava com uma flor, distraidamente. Tocou-o, mesmo sabendo que ele não poderia sentir. Observou seus pequenos detalhes, e sorriu largamente. Não conseguiu evitar ficar ansiosa para aquilo também.

_ Giane? – ouviu uma voz grossa a chamando – Giane, amor, acorda pelo amor de Deus.

Piscou os olhos, tentando se acostumar a claridade. O ambiente era estranho: branco e frio, um perfeito quarto de hospital. Virou a cabeça, que latejava. Encontrou Fabinho com os olhos cheios de lágrimas, a encarando em desespero.

_ Graças a Deus você acordou. – ele suspirou, beijando a mão dela – Você tá louca de sair correndo daquele jeito?

_ O que aconteceu? – ela perguntou, confusa.

_ Você ouviu o médico falar do coma da Amora e saiu correndo. Você estava meio perturbada e não percebeu o aviso de chão molhado. Escorregou e bateu a cabeça. – Fabinho explicou, assustando a esposa – Ficou apagada por doze horas. Eu nunca tive tanto medo na minha vida.

_ E-eu sonhei com a minha mãe. – ela tentou se lembrar – E com a gente. Estávamos jogando bola quando éramos crianças.

_ Então eu tava aqui preocupado, e tu aí curtindo as lembranças? – ele brincou, fazendo-a rir. Mas logo o riso transformou-se em um gemido de dor, enquanto sentia a cabeça latejar – Eu vou chamar o médico, pera aí.

_ Não. – Giane o impediu – Fica aqui comigo, por favor.

_ Se você insiste. – ele tornou a se sentar, segurando a mão dela – Ah... Nós vamos perder nosso voo para o Havaí, sinto muito.

_ Tudo bem, ele pode esperar um pouquinho. Nós temos todo o tempo do mundo. – a corintiana sorriu para o marido, que sorriu de volta.

_ Se você sentir dor, me avise que eu chamo o Dr. Gabriel. – pediu Fabinho, e Giane arregalou os olhos.

_ Como? – ela perguntou.

_ Dr. Gabriel. Seu médico. – ele explicou – O neurologista que tá cuidando de você. – ela assentiu, ainda de olhos arregalados – Algo errado com o nome?

_ Não... Só acho que Gabriel é nome de anjo. – ela deu de ombros, fazendo Fabinho rir.

_ Eu acho que você ainda tá grogue de remédio. – ele beijou a testa dela – Mas como não sei se é bom você dormir, vou chamar o médico. Espera, eu já volto e não saio mais daqui.

_ Vou cobrar. – ela prometeu, vendo-o sair da sala. Desceu os olhos para a barriga lisa, tentando entender porque o nome Gabriel a fazia querer acariciá-la.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado e tudo tenha ficado claro.
Qualquer dúvida, perguntem, ok?