Crossover no Sekai escrita por Jack Hart Sasake


Capítulo 3
Família Hironobu


Notas iniciais do capítulo

YOOOO MINNAAAA! Quanto tempo né?
Para compensar o tempo perdido, eu decidi trazer para vocês um cap maior para quem sabe saciar a sede de vocês, espero que gostem.
Obrigado e Boa Leitura.
~Jack



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Resumo do que está acontecendo até agora...
Yo, eu sou o Jack! Basicamente não era para ter este tipo de intro agora porque só foram 2 capítulos postados e ao autor sentiu vontade de fazer isso mesmo assim, ahem...
Eu tinha uma vida comum, porém chata, na semana de natal eu recebo um pacote que nada mais era do que um portal que me levou a uma dimensão conhecida por muitos como a dimensão dos animes e games, nome grande demais, vou chamar de Mundo dos crossovers, melhor assim. Estou numa cidade do Continente de Enix, onde sou chamado de Hironobu Jack, que na verdade era o nome do meu eu desse mundo, sou filho de um demônio Yakuza e tenho um mordomo chamado Sebastian, e ele não ser o mesmo de kuroshitsuji. Quando cheguei em casa, sou confrontado por uma garota e Sebastian diz que ela é minha irmã! Como assim, mano?! Se os reencontros em família são assim, imgina uma festa de aniversário em família!

Voltando a história...

Após os dois jovens receberem a notícia de que são irmãos, o mordomo os leva a sala de estar para explicar bem a situação para eles.

—Então... A Kotori é minha irmã mais nova?-Disse o garoto olhando para a garota que retribuía com um olhar de raiva. –E por que todo esse ódio?

—Era para você está morto... –disse ela com um tom baixo, parece irritada.

—Kotori-sama, não seja assim com seu irmão, sei que é difícil saber que—ele é interrompido por Kotori que se levanta rápido do sofá em que estava sentada.

—Ele não é meu irmão! Meu irmão está morto, assim como o papai e a mamãe!-Disse Kotori num tom de raiva enquanto saía da sala em direção ao seu quarto. Sebastian dá um suspiro.

—... Sebastian, por que ela me odeia tanto? Eu não fiz nada de errado com ela... Ou fiz? –disse o garoto enquanto olhava pela entrada que sua irmã saiu.

—Na verdade, ela nem sempre foi assim, Jack-sama... –disse Sebastian indo até a cozinha para preparar algo. –Ela não o enxergava assim quando era mais nova...

—E o que ela quis dizer com eu estar morto?-Perguntou Jack enquanto olhava as suas mãos.

—Meus perdões, Jack-sama... Mas eu não tenho permissão para falar sobre tal assunto, seu Tio lhe contará tudo quando o visitarmos. –Respondeu Sebastian preparando um chá quente.

—Meu Tio... Somente ele da minha família nesse mundo está vivo?-perguntou Jack meio cabisbaixo.

—Infelizmente sim, Jack-sama... Muito morreram devido aos conflitos que houve há 15 anos. –respondeu Sebastian indo até Jack segurando uma bandeja com uma xícara de chá quente em cima. O garoto fica quieto enquanto pega a xícara de chá e bebe um pouco.

—E quando vou conhecer esse meu tio?-perguntou Jack enquanto olhava para a xícara de chá.

—Após vosso almoço. –Respondeu Sebastian ajeitando os óculos dele.

—Ok... *se levanta* eu vou pro meu quarto, ainda é muita coisa para eu absorver ainda, vou tirar um cochilo. –Disse Jack colocando a xícara na mesinha à frente dele e caminhando para o seu quarto em seguida.

—Entendido, vou voltar aos meus afazeres e avisarei aos dois quando o almoço estiver pronto. –avisou Sebastian se curvando para Jack.

—Tá bom... –Disse Jack enquanto subia as escadas.
Jack chega ao andar superior e antes de ir para o seu quarto ele decide ver se sua nova irmã está bem, ele vai até a porta dela e prepara a mão para bater na porta.

Jack’s POV ON:

Assim que eu me preparo para bater na porta, eu hesitei, estava preocupado com ela, mesmo nos conhecendo apenas hoje e ela não demonstrar interesse algum em mim. Não entendo toda essa raiva dela sobre mim, se eu não morri... Ela não deveria estar feliz que eu esteja vivo? É estranho... Decidi então encostar meu ouvido na porta para tentar escutar algo, mas só ouvia silêncio, então eu bato na porta de leve.

—Sebastian?-perguntou ela com a voz meio abafada.

—N-Não, sou eu. -respondi meio nervoso.

—Ah... O que você quer?-Perguntou ela novamente no mesmo tom de desinteresse.

—Eu só queria saber se você está bem... –Respondi calmamente.

—Não é da sua conta se eu estou bem ou não... –Respondeu ela friamente.

—Mas eu sou seu irmão, tem algo de errado eu me preocupar com minha irmã? –respondi.

—Cala a boca! Não pedi pra você vir aqui demonstrar preocupação! Melhor se afastar da porta se não quiser perder a vida!-Ameaçou, ela ainda estava com raiva de mim pelo visto.

—M-Me desculpe, eu não vou atrapalhar... –Respondi me afastando da porta e indo para meu quarto.
Eu nem fui grosseiro com ela e ela me trata assim... Mas o que eu fiz para ela? Talvez meu Tio saiba o porquê disso. Me deitei na minha cama e comecei a encarar o teto... Isso tá bem mais tenso do que eu imaginava, eu sempre quis ter uma irmãzinha ou irmãozinho, na verdade eu tinha um irmão e uma irmã mais velha por parte de pai no meu antigo mundo, mas eu nunca os conheci de cara, só via fotos que meu pai me mostrava, ele sempre dizia que um dia iria me apresentar pessoalmente a eles, porém esse dia nunca veio, mesmo eu esperando com toda minha paciência Jedi... A Kotori é bem bonita, mas não tem nenhum traço de irmãzinha Kawaii que eu desejava na minha “irmãzinha perfeita” dos meus sonhos ou algo próximo disso, se ela fosse ao menos uma tsundere seria perdoável, mas ela não demonstra nada disso, pera... por que tô pensando numa coisa dessas?... Não, não! Não! Não! Não! Não vou investir numa relação incestuosa com ela!(N/A: Nossa, mal conheceu a menina e já pensou besteira? Safadinho) Isso é errado, apesar de ser bem comum nas animações japonesas, mas isso não quer dizer que eu tenha que fazer o mesmo! Se bem que ela tem umas curvinhas aqui e ali e... *pigarreia* NÃO SOU UM SISCON!!!(N/A: Mas tu lê uns incesto que eu sei) Vai com calma Jack, respira... não deixe seu lado pervertido tomar conta do seu ser... essa não! A mão do auto amor tá tremendo!! Calma! Calma! Pense em coisas alegres como... erm... Kratos quebrando a cara de zeus! Isso!!! Tá passando... aff, quer saber? Vou jogar J-stars. Eu me levanto da minha cama e ligo minha TV e a Ebony, sim, eu dei um nome ao meu Ps3, algum problema? (N/A: Não, isso é completamente normal).

Eu me sento na cama e me preparo para mais umas lutinhas com minha equipe na Road to victory.

2 horas depois...

Consegui ganhar várias vitórias e avançar mais na Road to Victory, Nada melhor que usar o Goku como líder do time, Luffy como ajudante e Naruto como suporte. (N/A: ahh... Os clássicos...). Desliguei a Ebony e me deitei na cama, devem estar se perguntando: Jack, como é que você tá aceitando tudo isso de boa? Não acha estranho você do nada perceber que você é de outro mundo?

Na verdade, de início eu achei estranho sim, mas quando sua vida é um tédio e você passa a maior parte do tempo dentro do quarto porque acha que se sair de casa nada vai mudar ou que as coisas só irão piorar e que você deixa sua preguiça tomar conta de você e que só estuda quando está na recuperação, isso acaba meio que se tornando um desejo interior, aquela vontade que você tem de que algo aconteça que o incentive a mudar seu jeito de agir para que assim sua vida se torne mais interessante. Tirando isso, eu sempre costumava sonhar que eu era um tipo de protagonista de anime com poderes irados, bonito, energético, popular e cheio de garotas querendo meu corpo nu, quando na realidade eu era o oposto disso: comum, preguiçoso, não atraente, introvertido, muito calado, tímido e abatido... Só de pensar nisso me faz lembrar o quão patético eu sou... Principalmente porque eu não faço nada pra mudar isso, desse jeito eu poderia acabar sendo excluído de vez da sociedade, até meus amigos me avisaram pra eu tomar uma atitude... Infelizmente ainda não consegui fazer isso (N/A: Ok, já basta! Volta pra história normal.). Enfim, chega de pensar nessas bobagens... Vamos voltar à realidade.
Minha barriga começou a roncar, olho no meu celular e vejo que já são quase 12:00 horas, ouço som de alguém batendo na porta logo em seguida.

—Jack-sama, o almoço está pronto. –Avisou Sebastian, bem na hora.

—Já vou!-Respondi enquanto ia em direção à porta. Sebastian me recebe se curvando para mim, realmente vou ter que me acostumar com tal ato, não é todo dia em que mordomos demoníacos se curvam para mim. Ao chegar à sala vejo que Kotori já está lá sentada na mesa com uma cara meio impaciente enquanto olha pra comida.

—O-Olá. –Disse meio nervoso olhando pra ela, ela retribui com um simples olhar de Foda-se e volta a olhar a comida. Sebastian dá um pequeno suspiro.

—Partiremos em 1 hora, seu Tio está ansioso para conhecê-lo, Jack-sama.

—Disse Sebastian enquanto colocava minha comida na mesa, ainda não me acostumei com o sufixo “-sama”, nunca fui chamado assim.

—S-Sério?-Perguntei envergonhado, nunca tive alguém ansioso para me conhecer.

—Ele só o tinha visto desacordado, ele quer muito ver como você fala, anda e afins. –Disse Sebastian se curvando ao servir minha comida.

—Nossa... Que empolgação. –Respondi com uma gota na cabeça, tô começando a estranhar esse trem. Abocanho o primeiro pedaço da comida que era carne com arroz, tomate, alface e cebola, almoço comum. –Coisa leve pra não engordar. –disse isso com um sorriso enquanto saboreava a comida que estava muito boa por sinal. Notei que Kotori deu uma olhadinha para após meu comentário. –Conhece o Zangado?

—Não é da sua conta. –respondeu ela bem rápido e no mesmo tom de raiva de antes, vai ser difícil lidar com essa daí.

15 minutos depois...

Terminamos de comer, Kotori já havia terminado uns 5 minutos antes e foi se arrumar para ir visitar o meu tio junto.

—Ah, Sebastian!-O chamei assim que me lembrei de algo.

—O que deseja Jack-sama?-Disse o mesmo que estava lavando os pratos na pia da cozinha.

—Já posso tirar essas bandagens?-perguntei enquanto eu mostrava meu antebraço que estava enfaixado pra ele. Ele se vira para mim e dá uma olhada no meu antebraço e fica em silêncio por uns segundos...

—Não se preocupe, já pode tirar e, por favor, evite passar 1 hora no banho como você geralmente fazia na outra dimensão. –Disse ele voltando a lavar os pratos, por que ele tinha que me lembrar disso? Eu sei que é desperdício de água e talz, mas eu nunca consigo tomar um banho sem que ele seja demorado, geralmente durando entre 20 a 40 minutos (N/A: A Natureza sofre, viu?). Fui ao meu quarto e peguei minha toalha para enfim tomar o meu banho que foi interrompido pelo ataque da minha irmãzinha enraivecida, assim que eu entro no que eu achava que seria o boxer, vejo que dentro tem uma pequena banheira retangular lá dentro e 2 banquinhos pequenos para se sentar, uma mangueira, um chuveiro ou ducha, parece uma ducha, uma janela básica de banheiro e um suporte ao lado da banheira para por o shampoo e o sabonete. Tirei minhas roupas e fiquei 100% nu, e a plaquinha de censurado ainda estava lá, agora que me pergunto... como eu vou mirar direito na privada na hora de mijar? Digo... não dá pra saber onde eu tô mirando, eu poderia sentar na hora, mas ainda incomoda porque... e se eu estiver... ereto? (N/A: Sei lá, reclame com quem inventou a plaquinha de censura). Eu coloquei minha mão sobre a placa e senti que estava tocando mesmo em algo que com certeza não era o meu pingas, parece até que se mexe... e quando eu percebi, eu tirei a placa quando movi minha mão, então eu decidi olhar e vi que (N/A: Parou! Parou! Ninguém quer saber o que você viu!)... Melhor deixar o pra lá, o importante é que ele está lá.

Suspiro aliviado e ligo a torneira da banheira para deixar a mesma enchendo... Eu devia ter deixado ela ligada no momento em que eu entrei, como sou burro! Olho para o meu antebraço enfaixado e começo a tirar. Foi bem mais complicado do que eu pensei, percebi que tava bem apertada quando eu terminei o serviço e senti meu antebraço se aliviando como se estivesse sufocado. Olho bem pra ele e vejo que está bem normal, nenhum sinal de cicatriz ao coisa do tipo, em seguida comecei a olhar meu corpo para ver se estava tudo bem, vi que meu no meu ombro esquerdo tava uma cicatriz que circulava meu ombro e sovaco inteiros, pelo visto era a uma cicatriz da mordida daquele Bahamut desprovido de asas que me atacou quando eu cheguei nessa dimensão. Tentei chegar outras partes, mas vou ter que precisar de um espelho para melhor visualização, olhei pra banheira e já tava cheia, decidi colocar meu pé para checar se água tava fri-CARALHO! Tá mais gelada que o Camus dando gelo pro Hyoga! Me arrepiei tanto que isso me fez lembrar de uma coisa muito importante que eu não deveria ter esquecido, a coisa mais importante do mundo... MINHA CAUDA! Lá estava ela, toda arrepiada por causa do frio, toda seduzente, toda delícia... Com aqueles pelinhos... (N/A: Minha nossa, ele tem fetiche por caudas! Isso vai pra lista!) Opa, sem perda de tempo, tenho que tomar banho.

Entrei na banheira de vez para não perder mais tempo... Me arrependi amargamente, o frio foi ainda pior, fiquei tremendo na água mais que um vibrador de com velocidade MACH 20, mas em compensação me acostumei rápido, parando pra pensar, essa é a primeira vez que tomo banho numa banheira de verdade sem contar com aquelas de quando eu era um bebê, a sensação até que é boa... Eu poderia ficar aqui o dia todo...

30 minutos depois...

Adivinha o que rolou? Yup, eu dormi na banheira... É, eu não tenho jeito mesmo. Acordei com Sebastian dando umas batitas na porta para me avisar que estava chegando na hora de ir, nunca apressei tanto um banho como esse, fui correndo para o meu quarto e graças a deus que já tinha uma roupa na minha cama já pronta só esperando para ser vestida... Te amo Sebastian!

Me enxuguei e em seguida vesti meu boxer com logo de dragão, que por sinal é melhor do que cueca para mim, e fui vestir minha calça Jeans escura junto com umas meias cinzas, depois coloquei uma camisa branca de Sword art online com o Kirito na frente e Asuna atrás, logo após eu visto uma jaqueta com capuz cinza por cima e coloco tênis allstar preto, Resumindo: Estou pronto para sair!

Jack’s POV Off:

Após terminar de se arrumar, Jack sai de seu quarto para se encontrar com seu mordomo e sua irmã, eles estavam o esperando na porta.

—Atrasado... –disse Kotori com os braços cruzados e batendo o pé impaciente.

—Me desculpe, eu acho que relaxei demais na banheira hehehe. –Se desculpou Jack um pouco envergonhado.

—Certo, Vamos indo antes que Yukito-sama perca a paciência. –Avisou Sebastian abrindo a porta da frente com a chave para que os três saíssem. Eles deixam a casa e vão em direção ao carro que estava estacionado na frente da casa, Jack e Kotori sentam na parte de trás do carro e Sebastian na frente para pilotar, Kotori ainda queria ir no assento da frente mas lá tinha umas caixas que Sebastian disse que não era para tirar dali porque iriam perder tempo. A viagem até o encontro do Tio dos dois jovens foi bem tranquila, Jack novamente ficou olhando os pontos da Cidade pela janela fascinado com tudo como se fosse um mundo totalmente novo para ele (N/A: na verdade é um mundo novo para ele). Após 30 minutos de viagem eles chegam a um bairro que parece ser de ricos e param na frente de uma mansão oriental tão grande como a mansão Wayne.

—Uau! Meu tio tem estilo pra decorações. –Disse Jack ao admirar a enorme estrutura. Sebastian entra no estacionamento a céu aberto da mansão que estava cheio de outros carros de marcas caras estacionados, incluindo limusines.

—Esta mansão faz parte de sua família há décadas, construída para durar gerações. –Explicou Sebastian enquanto estacionava o carro.

—Nossa... Por acaso ela é feita de Xbox?-Brincou Jack enquanto saia do carro ao mesmo tempo em que sua irmã assim que o carro foi estacionado.
A entrada da Mansão tinha um caminho de pedras com cerejeiras enfileiradas na parte esquerda e direita da entrada, dando um ar mais oriental do que já estava. Os três vão seguindo por esse caminho, com Jack distraído olhando as árvores, até finalmente chegarem no portão da mansão.

Ao Sebastian abrir o portão para os dois, Jack observar o enorme salão de entrada da mansão, era muito maior do que ele pensava, tinha um tapete vermelho que ia da entrada para umas escadas no final do salão que na metade da mesma tinha mais duas escadas para a esquerda e direita que davam aos andares superiores, eram enormes, também havia um enorme quadro na parede onde ficava o ponto de encontro das escadas, era o quadro de um homem e uma mulher de cabelos brancos e era bem antigo julgando pela moldura do quadro e as roupas do casal, também havia umas portas na esquerda e direita no térreo, dava para fazer uma ótima festa só naquela área. Jack e Kotori adentram o lugar.

—Caramba... e isso é só a entrada da mansão... –Disse Jack boquiaberto enquanto olhava ao redor do salão.

—O quintal da mansão é ainda maior, Jack-sama. –Avisou Sebastian também entrando no salão e fechando a porta. Um casal podia ser visto descendo as escadas, um homem de cabelos negros e bem estilosos e olhos dourados com uma barba curta e fina usando um terno preto acompanhado de uma mulher de longos cabelos castanhos e olhos da mesma cor com um vestido branco de saia longa com um volume na barriga, parece estar grávida.

—Tio Yuki, Tia Lu!-Disse Kotori com um sorriso no rosto correndo até o casal, o homem abre os braços para recebê-la junto de um sorriso do mesmo.

—“ela fica mais bonita sorrindo”-pensava Jack ao ver o sorriso de sua irmã. A garota abraça o tio com muita vontade, o mesmo retribui com o mesmo ato e beijando levemente a cabeça dela.

—Como vai minha sobrinha favorita?-Perguntou ele enquanto alisava o cabelo da Kotori.

—“Única” sobrinha Tio Yuki, tá esquecido? Vou bem sim. –Respondeu Kotori com um sorriso e corrigindo seu tio. Kotori olha para a mulher a seu lado.

—Como tá o bebê, tia Lu?

—Saudável e tranquilo aqui dentro. –respondeu a mulher alisando a barriga junto de um sorriso amável.

—Posso sentir?-Perguntou Kotori saindo do abraço do tio.

—Claro que pode. –Confirmou ela. Kotori se aproxima da mesma e coloca as mãos devagar sobre a barriga dela.

—Oh, ele mexeu!-Disse Kotori com brilhos nos olhos, a mulher assente com um sorriso.

—E este deve ser... –falou o homem olhando para Jack, o mesmo fica parado igual a uma pedra ao notar a ele o olhando. Jack se enrola um pouco ao tentar fazer um comprimento pois não sabia se deveria se curvar ou acenar.

—Erm... P-Prazer em conhecê-lo, meu nome é Jack e-e-e... –gaguejava Jack com um olhar de nervosismo. O homem termina de descer as escadas e se aproxima do jovem garoto e o abraça log em seguida. Jack fica sem palavras.

—Esperei por tantos anos para te rever de novo, meu sobrinho... –disse o homem abraçando fortemente o garoto. –Bem vindo de volta a sua família, Jack Hironobu...

—Erm... Valeu Tio. –agradeceu Jack em dúvida se retribuía o abraço ou não. O homem o solta do abraço e se agacha um pouco para ficar a altura dele.

—Você pode não se lembrar de mim porque ainda era apenas um bebê, meu nome é Yukito Hironobu, irmão caçula do seu pai. –Disse Yukito com um sorriso no rosto.

—Desculpa Tio, mas você não tem cara de Yukito não ehehe... –comentou Jack com um sorriso sem graça.

—Muitos dizem isso, já é costume. –Respondeu o tio do garoto com uma piscada. –E esta aqui é minha esposa, Louise Logwell. –disse o mesmo apresentando a mulher que tinha acabado de descer as escadas e se aproximava dos dois.

—Oláaa. –disse a mulher acenando de leve para Jack.

—O-Oi, Srta. Louise... –cumprimentou o garoto corando ao ver mais de perto a esposa do seu tio. (N/A: rapazinho educado esse, né não?).

—E antes que pergunte, sim, eu estou grávida, não é gordura nesta área do meu corpo, tá certo que eu como doce pra burro, mas eu nunca engordei com isso!-Avisou Louise com os punhos na cintura e um sorriso orgulhoso com uma pitada de zoeira. Jack solta um risinho.

—Hehehe, eu não sou doido de perguntar se uma mulher tá gorda, até porque não quero levar um “Tá me chamando gorda é?!” hahahaha!-disse Jack forçando uma voz feminina de raiva na ultima fala em tom de brincadeira.

—Viu só Querido? Eu sei a linguagem dos jovens de hoje, e você achando que eu iria entrar no modo “estou grávida e sou a mulher mais doce do mundo”, Péee! Perdeu, me deve uma massagem antes de dormir hoje, tá bom amor?-Disse Louise dando uma piscadinha com um sorriso alegre seguida de um beijo soprado para o seu marido que retribui com um sorriso.

—Sim sim, Querida, mas sem bolinho de morango na sobremesa de hoje, ok?-Disse Yukito com um olhar de alguém dando um aviso importante.

—Mas eu não posso dormir sem os meus bolinhos!-disse Louise em um tom de preocupação.

—Você comeu 20 deles ontem, não venha com desculpa de ser a gravidez dessa vez, excesso de doce pode prejudicar o bebê. –Disse Yukito com um tom de educador de programa de tv infantil.

—Poxa, quebrou minha onda... –Resmungou Louise enchendo as bochechas e cruzando os braços com um olhar de abusada. Kotori, que estava afastada apenas observando a cena se aproxima de sua tia.

—Tia Lu, Vamos para o jardim?-perguntou Kotori a sua tia.

—Claro, meu bem. –aceitou Louise segurando a mão de sua sobrinha. Antes de elas saírem, Louise dá um selinho em seu marido que retribui o mesmo ato, Kotori faz uma cara de nojinho enquanto Jack cora com a cena.

—Té logo, amor. –Ela sopra um beijinho e sai andando com a Kotori para uma das portas a direita. Yukito olha para Sebastian que estava limpando uns jarros.

—Sebastian, chame todos os empregados para a sala do trono, digam a eles que o filho do meu irmão finalmente está em casa. –Ordenou Yukito para o mordomo que termina o serviço e se curva um pouco com o braço no tronco.

—Entendido, Yukito-sama. –Respondeu Sebastian indo para uma das portas a esquerda.

—Gostaria de me acompanhar?-Perguntou o tio ao seu sobrinho.

—Bom, eu não tenho nenhum mapa desse lugar e eu não quero me perder, então... Bora lá. –Respondeu Jack dando de ombros.

Yukito vai subindo novamente as escadas enquanto Jack vai seguindo ele, o garoto fica olhando ao redor do lugar ainda impressionado.

—Algum problema? Se quiser perguntar alguma coisa, sinta-se a vontade.

—disse Yukito notando a forma que Jack olhava o lugar.

—Bem erm... Quem são aqueles no quadro ali?-Perguntou Jack apontando para o enorme quadro no centro que dividia as escadas.

—Ah, aqueles são os fundadores da família Hironobu, são seus Tataravós por parte de mãe, eram exploradores de grande sucesso e de famílias nobres, de início eles queriam criar um castelo neste lugar, mas a construção de um era muito mais cara e ainda por cima muito mais demorada para se fazer, então optaram em construir uma grande mansão que traria menos prejuízos, adquiriram grandes riquezas quando encontraram relíquias antigas e deram para o museu de Enix. –Respondeu Yukito terminando de subir as escadas junto com seu sobrinho.

—Caramba hein... Quer dizer que... Eu tenho dinheiro para comprar um PS4, Xbox One, Wii U e um PC Gamer?!-Perguntou Jack empolgado com os olhos brilhando.

—Sim e não. –Respondeu seu tio. –Sim porque nossa família tem dinheiro para comprar mais de 100 desses, e não porque não iremos comprar um para você a não ser que mereça.

—Ah Tio, deixa disse, acabei de chegar e não ganho nem um presente de boas vindas?-disse Jack com uma expressão de abusado.

—Considere seu presente de boas vindas o fato de temos colocado seu braço de volta no lugar evitando a sua perda de sangue e sua possível morte, entendeu?-Disse Yukito com um pequeno sorriso maléfico.

—Tch, ok ok... –Aceitou Jack colocando as mãos no bolso olhando de lado meio decepcionado.

—Quem sabe se você melhorar suas notas e evitar ficar na recuperação como andou fazendo na dimensão material nos últimos anos, talvez ainda ganhe seu PS4... –Falou Yukito enquanto entrava num corredor a esquerda no piso de cima junto com Jack.

—Como sabe disso? Aproveitaram para invadir minha mente e roubar todas as informações sobre minha pessoa? Isso não se faz com uma pessoa em estado de descanso, a não ser que essa pessoa seja um inimigo que contem um segredo mega fuderoso que pode ajudar a acabar com a equipe dele e assim completar a missão mesmo passando horas para chegar até ele.

—Perguntou Jack seguido de uma comparação completamente desnecessária.

—Foi necessário para conhecermos mais sobre o que você fez nos últimos 15 anos. –respondeu seu tio se aproximando do fim chegando ao fim do corredor em que havia mais um caminho para a direita.

—Sei, sei... –Resmungava Jack enquanto seguia seu tio. –Sebastian me falou sobre as dimensões e que se uma pessoa existe em uma dimensão ela também existe nas outras dimensões. Ele disse que o meu “eu” dessa dimensão está dentro de mim, como assim? Eu por acaso me fundi com ele? O que aconteceu com ele?

—Na verdade... O “você” de Enix morreu há 15 anos atrás... –Disse o tio do garoto calmamente enquanto seguia para uma enorme porta no fim do corredor.

—... Eh?! Ele morreu mesmo?-perguntou Jack chocado com o que acabou de ouvir. –“Isso Explica o que Kotori quis dizer sobre aquilo...”-Pensou o mesmo seguindo seu tio. -Mas... Se o outro eu morreu há 15 anos, então o que o Sebastian quis dizer com ele estar dentro de mim?-perguntou Jack lembrando-se da conversa na base.

—Porque a alma dele está dentro de você... –Respondeu ele enquanto abria a porta e entrava no local.

Era uma enorme Varanda que pelo tamanho dava também para fazer uma enorme festa naquele lugar, tinha uma vista para uma área cheia de vários tipos de flores e algumas árvores abaixo, dava para ver um pequeno lago também.

—E como meu outro eu morreu?-Perguntou o jovem garoto enquanto olhava encantado para a vista. Yukito se aproxima no fim da varanda e apoia as mãos no corrimão da mesma.

—Há 15 anos atrás, os servos da entidade maligna estavam invadindo Enix, causando um enorme caos, eles tinham apenas um objetivo: Matar o filho do Demônio mais poderoso de Enix: Jack Hironobu... –Jack se espanta com o que acabou de ouvir, mas ele não diz nada. –Naquele tempo, sua mãe estava grávida da Kotori, ao saber que sua vida estava em risco, ela decidiu esconder sua família e irem para longe de Enix, mas isso não adiantaria, pois aqueles seres não iriam parar de procurar você. Meu irmão teve uma ideia arriscada, mas poderia dar certo, usar uma magia proibida para mandar você para um lugar onde nunca iriam lhe achar, mas para isso... A pessoa que iria ser enviada deveria deixar o seu corpo para que sua alma pudesse ser transferida, em outras palavras, o enviado deveria morrer... –Jack só escutava não acreditando no que seu tio estava dizendo. –Sua mãe obviamente negou fazer isso, pois não queria ver seu filho de apenas um ano perder a vida só para evitar que sua família corresse perigo, ela preferia viver fugindo de perseguidores a perder seu amado bebê... Meu irmão também não queria perder você, mas a perseguição estava pondo a vida de muitas pessoas inocentes em perigo, estava uma guerra em enix, muitos morrendo... Foi uma decisão difícil para os dois, seu pai conseguiu convencer sua mãe a aceitar a proposta, mesmo assim... Ela não parava de chorar por ter que fazer isso com seu próprio filho... Mas era isso ou criar seus filhos numa vida corrida e perigosa enquanto muitos inocentes morrem por conta disso... Seus pais usaram a magia proibida e a alma de seu filho deixou seu corpo, o matando... Seu pai foi avisar ao inimigo que você estava morto e trouxe o cadáver consigo, o líder inimigo entrou em fúria e entrou em combate com o seu pai, pelo que parece ele queria matar você com suas próprias mãos... A luta resultou no fim da guerra, meu irmão morreu para proteger sua família, não sabemos o que houve com o líder inimigo, mas o que importava era que a batalha acabou... Sua mãe ficou em depressão por um pequeno tempo, pois perdeu seu filho e marido no mesmo dia... mas superou a depressão com a ajuda dos amigos e família, ela também rezava por você todos os dias para que você estivesse em segurança sem onde quer que estivesse... A alma do seu outro eu se juntou a seu corpo e ficou adormecida por todo esse tempo... –Explicou Yukito cabisbaixo olhando para o jardim com um olhar triste.

—... E o que houve com a mamãe?-perguntou Jack com uma voz triste.

—Ela foi morta por seguidores da entidade maligna que souberam da sua “falsa morte” e foram atrás dela... –Respondeu seu tio dando um leve suspiro.

Jack encarava a si mesmo com um olhar impressionado e chocado ao mesmo tempo

—Meus pais... Fizeram tudo isso... Por mim?-perguntou Jack a sim mesmo enquanto olhava as próprias mãos.

—Eles o amavam mais do que tudo nesse mundo, choraram tanto no seu nascimento quanto no momento em que tiveram que usar aquela magia...–disse Yukito cobrindo o nariz e a boca com a mão direita.

—...

Jack POV’s ON:

Cara... eu tô sem palavras para o que eu acabei de ouvir... meu coração está batendo forte, me sinto diferente... eu sinto vontade de chorar, mas não consigo... Eu não consigo acreditar. Minha mãe na dimensão material sempre gritava comigo e eu meio que desenvolvi um certo receio por ela por conta disso, já o meu pai era muito ausente e eu tinha começado a sentir que ele se afastava mais ainda da família, eu estava me sentindo como se não tivesse pais... Mas... depois de ouvir isso, o que esses meus outros pais fizeram pela minha segurança, o sofrimento que passaram para que eu ficasse bem... isso é tão... tão... fodasticamente triste. Quando está na adolescência é bem normal você desejar viver sozinho e fora do alcance dos seus pais porque eles são chatos, cobram demais... também tem as brigas em família, que resultam em palavras que machucam ambos os lados, se eu parar para pensar... Mesmo que eu não me dando muito bem com meus pais da dimensão material... Eles fariam a mesma coisa que esses fizeram?

—“Claro que fariam, afinal, eles são seus pais” -Disse uma voz ecoando pela minha cabeça.

Eh? Quem disse isso?

—“Eae? Aqui é o Jack de Enix, e hoje é dia de vale ou não a pena se apresentar” –Disse a voz novamente, parece ser um garoto. –“Claro que sou um garoto, eu sou tu! Se bem que eu sou muito mais bonito que você”.
Pera, você é mesmo o outro eu? Por que decidiu só falar agora?

—“Porque deu vontade agora”.
Quanto tempo você está acordado?

—“Desde que acordamos com pelados naquela sala branca com um Sebastian fazendo cosplay de Sebastian”.
Então por que não falou nada?

—“Porque eu preferi esperar o tio Yuki falar sobre o meu passado para poder me introduzir a você, jovem garfanhoto”.
Ah, então tudo bem, eu acho... Prazer em te conhecer, Eu

—“Digo o mesmo, agora sai do POV e deixa o narrador fazer o trabalho dele”.
Tá bom então.

JACK POV’s OFF:

—E... por que a Kotori me odeia tanto?-perguntou Jack se aproximando do seu tio.

—Bom... eu poderia dizer uma coisa ou outra sobre isso, mas é melhor você perguntar a Louise, a Kotori deve ter compartilhado mais coisas com ela.

—Respondeu Yukito olhando o jardim.

—Ok... –disse Jack também apoiando as mãos no corrimão da varanda. Olhando para baixo dava para ver Louise e Kotori andando pelo jardim, as duas pareciam bem alegres. -Existe mesmo magia nesse mundo?

—Claro que sim, Magia é uma fonte de energia vital da alma que todos os seres vivos de Enix possuem, ela tem várias formas de ser usada, alguns a chamam de Chakra, Ki, Nen, Cosmo, Mana e entre outros. Grande maioria dos seres de Enix consegue usar magia, mas tem outros que não possuem capacidade para isso. Cada pessoa possui 2 tipos de magia, 1 herdada de um dos pais e outra que é própria dele. Digamos que um usuário de magia de fogo tenha um filho com uma usuária de água, o filho vai possuir sua própria magia e vai herdar o poder do pai ou da mãe, geralmente o filho herda o poder do parente que possui um gene mais forte, os meio-humanos são um exemplo disso: se um elfo tem um filho com uma humana, o filho vai herdar o poder do elfo e assim se segue. –Disse Yukito olhando seu sobrinho.

—Nossa, eu esperava só um “Sim, magia existe” e pronto. –disse Jack com um sorriso sem graça.

—No seu caso, você e sua irmã herdaram o poder do seu pai já que ele era um demônio e sua mãe era uma humana. –explicou o tio ajeitando o cabelo.

—“Nossa, isso foi muito Devil may cry, curti” - Disse o Enix-Jack na mente do Jack.

—Então como eu vou saber qual é a minha magia exclusiva?-Perguntou Jack com um olhar de curiosidade e sorriso empolgado.

—Bom... Por que não tenta agora? Aqui é um bom espaço para praticar algo, vá em frente e tente usar magia da forma que você achar melhor.

—Sugeriu o Tio com um sorriso.

—Opa, vou tentar agora!-Disse Jack se afastando um pouco do tio, Yukito abre um pouco de espaço para ele. Jack fecha os olhos devagar e respira profundamente, ele fecha os punhos e fica parado no meio da varanda.

Jack POV’s ON:

Eu consigo, eu sei que consigo!

—“Hora do Show, Porra! HURR”.
Eu abaixo um pouco meu quadril e estico um pouco as pernas para me equilibrar, coloco minhas mãos próximas uma da outra como se estivessem segurando uma bola a minha direita próxima ao meu abdômen. Eu sonhei sempre por este dia, finalmente eu vou fazer isso de verdade!!!

Jack POV’s OFF:

—Kaaa... Meee... Haaa... Meee... –Falava Jack preparando para tacar seu golpe especial. Ele joga as mãos para frente lançando um. –HAAAAAAAAAAAAA!!!

...

Seu grito ecoou pelo local, no entando... não saiu absolutamente nada das mãos dele. O Mesmo fica super vermelho ao notar que pagou mico fazendo isso, Yukito estava prendendo uns risinhos enquanto tentava disfarçar que não achou graça.

—Amor, o que foi esse grito?! Jack se machucou?!-Perguntou Louise no jardim olhando para varanda acima.

—Hehehe... *se controlando* Não amor! Ele tá bem, só deu vontade de gritar mesmo, não se preocupe!-respondeu Yukito ainda prendendo risos. Seu sobrinho olha pra ele com uma cara de raiva e vergonha.

—Você fez de propósito... –Disse Jack cruzando os braços.

—Sim, eu tive que fazer isso pelo menos uma vez, minhas desculpas,sobrinho. –Se desculpou o tio se recompondo dos risos.

—Hm... então quando poderei aprender a usar magia?-Perguntou Jack com uma cara abusada.

—Não se preocupe, a escola ensina os conceitos básicos da magia, e também chamamos alguém para ensinar você fora da escola também. –respondeu o Tio colocando as mãos no bolso.

—E quando vou conhecer essa pessoa?-Perguntou Jack imaginando quem seria esse instrutor.

—Em breve... –Disse Yukito em voz de apresentador de trailer de cinema. Sebastian chega na varanda onde os dois estavam.

—Yukito-sama, os empregados já se encontram na sala do trono. –disse Sebastian se curvando para os dois.

—Obrigado Sebastian. Jack, chegou a hora de conhecer aqueles que servem nossa família a muitos anos e agora também servirão a você. –Agradeceu Yukito saindo da varando e sendo seguido por Jack.

—Eu vou ter empregados? Nossa, eu achava que era só o Sebastian. –falava Jack enquanto seguia seu Tio.

 

Um tempinho depois...

 

O caminho até a sala do trono foi bem cansativo para o garoto, isso também o fez ter mais noção ainda de que a mansão era muito maior do que ele imaginava, possui muitos corredores bem grandes. Eles chegam na sala do trono, definitivamente faz jus ao seu nome, É uma sala enorme com um tapete vermelho seguindo até umas escadas em que no topo havia de fato um trono de rei, bem elegante por sinal. Nas Laterais do tapete estavam vários mordomos, empregadas e uns homens de terno e outros de kimono alinhados.

—Empregados da família Hironobu, é com grande prazer que vos apresento, o filho perdido de meu irmão que agora finalmente voltou para casa, recebam meu sobrinho e herdeiro do Trono dos Hironobu: Jack Hironobu!-Disse Yukito num tom alto para todos ouvirem enquanto apresentava seu sobrinho. Jack fica vermelho.

—Erm... Eae pessoa? Sou eu, Jack aqui ehehehe... –Disse Jack nervoso e envergonhado.

—Bem vindo de volta, Jack-sama!-Responderam todos os empregados se curvando para o garoto.

 

Jack POVs ON:

 

Nossa, agora eu virei riquinho não rico?

—“Quem se importa? Temos MAIDS só pra nós!”
FUCK YEAH!!!

 

Jack POV’s OFF:

 

—O-Obrigado. –respondeu Jack agradecendo pela recepção.

—Que tal sentar no trono um pouco?-Sugeriu Yukito com um sorriso.

—Sério, eu posso?

—Claro que pode, vá lá. –Confirmou Yukito dando um tapinha de leve nas costas de Jack.

Jack vai andando devagar seguindo o tapete e olhando a quantidade de empregados que tem ao seu dispor, os mordomos deviam ter uns 30 anos para cima, o mesmo com os caras de terno e kimono, as empregadas eram mais jovens, provavelmente uns 25 anos para cima, todas muito bonitas por sinal. Jack chega até o trono e fica o observando o mesmo o mesmo com uma cara de incerteza se sentaria nele ou não. Ele da um pequeno suspiro e senta devagar no trono.

—... é confortável. –disse Jack com as bochechas vermelhas e um sorriso envergonhado enquanto aproveitava o assento do trono. Seu tio e Sebastian tiram os celulares dos bolsos e tiram uma foto da cena. –Ei, quem disse que eu queria uma foto?

—Desculpe Jack, mas esse é um momento muito importante na família, você sentando no trono, aconteceu a mesma coisa com a sua irmã ano passado. –Respondeu Yukito enquanto salvava a foto no celular.

—Pelo menos avisava... –Resmungou Jack enquanto fazia uma pose de boss no trono sem perceber. Sebastian sussurra algo para Yukito que assente ao ouvir.

—Desculpe Jack, mas eu tenho uma pequena reunião agora, fique a vontade aqui na mansão, voltarei em breve. –Avisou Yukito.

—Ok Tio Yuki. –Assentiu Jack enquanto coçava a cabeça. Yukito sai da sala sendo acompanhado por Sebastian, e os empregados ficam lá olhando para Jack.

O silêncio toma conta do lugar...

—Erm... vocês vão mesmo ficar me olhando assim?-Perguntou Jack estranhando os empregados olhando para ele.

—Estamos esperando ordens, Jack-sama. –respondeu um dos mordomos.

—Ah... –Disse Jack se sentindo meio bobo por perguntar. –Bom... acho que já podem voltar aos seus afazeres, não tenho nada para pedir no momento mesmo. –disse Jack dando de ombros. Os empregados se curvam para ele.

—Como o senhor deseja, Jack-sama!-Disseram os empregados se retirando do local. Jack se levanta do trono e da uma espreguiçada.

—Bom, hora de explorar essa mansão. –disse o garoto enquanto começava a se dirigir para a saída da sala.

 

Um tempinho depois...

 

Jack explorou bastante a mansão, tinha muitos cômodos, muita decoração como quadros, jarros, estátuas, e várias outras coisas. O jovem garoto já estava ficando exausto de tanto andar, estava andando por um dos corredores da casa (N/A: É casa dos corredores, issos sim) quando avistou algo no fundo.

—Hm? O que é aquilo?-perguntou o mesmo olhando para o fim do corredor. No fundo dava para ver algo que aprecia ser uma flor de cor roxa e soltando uns brilhinhos de mesma cor de suas folhas, bem bonita. Ao redor dela tinha várias fotos e um quadro enorme na parede atrás dela, também havia velas iluminando aquela parte do corredor. O nosso protagonista decidiu ir lá checar, assim que chega perto...

 

*PAF!!!*

 

—Gh!-Gemeu Jack ao se esbarrar com algo que o derrubou.

—Kyah!-Disse uma voz feminina junto ao som de uns livros caindo no chão.

—O que foi isso?-perguntou Jack ao olhar para a dona da voz.

—M-Me desculpa, ai como sou destraída... –disse a dona da voz que também havia caído, pelo visto ela que trombou nele. Era uma garota ruiva com duas maria chiquinhas longas e olhos verdes bem fortes, usando uma roupa das empregadas da mansão, muito bela. O garoto ao ver a garota que parecia ter a mesma idade que a dele, começa a corar até seu rosto ficar completamente vermelho.

—V-Você está bem?-perguntou Jack olhando para a garota ainda vermelho.

—Sim estou, me desculpe por ter me esbarrado em você, tenho que lembrar de não correr quando se está carregando muitos livros que atrapalham sua visão do caminho que está seguindo. –respondeu a garota com um sorriso bobo e uma gota na cabeça explicando como foi parar ali. –Era para eu ter ido junto com os outros empregados para a sala do trono para receber o irmão da Kotori-sama, mas eu acabei não indo porque eu estava tomando banho.

—Ah, então f-foi por isso que eu não te vi na sala... –disse Jack sem tirar os olhos da garota.

—Não me viu?... espera, você é o Jack-sama?!-Perguntou a garota notando com quem estava conversando. O garoto assente, ela imediatamente se curva com as mãos e a cabeça ao chão. –Mil perdões, eu não sabia que era você, eu não tinha a intenção de derrubar o senhor, por favor, me perdoe!-implorou a Ruiva bem desesperada.

 

Jack POV’s ON:

 

Ela ficou muito nervosa do nada, será que ela acha que sou algum tipo durão?

—“Bom, parece que ela se encaixa com aquele tipo de garota que é doce, porém atrapalhada.”-Disse meu outro eu. Ela é muito bonita, acho que já vi alguém parecida com ela em algum outro anime, mas não lembro qual...

—E-Ei, se acalme, foi só um acidente. –tentei acalma-la, a mesma fica de joelhos e olha para mim, eu me levanto e ofereço minha mão para ajuda-la a se levantar. Ela segura minha mão delicadamente e eu a puxo para ela se levantar, a mão dela é tão macia...

—Me desculpe, Jack-sama... para compensar meu erro, eu faço o que você quiser, é só pedir!-disse ela um pouco corada e com os olhos fechados de vergo-perae... ela disse “qualquer coisa”? foi isso mesmo que houvi?

—“Ui, será que é qualquer coooooisa mesmo?”-perguntou meu outro eu com um tom safado.

—Qualquer coisa mesmo?-Perguntei a ela para ter certeza.

—Qualquer coisa, pode me punir!-disse a mesma ficando ainda mais vermelha... ELA NÃO DEVERIA TER DITO ISSO!!! Fudeu! Agora estou pensando em várias coisas pervertidas para fazer com ela!

—“Uuuuuuui, essa vai para a lista!”-disse o meu outro eu com algumas risadas.

—Erm... poderia me guiar pela mansão então?-pedi educadamente, só por que eu sou o “mestre” dela, não quer dizer que eu tenho que me aproveitar disso para fazer o que quiser com ela, isso é errado, não sou assim!

—“É assim que se fala, as aulas de sociologia e aqueles animes de romance valeram a pena.” -disse ou meu edolas-eu.

—C-Claro, será um prazer, Jack-sama. –disse ela com um belo sorriso on rosto, no momento em que ela fez isso eu senti meu coração bater muito forte, mano... isso é muito kawaii. Ela se agacha para pegar os livros que caíram por conta do esbarro, eu me agacho também e a ajudo.

—Me deixe ajudar, assim não vai mais ter algo atrapalhando sua visão enquanto corre hehehe. –Falei com meu famoso riso sem graça, a garota olha para mim e retribui com um sorriso.

—Muito obrigada, o senhor é muito gentil, Jack-sama. –Agradeceu ela enquanto nós dois dividíamos a quantidade de livros para carregarmos. Assim que fiquei ao lado dela eu pude sentir o cheiro dela, nossa... Ela cheira tão bem... Parece morango com rosas...

—Etto... como se chama?-perguntei.

—Ruby Crimson, prazer em conhece-lo, Jack-sama. –respondeu ela com um sorriso, esse sorriso tá começando a me enfeitiçar, melhor ela parar antes que eu vicie...

—É um belo nome, combina com você. –Respondi sentindo que atingi um novo de vermelho de tão envergonhado que fiquei ao dizer isso.

—V-Você acha? O-Obrigada hihihi... –Ela ficou um pouco corada, tô progredindo!

 

Jack POV’s OFF:

 

Algum tempinho depois...

 

A Jovem Ruby fez um tour completo pela mansão para Jack, assim apresentando todos os cômodos da mansão, e a avaliação de Jack sobre a mansão resultou em: Mansão Wayne asiática um pouco nerfada.
Ambos foram para o jardim da mansão com uns lanchinhos, o sol já estava se pondo, ambos conversaram bastante durante esse tempo. Os dois estavam sentados num banco próximo ao lago do jardim.

—Hehehe nossa, deve ter sido bem complicado começar como empregada aos 15 anos. –Comentou Jack em relação ao ultimo assunto que estavam tendo.

—Foi mesmo, mas graças aos outros empregados e Louise-sama, acabei pegando o jeito hihi. –disse Ruby com um risinho antes de comer mais um biscoito.

—Falando nisso... quanto tempo conhece a Kotori?-perguntou Jack antes de botar um biscoito na boca.

—Desde aos 7 anos, somos amigas quase irmãs. –respondeu Ruby com um sorriso doce.

—Ela por acaso sempre me odiou ass-

—Ruby!-Uma voz foi ouvida atrás dos dois que rapidamente se viram para ver de onde veio a voz, era Kotori. –Onde é que você tava, eu fiquei te procurando faz mais de 1 hora!

—Ah, Kotori-sama, mil perdões, meu celular estava carregando e o Jack-sama me pediu para guia-lo pela mansão. –Respondeu a ruiva se levantando do banco e limpando a boca e o avental que estavam com algumas migalhas dos biscoitos. Kotori se aproxima dos dois, ela da um olhar mortal para seu irmão e depois volta a olhar para Ruby.

—Vamos, você não pode ficar perto dele, ele é perigoso, uma ameaça... –disse Kotori puxando Ruby segurando a mão dela.

—Eh? Mas o que ele fez?-perguntou a Ruby se deixando ser levada pela garota.

—Eu te digo no caminho, vamos para o mangashop, tenho que comprar umas coisinhas... –respondeu kotori. Ruby olha para ela e depois para Jack e da uma acenadinha para ele.

—Até logo, Jack-sama!-disse ruby se despedindo com um sorriso.

—Até logo, Ruby!-Disse Jack retribuindo com outra acenadinha. As duas entram na mansão e Jack se aconchega mais no banco e olha para o por do sol. –Por que ela me odeia tanto?

—“Sei lá...”-Disse o alter-Jack num tom de “Dane-se”.

 

Minutos depois...

 

Anoiteceu, Jack ficou pensando sobre a Ruby, a forma como ela o tratava, o jeito dela falar, o sorriso dela, os olhos dela, realmente ele sentiu uma tração pela jovem empregada.

—Haah... Será que algum dia eu terei uma namorada assim?-Perguntou ele a sí mesmo enquanto colocava as mãos na nuca para poder relaxar mais.

—Se quiser mesmo, é só ir atrás do que deseja. –disse uma mulher se aproximando do garoto por trás, Jack se vira para ver quem era, era Louise.

—Posso me sentar com você?

—C-Claro Tia Louise. –Respondeu Jack abrindo espaço no banco para sua tia, a mesma senta ao seu lado.

—Tava pensando em alguém interessante?-Perguntou Louise com um sorriso brincalhão no rosto.

—B-Bom... uma garota que conheci hoje... –respondeu ele ficando vermelhinho.

—Hm... por acaso ela se chama Ruby?-Perguntou ela intensificando o sorriso, Jack a olha surpreso.

—Como sab-digo, o que a faz pensar nisso?-perguntou Jack olhando ela com um olhar de dúvida para ela.

—Talvez porque ela é a única empregada da sua idade na mansão e por que eu vi vocês dois andando juntos nos corredores. –Respondeu Louise dando um soquinho de leve no ombro de Jack. –Danadinho hein, ficou interessado na ruivinha é?

—... Um pouco, não vou investir logo porque acabei de conhecer ela, eu estaria sendo apressado demais. –Disse Jack tentando esconder o rosto vermelho.

—Entendo... –falou Louise olhando para o céu estrelado. –E como vai com sua irmãzinha?

—Bom... ela me odeia, mas não odiar de não gostar e pronto, ela me odeia de puro ódio, não me quer por perto, se recusa a falar comigo ou querer me escutar, resumindo: Ela me odeia mais tudo. –Desabafou Jack cruzando os braços com uma expressão de indignação enquanto olha para o chão.

—Hm... eu não diria que ela te odeia a 100%. –comentou Louise. –Tudo não passa de uma má interpretação dela.

—Uma má interpretação?-Jack olha para sua tia confuso.

—Meu marido me falou que você queria saber mais sobre ela, então cá estou eu... –Disse ela se preparando para contar a Jack sobre a má interpretação. –Como deve saber, sua irmã cresceu sem o pai, apenas sobre os cuidados da mãe... Ela era bem feliz e inocente, gostava muito de brincar, principalmente com a Ruby, e também... ela era fascinada por você. –Jack estranha ao ouvir essa ultima frase. –Sua mãe havia contado que você estava em uma aventura pelo universo para se tornar forte para um dia voltar e proteger a família no ligar do seu pai, era uma forma mais light de explicar para ela que ainda uma criança sobre o porquê de você não estar lá, ela começou a sentir que você era um tipo de super herói, falando sempre aos amigos dela que você era o herói mais poderoso do universo e nada poderia te deter, muitos acreditavam e outros achavam que era mentira porque nunca viram ele ou ela não tinha provas de que aquilo era realmente verdade, apenas dizia que era o que sua mãe tinha falado...

—Nossa... –disse Jack supreso com o que ouviu.

—No entando, aquele dia chegou... sua mãe foi assassinada por seguidores malignos, deixando Kotori sem pai nem mãe... aquilo abalou ela muito, nunca a vi chorar tanto naquele dia... ela amava muito a mãe dela. Depois daquele dia ela já estava começando a agir diferente, já não brincava tanto como antes, estava também mais séria, até que ela ouviu Yukito falando com Sebastian sobre a sua procura, ela chegou ao seu tio e perguntou sobre isso, ele então acabou tendo que contar a verdade para ela, sobre o porquê do seu pai ter morrido e sobre o que realmente aconteceu com você. Ao ouvir aquilo... ela passou a odiar seu pai, principalmente você, ela entendeu que seu pai morreu apenas para proteger você e que não estava nem ai para ela, achando que ela era menos importante da família, e o motivo de ela odiar você é porque ela o culpa pelo sofrimento de sua mãe. Desde o dia em que mandaram sua alma para outra dimensão, era muito constante ver sua mãe com um olhar triste, distante... e as vezes até chorando, pois aquele dia machucou muito o coração dela, e quando kotori soube da verdade, ela entendeu que aqueles momentos em que sua mãe estava limpando lágrimas enquanto olhava para um foto de você com ela era por sua causa... ela então desenvolveu uma espécie de rejeição por homens, ela até mesmo parou de falar com seu tio por um tempo por causa de ter demorado a contar a verdade. Os únicos homens que ela não tem essa rejeição é Yukito e Sebastian... mais ninguém... mesmo com eu e seu tio tentando explicar para ela que não era isso que ela pensava, ela se recusava a aceitar e ignorava achando que era mais uma mentira para esconder algo dela... *suspiro*-Contou Louise com um olhar triste para o lago à frente.
Jack estava sem palavras, então era esse o motivo de sua irmã desprezá-lo tanto, ela o culpava pelo sofrimento de sua mãe, por dele ela acha que não é a importante da família.

—Eu... não sei nem o que dizer... –Disse Jack também olhando para o lago, mas com uma expressão de choque. –O que eu faço para ela parar de me odiar?

—Bom... tem uma coisa que somente você pode fazer... –Disse Louise olhando para o Jack. –Você pode ajudar ela a se sentir importante de novo, afinal, não é dever do irmão mais velho cuidar e proteger a irmã mais nova?-Louise da uma piscadinha para Jack.

—... Verdade. –Jack se levanta do banco. –Eu posso fazer isso! A chegada nesse mundo é minha chance de mudar minha pessoa, ser alguém diferente, crescer de verdade, passar de nível!-Ele estende o punho para o céu com vontade. –Pode esperar irmãzinha, seu irmão aqui vai te fazer se sentir amada nem que você o mate!

Louise da uma risadinha.

—Nossa, quanta determinação hein?-Comentou Louise enquanto se levantava do banco e se aproximava do garoto colocando as mãos nas bochechas dele o fazendo olhara para ela, ele cora instantaneamente. –Tenho certeza que fará um ótimo trabalho, Yusuke Jr. –Ela beija a testa dele delicadamente, ele fica super vermelho (N/A: daqui a pouco ele vai virar o novo Red do pokemon). –Boa sorte com ela.

—O-O-O-O-Obrigado, e-e-eu farei de tudo para ser o melhor irmão do mundo para conquistar ela. –Respondeu Jack com um sorrisinho maroto ainda vermelho, Louise retribui o sorriso. Louise solta o rosto dele vai andando para a mansão, Jack a segue.

—Conquistar, né? Vai fazer ela se apaixonar por você é?-brincou Louise com um sorriso safado.

—C-Claro que não, não sou incestuoso!-respondeu Jack um pouco irritado.

—Não é o que aquelas sessões de auto-amor na dimensão material diziam... –Disse Louise com um sorriso de “eu sei o que você fez”.

—Droga... já vi que não vou poder esconder quase nada de vocês... Só porque eu lia e assistia incesto não quer dizer que vou praticar na vida real.–Falou Jack cruzando os braços e desviando o olhar.

—Bom, demônios não ligam muito para isso de incesto, já que você é um meio-demônio você pode tacar o foda-se e namorar com sua irmã, até se casar e ter filhos, isto é... se você querer... –Disse Louise ainda mantendo o sorriso.

—Vou fingir que não ouvi isso... Mas eu não planejo ir tão longe assim. –Comentou Jack.

 

1 hora e meia depois...

 

Jack, Kotori, Ruby e Louise jantaram normalmente na mansão, Kotori e Ruby foram para a casa normal dos dois irmãos enquanto Sebastian levava Jack para se encontrar com o seu tio na Praça de Enix. Ao chegar lá, Pode se ver muitas pessoas de vários tipos de espécies, todos caminhando, lanchando e outras coisas comuns em se fazer em praças. Havia muitas árvores e gramados por lá, Jack e Sebastian vão se dirigindo ao centro, lá encontram Yukito olhando para um tipo de monumento, uma estátua de pedra de um homem de casaco longo, calças um pouco folgados próximo do pé, botas, uma cauda exposta mirando para a direita, rosto jovem e cabelos um semi-bagunçados segurando uma espada encravada no chão com suas mãos em cima de uma rocha, parece ter uns 7 metros de altura. Jack se aproxima do tio.

—Oi, Tio Yukito. –Disse Jack ao se aproximar do seu Tio.

—Boa noite, Jack. –Respondeu Yukito ainda olhando o monumento.

—Quem é esse?-perguntou o Garoto olhando para o monumento.

—Esse... É o seu pai. –Respondeu o tio, o garoto olha para ele depois para o monumento surpreso.

—M-Meu pai? É ele mesmo?-perguntou Jack ainda surpreso.

—Toda cidade tem um jeito de representar agradecimento e carinho pelos seus heróis, dá uma olhada. –Disse Yukito apontando para a pedra do monumento em que espada estava encravada, lá estava uma placa com um texto escrito. Jack se aproxima para ler o texto:

“Esta obra é uma homenagem ao nosso salvador que impediu a destruição de nossa cidade durante um ataque que causou uma guerra em nosso continente, antes também conhecido como o Demônio da Devastação, este homem provou sua bravura e amor por este continente ao se sacrificar para derrotar o líder de um dos seguidores do Yamiká e assim dar um fim a guerra. Seu ato de coragem nunca será esquecido pela população de Enix, que sua alma descanse em paz, nosso Herói lendário: Yusuke.
Um presente de Enix para um herói.”

—Wow... Meu pai realmente é amado nesse lugar... –disse Jack voltando a olhar para a estátua.

—Mesmo que no início as pessoas antes o viam como ameaça no mundo, mas isso fica para outro dia para eu lhe explicar. Venha comigo... –Disse Yukito saindo da praça, Jack e Sebastian o seguem.

De volta à mansão...

Yukito leva Jack ao mesmo corredor onde ele havia conhecido a Ruby, ele se lembrou de que faltou ver o fim daquele corredor, pois acabou se esquecendo no momento em que saiu num tour pela mansão com Ruby porque ele foi ajudar ela a guardar os livros em uma sala afastada dali. Eles chegam no fim do corredor, de fato aquilo no centro era uma flor roxa com uns brilhinhos roxo saindo das folhas dela, era uma planta bem bonita, Jack nunca tinha visto nada do tipo nem na internet, era algo único. Ao redor dela tinha várias fotos, umas com destaque num garoto de cabelos negros e olhos escuros que vai mostrando sua infância até o adultério, o mesmo vai para outras fotos focando numa menina de cabelos branco e olhos vermelhos até sua forma adulta. O Quadro no centro mostrava os dois já adultos, o homem com um terno preto e gravata borboleta todo elegante e junto dele estava a mulher com um longo vestido branco cheio de flores na saia, segurando um buquê de rosas nas mãos e seu cabelo estava também com umas flores enfeitando, ambos sorrindo. Também havia velas ao redor e algumas pétalas de rosas por lá, parecia um pequeno santuário.

—Esses são... O Papai e a Mamãe?-perguntou Jack olhando fixamente para o quadro. Seu tio assente.

—fizemos esse santuário para homenagear eles, ambos fazem uma falta imensa em nossos corações... passaram por tanta coisa juntos, tiveram que lidar com o preconceito dos seus avós que não aprovavam a união dos dois, fizeram promessas de amor... Promessas para o futuro... –Falava Yukito dando umas aspiradas como se estivesse prendendo um choro.

—“Esses rostos... eu me lembro deles... sorrindo para mim... dizendo o meu nome...”-disse o Alter-Jack num tom calmo e nostálgico. Jack apenas fica quieto olhando para quadro.

—... A mamãe... Era bem bonita... –comentou Jack ao olhar focar na imagem nda mãe no quadro.

—Era...*sniff* A primeira e única que conquistou o coração do meu irmão... –concordou Yukito passando o dedo no nariz de leve. –Se olhar embaixo daquela foto a direita mais próxima do quadro, vai achar algo que deixaram para você... Estarei esperando no carro... –Avisou Yukito se retirando, deixando Jack sozinho no santuário.

Jack vai até a foto e vê abaixo dela um envelope com um volumezinho nele, ele pega o envelope e vê que está escrito:

De: Akame Hironobu (Mamãe)
Para: Meu pequeno Jackinho

O garoto encara aquilo por alguns segundos e começa a abrir o envelope devagar, quanto mais ele abria... Mais o seu coração batia, ele estava nervoso. Quando ele abre o envelope ele tira de lá o que parece ser uma carta, ele começa a ler:

“Jack, meu filhinho...
Se chegou a ler esta carta quer dizer que você finalmente voltou para casa e eu não estive aí para te reencontrar. Seu tio já deve ter te contado tudo sobre eu e seu pai, neste momento em que estou escrevendo esta carta faz 1 ano que ele se foi, também é o seu aniversário, eu queria muito que você estivesse aqui, assim poderia te acordar cantando parabéns e te enchendo de beijos porque você é o bebê mais fofo que já vi, claro que sua irmã também está no mesmo nível de fofura que o seu, não tenho favoritos hahaha. Enfim... Jack, quero que saiba de uma coisa: Eu e seu Pai te amamos muito, muito mesmo, você e sua irmã, mais que tudo no multiverso inteiro, quando vocês nasceram, eu chorei muito... porque eu sempre quis ser mãe, e seu pai desmaiou quando te viu pela primeira heheh... Seu rostinho pequeno, seu choro, seu corpinho tão indefeso e delicado... Eu não conseguia acreditar que dei luz a um ser um tão lindo e inocente. Seu nascimento me fez se sentir realizada, você e sua irmã foram os melhores presentes que eu recebi na minha vida. Quero que você cuide muito bem da sua irmã, estude bastante, coma bem, toma cuidado para não virar um safado, divirta-se bastante, arranje alguém para amar, dê amor a todas as pessoas que você quer ao seu lado, sempre faça o bem, e o mais importante de tudo, meu bebê... Nunca... Jamais Desista de seus sonhos, por que por mais que eles sejam complicados e difíceis de se alcançar, não são impossíveis... É como seu pai sempre me disse: Se você sonha com algo, você fará o impossível para realizar esse sonho, mesmo que para isso você tenha que enfrentar todo o multiverso para alcançá-lo... Jack... Obrigado por vocês dois me tornarem mãe, vocês são muito importante para mim e seu pai. Muito obrigado por existirem... Meus filhos... Eu amo vocês...
Beijos...
~Mamãe.
PS: O que está no envelope é um presente meu e de seu pai, para você se lembrar de nós sempre, meu amor.”

Jack pega o que estava dentro do envelope... Era uma corrente com um anel sendo usado como pingente, um anel prateado com um H escrito na parte da frente com duas cabeças de dragões nas laterais dele. Jack cai de joelhos, lágrimas saem de seus olhos muito fortemente e pingando na carta de sua mãe. Este sentimento estranho que estava tomando seu coração... Algo que ele não sentia a um bom tempo... A Emoção de sentir o amor de seus pais... O que eles fizeram por ele... Algo que nenhum filho jamais deve esquecer. Ao perceber isso com a carta que foi deixada para ele, Jack começa a chorar, pois naquele momento ele sentiu de verdade aquilo que ele escutava muitas vezes em todo lugar... Ele sentiu... O amor verdadeiro de seus pais...

Um tempo depois...

Jack voltou para casa junto com Sebastian, Kotori e Ruby já estavam dormindo quando ele chegou, ele não queria assistir nenhum filme ou anime, nem ler um mangá... nem jogar vídeo game... Só queria apenas ir dormir.
Ele deu boa noite ao seu mordomo que retribuiu da mesma forma e foi para o seu quarto, vestiu seu pijama e deitou-se na cama.

—“Mamãe... Papai...”-Pensava ele enquanto de aconchegava na cama.

—“Vamos fazer de tudo para que a morte de vocês... Não seja em vão...”. –disse o Alter-Jack continuando.

—“Esperem e verão... Vamos cuidar da Kotori e vamos fazer o impossível para seguir nossos sonhos, podem esperar!”-Disseram os dois ao mesmo tempo antes do Jack fechar os olhos e finalmente dormir com o colar no seu pescoço dado pelos seus pais, porque amanhã... Vai ser um longo dia.

Continua...


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Notas finais do capítulo

E então? gostaram? mereço reviews?
Recomendo que escutem essa música na parte da carta, assim vai ficar mais no clima: https://www.youtube.com/watch?v=NosjvdkmsiA
Garanto a vocês que o próximo cap vai demorar menos que esse a ser postado, eu garanto!
Espero que vocês tenham gostado, beleza então valeu, falou e até o próximo capitulo!
~Jack



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