The Maze escrita por Hunter Demigod


Capítulo 4
A New Helper Part 1


Notas iniciais do capítulo

Hey, esse é só um capítulo pra dizer "hey, i'm not dead, let's go dinner"... (Desculpem, tenho assistido Sherlock... Não estou bem.) Mas, espero que gostem, peeps!



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POV Miles

–Pra que lado? Que droga! Estamos andando em círculos? -perguntei

–Miles, você quer parar de reclamar? -Milo perguntou

Bem, acho que vocês não sabem quem é Milo, não é? Acho que devo explicações... Aconteceu logo depois que eu passei pelos palhaços demoníacos e isso já foi a dois dias atrás...

Eu estava caminhando o mais tranquilamente possível pelos corredores escuros quando ouvi um barulho que se assemelhava a uma luta. Franzi o cenho e continuei andando até chegar a uma “sala”em meio a tantos corredores. Me imprensei contra a parede e olhei o que estava acontecendo lá dentro. O barulho de luta já havia parado e a sala que eu olhava era estranha. As paredes eram pintadas de verde escuro, com manchas vermelhas que eu reconheci como sangue. Haviam árvores e arbustos lá dentro, altas e frondosas. Olhei para cima, para o teto, e não pude vê-lo, só pude imaginar que era alto. Uma pessoa estava sentada no centro da sala. Ela sangrava, e sangrava muito. A pessoa encarava suas próprias mãos, manchadas de sangue e meus instintos mandaram-me entrar lá e ajudar a pessoa.

–Ei! -chamei e entrei na sala, devagar

Os músculos da pessoa ficaram tesos e eu dei mais um paço a frente.

–Está tudo bem? -perguntei

A pessoa apenas ficou parada, sem responder. Assim que dei mais um passo, ouvi um barulho atrás de mim. Ao olhar, vi que a porta que dava no corredor do labirinto havia sumido. Quando me virei novamente para a pessoa, ela havia ficado de pé, e ela realmente estava sangrando muito. Assim que ela se virou para mim, pude ver seu rosto.

Só sei de uma coisa, nunca mais vou dormir na minha vida depois disso. Metade de seu rosto estava em carne viva, o olho estava pendurado em seu rosto e a outra parte estava com cortes profundos, completamente manchado de sangue. O problema maior eram seus dentes: presas afiadas que eu jurava serem capazes de arrancar um pedaço meu sem nem fazer esforço. Eu fiquei sem reação quando ela avançou para cima de mim. Pensei que era meu fim ali, mas um vulto atrapalhou minha morte e fez a criatura cair no chão e seu olho pendurado momentaneamente voltar para o lugar. O “vulto” se levantou e olhou para mim.

Vou descrevê-lo o mais normalmente possível. Eu estava vendo a visão do paraíso, ou melhor, do paraíso com cobertura de “sou gostoso” com uma cereja em cima. (Ok, isso não foi normal, né?) Um garoto, talvez com uns 19 anos me encarava perto da criatura horrenda (talvez por estar perto daquele projeto de demônio ele me parecesse tão lindo), ele tinha cabelos pretos e olhos verdes, e, a melhor parte, estava sem camisa. Ele tinha uns arranhões aqui ou ali, mas, meu Deus, aquilo devia estar mesmo ali, naquele lugar?

Ok, to começando a ficar como minha mãe...

A criatura tentou se levantar, mas ele pisou em seu pescoço e fez força suficiente para que a cabeça desgrudasse do corpo. Hm... Aquilo tinha sido nojento. Nojento mais sexy...

Merda, tenho que parar de dar meus ataques de safadeza. Valeu, mãe.

–Quem é você? -perguntei, quase soltando aqueles coraçõesinhos gays que aparecem em desenhos animados

Ele deixou o corpo decapitado da criatura para lá e mostrou as presas para mim, como se fosse me atacar... Uh-ooh.

Espera, presas? Ele tentou me atacar mas eu desviei. Droga, o mister sexy ali era um vampiro. Ele tentou de novo e, por pouco, não fui mordida pelo garoto.

–Ei, para com isso, seu idiota! -falei e comecei a correr pelo cômodo

Ele veio atrás de mim e eu subi numa árvore.

Agora, hora de me perguntar POR QUE DIABOS EU SUBI NUMA ÁRVORE? O vampiro estava escalando, já quase me alcançando quando ele falou.

–Por que está fugindo? Está ficando com medo de mim, labirinto idiota? -ele falou sozinho

Parei um instante minha escalada desesperada para fazer uma cara de idiota ao ouvir aquilo. Primeiro: ele achava que eu era um dos truques do labirinto? Segundo: Uau, que voz sexy. Mas, claro, do jeito como sou burra, fiquei parada na árvore e o vampiro me alcançou, pronto pra me matar.

–Uou, para! Eu não sou miragem do labirinto, eu sou de verdade, NÃO ME MATA, PELO AMOR DE DEUS, TENHO MULHER E FI... Ah, não, fala errada... SÓ NÃO ME MATE!

É, eu tenho esse péssimo hábito de falar alguma merda quando estou em situações de risco. Ele hesitou um pouco e olhou para mim. Sinceramente, o jeito que estávamos enroscados na árvore me fez lembrar de Tarzan. Só faltava ele tirar a calça e...

–Quem é você? -ele perguntou

Encarei ele por alguns segundos, processando a pergunta.

–Quê?

–Quem. É. Você? -ele repetiu

–Ei, não é justo, eu fiz essa pergunta primeiro. -falei indignada

Ele pressionou meu pescoço com sua mão e eu engoli (ou pelo menos tentei) em seco.

–Tudo bem, meu nome é Miles.

Ele me encarou mais alguns segundos e soltou minha garganta.

–O que faz aqui?

–Você ainda não se apresentou. -comentei

–E quem disse que vou?

–Nossa, assim você me magoa. -falei e pus a mão no coração, fingindo estar ofendida

É, eu sou meio retardada...

Ele franziu o cenho e respirou fundo logo depois.

–Você é humana? -ele perguntou

–Ahn, tecnicamente, sim.

–Eu preciso de sangue.

Curto e grosso. Acabou com meus sonhos de uma família feliz com ele... Sério, o que eu tenho de errado?

–E daí? -perguntei

–E daí, que você pode me dar esse sangue... -ele falou se aproximando

–Nada disso, eu preciso viver,obrigada. -disse, tentando achar um jeito de descer da árvore

–Eu não vou matar você, só preciso de um pouco para me alimentar. -ele gritou, me seguindo enquanto eu descia pelos galhos

–Tem bastante sangue ali. -falei e apontei para a criatura morta

–Acha que não considerei isso? No mínimo aquele sangue vai me matar... -cheguei no chão e comecei a procurar por uma porta que me levaria aos corredores -Por favor.

Olhei para a cara dele e ele parecia realmente desesperado. A cara dele era muito fofa. Imaginem a cara mais fofa que puderem, multipliquem por mil e somem um corpo sem camisa com ela. Revirei os olhos e concordei.

Meu pai provavelmente me bateria por isso. Ele sorriu e veio em minha direção. Ele ia direto para meu pescoço, se não o tivesse barrado com minha mão.

–Qual seu nome? -perguntei e ele fez uma cara de confuso

–O quê?

–Você sabe meu nome, mas eu não sei o seu. -falei

Ele revirou os olhos.

–Sou Milo.

–Ótimo, Milo. Pode começar a me sugar... Digo, sugar meu sangue, não sugar outra coisa... Ah, você entendeu, anda logo com isso.

Ele riu e me olhou com pena, provavelmente achava que eu era louca.

Depois disso, achamos a porta para os corredores e uma camisa para Milo (mas poxa vida, por quê?). Já faz dois dias que estamos andando pelos corredores, descobri nesses dois dias que Milo tinha 98 anos quando entrou acidentalmente aqui e que está aqui no labirinto já fazem pelo menos uns cem anos, sempre tentando procurar a saída. Contei umas poucas coisas sobre mim a ele, e não rolou nenhum beijo, o que era muito chato. Ele tem cara de quem beija bem... Mas Milo tem percebido que eu sou a pior companhia que ele poderia querer num labirinto mortal, afinal, levar as coisas a sério não é minha natureza (e essa eu agradeço ao meu pai).

–Olha, tem uma luz ali... -ele falou, apontando para o final do corredor

–Você sabe que aqui uma luz não quer dizer coisa boa, não é? -perguntei

–E o que mais podermos fazer?


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Notas finais do capítulo

Rewiens pra dizer o quanto sentiram saudades ou o quanto querem me matar por ter demorado tanto? :)