New Boy escrita por Cereja e Cupcake


Capítulo 34
Capítulo 34


Notas iniciais do capítulo

Oie gente, desculpem ter demorado, mas esse capítulo quase que não saía. Mas saiu, e bem o próximo vai demorar um pouco, eu estou doente, e graças a essa doença minhas mãos estão machucadas, impossibilitando-me de fazer esforços, e também graças a isso eu não estou indo mais para escola me deixando cheia de trabalhos que eu não posso fazer. Amei os comentários, vocês são uns lindos^^ Bem espero que gostem do capítulo e que entendam o meu lado. Beijos da Cereja *-*
Boa Leitura !!!



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Acordei sentindo uma dor de cabeça horrível, Sasuke tinha me dado uma calmante, fazendo-me apagar por algumas horas. Hoje seria o funeral dos meus pais, eu não estava preparada para isso.

Os pais de Gaara organizaram tudo, já que eu não tinha cabeça para fazer tal coisa. Sasuke ficou do meu lado o tempo todo, ouvindo meu sofrimento. Eu o agradecia por ter respeitado minha dor, e não ter me deixado.

Levantei-me um pouco tonta, a dor em minha cabeça parecia aumentar. Entrei no banheiro indo tomar banho. A água caía em meu corpo como cascatas, meu olhar estava perdido em algum ponto fixo. Minha mente viajava em lembranças boas, e eu não sabia mais se o que molhava meu rosto era a água ou as lagrimas.

Desliguei o chuveiro, enrolando a toalha no meu corpo. Saí do banheiro vendo um vestido preto em cima da cama. Caminhei até ele, me vestindo, calcei meu salto alto preto e penteei meus cabelos. Sasuke tinha ido a minha casa pegar algumas roupas para mim. Eu ainda não sabia quem iria cuidar de mim, e mais do que nunca eu desejei ter dezoito anos, para poder ficar com Sasuke.

– Está pronta? – Sasuke perguntou-me parado na porta do quarto.

– Sim. – respondi o olhando.

Entrei no carro colocando meus óculos escuros. A chuva tinha passado, mas eu sabia que logo ela voltaria, os céus choravam comigo, pela minha perda. Saber que eu estava indo para o enterro dos meus pais era torturante, era horrível.

Sentia-me perdida, eu não sabia o que fazer. Eu não queria olhares de pena, de pessoas que fingiria me entender, mas depois seguiriam suas vidas felizes.

Desci do carro, segurando a mão de Sasuke, buscando forças que eu não tinha. Olhei em volta vendo os meus amigos e seus pais, que eram como se fosse meus tios. Os olhei sentindo meus olhos marejarem de novo. Soltei a mão de Sasuke sendo abraçada pelos meus amigos.

– Nós sentimos muito Saky. – Ino disse abraçando-me.

– Eu sei. – murmurei abraçando Naruto.

– Sakura...

Virei-me vendo tia Karura me olhar com os olhos marejados, ela era muito amiga dos meus pais. A abracei com força, sentindo as lágrimas que eu tanto tentava segurar, descendo pelo meu rosto.

– Doí tanto tia. – murmurei sentindo suas mãos em meus cabelos.

– Eu sei meu amor – tia Karura murmurou tristemente. – Mas vai ficar tudo bem.

– Eu não acredito que um dia, eu ficarei completamente bem tia, mas tentarei. – disse a olhando.

– Eu queria tanto o Gaara aqui. – murmurei chorando.

– Eu também meu amor. – senti os braços de tia Karura me envolver em outro abraço. Senti vários braços nos rodearem.

– Estamos todos aqui Saky, sempre estaremos com você. – Naruto disse, enquanto ele e todos os meus amigos nos abraçavam.

Os soluços saíam sem minha permissão. As lembranças dos meus pais falando que sempre iriam ficar comigo voltavam, tirando soluços e lágrimas de mim. Também eram as mesmas palavras que Gaara me falava.

– Obrigada, eu amo vocês. - limpei as lágrimas que teimavam em não parar, os olhando.

– Também te amamos Saky. – Temari disse tentando-me passar forças pelo seu olhar.

Senti os braços fortes de Sasuke rodearem minha cintura, puxando-me para perto de si. Aconcheguei-me em seus braços, escondendo meu rosto em seu peito.

– Obrigada por estar aqui comigo Sasuke-kun. – sussurrei vendo o pastor começar a falar.

Olhei em volta, todos prestavam atenção nas palavras do pastor, mas eu não conseguia. Alguns amigos dos meus pais estavam ali, outros eram colegas de trabalhos, e admiradores de seus trabalhos.

Suspirei. Ninguém os conhecia de verdade como eu, ninguém sabia o quanto eles eram incríveis. O quanto eu os amava.

Eu não sabia o que falar, eu via algumas pessoas falando o quanto eles eram pessoas boas, e outras falando que não tiveram o prazer de os conhecerem direito, mas mesmo assim os achavam pessoas boas. Para mim eram palavras vazias, jogadas ao vento.

As únicas pessoas que eu realmente sabia que estavam sentindo a falta deles eram meus amigos, e seus pais. Eu sabia que o que eu falasse ali, seria para aquelas pessoas, e não para os meus pais, por que eles não estariam aqui para ouvir minhas palavras bonitas. O tempo para eu falar coisas boas para eles já tinha passado. O que eu falasse ali, seria para aquelas pessoas, seria para confortar algumas pessoas.

Era a minha vez de falar alguma coisa. Apertei a mão de Sasuke como um conforto, dirigindo-me ao lugar para falar. Olhei para todos, buscando em Sasuke forças para continuar.

– Kisashi e Mebuki Haruno eram pessoas maravilhosas, incríveis e especiais. Médicos competentes, e bem focados nos seus trabalhos, sempre sendo responsáveis e pontuais. Mas mais do que tudo isso... Eles eram meus pais. Os meus heróis. – as lágrimas já escorriam livremente pelo meu rosto, mas eu não ligava.

– Eles eram o meu porto seguro, era para eles que eu corria quando tinha um pesadelo, era para cama deles que eu me refugiava dos monstros de baixo da minha. Era nos braços deles que eu tinha conforto. Eles foram os meus primeiros amigos, meus primeiros amores, meus heróis, meu tudo. Eles davam significado para a palavra Amor, eles davam significado para os pais. O que eu falo aqui não é para eles, por que eu sei que eles não vão me ouvir, o meu tempo de mostrar todo meu amor por eles acabou. O que eu falo aqui é para todos saberem o quanto eles eram realmente incríveis, o quanto eu os amava, o quanto eu irei me sentir só sem eles... Por que as partes mais importantes de mim... Foram-se, e eu nem pude me despedir.

Abracei Sasuke fortemente, enterrando meu rosto em seu peito, soluçando freneticamente. Agora era a parte mais difícil, era a parte que eu os veria ser enterrados. A parte que eu nunca mais os veria. Suspirei entre soluços.

– Eu estou sozinha Sasuke-kun. – murmurei chorando.

– Eu estou aqui. – ouvi sua voz rouca, murmurar em meu ouvido.

E em meio a toda aquela escuridão sem fim, eu pude ver uma luz fraca brilhar, puxando-me para a longe da escuridão. Eu sabia, sempre soube. Sasuke era a minha luz.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado, comentem!!! Beijos da Cereja *-*