No fim do treino exaustivo, não fui logo tomar um duche como havia planeado. É claro que a Mackenzie tinha que me tramar a vida e decidiu que eu teria que colocar todos os pompons no lugar e todos os restantes adereços, rádio e enfins. Quando finalmente cheguei ao balneário já nenhuma das minhas parceiras lá estava. Optimo, assim também podia tomar o meu duche sossegada. Tirei toda a minha roupa, peguei na toalha e finalmente fui tomar o tão desejado duche. Eu adoro tomar banho. Na verdade eu gosto de água, seja no banho, na piscina, no mar. Eu gosto do contato dela na minha pele e perco a noção do tempo. E claro que depois meu pai bate na porta do banheiro fazendo graças como: " é preciso um bote salva vidas, Zoe?". É eu sei, totalmente sem piada. Terminei o meu banho e enquanto me dirijia de volta aos balnearios com a minúscula toalha enrolada no meu corpo, ouvi o som de passos. Medrosa como sou, fiquei assustada.

– Está alguém aí? Mackenzie? Kimberly? Isto não tem piada! - eu gritei. Comecei a caminhar entre os cacifos procurando um sinal delas. Espreitei por mais uma fileira de cacifos e nesse momento senti meu corpo rodar no sentido contrário. Ai, me pegaram. Mas qual surpresa quando vi que quem estava á minha frente era Riley rindo da minha cara. Zangada empurrei seu corpo para longe com minhas mãos mas eld não se moveu. Pelo contrário, aproximou-se mais de mim me encostando num dos cacifos.

– Não precisas de te assustar Zoe. Sou eu, o teu lindo e gostoso namorado. A última coisa que quero fazer neste momento é assustar-te... - Olhou-me de cima a baixo e lembrei-me que só tinha a toalha a cobrir-me o corpo. Senti minhas bochechas a escaldar e desviei a cara para ele não reparar que eu havia corado mas ele notou - Ah, não precisas ficar envergonhada. Vem cá.Ele me apertou para junto dele agarrando a minha cintura. Eu o beijei puxando os cabelos dele. Suas mãos foram subindo e descendo pelas minhas costas, fazendo carícias. Quando nos faltou o ar ele começou a depositar beijos desde meu pescoço até meus ombros nus. Me arrepiei toda ao sentir sua respiração em minha pele. Riley colocou uma mão sobre a toalha, fazendo menção de retirá-la mas eu mas eu me afastei colocando os braços em frente do meu corpo.

– Riley, eu não estou preparada para isso... - afirmei, torcendo para que ele compreendesse.

– Não te preocupes Zoe, eu prometo-te que não custa nada - ele voltou a aproximar-se de mim.

– Já disse que não quero! Riley, a minha primeira vez não vai ser num banheiro nojento da escola

.- Está bem - bufou frustrado - espero por ti lá fora.Deu-me um beijo leve nos lábios e desapareceu porta fora. Eu senti-me mal porque ele sempre foi querido comigo e eu recusei a única coisa que ele me pediu até hoje. Eu não devia ter recusado mas entrara em panico. Vesti-me com uma saia preta rodada de cabedal camisola branca com laços à frente e botins de plataforma vermelhos. Usei uns brincos triangulares pretos e um anel em cruz da mesma cor. Pintei os lábios da mesma cor. Eu sei que devem estar a pensar que este não é o meu estilo. E têm razão, não é, mas eu sei quanto Riley ama este estilo nas raparigas então, vesti-me assim para o agradar. Dirigi-me ao parque de estacionamento sabendo que ele lá estaria à minha espera. Eu estava certa, ele estava encostado ao seu carro, um audi A1 branco, e quando me viu seus olhos brilharam de desejo eu acho. Me aproximei dele colocando os braços à volta do seu pescoço e aproximei minha boca da sua orelha.

– Gostaste do que viste foi? - questionei e dei uma mordida no lóbulo da orelha. Ele estremeceu e logo nossas bocas se encontraram, nossos corpos irradiando calor. Separamo-nos e entramos no seu carro. - Vamos para a tal festa?

* * *

Chegámos á festa que ocorria numa residencia universitária. Não sei como nos deixaram entrar mas o certo é que entramos. Riley deve ter uns truques na manga, já que ele anda constantemente em festas. Só vejo raparigas, bastante mais velhas que eu a olharem para o meu namorado todas derretidas. Cai fora que ele é meu. Eu queria dançar, a musica estava a bombar. Mas Riley não me ligou e levou-me para a mesa da comida e da bebida. Encheu um copo para mim e deu-mo. Eu olhei para ele desconfiada pelo conteudo do copo e ele fez sinal para que eu bebesse. Assim o fiz e o sabor até nem era mau. Ele afastou-se cumprimentando pessoas que provavelmente ele conhecia. Como eu não conhecia ninguém e não tinha grande coisa para fazer, fiquei ali mesmo mordiscando alguns aperitivos e bebendo cada vez mais. Ao fim de alguns copos e ja não estando no meu perfeito juízo decidi procurar Riley. O encontrei conversando com um rapaz, um universitario eu suponho. Enquanto chegava perto deles uma loira foi até Riley, desesperada por sua atenção. Eu fiquei com ciúmes confesso apressei o passo.

– Te encontrei - Eu saltei para ele e ele me abraçou por trás. Eu sorri vitoriosa ao ver a loira sai dali com raiva de mim. Ficamos ali um pouco com o Peter, fiquei sabendo o nome, mas o resto da noite é um borrão. Quando acordei no dia seguinte senti que tinha sido atropelada por um camião pelas dores pelo corpo... Minha cabeça também latejava. Revirei-me na cama bati contra alguma coisa. Sentei-me rapidamente e logo percebi que aquele com certeza não era o meu quarto. Um grito ficou entalado na garganta quando percebi que apenas um lençol cobria o meu corpo, nada mais e Riley dormia tranquilamente ao meu lado também nu. Ai meu Deus o que eu fiz! Os meus pais vão matar-me quando descobrirem que não dormi em casa. Eu sou um idiota!