A Bet escrita por Nick Montanari


Capítulo 19
Desmoronando


Notas iniciais do capítulo

Olaa gente!!! ^^
Demorei?
Um pouquinhoo nee?
rsrs
Me desculpem lindas, eu sinto muito por ter deixado vocês esperando..
Mais vamos ao cap... Boa leitura, espero que gosteem ^^



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A noite não pudera ser mais perfeita. Isabella nunca provara de tamanho prazer como naquelas horas em que foi amada pelo grego.

Este que não ficara atrás. Realmente a madrugada fora a mais intensa de sua vida. Inesquecível. Nunca, mulher alguma o fez se sentir tão realizado como aquela teimosa britânica.

Sorri de canto a vendo dormir. De bruços, com as costas nuas, apenas um lençol branco lhe cobrindo a região dos quadris.

Com cuidado para não acordá-la passa os dedos pela pele alva, sentindo toda a quentura e maciez que a forma.

Inclina-se e lhe beija a cabeça, retirando com cautela os fios do belo rosto adormecido.

Suas lembranças retornam até a noite que a trouxera para sua vida. A noite em que entrara no cassino.

De cara avistara o Swan, que diferente de todos ali, não se vestia bem. Nenhum smoking caro, ou um paletó importado. Apenas um jeans escuro, e um blazer surrado por cima da polo azul clara.

A aflição e o desespero em sua face cansada eram notáveis. Ainda mais depois de perder a escritura da casa.

Esfrega a mão no rosto aflito. Tantos problemas, pra nenhuma solução.

Precisa desabafar com alguém... Precisa de um conselho ao menos.

Deita-se na cama, respirando fundo. Sente o coração bater descompassado. Aquelas malditas pontadas, cada vez mais frequentes e fortes.

Fecha os olhos e puxa o ar com firmeza, sentindo uma leve falta de ar...

–Skatá (merda).- pragueja alto de mais, despertando a moça ao seu lado.

Sonolenta, abre os olhos, depois de esfregar as costas das mãos neles. Olha para o loiro, em meio ao escuro do quarto.

–O que houve Edward?- sussurra arrastadamente.

Ele a olha sorrindo. Tão linda, a teimosa britânica.

–Nada agápi̱ (amor).- sibila a puxando para si, deitando a cabeça da jovem em seu peito. Volte a dormir minha prinkípissa (princesa)- beija de leve nos lábios rosados, aconchegando-a em seus braços.

–Não estou com...- boceja, levando a pequena mão para os cabelos loiros de Edward. Com sono.- completa, praticamente entregue ao mundo dos sonhos.

–Óneira glyká, agápi̱ mou. (Bons sonhos, meu amor).- lhe beija novamente nos lábios, já ouvindo o ressonar tranquilo de Bella.

Com um pouco de dificuldade arruma o edredom sobre eles. Retira a mão de Isabella de seus cabelos, entrelaçando seus dedos no dela.

Precisa esclarecer tudo com ela, antes que seja tarde de mais.

[...]

O sol adentra no quarto pela fresta da cortina de seda. Os passarinhos cantam alto do lado de fora, se misturando com os barulhos das ondas caribenhas.

Preguiçosamente a Isabella se espreguiça na cama, esticando os músculos.

Lembranças da noite passada invadem sua mente, e um sorriso instantâneo se forma nos lábios da jovem.

Solta um suspiro, procurando pelo corpo forte de Edward. O vazio gélido da cama a obriga a abrir os olhos, fechando-os rapidamente devido à claridade solar.

Bufa se esticando na cama. Onde aquele maldito grego se enfiara?

Sorri diante a ironia. Se coração se entregara de bandeja, justamente para o homem que tornara sua vida uma bagunça.

Passa as mãos no cabelo e se senta na cama, sentindo-se radiante. Suspira sentindo seu coração se aquecer de amor pelo seu Cullen.

Animadamente se põe de pé e caminha até o banheiro cantarolando uma musica qualquer. Encara sorrindo próxima a porta a pilha de roupas tiradas de madrugada. Morde o lábio inferior e adentra no cômodo.

Toma um banho rápido, fazendo sua higiene matinal em seguida.

Praticamente em saltinhos vai até o closet separando uma roupa leve e descontraída juntamente do lingerie importada.

Veste-se e penteia os cabelos, que brilham de modo unicamente lindo. Na verdade tudo está lindo!

Mais um suspiro é exalado pela Swan que sai da suíte.

Vozes alteradas chamam sua atenção. Entre elas reconhece a da sogra e logo depois de Edward. Isabella para e com passos lentos caminha até a porta entre aberta da sala de estar.

–Eu sabia que tinha algo estranho nessa história Edward. Tinha certeza que estava me escondendo algo.- escondia atrás da porta a morena ouve a sogra ralhar.

–Mamá eu sei que eu errei, mais o que houve ontem não vai se repetir mais.- dessa vez Edward quem pronuncia as palavras. Foi um erro.-

–Não é a primeira vez Edward, Jéssica já me disse que isso tem acontecido com frequência... E olhe pra você meu filho, qualquer um percebe o que esta acontecendo.- um aperto doma o coração da morena, que se encolhe mordendo os lábios.

–Jéssica é uma fofoqueira.-

–Não ela quer o seu bem, assim como eu.- Esme volta a falar mais calma. Entenda meu anjo, com o coração ninguém brinca!- as palavras chocam Isabella.

É claro, estão falando deles. Do que houve ontem a noite.

–Prometa que vai procurar Tanya e resolver isso, filho. Por favor, diga que irá fazer isso.- lágrimas já acumuladas nos olhos da britânica, caem livremente pelo seu rosto.

–Eu prometo mamá.-

Uma tontura abate a jovem que se encosta-se à parede respirando fundo.

Isso não pode estar acontecendo.. Pensa mordendo o lábio, segurando os soluços do choro. Com as pernas bambas corre de volta ao quarto, se trancando no banheiro.

O corpo quase que voluntariamente escorre até se chocar no chão. Sentada recolhe os joelhos esfregando as mãos no rosto.

_Foi um erro._

_Foi um erro._

_Foi um erro._

As palavras frias de Edward repetem em sua cabeça. Como ele pode? Dizer que a amava e agora fazia isso?

Soluça alto se encolhendo ainda mais. Ele deve ter contado toda a história para Esme que, o repreendera.

Aquele grego falso! Seus prantos se tornam a cada segundo mais desesperados.

Os sentimentos se misturam em seu peito, que se contrai de tanta dor. Como pode cair na lábia dele? Acreditar que ele a amava? Como foi tão tola?

Os dedos curtos se infiltram nos cabelos, e se embrenham puxando-os com ira. Um grito agudo escapa de sua garganta, e ainda chorando busca por ar.

Como deseja não ter dito que o ama. Como deseja não amá-lo. Como deseja nem o ter conhecido.

Por alguns segundos para e encara o mármore branco da parede do banheiro. Como algo pode doer tanto? Como pode ser tão dilacerante?

As lágrimas caem silenciosamente por seu rosto, enquanto a jovem permanece imóvel.

Ainda trêmula se levanta. Encara-se no espelho, vendo sua imagem refletida.

A aparência abatida não recorda a que tinha noite passada.

O rosto mais pálido do que de costume, os olhos rodeados por olheiras, permanecem avermelhados e opacos. O brilho que reluzia deles minutos antes, já não existe mais.

Assim como o belo sorriso, que deu lugar a lábios fechados e esquálidos.

De modo retardo, abre a torneira da grandiosa pia. Olha a água escorrendo do cano dourado e suspira com imensa vontade de sumir.

As mãos se formam em concha e acolhem o líquido cristalino o levando-o até a face.

Prende o lábio inferior com a mente fervilhando. Tantas coisas passam por sua cabeça nesse momento.

Esquecer, brigar, perdoar, xingar, gritar...

Bate o pé firme, já decidida. Por mais que doa cada célula de seu corpo, não vai se deixar ser rebaixada.

Irá confrontar o Cullen, e após lhe dizer boas verdades.

Porém somente ao imaginar em estar perto do grego novamente, seus membros já se arrepiam, e um calafrio percorre sua espinha ao se relembrar daquelas safiras brilhosas.

Chacoalha a cabeça.

–Não seja idiota!- exclama saindo do banheiro. Seus batimentos cardíacos se tornam mais intensos, e as mãos soam frio.

Caminha meio hesitante pelo grande quarto, até se encontrar com a porta. Sem paciência, apanha o cartão magnético e o põe no bolso puxando a placa de madeira com força.

Sente cada pedacinho de seu corpo gelar ao dar de cara com Edward. Um nó doma sua garganta e sente seus olhos arderem, mas se mantém firme, não vai se rebaixar perante ele.

–Quero conversar com você.- diz meio ofegante.

–Ótimo eu também quero conversar com você.- a voz rouca, que sempre fora calma e macia, soara de modo frio e um tanto irritada.

Ainda parada observa o semblante do loiro. O maxilar serrado indica que não está de bom humor, e os olhos, aquele olhar sempre receptivo brilha de modo intenso. Intenso até de mais.

–Entre!- a voz do homem sobe uma oitava fazendo Bella se encolher e adentrar no quarto novamente. Os olhos negros se arregalam ao ver Edward empurrar a porta com tamanha brutidão, fazendo um estrondo ao se fechar. Vou lhe perguntar somente uma vez.- as palavras saem pontuadas dos lábios finos. Você sabia do caso que Alice e Emmet mantinham em segredo?-

Surpresa a moça abre a boca, uma, duas vezes. De certo modo teme o grego enfurecido a sua frente.

–Responda Isabella!- o tom feroz a faz saltar no lugar. Os orbes negros assustados se encontram com os azuis furiosos.

A Swan pisca várias vezes antes de sair do transe. Volta a encarar Edward que de tão furioso, quase solta fumacinhas pelos ouvidos.

–Sabia sim, e para de gritar comigo!- responde empinando o nariz.

A face do loiro se torna vermelha de fúria, causando temor na garota.

–Você... Você tem noção do que você fez? Você acobertou essa safadeza, ajudou aqueles dois a enganarem não só a mim mais a minha família inteira também..- com passos rápidos ele se aproxima da britânica, as mãos fortes se prendem nos braços os apertando. Por que fez isso Isabella?-

–Me solta..- levemente assustada ela se afasta do loiro. Eles se amam, e tem todo o direito de serem felizes juntos!- rebate sentindo os membros arderem.

–Apó to Theó (Por Deus)!- exclama infiltrando as mãos nos cabelos. Isso é uma sem-vergonhice. Eles são irmãos!-

–Não Edward, não! Eles não são irmãos!- a voz delicada da morena se eleva ainda mais. Os dois estão amando, e nem você nem qualquer um tem o direito de atrapalhar isso!-

–Deixe de ser ridícula, Bella. Tem noção de como meu pai está? Ou pior, você imagina como a minha mãe está com isso tudo?- a questiona furioso.

–Eu imagino que estão chocados, mas eles devem entender que Emmet e Alice se amam e...-

–Ora fique quieta!- manda impaciente. Você nem sabe o que é ter um pai de verdade. O seu papai, que te colocou numa mesa de jogos, poderia até aceitar uma coisa absurda dessas mais o meu pai, que da a vida pela nossa família nunca, me ouviu, nunca aceitará isso.-

–Não se esqueça de que você estava lá, e me comprou dele... Não tem moral alguma pra falar de Charlie!- internamente se controla para não cair em lágrimas, a cada palavra fria de Edward lhe vem a sensação de que fora arrancado um pedaço de seu coração.

–Tenho toda moral sim! Por que ao contrário dele eu nunca arriscaria um filho meu em um lugar como aquele!-

–Você não pode falar de lá... É cliente daquela joça! Você me comprou lá esqueceu?- os lábios rosados tremem por raiva.

–Pode apostar que se arrependimento matasse eu estaria morto agora.- as palavras frias dele lhe dilaceram o coração. Eu nunca me arrependi tanto Isabella, como estou agora. Maldita hora em que te conheci, maldita hora!-

–Acha que eu agradeço aos céus por te conhecido? Eu nunca odiei tanto uma pessoa como eu odeio você Edward. Eu tenho nojo de você, nojo do que você fez e nojo do que você é.- suas palavras a surpreendem e mesmo se detestando por proferi-las se mantém firme.

–Se me recordo bem, você não pareceu ter nojo de mim, noite passada.- responde com o maxilar cerrado. Ou é uma excelente atriz ou uma garota qualquer que se deita com primeiro que aparecer.-

Velozmente Isabella acerta um tapa no rosto másculo.

–Você é um monstro, sem sentimentos. Eu não quero nunca mais ver a sua cara!-

–Ótimo por que eu também não desejo ver a sua!-

Num ímpeto a jovem sai do quarto correndo. As lágrimas lhe turvam a vista e as pernas bambas não a ajudam em sua velocidade. Porém mesmo com os empecilhos consegue encontrar o elevador.

Coloca-se dentro da caixa de ferro e com as mãos tremulas acionam o botão da recepção.

A dor é tão forte que lhe tira o fôlego.

O corpo amolece até se bater contra a parede gelada, escorrendo até o chão.

Encolhe-se no carpete desesperada. Só pode ser um pesadelo... Sim é um pesadelo.

A campainha soa, e as portas se abrem automaticamente. Sem forças permanece inerte no chão apenas chorando cada vez mais forte.

–Bella?- uma voz conhecida, adentra seus ouvidos, porém não se mexe. Bella, Theé mou (meu Deus), oque aconteceu com você!- passos soam perto de suas orelhas, e uma mão lhe afaga os cabelos.

Soluçando eleva o rosto, e mesmo com a vista embaçada consegue identificar Jéssica a sua frente.

–Jé- Jéssica?-

–Sim Bella, sou eu... O que houve com você, méli (meu bem)?- o modo carinhoso usado pela secretária do Cullen a faz chorar ainda mais.

–Own querida, não chore. Venha vou te levar até sua suíte e..-

–Não!- exclama alto. Me leva pra longe daqui, por favor, Jéssica, não quero ver Edward... Me leve pra longe dele, por favor!-

A grega morde os lábios em hesitação.

–Tudo bem venha, vou te tirar daqui.- com a ajuda de Jéssica a jovem se levanta caminhando trêmula pelo grande hall.

E seu interior tem consciência de estar atraindo a maioria dos olhares ali, porém não se importa. Na verdade, nada mais importa.

[...]

–Aceita?- ao ouvir Jéssica indagar, levanta a cabeça a encarando. Sorri de leve, pegando a caneca oferecida pela secretária.

–Obrigada Jess.- sua voz sai fraca e baixa. Totalmente sem animo, toma o café quente, sem nem mesmo se importar com a temperatura alta do líquido.

–Está quente Bella, vai queimar sua boca.- dá de ombros suspirando. Edward me ligou perguntando por você, parece preocupado.-

As orbes da moça se arregalam e volta a encarar Jéssica.

–Você não... Não disse que estou aqui com você não é?-

–Não fique tranquila, não disse e nem direi.- aliviada a morena exala o ar, tomando mais um gole da bebida fumegante.

–Ele me contou o porquê que brigaram.- a grega murmura baixo. Em minha opinião vocês deveriam conversar, tem tantos assuntos não esclarecidos nessa história...-

–Jéssica.- Bella a corta com a voz fria. Por favor, podemos mudar de assunto?-

A moça respira fundo e se ajeita no pequeno sofá.

–Claro, me desculpe.- pede.

Swan concorda apenas com um acenar de cabeça.

–Que horas é meu voo amanha?- indaga brincando com os pelinhos da manta em seu colo.

É tão estranho como o tempo mudara tão rapidamente em Cancun. O sol brilhoso e quente, foi-se embora e em seu lugar chegara uma terrível onda de frio com nuvens carregadas de chuva.

–As nove da manha.- a amiga de Edward responde, tossindo levemente.

–Jess eu prometo que assim que chegar a Londres te enviarei o dinheiro da passagem.- a mulher bufa, dando um leve tapinha na perna da britânica.

–Deixe de bobagem. É um prazer ajudar você, não precisa me devolver dinheiro algum.-

Os olhos negros brilham com lágrimas querendo saltar dos orbes. Com cuidado coloca a caneca de porcelana branca no chão, e se estica pegando a secretária em um abraço fraterno.

–Não tenho palavras para te agradecer Jess. Sério, muito obrigada. Obrigada mesmo, por tudo que fez e tem feito.- diz com a voz embargada.

–Qual é Bella, amigos são assim, ajudam um ao outro.- carinhosamente alisa as madeixas mognos. Só espero que fique bem, e que vá me visitar.- as duas riem se afastando.

Com as costas das mãos Bella, enxuga os olhos molhados.

–Não pretendo regressar a Grécia nunca mais, porém as portas da minha casa sempre estarão abertas para você.-

–Eu agradeço méli (querida), mais nunca diga nunca.-

[...]

Uma brisa bate contra o rosto da Swan, que permanece de olhos fechados. Sua cabeça da voltas, e voltas.

Se pudesse escolher embernaria, feitos os ursos que dormem por longos seis meses.

Respira fundo, se recordando de três noites atrás, a qual se entregara a Edward. Naquela madrugada se sentira mulher como nunca. Desejou e foi desejada.

Pode sentir a paixão a domando por inteiro, e seu amor apenas aumentar pelo grego.

Foi como se uma onda má viesse e batesse contra seu castelinho de areia. E ela só pode ver tudo desmoronando, sem a menor chance de salvá-lo.

–Aposto que está sonhando comigo.- o tom brincalhão de Jéssica a faz rir, abrindo as pálpebras.

–Já disse que você é humilde?- as duas riem descontraídas.

–Ainda não.-

–Que bom, pois eu odeio falsidade.- as duas riem devido a piada.

–Bom vemos descer, você tem que fazer o check in.- a grega a lembra, soltando-se do cinto.

Com um suspiro pesaroso repete o gesto.

–Vamos.- concorda antes de sair do carro. Sem nenhuma bagagem as duas caminham pelo estacionamento em total silencio que segue até a recepção do aeroporto.

–Você fala espanhol?- encara Jéssica meio aflita.

–Sim eu falo.- responde e solta um risinho. Me de aqui sua passagem, eu resolvo tudo pra você.- as duas trocam um sorriso, e Bella permanece mais de lado enquanto Jéssica vai até o balcão.

Assim que embarcar no avião será o fim. Para ela e Edward. Para o amor que nutre por ele.

Ajusta o casaco, emprestado pela secretária assim como todo o restante de roupa, em volta de seu corpo.

As mãos se encontram gélidas e suadas, tamanha ansiedade. Olha novamente para Jéssica que conversa de modo tedioso com a atendente.

Em poucos minutos retorna até ela.

–Prontinho Bella, aqui está.- com um leve sorriso, a jovem Swan pega o cartão de embarque. Solta um suspiro olhando o bilhete de cor azulada.

Um azul forte, porém não tão lindo quanto o dos olhos de certo grego.

–Já vai pra sala de embarque?- eleva a cabeça encarando a secretária.

–Acho que sim, que horas são?-

–08:43.- responde de modo meio tenso, olhando repetidamente para os lados.

–Algum problema?- curiosa a questiona.

–Não, não... Nenhum.- intrigada a morena cerra os olhos, beliscando o lábio inferior com a pontinha dos dentes.

–Ok, então. Você me acompanha até lá?-

–Acompanho sim...- murmura ainda estranha.

As moças caminham lado a lado, com passos medianos, até a porta de embarque.

A mulher na porta as recepciona com um grande sorriso. Isabella a observa.

De pele mulata, com os cabelos encaracolados presos num coque elegante. Os olhos são grandes e profundos, de um tom caramelo, um tanto incomum.

E nos lábios avermelhados, os dentes brancos aparecem num sorriso.

É uma mulher bonita. Conclui por fim.

–Está bien. Buen viaje y perder un buen día! (Tudo certo. Tenha uma boa viagem senhorita e um bom dia!)- diz devolvendo o cartão a Jéssica que sorri.

–Gracias. (Muito obrigada.)- responde se voltando para a britânica. Bom, Bella... Eu odeio despedidas porque eu sou uma manteiga derretida então... Theós (Deus), eu sou uma chorona..- exclama já com os olhos marejados. Então..- suspira profundamente. Se cuide sua teimosa.- as duas riem, ambas emocionadas. E seja muito feliz tá? Seja em Londres ou em qualquer parte do mundo, te desejo o melhor Bella.- mexida com as palavras da moça, Isabella a abraça, derrubando algumas lágrimas.

–Obrigada Jess, muito obrigada mesmo.- soluça. Eu não sei o que teria feito, se não tivesse me ajudado.-

–Qual é.. É pra isso que os amigos servem.- lhe dá um beijo no rosto. Boa viajem.-

–Obrigada.- agradecem limpando a face. Vai me visitar, não é?-

–Vou sim, pode esperar.- trocam um sorriso, quando a campainha do aeroporto toca, noticiando sobre o voo da britânica.

–Vou indo Jess... Tchau.- se despede, com um nó prendendo sua garganta.

–Tchau Bella.- a grega acena, antes da morena atravessar a porta.

As mãos apertam com força o bilhete de embarque, e um arrepio percorre o corpo da morena, eriçando todos seus pelos.

O coração fica disparado e olhar preso no belo grego parado a frente.

Ofega baixo, quando ele dá dois passos em sua direção.

–E-Edward?- indaga baixa, bobamente afetada por sua presença.

–Olá Bella.- aquela voz. Hmmm, que voz. Pensa a morena fechando os olhos momentaneamente.

–O que? O que está fazendo aqui?-

Ele sorri de lado, todo sedutor.

–Vim impedir que a minha noiva vá embora.- murmura cada vez mais perto. Cometi um grave erro com ela, e preciso me desculpar.- completa, por fim.
Erro. As palavras de Edward ressoam em sua cabeça, e a conversa que ouviu entre ele a mãe volta a sua mente.

Seus olhos se enchem de lágrimas, porém ela as segura bravamente.

–Sei que errei com você Bella mais eu...-

–Não. Chega Edward, não quero suas desculpas.- o interrompe firme.

–Não seja teimosa, melachroiní̱ (morena)..-

–Pare!- sua voz sobe uma oitava, e percebe que alguns passageiros mantêm a atenção neles. O que você quer hein? Caçoar da minha cara?-

–O que? Por que acha isso Bella?- o semblante do Cullen, se torna confuso.

–Ora porque?! Ouvi o que disse para Esme! Eu ouvi você dizer a ela que o que tivemos foi um erro!-

–Não sei do que está falando.- ele responde a deixando irritada.

–Não se faça de idiota!- grita, deixando as lágrimas rolarem. Você é um monstro Edward! Tirou-me de perto do meu pai... Tendo-me do modo mais sujo e nojento que existe!- soluça alto.

–Eu tenho que te explicar o que aconteceu naquele cassino Isabella, mas, por favor, pare de gritar!- pede controlado.

–Há, explicar oque? Como você fez meu pai me por na mesa de jogos? Ou como foi divertida aquela madrugada na qual você faturou uma garota tão fácil? Poupe-me Edward, eu não preciso disso.-

–Você não intende. É uma mula de tão teimosa.- exclama passando a mãos grande pelos fios loiros.

–Outra coisa de que não preciso.- cruza os braços. Os seus elogios. Agora se me dá licença eu tenho que embarcar.- murmura passando por ele.

–Bella..- a mão forte prede o braço fino. Não vai por favor. Vamos conversar.-

Ela suspira e mais lágrimas caem de seus olhos.

–Sinto muito Edward, mais não posso. Não dá.- puxa seu braço e ajeita o casaco, andando.

Não olhe para trás. Não olhe para trás. Não olhe para trás.

Repete mentalmente enquanto a aeromoça inspeciona seu cartão, e os documentos. Porém seu coração masoquista a faz se virar.

A imagem faz seu coração doer ainda mais. Ver Edward parado, a olhando de modo triste é desesperador.

Sente vontade de correr até ele e o abraçar. O beijar e dizer que tudo ia ficar bem.

–Señorita, puede embarcarse. (Senhorita, pode embarcar.)-

–O que?- indaga limpando os olhos e a face.

–Buen viaje! (Boa viagem!)- murmura antes de quase empurrá-la para dentro da porta.

A britânica focaliza o olhar, vendo o longo corredor prateado, e caminha por ele de modo mecânico.

Adentra no avião, e se senta na poltrona de número 30.

O choro se torna mais constantes, porém prende os soluços. Fecha os olhos encostando a cabeça no banco.

Lembranças de tudo que vivera nesses últimos dias, passa feito um filme em suas pálpebras.

Prende os lábios entre os dentes, com uma profunda dor em seu peito. Assim como todos os sonhos, o seu, avia chego ao fim.

Seu conto de fadas, com aquele lindo príncipe grego, esta absolutamente desmoronando.


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Notas finais do capítulo

Como eu já havia dito, A Bet está no fim.
Já me decidi e iremos até o capitulo 25..
Espero que tenham gostado do capitulo, e a partir de agora vocês vão começar a entender tudo..kk
Beijooes minhas lindonaas
Se cuideem ^^
Tée maais..