A seleção - Eu sou.. A nova princesa de Illéa! escrita por Booh


Capítulo 24
Capitulo 24


Notas iniciais do capítulo

Cá estou.. postando pelo computador da faculdade NOVAMENTE.. Porque minha internet esta ruim no dia da postagem NOVAMENTE! kkkkk
Odeio quando isso acontece. Logo agora que a brincadeira ta ficando boa!
Parar de enrolação e vamos pro capitulo, pode ser? okay!



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Tinha passado quase uma semana, desde a nossa volta para casa. Eu estava no banheiro com minhas criadas, me arrumando para o jornal oficial. Maxon ainda não tinha chegado, passou o dia no escritório com o pai e os conselheiros, falando da nossa proposta. Eu tinha que estar bonita, essa noite, se tudo desse certo, iríamos anunciar uma grande mudança no país.

Anne tinha escolhido um vestido comportado para mim. Era vinho e de manga comprida. Com decote em U, que não mostrava demais nem escondia demais.

Maxon entrou no quarto sorrindo, Anna e Lucy estavam terminando meu cabelo. Mary, que antes estava apenas sentada esperando elas acabarem, levantou e entregou a roupa que tínhamos separado para ele usar no jornal. Ele agradeceu com um sorriso tão perfeito, que Mary corou na mesma hora. Quando elas acabaram, nos deixaram a sós e Maxon foi imediatamente para o banho. Saindo pronto em quinze minutos.

– Então? – eu perguntei ajeitando sua gravata

Maxon sorriu para mim e me beijou. Eu afastei sorrindo.

– Vai borrar minha maquiagem! – eu disse fazendo Maxon rir

– Quem diria que algum dia ouviria isso de você!

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Anunciaram que o jornal estaria no ar em dois minutos. A cada segundo, eu ficava mais nervosa. Meu estomago estava embolado, o que era estranho, porque garanti que não comeria nada de estranho, para não correr o risco de passar mal no meio do jornal. Eu estava senta ao lado de Maxon, tentando me manter com a melhor cara de “estou bem” que conseguia. Maxon começou a perceber e segurou minha mão.

O jornal começou, com Gavril e o rei falando, já quase no final, o rei chamou Maxon e a mim. Sentou em seu trono e nos ficamos ao lado de Gavri.

– Boa noite príncipe Maxon e princesa America, o que tem para nós hoje?

– Boa noite Gavril, é um prazer estar aqui falando com vocês – Maxon disse virando para as câmeras

– Boa noite – eu disse timidamente – viemos – eu olhei para Maxon e ele assentiu com a cabeça – viemos – eu estava vendo tudo turvo, e sentindo o mundo rodar aos meus pés – pode assumir? – eu cochichei para ele, me apoiando em seu braço e Maxon assentiu com o cenho franzido para mim e me envolveu pela cintura.

– Viemos anunciar nosso projeto. Estamos trabalhando nele a dias e podemos dizer que chegamos a um resultado satisfatório.

– Um projeto? – Gavril disse – Sobre o que se trata? Estou curiosíssimo – ele disse olhando para mim

– O fim das castas – eu consegui dizer

As pessoas a nossa volta arquejaram de surpresa. Gavril olhou para o rei, que mantinha sua expressão dura para nós. Logo depois ele assentiu e Gavril sorriu para nós.

– Explicaremos melhor com o tempo, mas resumindo, amanha mesmo abriremos postos de informações e consultorias. A partir do mês que vem, todos poderão ingressar na carreira que quiser. Não serão mais presos a uma lei. Recomendamos que todos que tem desejo de mudar de profissão, procurem informações – Maxon disse

– O que fez o rei mudar de ideia? – Gavril perguntou

– Ele também não estava satisfeito, mas parecíamos estar de mãos atadas – eu disse, praticamente fazendo força – mas tivemos ajuda dos nossos novos aliados.

Olhei para o rei e ele esboçou um sorriso, enquanto a rainha estava radiante de orgulho. Apoiei o peso em Maxon e fechei os olhos, para tentar conter a tonteira.

– America? – ouvi a voz de Maxon, parecendo muito distante.

– Por questões lógicas, pedimos para os jovens terem prioridade, para que já comecem certo. e peço aos pais para instruir as crianças no caminho certo e.. – eu tentava, mas ate minha voz estava distante.

Senti tudo parar de rodar, mas ainda não enxergava nada. Ouvi alguns gritos e a voz de Maxon chamando meu nome cada vez mais baixo e com mais eco. Percebi que estava com os olhos fechados e tentei abrir, em vão. Meu corpo parecia leve, e eu tinha certeza que eram os braços de Maxon que estavam em volta de mim.

Quando finalmente abri os olhos, eu estava no quarto da ala hospitalar do castelo e Maxon dormia na poltrona ao meu lado. Sentei na cama e olhei para ele. O que ouve dessa vez? Tentei levantar, mas minhas pernas não sustentaram meu peso e eu cai no chão. Maxon acordou e correu ate mim.

– America? – ele disse me levantando – você tem que repousar.

– Porque?

– Você desmaiou no meio da transmissão do jornal oficial – ele explicou me colocando deitada na cama

– Estranho – eu disse enquanto ele puxava a coberta sobre mim

– Esqueceu de comer outra vez? – ele perguntou sentando

– Sabe que eu não faço isso!

– Então?

– To com muita fome

Maxon riu e passou a mão no cabelo. Segurei sua gravata frouxa e o puxei, o fazendo deitar sobre mim. Maxon puxou a coberta e se acomodou do meu lado, me envolvendo com seus braços. Um jeito sutil de dizer que não começaria nada ali, comigo naquele estado. Me acomodei em seu peito e fechei os olhos. Abri novamente quando ouvi a porta abrindo. Amberly entrou seguida pelo rei Clarkson.

– Você esta melhor America? – ela perguntou

– Só com muita fome – eu respondi rindo, ainda com a cabeça sobre o peito de Maxon

– O que o médico disse? – rei Clarkson perguntou

– Que os exames ficarão prontos amanha, e que ela poderá ter alta essa tarde – Maxon respondeu afrouxando o abraço

– Então iremos providenciar o almoço de vocês – Amberly disse passando a mão em meu cabelo

– Almoço? Como assim? E o café da manha? – eu perguntei levantando a cabeça

– America – Maxon disse rindo – são onze e meia da manhã

– Nossa – eu disse deitando de novo

– Algum pedido especial para o cardápio? – Amberly perguntou

– Na verdade – eu disse – eu queria muito macarrão penne com queijo parmesão, presunto e alho poro. E torta de kiwi e banana para a sobremesa. Dá tempo?

Amberly me olhou com o cenho franzido e assentiu com um sorriso de lado. Saiu do quarto e fechou a porta. Rei Clarkson olhou para nós serio.

– Maxon – ele disse – poderia nos dar licença um minuto?

– Porque? – ele perguntou

– Vá chamar o médico, dizendo que a senhora America já acordou.

Maxon se levantou devagar, olhando desconfiado para o pai e saiu. O rei me olhou e depois suspirou. Sua postura mudou. Ele estava sempre com as mãos atrás do corpo e a coluna ereta, agora estava mais solto e com as mãos no bolso da frente. Me endireitei na cama e esperei.

– Aprecio o que você fez na transmissão – ele finalmente disse

– O que? Desmaiar?

– Dar ao povo o que ele quer, e dizer que eu estou de acordo desde o começo, quando claramente não é verdade.

– Ah!

– Nunca concordei, mas resolvi ceder, em nome das alianças com Itália e França. Você poderia ter dito a verdade, e sair como heroína do povo. Me colocando em uma posição ruim.

– Nunca faria isso. Nós levantamos a bandeira branca lembra? – eu disse sorrindo

– Lembro – o rei disse, e eu pude ver seu lábio tremer, como se segurasse o riso.

– Alem do mais, não pretendo me tornar heroína por derrubar a reputação do rei. Pretendo me tornar uma heroína ao lado dele. Somos uma família rei Clarkson, gostando um do outro ou não.

– Clarkson – ele disse

– Perdão? – perguntei não entendendo porque ele dissera seu nome

– Me chame só de Clarkson. Afinal, somos uma família agora, America.

Não pude deixar de sorrir, e quase que ele sorriu outra vez. Mas Maxon entrou com o médico e Clarkson reassumiu sua postura de sempre. Assentiu com a cabeça e saiu. O medico verificou minha pressão e chamou Maxon em um canto. Eles falavam em voz baixa e Maxon olhava para mim as vezes. Quando acabaram, Maxon voltou para o meu lado e o medico saiu.

– O que houve? – eu perguntei

– Sua pressão está mais baixa que o normal, vai mesmo precisar ficar ate o fim da tarde.

– Ah! – eu disse cabisbaixa

– E você? O que meu pai queria?

– Agradecer

– Agradecer por o que?

– Por não ter detonado com ele quando falávamos do nosso projeto

– Aquilo foi incrível mesmo – Maxon disse se acomodando ao meu lado na cama. Deitei em seu peito, sentindo os braços de Maxon ao meu redor e acabei dormindo. Acordei com o cheiro da comida e sentei na cama apressada. Maxon riu e pegou a bandeja, colocando em meu colo. Comi muito rápido o macarrão e logo depois comecei a sobremesa. Comi a minha e a de Maxon, que não fez questão de comer.

Maxon disse que precisava ir para o escritório, mas que voltaria a cada meia hora até eu ser liberada. Por mais que eu dissesse que não precisava, ele ignorava o que eu falava e repetia que voltaria. Eu sorri e pedi mais um pedaço de torta. Amberly chegou logo depois que Maxon saiu.

– Fiquei muito orgulhosa ontem – ela disse sentando na poltrona

– Foi um desmaio e tanto não? – eu disse rindo

– Foi – ela riu – e pareceu tão real.

– Tenho um dom nato para as artes – disse me exaltando

– Se não fosse quem você é agora e não existisse as castas, você ainda seria musicista?

– Com certeza! Eu amo o que faço. E você?

– Para ser sincera, nem me lembro como era ser uma Quatro. E lamento muito em não poder fazer muito como Um. Não tive o mesmo pulso firme que você tem, de encarar a tudo e a todos. Clarkson não é como Maxon. Maxon sempre viu o melhor nas pessoas e é humilde, apesar de ser Um. Ele aceita ouvir que está errado e admite seus erros. Aceita ajuda e ainda por cima, se mantém integro.

– E Clarkson não?

– Não. Ele é absoluto. Ele “não comete erros”. Ai de quem tentar dizer o contrário. Você viu. Você foi a primeira pessoa a desafia-lo, e quase perdeu Maxon por isso. Ele cresceu em uma família conturbada, em meio a brigas e contendas. Ele se cercou com uma muralha de gelo, para evitar sofrer como quando criança. Tive medo de Maxon ser como ele. Mas não é.

– Sorte minha – eu disse rindo

– Sorte nossa – ela disse abrindo um sorriso.

Passamos o resto da tarde conversando e sendo interrompidas por Maxon, que de fato, vinha a cada meia hora. Quando finalmente fui liberada para voltar ao meu quarto. Entrei no meu quarto, e vi minha caixa do violino esquecida em um canto. Lembrei-me do dia em que Maxon me viu tocando pela primeira vez e sorri.

https://www.youtube.com/watch?v=0wEYzY4pvBk&list=TLApmwcGuKHtnkPLEsNgOAQrMhvZNVh9d7

– Já disse o quanto gosto de te ouvir tocar? – Maxon disse atrás de mim, me fazendo quase deixar o violino cair.

– Não chega assim do nada Max! Quase derrubei o instrumento!

– Não resisti – ele disse se aproximando

Maxon pegou o violino da minha mão e colocando de volta na caixa. Parou na minha frente e colocou uma mecha do meu cabelo atrás de minha orelha. Deslizou essa mão ate minha nuca e agarrou meu cabelo, tombando minha cabeça levemente para trás enquanto usava a outra mão para envolver minha cintura e me puxar ao encontro de seu corpo. Deslizou seu nariz desde minha clavícula ate minha orelha e depois refez o caminho ao contrario com beijos. Me pegou no colo e me levou ate a cama.

– Já esta melhor? – ele perguntou – quer parar?

– Não – eu disse puxando ele de volta para meus lábios.

Maxon riu durante o beijo e se afastou. Olhei para ele confusa.

– O que? – perguntei

– Você acabou de sair do hospital. Nem sabemos o que você tem.

– Tem medo de que seja contagioso?

– Não. Só preocupado de você ficar ainda mais fraca do que já está. O medico mandou você ficar de repouso.

– Hmm.. entendo.

Maxon suspirou e saiu de cima de mim, deitando ao meu lado. Ficamos alguns segundos em silencio olhando para o teto, ate que não resisti e resolvi falar o que estava pensando.

– Pode buscar uma coisa para mim?

– Posso. O que? – ele perguntou virando para mim e apoiando a cabeça na mão.

– Uma maça verde.

– Maça verde? Agora?

– To com vontade de comer algo verde. Maça foi a primeira coisa que passou pela minha cabeça.

– A torta era verde, não pode ser ela?

– Hmm.. Okay. Pode ser – respondi sorrindo

Maxon levantou e saiu do quarto, voltando alguns minutos depois com a torta na mão. Trouxe um pedaço generoso. Eu sentei na cama, apoiando as costas na cabeceira e Maxon colocou ela no meu colo. Apressada peguei dei uma garfada e coloquei na boca e engoli quase que sem mastigar. Maxon me olhou assustado e riu. Quando finalmente o gosto da torta veio a tona junto com o cheiro dela, o cheiro que pouco antes me deixava faminta, agora, me causou náusea. Um arrepio percorreu meu corpo e eu olhei para a torta no meu colo, agora, com uma expressão de repulsa.

– America? – Maxon perguntou – você esta bem?

– Tira a torta daqui – eu disse com a mão na boca

Maxon se apressou e tirou a torta de perto de mim rápido o suficiente para que não carregasse ela comigo quando pulei para fora da cama. Corri para o banheiro e coloquei o pouco da torta que tinha comido. Maxon entrou no banheiro e se abaixou do meu lado, puxando meus cabelos para trás. Fui ate a pia e limpei a boca. Maxon me conduziu ate a cama sem falar nada e assim que eu deitei, dormi.

Ele me acordou algumas horas depois para perguntar se eu iria descer para jantar. Assenti e fui para o banho. Maxon já tinha tomado banho, mas terminou de se arrumar dentro do banheiro, caso eu desmaiasse outra vez.

Coloquei um vestido leve, mas de manga comprida, porque estava fazendo frio. Era preto com detalhes cinza. Descemos e entramos na sala de jantar, onde Amberly e Clarkson já nos esperavam. O jantar foi servido logo depois e eu comi mais do que normal. Clarkson me olhava com o cenho franzido, mas depois que olhou para Amberly , que tentava conter o sorriso, sua expressão suavisou. Maxon olhou para mim, depois para os pais, e sua expressão só ficava ainda mais confusa. Eu também estava confusa. Porque Amberly ria? Porque Clarkson estava com aquela expressão? Eles pareciam ter um segredo. Olhei para Maxon e demos de ombros. Continuei comendo, porque eu me sentia um buraco sem fundo. Tinha a impressão que daria conta da comida inteira sozinha. Deve ser porque quase não me alimentei hoje. Passei mal e perdi muitas refeições.

De lá, fui para meu quarto e fiquei deitada na cama, enquanto Maxon andava pela quarto contando sobre a discussão no escritório. Me perguntei varias vezes porque eles eram tão severos com Maxon. Ele tentava fazer um bom trabalho, e sempre tinha problemas com isso. Não sei o que aconteceu, mas eu pisquei e quando reabri os olhos, estava tudo apagado e Maxon dormindo com o braço sobre minha barriga. Olhei em volta confusa, mas dei de ombros e dormi.


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Notas finais do capítulo

Nao da tempo de conferir.. Então me perdoem se houver erros. Vejo voces nos comentários, certo?
Okay.. Bjooooos :3



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