E Se? escrita por WaalPomps


Capítulo 19
I know that your heart is still beating


Notas iniciais do capítulo

OOOOOOOOOOOOOI GENTE, VOLTEI DE VIAGEM AHUAHUAHUAHUAHU
Espero que estejam gostando (o que, a julgar pelos reviews de vocês, tá rolando) e que eu consiga suprir as expectativas de vocês.
Um capítulo beeem fofis, ok?



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_ Bom dia meninos. – cumprimentou Giane, entrando no campinho de futebol. Ela olhava o celular, distraída, e não percebeu nada até que Miguel praticamente a agarrasse pelo braço.

_ Giane, olha em volta. – ela olhou o que o amigo pediu, arregalando os olhos e a boca.

_ De onde surgiu isso? – perguntou ela, vendo o campinho reformado, um armário de materiais esportivos novos, as arquibancadas repintadas e a cafeteria, anteriormente desativada, novinha em folha.

_ Sexta-feira você não esta aqui, mas apareceu um senhor distinto, chamado Plínio Campana. Sabe, o cineasta? – ela assentiu, abismada – Ele disse que ficou sabendo do nosso projeto, não sei como, e que ele queria ajudar. Queria fazer disso algo melhor para as crianças.

_ Então ele avisou que havia comprado o local, que vai ser colocado em nome da fundação que vamos criar, mandou os pedreiros começarem a arrumar tudo na sexta-feira a tarde, ajeitou uma merenda para as crianças poderem ficar aqui mais tempo... – Felipe enumerou, um sorriso enorme no rosto – Giane, ele comprou um ônibus para podermos transportar as crianças.

_ Eu não acredito que o Fabinho fez isso. – ela sussurrou, sorrindo maravilhada.

_ E mais... Nós teremos salário, as crianças que já vão a escola terão acompanhamento nas notas. – Miguel e Felipe mal se continham – Giane, isso está virando um projeto social para valer, algo sério. Nós vamos poder fazer a diferença na vida dessas crianças, para valer.

_ Meninos... Eu já volto, está bem? – ela apanhou sua bolsa, correndo em direção a rua.

~*~

_ Maurício, precisamos conversar. – Verônica sentou-se na sala, em frente ao filho. O rapaz largou o notebook, suspirando. Sabia bem sobre o que era a conversa, e não estava nenhum pouco ansioso com isso.

_ Sobre o que você quer falar? – ele perguntou, e Verônica jogou um envelope pardo na mão dele – O que é isso mãe?

_ Algo que me custou uma pequena fortuna. – avisou a cantora, enquanto o filho abria o envelope – Os paparazzi não perdoam os filhos dos famosos, só para você saber.

Ele puxou as fotos no envelope rapidamente, tremendo. Gemeu de frustração, vendo as fotos dele e Giane no cinema, em restaurantes, na praça. E depois, fotos dele e Mayara no motel, se beijando no carro. Ele jogou as fotos na mesa, nervoso.

_ Maurício, eu tive que pagar um dinheiro violento para abafar essas fotos. – avisou Verônica – E não fiz por você, eu fiz pela Giane. Ela é uma menina meiga, doce, carinhosa, com um coração gigante. Ela não merece passar por isso, ser exposta como corna.

_ Eu sei mãe. – Maurício se largou no sofá, afundando o rosto nas mãos – A Malu me deu uma semana para contar a verdade para a Giane, ou ela mesma vai contar.

_ Eu tenho que dizer que eu estou decepcionada. – Verônica negou com a cabeça – Maurício, não foi assim que eu te criei meu filho, para trair namoradas com as irmãs, nem com ninguém. Eu e seu pai não te demos um bom exemplo?

_ Mãe, você sequer ficava em casa, desde que eu tenho 11. O papai idem. – Maurício bufou, mexendo nos cabelos – E eu... Eu só queria...

_ Atenção? Carinho? – Verônica passou o braço pelos ombros do filho – Maurício, eu sinto muito se eu e seu pai erramos com você... Mas a Giane não merece isso.

_ Eu sei. Eu vou conversar com ela depois do seu show, no final de semana. – prometeu ele – Se não, você pode entregar essas fotos para ela.

_ Eu não quero essas fotos. Elas vão ficar com você. – garantiu Verônica, se levantando – Espero que pelo menos um pouco eu tenha acertado com você Maurício, e que você faça a coisa certa.

~*~

_ Bom, vai ser uma campanha grande. – sorriu Fabinho, analisando os pedidos do cliente – Acho que vamos precisar de mais modelos. Só a Malu e a Camila não vai dar.

_ Bom, por sorte eu tenho uma agência né. – riu Caio, começando a caçar as fotos de portfólio no notebook.

_ Com licença. – alguém bateu na porta, e Júlia entrou – Fabinho, a Giane tá aí. Quer falar com você.

_ Giane é aquela sua amiga? – perguntou Caio, e Fabinho assentiu – Olha, ela seria ótima para a campanha.

_ A maloqueira? – perguntou Fabinho rindo, mas logo franziu a testa, ao ver a expressão de Caio – Hey, ela tem namorado. E você tem namorada. Não se esqueça que a Camila está na sala ao lado.

_ Eu só pensei que ela é muito bonita. Estranho que ela nunca tenha sido convidada para ser modelo. – Caio deu de ombros – Bom, vai lá falar com ela. A Malu e a Camila me ajudam aqui.

O publicitário saiu da sala depressa, passando por um espelhado no corredor. Ajeitou o cabelo e a gravata, antes de caminhar para a sua sala.

Giane estava sentada na cadeira, quicando ansiosa. Quando ouviu a porta, se levantou em um pulo.

_ A que devo a honra da visita? – perguntou ele, dando um sorriso malandro. A corintiana correu até ele, o abraçando apertado. Ele ficou sem reação por um momento, antes de abraçá-la de volta, apertado.

_ Obrigada. – sussurrou ela, emocionada. Ele arqueou a sobrancelha – O projeto do futebol... Como Plínio Campana saberia sobre ele, para financiar?

_ Eu já fui como essas crianças, Giane. Eu não tinha quase nada. E meu pai me deu tudo e mais um pouco. E hoje, eu tenho muito mais do que fiz para merecer. Porque não dividir um pouco para quem precisa? – ele sorriu, mantendo-a abraçada pela cintura – E se de quebra consegui te deixar feliz, estou no lucro.

_ Você realmente mudou para melhor Fabinho, para muito melhor. – ela o abraçou novamente, sentindo-o apertá-la. Sentiu os lábios dele beijando seus cabelos e se afastou com cuidado, antevendo o que viria – Hã... Eu quero fazer algo para agradecer. Que tal você e a Malu irem comigo e o Mau no show da mãe dele? Nós sempre temos uma mesa na primeira fila.

_ Claro. – ele concordou, logo tendo um estalo – Mas tem outra coisa que você pode fazer... Giane, você já pensou em ser modelo?

~*~

_ Bento, vamos ao show da Palmira Valente, no final de semana? – perguntou Mayara, pulando na cama. Ela estava só de lingerie, e Bento dormia só de cueca, e acordou assustado – Ai, desculpa.

_ Não, tudo bem. – ele riu – Mas pode ser... Vou ligar para o meu pai e pedir para ele conseguir uma mesa para nós.

_ Obrigada meu amor. – ela beijou o empresário – Eu liguei para o meu pai... A mamãe está ruim. Você ligaria de voltarmos hoje?

_ Claro que não minha linda. – ele garantiu, preocupado – Ela precisa de algo? Algum remédio ou coisa assim?

_ Não sei amor, meu pai não falou nada. – suspirou a morena – Só que ela está piorando, como já esperávamos. Tenho medo que ela não passe do próximo mês.

Os olhos de Mayara marejaram, enquanto ela sentava na cama, soluçando. Bento a abraçou apertado, tentando acalmá-la.

_ Eu só... – Mayara secou os olhos, limpando o nariz – Quando eu perdi meus pais, quando minha irmã me abandonou, eu nunca achei que eu fosse ter uma família. E foi a Samara quem me deu isso. Me deu uma mãe, me deu carinho, me deu uma família. Ela costumava sentar comigo e falar sobre como seria quando eu crescesse, sobre o meu casamento, sobre o casamento da Giane. E ela não vai testemunhar nenhum dos dois.

Bento apenas a puxou para seus braços, a aninhando. Ela chorou compulsivamente, enquanto ele fazia cafuné em sua cabeça. Ela logo fingiu adormecer, vendo se tinha conseguido o que queria.

_ Eu vou resolver isso Mayara, eu prometo. – sussurrou ele, beijando a cabeça dela – Sua mãe vai estar no seu casamento. Nosso casamento.

~*~

_ Então você vai ser modelo conosco? – perguntou Malu, abraçando Giane. A morena deu de ombros, sorrindo encabulada – Você vai mandar muito bem, você é linda.

_ Tenho que concordar, falando profissionalmente. – Caio sorriu. Camila fez bico, dando a volta e abraçando o namorado. Ele suspirou – Profissionalmente, amor, relaxe.

_ Bom, as fotos serão semana que vem. Mas precisamos que vocês vão à loja essa semana, para provar as roupas. – avisou Fabinho – Pode ser na quarta?

_ Hã, quarta eu tenho compromisso. – avisou Malu, corando – Mas posso ir depois.

_ Tudo bem. – concordou Fabinho – Bom, reunião encerrada. Agora... – ele virou-se para Giane, sorrindo maroto – Um certo pivete tem uma aula de futebol para dar. E temos um jogo empatado de outro dia. Quem perder o desempate, paga o jantar antes do show de sábado.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Um beijo flores de pitangueira ;@