E Se? escrita por WaalPomps


Capítulo 11
A few mistakes ago


Notas iniciais do capítulo

Heeello gente.
É ameaçar que cêis comentam né? Danadas.
E NÃO, ESSE NÃO É O CAPÍTULO FABINE
Falei que tava vindo, não que era o próximo. Mas agora eu digo: É O PRÓXIMO.



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E os dias foram passando, em uma velocidade que parecia quase inexistente. Samara saiu do hospital dois dias depois, mas estava acamada e debilitada. Conforme prometido, Bento assumiu todos os gastos médicos, com o apoio e incentivo de Wilson, que dizia que o filho deveria ser sim grato aos Sousa por Silvério tê-lo salvo quando bebê.

_ É muita gentileza o que você está fazendo Bento. – Silvério colocou uma xícara de café em frente ao rapaz.

_ É o mínimo que posso fazer depois de terem ajudado meus tios a cuidarem de mim, e de ter sumido por tantos anos. – garantiu Bento, bebericando o líquido – E como as meninas estão?

_ A Mayara fica chorando o tempo todo, no próprio quarto. Às vezes, ela sai caminhando e volta horas depois, com um aspecto de cansada e sofrida. – o senhor suspirou – A Giane por outro lado, não sai do nosso quarto quando não está trabalhando, o que não é muito tempo. Ela dorme na cadeira ao lado da cama, fazendo companhia a mãe.

_ Mas isso não atrapalha o namoro dela com o Maurício? – perguntou Bento, tentando disfarçar a curiosidade.

_ O Maurício tem sido realmente ótimo. – sorriu Silvério – Ele pega a Giane na empresa todos os dias, e a traz para casa. E a noite, ele a espera na saída do Cantaí, e vem com ela para cá. Eles ficam com a Samara por uma hora, mais ou menos, até ela querer dormir e o Maurício pegar o caminho dele.

_ Ele é realmente um ótimo namorado. – concordou o jovem Rabello.

_ Eu acredito que eles logo estarão seguindo um caminho juntos, separados de nossa família. – comentou o mais velho, sorrindo tristemente – E por mais que nenhum pai queira ver sua filhinha crescer... Fico feliz de pensar que ela tem um rapaz bom ao lado dela, que poderá lhe dar uma boa vida.

_ Você acha que, se eu não tivesse ido embora, eu poderia ter ficado com ela, ou com a Mayara? – perguntou o rapaz, surpreendendo Silvério – Digo...

_ Bento, você está interessado na Giane? – questionou o patriarca dos Sousa – Por favor, seja sincero.

_ Eu estou me sentindo mexido. – explicou Bento – Ela tá tão diferente da moleca que era tio. E no começo achei que ela não gostava disso, mas agora eu vejo que ela gosta de ser assim, meiga, feminina, mas sem perder a opinião e o gênio forte.

_ Bento, você sabe que eu gosto muito de você, não é? – o rapaz confirmou – Mas eu sei da sua fama de pegador, de conquistador. E a Giane é uma menina frágil, por mais que tenha esse gênio difícil. E está passando por um momento delicado. Ela precisa de mais apoio do que nunca. E ela tem encontrado esse apoio no Maurício. – Bento assentiu – Eu adoraria que você fosse parte da minha família, meu filho. Mas eu tenho que pedir...

_ Não se preocupe tio... Eu não vou fazer nada para atrapalhar a Giane e o Maurício. – o mais velho suspirou aliviado – Bom... Vou me despedir da tia Samara e ir para o parque. Tenho uma reunião importante agora a tarde.

_ Tudo bem meu filho. Você se importaria se a Mayara saísse mais cedo hoje? – Bento negou – Eu tenho plantão na rodoviária e a Giane tem evento na Para Sempre... Preciso que alguém fique com a Samara.

_ Eu a trago depois da reunião, umas 16h30. – garantiu o jovem, abraçando o homem – Fica com Deus.

_ Vai com Deus meu filho.

~*~

_ Maurício, o que você tinha de tão importante para me falar? – perguntou Mayara, fechando a porta do passageiro – E é melhor dizer logo, porque meu horário de almoço é curto.

_ Mayara eu...

_ Aliás, porque você não tem me ligado? – perguntou ela – Eu sei que você fica com a Giane entre os turnos dela, e depois que ela sai do Cantaí. Mas tem algumas horas nesse meio tempo, e nós podíamos nos ver e...

_ Eu quero terminar. – o rapaz cortou a amante – Pra mim já deu, tanto da Mayara quanto da Amora.

_ Do que você está falando Maurício? – perguntou a morena, nervosa.

_ Você percebe o que nós estamos fazendo com a sua irmã? – perguntou ele – O que temos feito todos esses anos? Mayara, eu me sinto imundo. Eu me apaixonei pela sua irmã, a pedi em namoro com a intenção de ser companheiro dela, e fui um babaca.

_ E você vai fazer o que? Casar com ela, dormir com ela? Depois de tudo que nós fizemos? – rosnou a jovem.

_ Eu vou ficar do lado dela nesse momento difícil, vou dar força para ela. Mas depois, quando tudo melhorar... Eu vou contar a verdade para ela sobre nós dois, e o que quer que ela queira, eu vou acatar. Porque é o mínimo que eu posso fazer.

_ Não adianta vir atrás de mim depois. – avisou ela, abrindo a porta e saindo – E espero que ela te dê um pé bem dado na bunda.

_ Eu acho que quem devia estar preocupada é você. – avisou o playboy, ligando o carro – Eu errei, mas você... Você traiu sua própria irmã Mayara. E isso sim vai quebrar o coração dela.

~*~

_ Pai? – Bento bateu na porta do escritório de Wilson, que encarava alguns papéis – Eu posso entrar?

_ Claro filho, que pergunta. – o homem o chamou com a mão – Algo errado?

_ Pai, eu... Eu quero ver a minha avó. A dona Glória. – Bento suspirou, sentando em frente ao pai.

_ Bom... Você sabe que eu apoio isso. – o patriarca se recostou na cadeira – Mas... Porque essa mudança de atitude?

_ Eu só andei pensando muito. Todo esse negócio, a doença da Samara, minha reaproximação com o pessoal da Casa Verde... – Bento explicou – Talvez eu tenha realmente me enfurnado nos negócios para tentar esquecer meus sentimentos confusos, e tenha perdido muita coisa. – o rapaz suspirou – Eu não quero me aproximar dela e nem nada assim. Eu só quero vê-la, e se eu conseguir, dizer que a perdoo. Pelo menos para ela morrer em paz.

_ Como eu disse, eu apoio isso. – Wilson segurou a mão do filho – Se quiser, eu ligo para o Perácio e combino a visita. Você quer que eu te acompanhe?

_ Eu ficaria grato. – garantiu Bento, sorrindo para o pai – Você pode marcar para sexta-feira?

_ Claro que sim. Vou avisar a Nancy que não marque nada para mim. Peça o mesmo para a Mayara. – Bento assentiu, se levantando – Hã, filho.

_ Diga pai?

_ Toma cuidado meu filho, por favor. – pediu o homem, retirando os óculos e olhando o primogênito com preocupação – Eu sei que você gosta muito da Mayara e tem boas lembranças dela. Mas as pessoas mudam, e algo no jeito dela não inspira confiança. Nem em mim, nem no pessoal da empresa.

_ Pai, eu conheço a Mayara. Ela é uma pessoa ótima, e está passando por um momento difícil. – Bento tentou não se irritar – Pode ficar tranquilo, e sossegar os demais fofoqueiros, está bem?

_ Tudo bem meu filho. Desculpe. – pediu Wilson, recolocando os óculos e focando nos papéis a sua frente. Bento suspirou, fechando a porta do pai e saindo do quarto.

~*~

A noite já estava alta na Casa Verde. Giane e Silvério estavam trabalhando, deixando Mayara sozinha na companhia da mãe. A jovem estava na sala, olhando a TV com desinteresse, quando ouviu Samara a chamando do quarto.

_ Algo errado mãe? – perguntou, sentando na cadeira e medindo a temperatura da mulher.

_ Filha, nós podemos conversar? – a jovem assentiu – Eu sei sobre você e o Maurício.

_ Você, você o que? – perguntou Mayara, suando frio.

_ Eu sei que ele é o namorado misterioso que fazia você se atrasar. Um dia eu fui ao shopping, levar sua carteira, e vi você saindo do carro dele. – a mais velha contou – Vocês se beijaram antes de você sair. Quando você foi demitida por chegar atrasada, foi só ligar os pontos.

_ E você não contou para a Giane por quê?

_ Mayara, filha... – Samara pegou a mão da filha – Quando eu e o Silvério te adotamos, nós dois percebemos de cara que você não conseguia se adaptar. Você queria muito, e nós podíamos lhe dar tão pouco. Mas nós acreditamos que com amor e carinho, conseguiríamos suprir isso. E que você seria uma boa influência e companhia para a Giane. Então, quando eu descobri que você estava tendo um caso com o Maurício... Mayara, meu mundo caiu naquele momento.

_ Eu sinto muito, de verdade. – sussurrou a jovem, forçando as lágrimas.

_ Não precisa fingir chorar. – riu Samara – Eu te conheço muito bem minha filha, querendo ou não, eu sou sua mãe. Eu só espero que você perceba o mal que está fazendo a você e ao seu relacionamento com a sua irmã.

_ Mãe, eu...

_ Filha, olha para mim. – a mulher segurou o rosto da filha – A Giane não é a Simone. Ela te ama, te protege, te escuta, acredita em você. Vocês são irmãs de criação, e isso é até mais forte que sangue. E quando eu não estiver mais aqui...

_ Eu vou embora. – anunciou Mayara – O Silvério não gosta de mim mãe, você sabe disso. Ele sempre teve um pé atrás, só me manteve aqui por sua causa e da Giane. E quando o Maurício contar para ela que tínhamos um caso, acabou. Eu não tenho família, eu tive você.

_ Não precisa ser assim querida. Você pode conquistá-los, mostrar que você é uma boa pessoa. – a mais velha se ajeitou nos travesseiros – Mayara, eu sei que você pode ser uma pessoa boa.

_ Caráter não leva a nada mãe. – garantiu a moça, se levantando – Dinheiro e poder sim. E é isso que eu preciso conquistar.

Ela deu as costas para a mãe adotiva, saindo do quarto a passos largos e frios, enquanto a mulher na cama soluçava.


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Notas finais do capítulo

E como eu vi que vocês comentam: CAPÍTULO FABINE SÓ COM 25 COMENTÁRIOS, PORQUE SOU DESSAS.
E pra vocês ficarem com vontade:
"O jogo estava empatado em 19x19 quando Giane marcou o vigésimo, faltando 40 segundos. Fabinho se desesperou, vendo que ela iria marcar mais um, e fez algo improvável.
— Me põe no chão fraldinha. – ela gritou as gargalhadas, enquanto ele passava um braço por sua cintura, erguendo-a do chão, e acertava o chute para o gol, empatando o jogo novamente. Ele rodou com ela por alguns instantes, antes de voltá-la para o chão. Ela virou de frente para ele, na intenção de estapeá-lo, mas seus olhares se cruzaram, seus rostos se aproximaram e... O celular apitou o fim do tempo, quebrando o momento e fazendo-os se afastar."
COMEEEEEEEEEEEEEEEEENTEM HAUAHUAHUAHUHU