Upside Down escrita por Mrs Salvatore


Capítulo 2
Chapter I


Notas iniciais do capítulo

Leitores lindos do meu coração (Se é que eu ainda tenho alguns :S)!
Cá estou eu, com o primeiro capítulo da fic! Não está divino, mas está melhor que o prólogo, acho! Espero que vocês gostem!



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Chapter I - Uma limousine na porta da escola

— γαμημένη είναι*, Potter! — resmungo irritada, observando meu armário.

— Chamou? — ele aparece ao meu lado, sorrindo maroto.

— Se eu fosse você tirava esse sorrisinho besta da cara antes que eu o faça por você, ηλίθιος*! — isso só faz com que o sorriso dele se alargue — E, a propósito, você poderia me fazer um favor E DEVOLVER OS MEUS LIVROS AGORA? — grito, chamando a atenção de algumas pessoas que passavam pelo corredor.

— Livros? Que livros? Ah... Lembrei. Eles estão... Espera, eu não me lembro de onde eles estão!

— Faltam cinco minutos para as aulas começarem, Potter! Me. Dá. Meus. Livros. Agora! — digo, entredentes.

Ele finge estar pensativo.

— O que eu ganho em troca?

— A extraordinária chance de evitar a minha mão na sua cara! — digo animada.

— Não me parece justo. — ele se vira e começa a sair. Olho no relógio. Quatro minutos. Droga!

Muito bem... O que você quer?

Ele sorri, satisfeito.

— Eu poderia fazer uma lista...

— Sem enrolações, Potter! O que você quer? — pergunto, dividida entre raiva e pressa.

— Hum... Deixa eu pensar. Já sei! Que tal ser minha escrava particular por uma semana? — arqueio a sobrancelha — Não? Ok. Tá, você não vai poder falar esse seu hebraico por duas semanas.

— É grego, Potter! E tá, eu paro! Mas cadê meus livros?

— Grego, hebraico, tanto faz! É irritante do mesmo jeito! Aqui estão seus preciosos livros... — ele me entrega os livros.

— Hey, de onde você tirou isso?

— Eu tenho meus truques, gata! — ele pisca repugnantemente em minha direção. Se vira e vai saindo.

— Espera! Tenho direito a uma última pergunta? — pergunto a ele, que arqueia as sobrancelhas. Entendo isso como um 'vá em frente'. — Como descobriu a senha do meu armário?

Ele dá de ombros.

— Como eu disse... Eu tenho meus truques. — e sai.

Me recupero do choque de ter sido superada, pelo Potter, em uma discussão e saio andando à procura de Marlene e Dorcas.

Como se eu precisasse...

— Lilica! — me viro... e não vejo mais nada além de um emaranhado de cabelos negros em cima de mim.

— Bom dia, Lene! Embora eu ache que seria ainda melhor se você saísse de cima de mim!

— Por favor, Lily! Seu dia já melhora cem por cem por cento só de me ver! — ela diz, se levantando.

— Lene, querida! Tão jovem, tão iludida! — digo, dramaticamente.

— Fique quieta que eu não estou com humor para rimas. — diz, rabugenta, e nós rimos.

— Onde está Doe?

— Bem aqui! — ela diz, em algum ponto atrás de mim e eu me viro, procurando-a.

— Aqui! — diz ela novamente, no lado oposto ao que estava antes.

— Como você faz isso? — decido não me virar novamente, não querendo fazer papel de boba.

— Não é nada demais... É uma técnica que eu aprendi no 'Como se tornar um ninja experiente' (N/A: Não, isso não existe. Acabei de inventar!)! Aprendi tantas coisas lá que você nem imagina... Ontem eles ensinaram como se abre armários e portas sem qualquer tipo de aparelho ou senha, querem ver? — cogito seriamente a ideia de Potter também estar assistindo a esse programa, mas descarto. Dorcas deve ser a única na face da Terra que gosta desse programa.

Observo enquanto ela destranca facilmente o armário de um aluno qualquer e tranca novamente, com a mesma facilidade.

— Como você... — Lene começa, mas nós trocamos um olhar e ela desiste de perguntar. Com o tempo, aprendemos a não questionar Doe e seu programa de ninjas, é mais fácil. Apenas damos de ombros e nos encaminhamos para a sala, atrasadas.

XXX

— Eu não aguento mais Química! — Lene diz, se jogando na mesa perto de mim e de Doe.

— E eu não aguento mais você! — murmuro, olhando fixamente para meu garfo, mas mudo de ideia ao levantar o olhar e ver uma faca apontada para mim. Como ela pegou essa faca tão rápido? — Mentira! Desculpa, era brincadeira! Eu amo você, Marlene!

— Marlene? — o tom dela se torna ameaçador. Oh, droga! Esqueci que ela odeia ser chamada de Marlene.

— Você sabe que eu amo você, não sabe, Lene? E que eu estava só brincando? — digo, lentamente, vendo-a hesitar por tempo suficiente para eu tomar a faca de sua mão. Sorrio, triunfante. — Quem é a vítima agora, hein?

— Não se esqueça que eu ainda tenho meu tridente... — diz ela com o garfo na mão. Passo mentalmente as minhas possibilidades. Merda, contra ela as chances são mínimas.

— Okay, okay! Eu. Me. Rendo. — levanto os braços em sinal de desistência. Ela ergue as sobrancelhas, descrente, mas depois dá de ombros e volta a comer, como se nada houvesse acontecido. Também dou de ombros e me concentro em meu pudim.

Dorcas nem sequer levanta os olhos de sua revista, ''Ninjas em série''. Acho que ela já se acostumou conosco. Acho, não, tenho certeza! Nós nos conhecemos desde que tínhamos seis anos de idade, a surpresa estaria em ela ainda não ter se acostumado. Não que ela seja a pessoa mais normal do mundo...

— Hey, Evans! Como foi seu dia? — Potter sussurra (sedutoramente?) em meu ouvido. Me viro repentinamente e o vejo, acompanhado de Sirius e Remus.

— Estava ótimo, até você aparecer! — digo radiante. — Mas você não parece se importar em ser uma pessoa incômoda, não é mesmo?

Por um breve momento Potter pareceu ofendido, mas deve ter sido minha imaginação, já que, um segundo depois, ele sorriu maroto para mim e sussurrou novamente:

— Nós dois sabemos que eu não sou nem um pouquinho incômodo para você! — depois sorriu, radiante, e imitou meu tom de voz: — Não é mesmo?

— Ah, Potter! — começo, sussurrando como ele — Nós dois também sabemos que não sou eu que sonho comigo todas as noites, não? — pisco para ele, que cochichou algo com Remus e Sirius e os três saíram rindo.

— Vocês dois ainda se casam... — comenta Lene. Doe cochicha algo com ela e as duas gargalham como crianças. Fecho a cara.

— Grandes amigas, as que eu tenho... — começo a me levantar.

— Espera, Lily! Você ainda nem deu um beijinho de despedida no James! — Lene diz, um pouco inocentemente demais, e as duas voltam a gargalhar.

— Ha-há! Olha a minha cara de felicidade! — me viro e começo a caminhar na direção da saída, mas não antes de ouvir Doe soltar a pérola:

— Quem tem cara é cavalo! — reviro os olhos e saio do refeitório. Amigas, só podem ser obra de Gaia!

XXX

— Pelo amor de Deus, Lily! Como você consegue prestar atenção nisso? É Sociologia! — murmura Doe, que está sentada ao meu lado.

— Se você realmente prestasse atenção, como eu, perceberia que é uma matéria interessante! — sussurro de volta, irritada.

— Duvido! — ela diz, e volta a mexer no celular.

— Marlene? — sussurro, me rendendo à curiosidade.

— Yeah! Ela também falaria com você, mas sabe que você não vai responder...

Volto minha atenção ao professor, que está esperando a resposta de um aluno. O garoto gagueja por um tempo, mas por fim consegue responder. Reviro os olhos. É patético como alguns alunos são lerdos.

Meu celular vibra no bolso. Mas o que foi agora? Eu vou matar a Lene. Decido ignorar, depois eu posso ler. Volto a focar no professor, que anda de um lado a outro enquanto explica.

Meu celular vibra de novo. Mas que diabos? Vou desligar essa porcaria! Desligo o celular, irritada. E passo uns bons cinco minutos apenas assistindo à aula... Até ser cutucada pela Dorcas.

— O que é? — digo, bufando.

— A Lene disse que é pra você ler o que ela escreveu! Seja lá o que for, é importante. Ou pelo menos é o que ela diz...

— Diz pra ela que eu...

— Eu não vou dizer porcaria nenhuma, diz você!

Reviro os olhos e ligo o celular. Duas mensagens da Marlene. Abro a primeira a ser mandada:

.......

'' Lily, amor meu! Preciso te contar uma coisa,

responde pra eu saber que você está aí,

senão eu soco a sua cara! - M ''

.......

Reviro os olhos novamente. Lene, sempre tão delicada! Abro a mensagem seguinte:

.......

'' Se passaram 45 segundos e você não respondeu!

Será que eu vou ter que sair da minha

aula de Biologia e ir até aí? - M ''

.......

É melhor responder logo, antes que ela venha mesmo. Respondo:

.......

'' Calma, Lene querida! Não chame a polícia (ainda).

Sabia que você está interrompendo minha aula de

Sociologia? Diz logo o que você quer! - L ''

.......

Não se passou nem um minuto quando a resposta chega.

.......

'' Achei que você não fosse me responder! Sério, já estava indo aí. Ok, vou dizer logo: Como você sabe (acho), a sala de Biologia é aqui embaixo. Automaticamente, a gente pode ver o que acontece lá na rua. E você não vai acreditar no que eu acabo de ver... Cara, tem uma limousine na porta da escola!! NA PORTA DA ESCOLA! E um tiozinho de terno acaba de sair dela e acho que ele está indo para a secretaria. E tem a bandeira de Londres na limousine, igual àquela da família real, sabe? OMG, é a limousine da família real!!! Tem até o simbolozinho! O que eles fazem aqui? Argh, o professor tá mandando eu guardar o celular, preciso despistar. Qualquer coisa eu te mando outra mensagem, ok? - M ''

.......

Eu não acredito que a Lene me desconcentrou da aula por isso! Argh, limousine da família real. Aposto que é apenas um amante da Inglaterra, e nem deve estar entrando na escola, vou desligar essa porcaria de novo! Desligo o celular e ignoro os pedidos de Dorcas para ligar novamente. Dane-se a Lene e a ''limousine da família real''. Continuo a assistir a aula sem ressentimentos.

Depois de alguns minutos o sinal toca. Muito bem, fim da última aula. Pego minhas coisas e caminho calmamente até meu armário. Guardo os livros, pego minha bolsa e me encaminho para a saída.

Estranho. Por que essa bagunça toda? Há uma aglomeração de estudantes na saída. Localizo Lene entre eles. Ela também me vê e se apressa em minha direção.

— Por que você não me respondeu? — pergunta com raiva.

— Porque eu estava assistindo à minha aula de Sociologia! — respondo, no mesmo tom.

— Só por isso vai ficar sem saber o que houve!

— Ah, Lene! — minha voz se torna doce — Me conta... Por favor!

— Lily Evans não gosta de fofocas! — diz ela, decidida.

— Isso não é fofoca, é informação! — corrijo-a.

— Ah, quer saber... Dane-se! Você vai saber de qualquer jeito mesmo... — ela dá de ombros e sorri. — Sabe a limousine que eu te falei?

Penso em expor minha opinião sobre isso, mas mudo de ideia. Isso pode fazer com que ela não me conte.

— Sei... — acho que não pareci muito convencida, porque ela ergue as sobrancelhas e disse:

— Ela realmente era da família real. E advinha só quem entrou na limousine junto com o tio do terno?

— Quem? — pergunto, tentando (e fracassando) não parecer muito interessada.

James Potter! Dá pra acreditar? — procuro em seu rosto qualquer coisa que me prove o contrário, mas ela realmente está falando a verdade.

— Não. — murmuro, inaudivelmente.

XXX


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Notas finais do capítulo

*γαμημένη είναι: Maldito seja!
*ηλίθιος: Idiota!

Que tal a ideia da Lily falando grego? Deem a opinião de vocês, é sempre bom saber a opinião de alguém de fora :D
Xoxo *-*



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