The Maze escrita por Hunter Demigod


Capítulo 1
The Begin


Notas iniciais do capítulo

Hey pessoas! Eu nem acredito que eu tô fazendo uma nova temporada... É uma surpresa até pra mim. Tenho que dizer que essa temporada vai revelar um pouquinho mais meu lado psicopata... hehehe
Bem, espero que gostem... E lembrem-se, isso é só o começo...
;)



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Minhas pernas não aguentavam mais, o cansaço estava impregnado em cada célula de meu corpo, mas meu cérebro enviava a mesma ordem aos meus pés: Corram. Fiz mais uma curva nos corredores de pedras escuras, tentando fugir da morte eminente, mas dei de cara com um corredor sem saída. Um barulho alto soou bem atrás de mim... Não...

Ao me virar, me vi presa em um quadrado de pedra... Sem saída. Soquei os tijolos, sentindo meus punhos doerem e mais um barulho soou atrás de mim. Me virei rapidamente, me preparando para o que poderia ver, mas foi inútil.

Senti um calafrio percorrer meu corpo e o cansaço foi substituído por medo e adrenalina. Lá estava ele, parado de costas para mim. O pesadelo que eu havia enfrentado cara à cara, mas que eu nunca consegui superar...

...

POV Miles

3 dias antes

O sol estava forte, mas eu realmente não me importava com aquilo naquela hora. Eu e meus pais estávamos numa praia incrível em algum lugar do mundo. Desde que meus poderes foram “aperfeiçoados” à quatro meses atrás e eu havia descoberto o segredinho do meu querido papai, nós viajávamos para cada canto do mundo quando podíamos. Eu tinha quase certeza que estávamos em alguma praia do México agora mesmo. Minha mãe estava deitada na espreguiçadeira tomando um sol. Não me surpreenderia se ela acabasse ficando preta. Meu pai estava sentado ao lado dela no chão, brincando na areia como um retardado enquanto minha mãe acariciava os cabelos dele.

E eu? Bem, eu estava caminhando para o mais longe possível dali. Realmente não queria ver quando meu pai se excitasse e pulasse em cima da minha mãe pra “cruzarem” loucamente até quebrarem a espreguiçadeira(e acreditem em mim, isso já aconteceu). A areia da praia era branca e fofinha, sem nenhum lixo a vista. Essas eram uma daquelas paias que ninguém vai e que fica sempre deserta. Haviam algumas ruínas por lá e eu olhava tudo ao meu redor, curiosa. As ondas quebravam lentamente na beirada da praia, trazendo um som relaxante aos meus ouvidos.

Mais a frente, havia uma ruína do que parecia um antigo templo. Estava fazendo sombra também, então corri para lá para me proteger do sol que já estava começando a queimar minha pele. Ainda conseguia ver meus pais, apesar de estarem um pouco longe. Meu pai estava colocando minha mãe no ombro e correndo para a água, rindo como um psicopata, enquanto ela reclamava para que ele o soltasse. Meu pai jogou ela dentro do mar e riu como um idiota da cara ameaçadora dela. Não demorou para que uma guerra de água começasse e eles se beijassem... Velhos românticos. Não mereço isso.

Me virei para as ruínas e olhei com atenção. Nas paredes antigas aviam símbolos estranhos. Estranhos mas conhecidos. Sabia o que era aquilo. Enochiano, a linguagem dos anjos. Meu pai havia me ensinado um pouco sobre isso algum tempo atrás, o suficiente para eu entender boa parte do que estava escrito naquelas pedras. Era um tipo de história sobre tudo antes da criação... Basicamente falava sobre quando o mundo era dominado pelos monstros, antes de Deus começar a fazê-lo para os humanos. E falava sobre um labirinto. Mas, nessa parte, eu só consegui entender algumas palavras como: “Medos” “Mortos” e “Perigoso”. Me adiantei para a ultima linha e entendi duas palavras: “Toque aqui”. E eu, como uma completa estúpida, simplesmente toquei antes de identificar as palavras que vinham antes.

“Se quiser entrar e desafiar o Labirinto, toque aqui.”

Merda.

POV Miles/

***

POV Gabriel

Eu estava quase abrindo o sutiã do biquíni de Bruna quando ouço os gritos desesperados da Miles. Eu e ela olhamos em direção da garota que corria em nossa direção, o mais rápido que podia. Não demorou para que eu e Bruna parássemos o que estávamos fazendo para correr até ela.

–O que ouve? -Bruna perguntou

–Vamos pra casa... Agora. -ela falou, ofegante

–Garota, o que você fez? -perguntei

–Vamos para casa e eu explico! -ela disse mais desesperada que antes

Revirei os olhos e segurei Bruna pela cintura, chegando em casa um segundo depois. Miles pareceu aliviada e correu para dentro do quarto. Bruna fez o mesmo e eu fiquei sozinho na sala, só de calção de praia. Lindo isso.

Fui até a cozinha e peguei alguma coisa para beber e quando voltei, a TV estava ligada e haviam alguns símbolos em sua tela... Enochiano... Seja lá o que tinha naquelas palavras, não era bom. Nunca é bom quando sua tela de TV acende do nada com a linguagem dos anjos nela...

Droga, Miles, o que você fez. Corri para meu quarto e ouvi o som do chuveiro ligado. Bruna ainda estava lá. Respirei fundo e troquei de roupa rapidamente, entrando no banheiro para checar Bruna, mas ela não estava mais lá. Meu coração passou a bater mais rápido e eu corri até o quarto de Miles, encontrando tudo vazio e o caderno de desenho dela deixado de lado. Fui para sala e a TV ainda estava ligada com os símbolos em enochiano brilhando irritantemente na tela. Não demorou para que a sensação de vertigem tomasse conta de mim.

POV Gabriel/

***

POV Miles

Foi como voar, mas a sensação que eu tive foi mais intensa e assustadora. Ao sentir chão sob meus pés, não demorei para me encostar em alguma coisa e respirar para acabar com a ânsia de vômito. Mas eu havia me encostado em alguém, então eu e a pessoa, que por sinal era muito escandalosa, gritamos e eu saquei a adaga do meu pai que ele havia me dado. Assim que vi quem era, pulei em seus braços. Minha mãe.

–Onde estamos? -ela perguntou olhando para os lados

Eu parei para observar o lugar. Tochas acesas estavam presas a parede -por que sempre tochas? Não podia ser uma luz fluorescente não?-, suas chamas brilhavam numa cor amarelada fraca, dando uma vaga noção do lugar. As paredes eram pedras antigas que pareciam feitas de barro e granito, mofo e lodo verde cobriam algumas delas, as deixando pegajosas e nojentas. O chão era de pedras irregulares levemente redondas. Teias de aranha se estendiam por todo corredor e o ar que corria por ali era quente e levava cheiro de sangue e morte.

–Num labirinto. -falei -Mas não é o de Dédalo, mãe! -a cortei antes que ela perguntasse

–Como você sabe que não é o dele? Pode muito bem ser!

–Acredite em mim... Provavelmente o Minotauro é bem mais convidativo que isso...

–Ok... Mas onde está seu pai?

–Eu estou aqui.

Olhei para trás e ele estava lá, de braços cruzados, me encarando com raiva. Oops, ele descobriu.

–Miles, posso saber o motivo de você ter estado tão desesperada para sair da praia essa manhã? -ele perguntou

–Se eu disser que não, você vai me bater?

Ele respirou fundo e se aproximou da minha mãe, perguntando se ela estava bem e todas essas outras coisas gays que os casais fazem quando estão numa situação de perigo. Ele se virou para mim.

–Você está bem? -ele perguntou

–É, eu acho... Onde estamos? -perguntei

–Tenho uma vaga ideia de onde estamos, mas espero estar errado...

Ficou um silêncio que era apenas quebrado pelo crepitar das chamas.

–Será que dá pra falar logo e parar de suspense? -minha mãe falou

Delicada como um cavalo.

–O Labyrinthus...–meu pai finalmente falou

–Dá pra falar minha língua, por favor? -pedi

–“O Labirinto”. Um dia eu te ensino latim...

–Se sairmos daqui vivos... -minha mãe comentou

–Mas o que é que tem nesse “o labirinto”? -perguntei

–Não é “o labirinto”. É só labirinto. O “o” é só artigo... -meu pai corrigiu

–Ok, mas que tal vocês discutirem sobre gramática depois que sairmos daqui? -minha mãe interrompeu

–Bem, o labirinto...

–Tá vendo? Você falou “o labirinto”! -retruquei

–Garota, você vai calar a boca para eu explicar ou quer que eu faça isso? -meu pai perguntou

–Vocês querem parar com isso? -minha mãe já havia começado a ficar vermelha de raiva

E isso nunca era bom.

–Como eu ia dizendo, o labirinto é uma das criações mais antigas do universo... Somente eu, Lúcifer, Miguel e o meu Pai sabíamos sobre ele. Basicamente, só os arcanjos...

–Espera, Rafael não era um arcanjo também? -perguntei

–Ele era um who na família... Mas, voltando. Deus criou esse labirinto para aprisionar os monstros e os medos das pessoas e blá blá blá... Alguma coisa assim.

–Você não prestou atenção quando te explicaram o que era isso, não é? -minha mãe perguntou

–Não. Estava ocupado planejando como colocar fogo em Lúcifer... Foi divertido.

Minha mãe massageou as pálpebras com raiva.

–Você consegue nos tirar daqui? -ela perguntou a meu pai

–Não, ele não pode. -uma quarta voz falou, alta, nos assustando


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Notas finais do capítulo

Rewiens? Preciso saber se vocês gostaram... No próximo capítulo vai ter mais tretas, prometo.



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