Mudanças escrita por Thay


Capítulo 47
Capítulo 47


Notas iniciais do capítulo

Olá, gente, estou de volta para a alegria de vocês... ou não. Bom, primeiramente desculpa por esse tempo todo sem postar eu terminei o capítulo há alguns dias, mas queimou o carregador do notebook e aí já viu né! Tive de usar o PC alheio pelo menos pra ler algumas histórias que acompanho. Quero agradecer a SWAN pela linda recomendação, sério, muito obrigada.



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POV Pepper On

Tony felizmente tinha se recuperado do seu estado estático, ele insistiu pra que eu dissesse sobre o que aconteceu, mas eu desconversei, disse a ele que ele precisava descansar e que não contaria nada até ele estar totalmente recuperado e isso vai me dar alguns dias de vantagem, contei a ele o essencial de que Arno era seu irmão e de que tivemos a confirmação através de um exame de DNA que foi feito logo após eles terem se enfrentado, Tony quis saber mais sobre isso, mas mais uma vez eu desconversei e corri para o banho, pois tem coisas que eu não quero que ele saiba. Me sentindo mais segura eu relaxei um pouco e debaixo de um jato de água gelada os meus pensamentos foram para aquele maldito dia, o dia que abriu alas para a minha infelicidade.

A noite estava fria como raramente fica em Malibu quando estamos no verão e assim que eu cruzei a saída eu senti um arrepio percorrer minha espinha julguei ser pelo frio e caminhei alegremente para perto do carro, eu estava tão ansiosa pra chegar em casa e dizer a ele que estava grávida eu contava os segundos e por estar tão ansiosa eu não dei valor aos meus instintos que me diziam que havia algo errado, minha felicidade foi maior que meu pressentimento e eu cometi o erro de entrar naquele carro, fiz o de costume coloquei a bolsa e as pastas no banco do carona e tentei ligar o carro, mas não consegui, esperei alguns segundos tentei de novo e nada, levemente preocupada eu tentei sair, mas a porta não abria e nem as janelas e aquela leve preocupação de repente ficou maior, eu tentei buzinar, eu bati, eu gritei e ninguém me ouviu foi então que eu tentei ligar pra ele e eu dei graças a Deus quando vi que ele tinha atendido, mas ele não falava, eu falava tudo, mas não ouvia sua resposta e meu desespero ficou maior quando eu vi a fumaça e não consegui quebrar as janelas eu me convenci de que ia morrer se eu não morresse queimada morreria sufocada, a tosse apareceu e a agonia de ficar sem respirar veio junto, é horrível, é uma das piores sensações do mundo, eu tinha a certeza de que não sairia viva dali e fui falando no celular até que veio a escuridão que eu tinha certeza de que era da minha morte. Foi uma surpresa pra mim perceber que eu ainda estava viva e quando... quando eu abri os olhos eu achei que veria ele ou a Claire, mas no lugar deles eu vi Arnold sentado do meu lado com aquele olhar e sorriso doentio. O pânico me dominou eu queria saber onde eu estava, onde Tony estava, mas Arno apenas sorria e me dizia '' nada mais nos separa.'' Dali pra frente... as coisas... ele me mostrou que para todo mundo eu estava morta, eu vi uma matéria onde a capa era o Tony agachado no estacionamento da empresa e com a cabeça enterrada entre as mãos, depois me mostrou fotos da Claire, dos meus pais, do meu irmão, dos meus amigos todos estavam visivelmente abalados de luto pela a minha forjada morte. Eu queria tanto sair dali, eu queria tanto que aquilo fosse um pesadelo, mas infelizmente tudo era real.

– Pepper.- a voz de Tony atrás de mim me fez voltar e também me assustou, eu enxuguei as lágrimas desliguei o chuveiro e me virei para olhar pra ele.
– Oi.
– Tá chorando?- ele perguntou entrando no box e eu recuei um pouco.
– Não.- ele sabia que eu estava chorando pela minha voz já dava pra perceber então ele se aproximou, acariciou meu rosto e apesar do súbito nervosismo que me bateu quando ele me tocou eu o deixei me abraçar, ele estava quente o calor de seu corpo me dizia que ele estava aqui e que eu estava em seus baços de novo, mas durante 1 ano eu quis isso eu fantasiei isso e uma parte de mim se recusa a aceitar, é como se eu esperasse que a qualquer momento ele fosse se tornar o Arno de novo e só o pensamento me causa repulsa e eu me afasto dele bruscamente.
– O que foi?
– Nada. Pega a toalha pra mim, por favor?- ele franziu o cenho estava confuso, mas pegou a toalha.
– O que você tem, Pep?- ele me perguntou ao me entregar a toalha.
– Nada. Cadê o Theo?
– Está com os seus pais.
– Meus pais estão aqui?
– Estão e é por isso que eu vim te chamar.
– Tudo bem, diga que eu já vou.
– Amor...
– Estou bem, Tony.- não, eu não estou bem e sei que ele também não está nós estamos quebrados, de um lado está ele que sofreu por pensar que eu estava morta e do outro lado estou eu que sofri por saber que tudo era uma farsa, sofri por causar sofrimento a quem eu amo e sofri por ter sido... sido tocada por Arnold e isso é uma coisa que eu não quero nunca que Tony saiba não quero que ninguém saiba.

POV Pepper Off

Tony estava confuso, sim, ele tinha muitas perguntas e nenhuma resposta e quem podia lhe responder não queria, depois de ouvir que Arnold era seu irmão Tony foi procurar tudo sobre ele, mas a vida dele só parece existir depois que ele se associou a Stark antes disso Arnold não existia assim como o seu fajuto pai, tudo o que ele queria era só um esclarecimento pra enterrar de vez essa história, mas devido ao seu atual estado físico e emocional isso demoraria alguns dias.

– Anthony?- a mãe de Pepper o chamou pela terceira vez e finalmente ele ouviu.
– Sim?
– Você já sabe o que vai dizer pra mídia? Eles estão polvorosos querendo informações.
– Eles já sabem?- ele perguntou confuso e os pais de Pepper se entreolharam.
– Essa é a notícia da semana. Arrisco a dizer que seja a do mês ou até mesmo do ano.- respondeu Jack.
– Mãe. Pai, deixem isso pra lá depois resolvemos.
– Olha quem chegou.- falou Happy e Claire correu em direção aos avós.
– Vovô. Vovó!- ela viu Theo dormindo no colo do avô e fez careta com medo de ser repreendida.
– Olha só a minha princesa.
– Como foi na escolinha? Foi bem?
– Foi sim.
– Ela tá alegre... como a muito tempo eu não via.- falou Tony e Pepper segurou sua mão.
– Ainda dói, papai?- ela perguntou entrando na brecha das pernas de Tony.
– Dói um pouco, mas passa logo, logo, eu tenho 3 remédios que vão me ajudar.- Pepper sorriu e encostou sua cabeça no ombro dele.
– O Theo é chato.- ela falou depois de alguns minutos olhando para o seu irmão.
– Claire! Não fale assim do seu irmão.
– Ele só dorme e chora.- ela justificou e os adultos riram.
– Você já foi assim também, mocinha.
– Mas agora eu sou uma mocinha.
– É mesmo? Então vamos ajudar a vovó Marta com o almoço, mocinha.- Pepper se levantou para acompanhar a filha que correu alegremente para a cozinha.
– Muito obrigado, Anthony.
– Pelo o quê?
– Por ter trazido ela de volta.
– Por ter dado a mim e ao Jack um pedaço da nossa vida que nos foi tirado.
– Se dependesse de mim nenhum de nós tinha passado por isso.
– Nós sabemos.- o casal se levantou e Jack entregou Theo para Tony.
– Diga a ela que Alex vem depois de sair do hospital. Mais tarde nós ligamos para saber como ela está.- Tony assentiu e o casal se foi, ainda com seu filho no colo ele subiu e colocou o menino no berço e em seguida desceu rumo a oficina e despertou seus companheiros.
– JARVIS, me dê notícias do mundo exterior principalmente as que estão relacionadas a mim e Pepper.
– Sim senhor.- as notícias invadiram sua tela, muitas manchetes falavam sobre o ressurgimento de Pepper e tudo se baseava em apenas uma história e ele leu em voz alta.
''Segundo as autoridades a morte de Virginia Potts Stark foi forjada por um inimigo de Tony Stark o seu marido e super herói Homem de Ferro. O homem de identidade não revelada teria bolado esse mirabolante plano para ter acesso as informações da tecnologia Stark e principalmente sobre as armaduras do Homem de Ferro, não se sabe o que ele usou com ela para conseguir as informações sabe-se apenas que ele conseguiu construir sua própria armadura e que entrou em combate com o Homem de Ferro. Há indícios de que o confronto ocorreu perto do deserto Tule que fica próximo da fronteira do estado de Nevada com o estado de Utah, neste local foi encontrado uma cratera significativa e restos de uma construção, também há relatos de pessoas que acampavam nas Montanhas Mormon no Condado de Lincoln, eles afirmam que viram uma espécie de aurora boreal surgir no céu e que logo depois de um show de luzes veio uma enorme explosão inaudível por conta da distância, mas ainda sim assustadora." Armadura? JARVIS, me fale sobre essa armadura.
– São poucas as diferenças, senhor, ouso dizer que era um protótipo entretanto ela é tão bem capacitada quanto a do senhor.
– E a explosão, JARVIS, o que a causou?
– Ela foi causada por nitramene molecular, ele usou como raio repulsor.
– Você só pode tá brincando com a minha cara.
– Tony.- Pepper o chamou e ele ouviu, mas não deu muita atenção.- Vamos almoçar.
– Já vou. JARVIS, se ele tivesse usado isso eu estaria morto.
– Sei perfeitamente disso, senhor, mas quando energia do reator que o senhor usa em suas armaduras entrou em contato com a energia sobrecarregada do nitramene molecular houve uma ligação de poucos segundos...
– Uma bola de energia pairou no ar por alguns segundos em seguida as coisas começaram a ser puxadas parecia que aquela bola era um aspirador aspirando o que tinha por perto e depois explodiu.- Pepper falou e enquanto narrava os fatos seu olhar estava distante e sua expressão estava um pouco consternada.- Por um momento eu achei que você tinha sido puxado, explodido ou algo assim, mas você foi rápido o bastante pra levantar voo a explosão te desestabilizou você caiu muito longe de onde tudo ocorreu, mas você estava vivo e só aquilo me importava.- seu olhar estava em Tony e parecia que ela havia acabado de despertar de um transe, ela andou apressadamente e o abraçou apertado ele gemeu por conta da dor, mas retribuiu o abraço com mesma intensidade ligados pelo abraço ele se sentou na cadeira e a levou consigo ela escondeu seu rosto na curva do pescoço dele e ele apoiou seu queixo no ombro dela.
– Doeu.- ele falou quebrando o longo silêncio e ela se ajeitou pra poder olhar pra ele.
– Eu sei.- ela tinha os olhos marejados e Tony logo enxugou a lágrima que caiu.
– Eu implorei pra você voltar.
– E eu implorei pra voltar.
– Eu perdi o rumo, Pepper. Quando Happy me ligou e me falou que o carro tinha explodido eu esqueci como se andava eu não faço ideia de como vesti a armadura nem de como cheguei lá, mas eu cheguei e vi... O corpo carbonizado, o bombeiro me dizendo que era você e o legista confirmando.- ele fechou os olhos e ela acariciou o seu rosto.- Embora eu tivesse feito tudo o que era necessário para o enterro eu me neguei a aceitar que era você e eu fui pra o bosque e eu chamei por você, pedi pra que me acordasse por que eu acreditava que era apenas mais um pesadelo dentre tantos que já tive, mas não era. Você não me acordou, você não voltou então eu me convenci da verdade e voltei pra casa, seu cheiro tava em todo o lugar, eu ouvia a sua voz a cada segundo e eu fraquejei, quebrei a promessa que fiz a você e voltei a beber e se não fosse pela Claire, Marta e Rhodes talvez eu tivesse me tornado o alcoólatra que já fui um dia. Uma das coisas mais duras foi ter ouvido Claire me pedindo pra te trazer de volta e eu não pude fazer...
– Você fez, amor, você me trouxe pra casa.- ela encostou seus lábios nos dele o gosto salgado das lágrimas era sentida por ambos, Pepper que tinha a mão enfiada entre os cabelos dele puxava os fios pretos com vontade, mas no fundo repetia um mantra " Por favor, Deus, que seja ele, que seja meu marido.''

Tony subiu sua mão direita pelo corpo dela e a parou entre a nuca e a pressionou mais pra baixo colando ainda mais seus lábios, o beijo era sedento de paixão, o coração dos dois batiam no mesmo ritmo e o salgado de antes sentido pareceu nunca existir.

– Sr e Sra. Stark.- JARVIS interrompeu assustando os dois e fazendo eles se separarem.- A pequena Stark está chamando para almoçar.
– Já vamos.- ela encostou a testa na dele que abriu um pequeno sorriso.- Senti tanto a sua falta.
– Eu também.- ele voltou a beijá-la com fervor e quando as mãos dele vagaram por dentro de sua blusa ela o parou.
– É... melhor nós irmos por que a impaciência de Claire é maior que nossa.- ela falou tentando controlar inutilmente o nervosismo que estava evidente.
– É, vamos.- Tony percebeu a inquietude dela, mas não falou nada ela saiu do colo dele que se levantou e de mãos dadas eles voltaram a sala principal da mansão e viram a menina de braços cruzados e cara emburrada.
– Tô com fome.
– Me diga uma novidade, bolinha.- Tony beijou seu pescoço fazendo cócegas nela que amoleceu e desfez da cara emburrada.
– Eu te chamei pra almoçar.- lembrou Marta.
– Mas eu quero almoçar com eles também, vovó.
– Por isso não vamos nós quatro almoçar.
– E o Theo?
– O Theo tem um self service particular, bolinha.- falou Tony com graça.- Vamos almoçar? Estou morrendo de fome.- ele completou ao ver a cara da Pepper.

O almoço foi tranquilo ninguém falou nada que causasse tristeza e durante aquela refeição nada de ruim pareceu existir. No fim do dia Alex, Sara, Kate, Emma, Peter, Jenna, Ryan e Hunter vieram visitar Pepper todos estavam contentes por sua volta e sedentos por informações, mas nenhum ousou perguntar alguma coisa, enquanto os adultos conversavam e planejavam o jantar os menores corriam pela casa causando gritos, choro e risadas.

– Ele é tão lindo, Paixão.- falou Sara segurando Theo em seus braços.
– Parece com o Tony.- ressaltou Jenna.
– Por isso que ele é lindo.- rebateu Tony e as mulheres rolaram os olhos.- Não façam essas caras vocês sabem que é verdade.
– O que é verdade?- perguntou Peter.
– Que meu filho é lindo por se parecer comigo.
– É um menino bonito, mas não tem nada a ver com você.- falou Alex.
– Sério? Que vocês vão ficar discutindo isso?
– É, da última vez discutiram sobre os namorados das nossas filhas.
– Por falar nisso onde está minha norinha e o resto das crianças?- perguntou Peter.
– Que norinha?- Tony e Alex perguntaram e Peter sorriu em divertimento.
– Vou manter em anonimato só pra matar vocês do coração. Mas é sério onde eles estão? Tá tudo tão quieto.
– JARVIS.
– As crianças estão no quarto da pequena Stark fazendo desenhos abstratos.
– Claire, desenhos abstratos e outras crianças... Isso não vai ser bom.- Tony olhou para Pepper que balançava a cabeça negativamente.
– JARVIS, por favor me diga que esses desenhos são em folhas.
– Era, mas expandiram sua arte pela as parede, chão e seu corpos, Sra. Stark.- Pepper massageou as têmporas e se colocou de pé.
– JARVIS, diga aos nossos Picasso que estamos chamando.
– Sim senhora.- segundos depois todos desceram estavam com caras de traquinas e também rabiscados pela as canetinhas.
– O que é isso nos braços e no rosto de vocês?
– A gente tava brincando, mamãe.- falou Kete inocentemente.
– Brincando de que?
– De desenhar.- respondeu Claire.
– E vocês não acharam as folhas suficientes?- eles estavam de cabeças baixas sabiam que quando suas mães usavam esse tom era por que estavam bravas com eles.
– Você, Ryan, é o mais velho de todos e em vez de mostrar que era errado entra na brincadeira.
– Desculpe, mamãe.
– Ah, qual é, peguem leve eles só estavam brincando.- defendeu Tony que recebeu um olhar mortal de todas as mulheres.
– Não conteste a autoridade delas.- falou Alex para Tony.
– É melhor você ficar calado.- sussurrou Peter.
– Vocês sabem que vão ficar de castigo não sabem?
– Papai.- Claire fez beicinho pra Tony que desviou o olhar para Pepper que o encarava com a sobrancelha arqueada querendo saber se ele ia passar por cima de sua autoridade.
– Papai não pode te salvar dessa, bolinha.- Pepper sorriu mostrando a ele que foi uma sábia escolha e ele ficou mais aliviado.
– Acho melhor nós irmos. Tenho que limpar as minhas artistas.- falou Sara.
– Nós também vamos. Pablo Picasso e Van Gogh precisam de um banho e de um castigo.- Ryan fez uma cara triste já Hunter por ser menor apenas sorriu. Todos foram embora e sabendo que estava encrencada Claire passou a fazer as caretas que seu pai faz quando está na mesma situação.
– Não adianta fazer essa carinha de coitado que seu pai faz, Claire.- ela suspirou e entristeceu ainda mais sua expressão.
– Eu? Mas eu não fiz nada.
– Você fez, ensinou a nossa filha a usar essa carinha. Olha só pra ela.
– Tô olhando e tô vendo uma menina de 5 anos que está triste por que vai ficar de castigo por uma besteira.
– Você não vai me desautorizar, Tony.
– Eu não vou, só estou dizendo um fato. Amor, ela é uma criança tenho certeza de que não fez por mal.
– Não fiz, mamãe.
– Sei que não fez, mas não pode fazer isso, Claire.
– Desculpa. Não vou fazer mais.
– Tudo bem... Tony, você fica com o Theo e vá olhar a arte que ela fez no quarto, eu vou dar banho nela aproveito e tomo banho também.- apesar dos 5 anos e de já ser bem pesada Claire pediu colo pra subir e ela não hesitou em dar.
– Amor.
– Oi.- respondeu se virando.
– Senti falta desse tom autoritário.
– Senti falta de usar esse tom com você... Com vocês.- ela olhou pra Claire e lhe deu um beijo de esquimó, Pepper subiu e Tony sorriu por estar cada vez mais convencido de que ela estava ali.
– E então campeão pronto pra ver o que sua irmã aprontou?- o menino de grandes olhos castanhos abriu um sorriso banguelo e Tony deu uma gargalhada.- Você é tão novinho, mas já passou por maus bocados.- ele deslizou as costas do dedo indicador pelo rosto do pequenino e depois lhe deu um beijo no topo da cabeça.- Ainda tenho muitas perguntas e se você pudesse falar lhe subornaria com doce em troca das respostas igual como eu faço com sua irmã.- ele suspirou em derrota e fez seu caminho para as escadas.- Mas pelo visto só as conseguirei através de sua mãe.- ele subiu pensativo e quando chegou no quarto respirou aliviado as gravuras na parede nem eram tantas o chão estava mais castigado e ele agradeceu aos céus por ela não ter usado tintas, ele recolheu do chão aquilo que pôde e enquanto esperava Pepper e Claire saírem do banho ele brincava com Theo.
– Até que não tá tão ruim.- falou Pepper capturando sua atenção.
– Foi o que eu pensei quando vi.
– Já sei qual vai ser o castigo, mocinha. Limpar junto comigo tudo isso e não adianta fazer essas carinhas.- Tony riu e ela fez bico.- Mas resolvemos isso amanhã. Pra cama.
– Mamãe, fica comigo.
– Fico, meu anjo.
– Fui esnobado.- Pepper revirou os olhos.
– O papai pode ficar também, bolinha?
– Sim, quero vocês dois.
– E o Theo pode ficar também?- ela concordou e ficaram os quatro.

Ela conversou com os pais todo tipo de assunto até que o sono a alcançou, Tony e Pepper ficaram um bom tempo no quarto olhando ela dormir até que finalmente decidiram deixá-la sozinha, antes de irem dormir passaram no quarto pouco decorado que agora era de Theo e colocaram o menino no berço assim como fizeram com Claire eles também velaram o sono do menino, mas demoraram menos pra sair.

– Ela fala pelo os cotovelos.- Pepper riu e entrou no quarto já Tony travou na porta.
– O que foi?
– Faz tempo que eu não entro aqui.
– Como assim? Você dormiu aqui ontem, Tony.
– Eu sei, ontem eu tava tão confuso que nem parei pra ver isso, mas é que eu não entro aqui desde... Desde que você se foi. De todos os lugares dessa casa o pior pra mim era o nosso quarto eu não conseguia entrar aqui, olhar pra nossa cama era angustiante, me sufocava, acabava comigo então eu mudei de quarto e tranquei esse daqui e se tudo aquilo, Pepper, fosse real se você estivesse mesmo morta esse quarto nunca mais seria aberto.
– Mas acontece que eu estou viva, Tony, e eu quero me deitar com você na nossa cama.- ela voltou aonde ele tinha parado e lhe estendeu a mão, quando ele a pegou ela o trouxe pra dentro do quarto e ele respirou fundo.- Suas coisas já estão aqui.- ela sussurrou no ouvido dele, destravando ele caminhou pelo quarto pegou o seu pijama e o vestiu sem tirar os olhos dela que também já estava trocada, convidando-o para deitar ela deu duas tapinhas na cama e ele se juntou a ela.- Você não sabe o quanto eu desejei isso, Tony.- ela confessou ao sentir seu corpo sendo envolto pelo braços fortes dele.
– Sei sim, Pepper.
– Às vezes sinto falta do reator.
– Por que?
– Por que eu gostava de brincar de fazer sombras.- os dois riram e depois disso veio o silêncio que Tony queria quebrar com perguntas, mas acabou por não fazer e aos poucos os dois adormeceram.

Os dias passaram todos estavam ávidos por notícias, Tony concedeu algumas respostas que ele havia combinado com Pepper, Rhodes e Coulson, a mídia queria saber quem era o tal homem e também queriam vê-la, mas ela se recusava a aparecer, Tony cobrava por suas respostas, mas ela sempre dava um jeito de se sair e com a pressão que sofria de dia ela descontava bebendo um pouco de noite, toda a madrugada quando ela se acordava para alimentar seu filho ela alimentava também o vicio que adquiriu durante esse tempo que passou com Arno, a verdade era que Pepper estava em depressão, mas ela se recusava a aceitar e demonstrar o seu atual estado para sua família e amigos.

Voltando de uma missão demorada Tony se viu na necessidade de ter sua mulher em seus braços, mas dessa vez tê-la por inteiro, já era tarde quando ele chegou e assim que tirou seu traje ele subiu a procura dela a encontrou saindo do banheiro e pegando-a desprevenida ele a tomou em um beijo sedento de desejo e a prensou contra a parede, assustada ela lutava contra ele que achava que ela estava apenas querendo tomar as rédeas da situação como muitas vezes já aconteceu e por isso prendia ainda mais seus braços, as lágrimas logo começaram a cair enquanto ela esperneava pra se soltar, Tony percebeu que tinha algo errado e afrouxou o aperto, se desfazendo do beijo ela o empurrou e correu aos prantos para o banheiro batendo a porta e o deixando atônito foi questão de segundos pra ele cair em si e perceber o que tinha acontecido.

– Ele não fez isso.- Tony falou para o quarto vazio não querendo crer no que sua mente lhe dizia, Arno já tinha tentado uma vez não tinha conseguido por que Tony impediu, mas agora ele teve um ano pra fazer com ela o que quisesse e ele fez.- Filho de uma puta.- Tony andou nervosamente pelo quarto e sendo invadido por uma onde de raiva ele correu para porta do banheiro e a esmurrou.- Abre essa porta, Pepper! Por favor, abre a porta.- ele pediu, mas ela não atendeu.- JARVIS, abra a porta.
– Senhor, tenho que dizer...
– Abra a porra da porta, JARVIS!- o AI antedeu seu pedido e quando Tony entrou encontrou Pepper perto da pia sentada no chão com a cabeça apoiada nos joelhos com os braços em torno de si abraçando suas pernas e chorando copiosamente, lentamente ele caminhou para perto dela e se sentou ao seu lado.- Pepper, me desculpa.- ela não lhe respondeu ele apenas ouviu o soluçar dela e quis puxá-la pra si abraçá-la e dizer que nunca mais isso ia acontecer, mas teve medo que ela se assustasse e não a tocou.
– Eu achei que não era você.- ela confessou chorando, o soluço de um choro de medo ecoava pelo banheiro e Tony arriscou ao pousar sua mão sobre os cabelos dela ele sentiu ela ficar tensa, mas ela não se afastou ele se aproximou mais e logo conseguiu puxá-la pra si, ela agora estava sentada de frente pra ele seu rosto estava escondido na curva do pescoço dele que afagava suas costas.
– Enquanto você estava lá ele...- ele não teve coragem de terminar a pergunta que ele sabia a resposta, mas ele precisava saber e teve a resposta através de um choro mais profundo e um aceno, na hora o sangue dele subiu a cabeça seus punhos se fecharam a sua respiração ficou mais rápida e ele ficou tentando tirar da cabeça as imagens que sua mente reproduzia.
– Eu me sentia tão suja.- ela falou chorando.- Naquela hora só o que eu queria era morrer.- ela soluçava em seu choro e ele a abraçava.- Todas as noites eu implorava por algo que o detivesse para que não acontecesse... Só que...- ele a abraçou apertado e ela chorou e chorou muito.- Não deixa isso acontecer de novo, por favor, eu não quero que aconteça prefiro morrer que passar por isso de novo... Não deixa, Tony.- ela pediu a ele que nada podia fazer a não ser abraçá-la e mostrá-la que estava segura.
– Nunca mais outro homem vai lhe tocar desse jeito. Eu juro, amor.- ele sentia o mais profundo ódio e se tivesse a chance de matar Arnold de novo ele faria com o maior prazer, ela chorou até que finalmente conseguiu dormir ele continuou abraçado a ela por alguns minutos até que com um pouco de dificuldade ele se levantou a levou de volta para o quarto e a deitou na cama, saiu do quarto furioso, ligou para o Rhodes pedindo para que ele viesse e enquanto esperava descarregou um pouco de sua raiva nas vidraças da oficina.
– Mas o que você tá fazendo?- Rhodes perguntou ao ver ele disparar mais uma vez contra a última vidraça que sobrou.
– Aquele desgraçado! Ele fez aquilo com ela! Eu queria matá-lo de novo, eu queria me lembrar de tê-lo matado!- o rosto dele estava vermelho, suas veias estavam querendo saltar de seu corpo e sua respiração estava cada vez mais pesada.
– Do que você tá falando?
– Ele a estuprou!- Rhodes arregalou os olhos surpreso e ficou sem palavras.- Ele fez isso com ela, com a minha mulher! Meu irmão, Rhodes! O meu próprio irmão fez isso com ela! Como eu queria ter a chance de matá-lo outra vez, eu ia aproveitar cada segundo e faria isso da maneira mais lenta possível.
– Ele tá vivo, Tony.- Rhodes soltou nauseado com o que ouviu.
– O QUE?!
– Ele também conseguiu sobreviver a explosão e tá vivo, preso na base da SHIELD em Nova Iorque.- ele não quis saber de explicações cobraria isso depois que voltasse, entrou na armadura e traçou seu plano de voo para o lugar onde ele estava pois o seu maior desejo é acabar de vez com a vida de Arnold.


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Notas finais do capítulo

E então gente? Arno é um belo fdp.