Destino escrita por Ginnie


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Pras os leitores novos e antigos: espero que gostem. Eu acho que esta fic já está bem mais madura e séria, e eu gostei. Não sei quando saem os próximos, mas é uma shortfic, deve ter uns 5 capítulos ( contando com esse prólogo)
Pros antigos: INGUOY NÃO ESTÁ cancelada. Sei lá. Só tava com mais vontade de fazer essa.
Nos vemos lá em baixo.



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O trem estava disparado, assim como a minha mente. Poderia ir pelas sombras, é claro, mas há vários motivos para eu ir assim. Primeiro, o trem sempre foi um dos meus meios de transporte preferidos. Segundo, mortais não viajam pelas sombras, e era assim que eu queria viver, ou pelo menos tentar. E finalmente, é esse tipo veículo é calmo, demorado e oscilante que dá bastante tempo para pensar.

Sim, pensar e principalmente, me convencer de que estou fazendo o certo. Parte da minha mente ainda grita para que eu volte para Nova York, onde todos comemoram a derrota sobre Gaia. Porém os outros 85% da minha mente dizem que tudo está como deveria. Eu cumpri minha promessa. Evitei, junto com Reyna, a guerra de gregos x romanos. Lutei junto com os semideuses, e adormecemos a deusa novamente. Mas apesar de tudo, eu não pertenço aquele lugar. Sou mais um morto do que vivo, eu sei que eles me temem, acham que a qualquer momento me virarei contra eles. Hazel, minha irmã, foi bem aceita entre eles, mas todos desconfiam de mim.

E ainda há Percy...

Afasto o filho de Poseidon da minha mente. Estou partindo justamente para esquecer toda essa minha vida, principalmente dele. Isso inclui a minha dúvida: eu sou gay? Não sei. Só senti alguma coisa por Percy, e nunca mais por ninguém, não importa o sexo. Antigamente isso me preocupava. A minha única paixão resultar num coração partido é crueldade. Mas agora, eu me sinto livre. Porque mesmo que fosse armação de Afrodite meus sentimentos por Percy, aqui ela não poderia me transformar em seu brinquedinho.

Perdido nesses pensamentos, nem percebo que estamos na próxima parada, Correzzola, até que um homem estressado me cutuca com força, resmungando algo em húngaro que tenho certeza que deve ser algo como "adolescentes, hmpf"'. Levanto da cadeira e ele passa, carregando uma maleta. "Uma viagem de negócios, talvez" penso enquanto sento-me na cadeira.

Cerca de 2 horas depois, chego ao meu destino, a minha cidade natal, Veneza. Assim que saio da estação, carregando minha bolsa pesada, recebo uma brisa quente e carregada de umidade, que me faz sentir numa sopa. Suspiro e saio vagando pela cidade. É inútil procurar parentes, todos estão mortos.

Com esse pensamento, sinto uma dor no peito. Automaticamente sento e tento fazer o exercício de concentração e foco.

Meu nome é Nico Di Angelo. Tenho 15 anos. Sou um semideus, filho de Hades. Estou sentado impotente num banco do lugar que eu nasci, com a cabeça entre as mãos como um idiota. E , agora que fugi, tenho que me virar sozinho.

Maldição. Com meu psicológico tão afetado pela guerra e pelo emocional, esqueci das questões práticas. Como me alimentarei? Onde irei morar? O que eu vou ser? Como eu vou me virar numaescola?

-O que você vai fazer agora, Nico?- Minha consciência pergunta.

-Bom, ficar aqui parado como um imbecil não vai ajudar.- respondo mentalmente e levanto- O primeiro passo é parar de falar comigo mesmo.

Isso aí. Já consigo me dar comandos simples como calar a boca. Agora vamos pensar. No momento isso parece uma missão impossível. Eu estou exausto não sei pelo quê, fiquei sentado o dia todo. Porém, era a verdade. Minhas pálpebras tremiam no esforço de se manterem abertas, e minha mente ia junto, na tentativa contínua de me deixar alerta. Então vamos pensar onde eu vou dormir.

Não vou voltar, nem escondido para dormir. Eu vou me virar tanto e tão bem sozinho que vou esquecer tudo.

Não vou dormir na rua. Já fiz isso num lugar relativamente seguro e as lembranças são terríveis. Pra resumir, monstros atacam quando as pessoas dormem.

De jeito nenhum irei ao Mundo Inferior. Com certeza meus piores momentos foram lá.

Então parece que minhas opções se esgotaram. Me permito cair no banco, de volta à mesma posição de antes. O tempo passa, pessoas vão e vem e a noite cai. Os vultos mudam,mas nem me movo. Deixo a escuridão cair sobre mim.

Escuridão, penumbra, vultos...sombras. Isso! Vou viajar nas sombras.

Ok, quem seguir o meu raciocínio anterior, os planos eram agir como um mortal comum. Mas situações desesperadoras pedem medidas desesperadas. E não sei se realmente posso virar, pelo menos um pouco, normal.

Talvez seja impossível mudar quem você é.

Com esses pensamentos, levanto e viajo nas sombras até um hotel, cujo nome tenho uma vaga memória de infância. Vejo que estou num quarto escuro, aparentemente desocupado. Mas a mobília está perfeita, e a cama parece absurdamente confortável.

Cama...conforto...assim que meu cérebro lento de sono recebe essa informação, baixo a guarda imediatamente. Não penso se há ruídos, ou no que eu tropecei, só quero chegar ao meu destino. E finalmente consigo.

Apesar de tudo, meu corpo se recusa a penetrar na inconsciência, de modo que apenas deito e me sinto relaxar. O colchão era macio como uma nuvem. Talvez não seja, mas o meu maior conforto hoje foram os assentos pouco estofados do metrô. Ou seja, aquilo me parecia um paraíso.

Quando finalmente meu corpo começa a ceder e estou quase caindo no sono, ouço um italiano grito feminino vindo da direita do quarto.

-Quem é você e o que está fazendo aqui?!


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Notas finais do capítulo

SÃO 4:40 DA MANHÃ VEI.
EU PASSEI 1 HORA E MEIA ESCREVENDO ISSO.
Tô ferrada. Enfim, sweeties, espero que gostem do prólogo. Eu amo atiçar a curiosidade de vocês. Leitores novos, acostumem-se.
Reviews? Se gostarem ou não, podem me esculachar educadamente.
E agora eu vou dormir, estou morrendo de sono.
XoXo Bri.



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