Minha mãe e May estavam no meu quarto. Tinham entrado para me procurar e agora estavam as duas olhando para mim com uma expressão de surpresa. Minha mãe olhava da porta de conexão para meu pijama e vice versa com repugnância, enquanto May olhava para os mesmos lugares sorrindo cada vez mais.
– MÃE? O que você ta fazendo aqui? - eu disse praticamente gritando de surpresa.
–eu vim te procurar America. Posso sabe o que você estava fazendo lá? Com essas roupas?

– eu, é.. eu tava. Então..
– estava falando comigo. Eu a chamei. Perdão pela interrupção - disse a rainha, que apareceu como mágica atrás de mim.
– Majestade - disseram minha mãe e May em coro.
– bom dia senhora Singer, bom dia May

Eu ainda estava estática
– o café já esta a caminho America, não demore se arrumando - disse a rainha para mim de forma calma antes de olhar para minha mãe e explicar - eu sugeri de America e Maxon tomarem o café juntos no quarto hoje para comemorar o primeiro dia de noivado. Espero que não se incomode.
– de forma alguma majestade - disse minha mãe.

– eu queria tomar café com você America. – May disse protestando

– Desculpe minha linda, mas prometo que deixo você me ajudar com os preparativos do casamento. – eu disse tentando amenizar aquilo tudo.

– ah. Então ta. – May disse dando pulinhos

– Depois eu falo com você mãe, vou tomar banho pra tomar café – eu disse dando um abraço na minha mãe.

– certo, então vamos indo. Vem May. Ate mais tarde America, Juizo. Majestade, você vem também?

– sim, claro. Temos muito que discutir senhora Singer. Temos um casamento para organizar – Disse a rainha dando uma piscadela para mim antes de sair e fechar a porta do meu quarto.

Assim que eu fiquei sozinha, eu consegui respirar normalmente novamente. Eu tinha que tomar mais cuidado. Fui para o banheiro, tomei um banho rápido e quando fui colocar minha roupa, lembrei que não separei uma roupa. Também né, contando tudo o que tinha acontecido desde o momento que acordei, não era de se espantar. Enrolei-me na toalha e deixei meus cabelos molhados soltos e pingando um pouco e fui para meu quarto. Quando abri a porta, o susto.

–AI MAXON, que susto! O que você ta fazendo aqui? Sai! Eu tenho que me arrumar!

Maxon estava jogado na minha cama, e quando viu que eu estava só de toalha, ficou estático me olhando. Boquiaberto eu diria.

– Maxon? Maxon? MAXON!

– eu vim te buscar pro nosso café, quando ouvi que você tava no banho, decidi esperar. Se eu soubesse que você pretendia se arrumar no quarto, teria trago a comida para cá! Teria sido bom tomar café da manha assistindo a um espetáculo desses! – Maxon disse abrindo um sorriso na ultima frase

– Engraçadinho. Volte para seu quarto, eu te chamo quando eu acabar! – eu disse com as mãos na cintura

Maxon se limitou apenas a se acomodar mais na minha cama. Colocando os braços atrás da cabeça e cruzando as pernas.

– Ah! Não vai sair não? Então ta. - Eu fui ate o closet e peguei um vestido leve ate quase o joelho – eu vou para o banheiro.

– Aaaaaah America, não se incomode. Eu prometo ficar de olhos fechados – ele disse cobrindo os olhos de forma que ainda pudesse ver.

Eu apenas ri para ele e fui para o banheiro. Quando eu sai, ele ainda estava na minha cama. Eu sai correndo e pulei na cama ao lado dele, fazendo ele quase cair da cama. Depois disso ele voltou e me empurrou de leve. Ficamos rindo um pouco igual duas crianças.

– Vamos princesa, vamos comer. – Maxon disse se levantando.

Quando ele estava um pouco distante de mim, eu arremessei um travesseiro nele. Quando o atingi, ele parou e me olhou por cima do ombro. A falta d atitude dele, me fez tacar outro travesseiro, agora mais forte. Maxon se virou para mim, abaixou, pegou um dos travesseiros e olhou para mim com um olhar desafiador.

– tem certeza que quer começar isso America?

– o que foi Majestade? Esta com medo de perder para uma garota?

– Não me provoque America!

– hahaha. Medroso

Eu estava de joelhos no meio da cama, com os braços cruzados. Com um movimento rápido ele correu e se jogou em cima de mim. Nós caímos na cama, ele em cima de mim. Ele ainda estava com o travesseiro, e sentou em cima de mim e começou a me bater com o travesseiro.

Nós estávamos rindo alto, gritando. Eu não conseguia reverter à situação. Então fiz a única coisa que o faria parar. Eu simulei dor. Maxon logo de desesperou, e quando baixou guarda eu o empurrei e subi em cima dele, imobilizando ele da mesma forma que ele tinha feito comigo.

Enquanto eu simulava uma risada diabólica e batia nele com o travesseiro.

–AI! PARA! Não vale. Você me enganou! – Maxon gritava entre as travesseiradas.

– te enganei nada. – eu disse parando de bater nele - Chama-se estratégia de jogo. Como futuro rei, você deveria ter uma!

– você me fez acreditar que eu tinha te machucado. Isso não é certo America. Não brinque com isso!

Seu tom de voz me fez ficar imóvel. Ele tinha razão, não se deve brincar com isso. Senti um remorso por ter causado preocupação nele.

– poxa Max, desculpe. Realmente, eu não devia ter feito aquilo. Prometo não brincar mais com coisa seria. Você me perdoa?

Maxon me olhava boquiaberto, não estava se movendo. Um sorriso foi surgindo nos lábios dele. E eu não estava entendendo o porquê.

– do que você me chamou?

Eu tinha o chamado de Max, eu nunca tinha dado nenhum apelido para ele. Eu sempre chamava ele pelo nome, enquanto ele me chamava de milhões de apelidos fofos.

– Max. Eu te chamei de Max.

Maxon sorriu para mim e relaxou todos os músculos do corpo que eu nem havia percebido estar rígido. É como se naquele momento ele tivesse tido certeza de que seriamos um do outro para sempre, pois foi isso que eu pensei.

Maxon colocou as mãos nas minhas coxas e as acariciou. Ele estava de olhos fechados, respirando fundo, ainda estava sem fôlego. Eu queria mostrar para ele que estava apreciando o carinho dele, então eu coloquei as minhas mãos sobre as dele e as acariciei de igual forma. Maxon sorriu e abriu os olhos. Quando seu olhar encontrou o meu, ele começou a se levantar, primeiro apoiando o peso nos cotovelos, depois levantando lentamente, se aproximando cada vez mais de mim, que ainda estava sobre ele.

– eu te amo minha princesa

– eu te amo príncipe

Maxon se aproximou para me beijar

– nosso café deve ter esfriado – eu disse– e eu to com fome.

– minha fome é outra – Maxon disse se aproximando mais.

– Max?

– ta boooom, espere aqui, vou buscar.

Ele me soltou com relutância e eu sai de cima dele e deitei na cama. Maxon ficou olhando para minhas pernas.

– Max?

– To indo amor – ele disse ainda olhando fixo para o mesmo lugar.

Quando eu percebi que estava de vestido, pude notar que quando me joguei na cama, ele tinha subido um pouco, exibindo bastante de minhas coxas. Eu senti um pouco de vergonha e ajeitei a saia. O que fez o Maxon “acordar” e levantar as pressas.

Menos de um minuto depois ele estava de volta com uma bandeja de comida e colocou na minha frente e sentou do outro lado, de frente para mim.

– mmmmm.. Comida fria! – eu disse em tom de deboche

– se você quiser, podemos esquentar as coisas – Maxon disse erguendo uma sobrancelha.

– Maxon! – eu disse repreendendo ele

– o que? Eu me referia à comida! Sua maldosa! – ele falou fingindo estar ofendido

– ah! Sim! Claro! Tão inocente meu noivo – eu disse colocando a mão no peito, como se sentisse dó dele.

Nós começamos a rir e depois começamos a comer. Enquanto comíamos, nos discutíamos ideias sobre o casamento. Discutíamos não, eu falava. Maxon apenas ficava querendo iniciar a conversa “lua de mel”.

– estive pensando algumas coisas, como o numero de convidados. Eu não tenho muitos amigos, então.. – Maxon me interrompeu.

– nem imagino o porque – disse pouco antes de colocar um biscoito na boca.

– o que você quer dizer com isso?

– você lembra qual foi a primeira coisa que me disse quando tentei me aproximar de você?

– sim, mas, era diferente!

– sei! Claro que era. Eu estava tentando te agarrar, enquanto você estava indefesa no chão e.. não espera!

– eu estava nervosa! Porque não tinha uma boa impressão de você, majestade!

– então ta. Prossiga. Você não tem muitos amigos.

– então da minha parte, não terão muitos convidados.

– quer algo pequeno, é isso?

– sim!

– certo então, uns 600 convidados então?

Aquela pergunta me fez engasgar. Eu queria algo pequeno, mas nossas percepções de pequeno eram muito diferentes.

– 600? Isso é pequeno para você?

– considerando que tem vários países inclusos na Pré lista, sim!

– pré lista?

– sim. Sempre existe uma. Com pessoas que não podem faltar. Você sabe, reis, lideres políticos..

– isso ainda é muita coisa para mim. Não quero lidar com isso ainda. Vamos falar de outra coisa.

– a lua de mel! Eu acho que devíamos sair do país! Levar você para locais onde eu possa..

– Okay, vamos mudar de assunto! – eu o cortei antes que ficasse mais vermelha do que sabia que estava.

– alguma hora teremos que falar sobre isso! Porque não agora que estamos a sós?

– porque ainda não to pronta!

Maxon apenas suspirou como resposta.

– você é muito saidinho para alguém que nunca namorou!

– quem disse que eu nunca namorei?

– você!

– Certo. Mais quem sabe esse não seja o motivo. Eu podia ter tido várias, mas escolhi esperar pela pessoa certa. – Maxon estendeu a mão para toca meu rosto - Agora que eu encontrei essa pessoa, não quero esperar nem mais um segundo!

O carinho dele era muito suave, se eu não tivesse olhando para ele, talvez quase nem sentisse.

– você é muito romântico, mas não. Não consigo.

– Entao ta – ele disse puxando a mão de volta e comendo mais um biscoito. Eu sabia que ele tinha se sentido um pouco mal com aquilo tudo. Como eu poderia reverter isso?

– você saberá quando eu estiver pronta. Mas até lá..

– eu sei. Vamos acabar de comer, já devem estar esperando a gente la em baixo.

Quando acabamos de comer, nos juntamos as coisas do nosso café e levantamos. Maxon abriu a porta e estendeu a mão para segurar a minha.