War Z - interativa escrita por Gio Boni


Capítulo 2
Lua Nova - Parte 1


Notas iniciais do capítulo

Ei pessoal,relaxa kkk....
É bom ver que a leitores ansiosos em ler o primeiro capitulo, HAHA...que amor.
Então né...ai está.
Ainda temos 3 vagas pessoal o//...mandem,mandem.
Ah,e o nome do capitulo...pensei em colocar as fases da lua. kkkk...e ja ja explico o porque.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/434667/chapter/2

Dia: 12 de Fevereiro de 2015

Localização: Floresta a 60km de Atlanta

Horário: 05:40 A.M

O sol nascia em meio às colinas dando ao novo acampamento uma bela e exuberante vista em plena manhãzinha. Mesmo que fosse tão cedo,os integrantes daquele grupo já trabalhavam arduamente pensando na proteção do próximo e de si mesmo. Próxima a uma grossa e alta arvore, com um rolo de arame farpado que perfurava seus braços e suas mãos, uma mulher esbelta usando roupas que cheiravam a desinfetante ,com os longos cabelos úmidos pelo suor presos em um rabo de cavalo alto. Ela mordia o lábio inferior,batendo a bota de uma encardida borracha – antes branca –direito no chão fofo do terreno que eles haviam escolhido como nova moradia.

Emma,me passe o alicate. – Uma silhueta masculina,alta e corpulenta,surgiu por de trás da arvore,esticando o braço forte e longo na direção dela. A loira abaixou-se para mexer na caixa de ferramentas, e tirar o que o homem pedira. Levantou-se e estendeu a ferramenta para ele.Os olhos escuros cerravam-se,sobre a sombra da grande arvore,em sua direção. – Está muito pensativa querida,o que houve?

– O que? – Questionou Emma deboshadamente,vendo a grande confusão de enrolados de arame farpado na arvore. Tudo para manter o acampamento a salvo. – Está louco Jeoffrey?

Aquele era Jeoffrey, com a pele da mesma coloração intensamente escura e os mesmos olhos avaliadores, o corpo enorme e os braços bombados e longos poderiam deixa-lo abraçar a arvore por completo. Jeoffrey estava entrando na casa dos 50 anos, um velho policial,companheiro da distrito da própria Emma. Suas mãos eram enormes e no momento seguravam a ponta do arame e o alicate,para que pudesse cortar sem estragar sua obra de arte. Parecia ter muita paciência,o que a impaciente Emma não tinha.

– Está pronto. – Jeoffrey afastou-se da confusão de arames e avaliou a arvore,com um sorriso agradável nos lábios. – Agora faltam apenas umas 30 arvores,certo?

– Pense pelo lado positivo,meu amigo. – Emma meneou a cabeça,franzindo a testa e voltando a se ajoelhar no chão,para guardar o material que haviam usado ali. – É super rápido,e estaremos mais seguros.

– Uma cerca de Arame farpado?! – O negro apontou para o rolo de arame sobre o braço da garota e suspirou. – Acha que isso os segura?

– Segundo o velho tarado ali...- A loira apontou para o centro do acampamento,aonde um homem de meia idade parecia ter autoridade total com a meia dúzia de adolescentes trazidos por Jeoffrey de uma escola publica que estava sendo atacada,a um pouco mais de um ano. -...é um ótimo método.

– Sei,eu acredito. – Jeoffrey tomou, com cuidado, o rolo de arames farpados para si e começou a caminhar em linha reta,na direção de outra arvore. Parou e repetiu todo o processo que utilizara na anterior. Emma suspirou ,sentindo o sol queimar seus ombros nus pela blusa de alçinha na cor cinza. Aquele seria um longo dia.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

Localização: Bairro Nobre de Atlanta

Horário: 06:00 A.M

– Venha Pelota,faça silencio. – Do beco,a voz masculina soara repetidas vezes,em um eco. O homem suspirou pesadamente e agarrou a cachorra nos braços ,apertando-a contra si. Pelota latia alarmada,com o focinho apontado para alem dos latões de lixo entupidos. O mal cheiro estava presente,mas aquele homem pensava que assim o próprio cheiro seria mascarado. – Pelota. Quieta.

Dali ele tinha uma boa visão do que acontecia na rua. Alguém tolo o suficiente chamara a atenção dos malditos infectados de dentro de uma conveniência,próximo ao local que Elliot Vander III mantinha sua atual moradia protegia ate então. Muitos dos mordedores desciam a rua para ter um café da manhã - já que naquele horário,almoço nunca daria certo - depois de meses, descente. Para eles. Elliot suspirou pesadamente e apertou Pelota ainda mais contra seus braços. Sua fiel companheira.

Há alguns meses Elliot havia sido deixado para trás de um comboio de mais ou menos 60 pessoas,eles seguiam para o Oeste do país. Agora não podia fazer nada,mal conseguia sair daquela cidade pequena,mal conseguira sair de Atlanta a um ano e poucos meses atrás. Mordeu o lábio inferior,franziu a testa e seus dedos apertaram a única arma que possuía – um canivete. Fora bobo o suficiente para esquecer suas inúmeras facas de cozinha sobre a mesinha de centro.

Pelota,um labrador fêmea, rosnava em tom baixo na direção das ruas tomadas pelos mordedores e Elliot temia que mais cedo ou mais tarde,talvez eles ouvissem o som baixinho da cachorra. Os infectados continuavam a descer a rua em passos lentos, arrastados. A pele amarelada e cheia de ferimentos nauseantes,os dentes enegrecidos arreganhados para algo que viam a sua frente. O homem encolheu-se ao ver que um dos infectados vasculhava o beco com os olhos avermelhados graças as veias estouradas,embora fossem de uma coloração esbranquiçada.

– Quieta Pelota. – Sussurrou para a cadela,para que ela se acalmasse.

Gritos vinham da rua de baixo e Elliot percebera que os grunhidos não conseguiam abafa-los. Então deveria ter mais de uma pessoa por lá.Arriscou-se a soltar a Pelota e curvar-se para frente,apoiando o peso do corpo nas mãos grudadas no concreto sujo. Bisbilhotou por meio dos latões,devia sair dali. Uma hora ou outra eles o veriam e não haveria como escapar. Agarrou a mochila e levantou-se um pouco,para poder engatinhar lentamente para a outra montanha de latões de lixo,sentindo as mãos entrarem em contato com os resquícios de sangue e água parada. Um cheiro terrível.

Um som alto,um tiro. Elliot fechou os olhos e respirou fundo,apressando seus movimentos e então encostando-se na parede fria e cheia de sujeira. Massageou as temporas com os dedos indicadores e abriu um dos olhos só para ver Pelota encolhida ainda na outra montanha de latões de lixo.

– Venha Pelota. – Chamou-a em tom baixo,acenando para que ela o observasse.

Um gemido alto e grotesco veio do inicio do beco,ainda próximo a rua. Elliot observou atentamente uma silhueta feminina cambalear por entre os sacos de lixo azuis,os olhos esbranquiçados iam e vinham a procura de algo. Pelota ganiu temerosa e Elliot apertou o canivete,já pronto para um possível ataque da mordedora. O cheiro vinha com ela. E faziam com que as narinas dilatadas pelo medo do homem ardessem,ele coçou a ponta do nariz e se ajoelhou. A infectada parecia ter visto Pelota,pois agora os orbes assustadores fixavam-se sobre os latões de lixo. Tiros e mais tiros vinham da rua de baixo,e pareciam subir.De encontro a multidão de mordedores.

– Droga. – Gemeu. A mordedora passou direto por ele e tropeçou nos pés,que Elliot fizera o favor de colocar para atrapalha-la em sua busca por carne fresca. Assim que ela tombou sobre o concreto,o canivete fora totalmente alojado em lobo frontal com uma velocidade impressionante. Então,com um pouco de força e um dos pés segurando o corpo para que não viesse junto do canivete,puxou o utensílio e limpou-o em um dos sacos azuis do seu lado.

Olhou novamente para a rua,temendo haver mais deles vindo em sua direção,então tomando cuidado para não fazer barulho,pois-se de pé e estalou o dedo,chamando Pelota. Ela rapidamente sentou-se sobre as patas traseiras e abanou o rabo. Estava preparado para o pior. Ouviu passos apressados e vozes que vinham pela calçada. Agora os mordedores pareciam ter visto Elliot parado no meio do beco,caminhando para que pudesse sair dali. Esbugalhou os orbes assustado e aperto à alça da mochila a espera de mais infectados tentando devora-lo.

Agora os tiros vinham da frente dele. Dois homens de estaturas visivelmente diferentes utilizavam de duas pistolas em cada mão. Pareciam acostumados com aquilo,como se fosse algo extremamente normal. O mais velho virou-se de lado,sem nunca parar de atirar e encarou Elliot. Parecia curioso com a terceira presença.Então os orbes escuros,os quais Elliot não fazia ideia de que cor seriam, vislumbraram a cachorra

– Ei você,vai ficar ai? – Questionou e então voltou sua atenção para os infectados. – Venha idiota.

E então eles retomaram sua caminhada lenta e cuidadosa, encostando as costas nas paredes das lojas. Elliot apressou-se em segui-los,sem sequer hesitar.

XxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxX

Localização: Floresta a 60km de Atlanta

Horário: 06:30 A.M

– Isso mesmo . – Exclamava o senhor de meia idade com pinta de autoridade, observando uma dúzia de adolescentes e jovens misturados tentarem montar a enorme barraca que abrigaria os alimentos. – O que estão fazendo? É só fincarem essas coisas no chão,são idiotas ou o que?

– Que cara chato. – Resmungou uma garota abaixada sobre a terra seca,ao contrario da terra próxima as arvores ao redor do acampamento que era fofa, na tentativa de enfiar as estacas no chão. Tinha os cabelos em uma coloração extremamente alourada,presos em uma trança na lateral. Os orbes azuis claros faiscavam de irritação,fixos no tal “comandante dos jovens”. Seria assim ate que ela se tivesse 30 anos? Claro,se sobrevisse ate os 30 anos. – Ei Brigida,como você fez isso?

A garota de pele escura sorriu divertida para a loira.

Caroline. – E revirou os olhos,indicando o martelo e a estaca. – É só manter a estaca firme,e não segure tão em cima. É só martelar.

Caroline Miller era uma das jovens que fora encontrada pelo velho policial Jeoffrey,o defensor dos adolescentes daquele acampamento. Fora por acaso. Fugia,assim como toda a população da grande Atlanta,para fora da cidade. Então vira um ônibus sendo lotado por adolescentes de um colégio publico e se enfiara no meio. Fora uma boa ideia,embora odiasse ser tratada como criança. Observou Brigida mais uma vez,terminado de firmar o seu lado da barraca. Sua pele brilhava de suor e ela permanecia sorrindo. Extremamente linda. Suspirou Caroline.

– Carol. – ouviu a voz de um dos adolescentes, Kurt Frenzie. Ele a estudava cuidadosamente, estava de pé a sua frente. – Quer uma ajudinha?

– Não. – Negou rapidamente,vendo-o se abaixar ate a sua altura. – É serio.

– Vá descansar. – Kurt sorriu calorosamente,e então tomou as ferramentas de suas mãos,para que pudesse terminar.

A loira levantou-se e saiu,ignorando os resmungos do velho senhor que mal conhecia, Kurt era excepcionalmente doce. Um ótimo rapaz. Para se ter como amigo,ela constatou observando as costas do garoto manchada de suor. Os orbes azuis-claros então voltaram-se para Brigida e ela mordeu os lábios. Respirou fundo e tomou rumo a turma de crianças,cuidadas pela irmã mais nova de Emma,Lauryn.

– Ei. – Lauryn sorriu divertida para Caroline,que sentava-se ao seu lado e afundava o rosto por entre as mãos sujas. – Algum problema Carol?

– Não. Nada. – negou apressadamente. – Estou ótima.

– Da para ver. – Zombou Lauryn,voltando os olhos para as crianças. Mais precisamente para as crianças,mais precisamente para um garoto de 10 anos introvertido,sentado ao seu lado.Era o filho de Emma. – É por causa da Brigida?

– Não tem nada a ver.

– E então?

– Não sei. Só estou irritada com o velhote,porque não damos ele como alimento aos mordedores? – Questionou com uma gota de humor,então ouviu o riso de Lauryn.

– Você não acha que eles estão vindo para cá,acha?

– Estamos sendo preparados. – Carol apontou para as inúmeras pessoas ao redor do acampamento,cercando o lugar com arame farpado. - Talvez o lugar vire um campo de concentração...imagine...ou talvez aqueles malucos infectados cheguem rapidamente a floresta.

– O que quer dizer? – Lauryn sentiu-se engasgar com o que a amiga falara.

– Que devemos estar preparadas para o pior...de novo.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado =3
Estarei começando hoje mesmo a escrever o proximo capitulo.
Hmmm...a demora? é a escola. =/
Prometo tentar ser mais rapida.
Ainda temos 3 vagas,não a limite de garotos ou garotas.