Eu Sempre Vou Amar Você escrita por Joice Santos, Joice Reed Kardashian


Capítulo 9
Capítulo 9 – Medo do Papai


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoas lindas :))
Me desculpem a demora e os erros de digitação >
(Errinhos propositais nas falas da Emmelie)



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Três anos depois...

Três anos se passaram e nesse tempo a relação entre pai e filha se tornou a cada dia mais forte.

Emmett não via mais sentido em sua vida sem Emmelie, e ela não conseguia conter a felicidade quando estava perto do pai. O amor que sentiam um pelo outro era inexplicável, tão forte quanto o de Rosalie por eles.

Com o passar dos anos as coisas foram tomando seu rumo certo, por assim dizer. Tudo parecia estar se encaixando perfeitamente bem, apenas faltando uma peça que jamais estaria ali pra completar, mas preenchia a mente e o coração de todos das duas famílias.

Muitos acontecimentos se sucederam entre eles os primeiros passinhos de Emmelie, primeiras palavras, aniversários. E cada avanço da pequena sendo comemorado pelas famílias. Todos eles só serviam para abrilhantar os dias de todos que a cercavam.

Jasper, ainda servindo a orça aera americana e morando em Washington, vinha para Port Angeles sempre que tinha a chance e Emmelie adorava matar as saudades do tio. Alice também amava as visitas de Jazz e os dois sempre saíam juntos para jantar ou curtir alguma balada quando ele vinha. Nada oficializado, mas todos sabiam que os dois se amavam.

Alice e Emmett continuavam trabalhando na empresa do pai. A Agência de Viagens Cullen crescera tanto nos últimos anos que outra filial havia sido aberta em Phoenix, no Arizona. Os negócios da família estavam indo muito bem o que deixava Eleazar muito orgulhoso.

Esme também não podia estar mais feliz. Sua netinha tinha tido uma melhora enorme em seu quadro de saúde. Emmelie raramente sofria com as crises de asma e precisava ir ao hospital ou tomar inalação Ainda tomava os remédios, pois não podia interromper o tratamento ou de nada lhe serviria sua melhora. Mas era considerada sim uma criança saudável.

Emmett vivia em função da filha. Cuidá-la, amá-la e protegê-la. Ninguém era mais importante em sua vida do que ela, do que seu pedacinho de Rosalie.

Emmelie amava quando o pai lhe contava sobre sua mãe e lhe mostrava fotos. Queria tanto ter a conhecido. Mas sempre a sentia pertinho de si. Rosalie velava as noites de sono de sua filha como um verdadeiro anjo da guarda. O que ela realmente era. Emmett sempre sorria quando Emmelie lhe contava que sonhara com a mamãe e que ela deveria ser seu anjinho, pois sentia que Rose estava sempre cuidando dela. Ele sempre lhe confirmava isso, afirmando que Rose estaria sempre no coração de todos. Vigiando a filha onde quer que esteja.

Carlisle continuava trabalhando com um dos melhores dentistas da cidade em seu próprio consultório. Pensava na filha todos os dias, mas não deixava mais a angustia tomar conta de sua vida. Estava conformado. Mas, mesmo assim, jamais deixaria de sentir falta de sua menina. Ele amava visitar a netinha e brincar com ela. Era um ótimo avô e Emmelie o adorava, assim com a Esme e Eleazar.

Todos, os Hale e os Cullen, estavam felizes. A pequena Emmelie dava um novo sentido à vida de todos, especialmente a de Emmett. Isso deixava Rosalie tranquila, aliviada e feliz. Por saber que, mesmo sentindo falta dela, todos seguiram em frente sem se deixarem vencer pela dor da perda. E também por saber que todos ali amavam, assim como ela, incondicionalmente sua linda Emmelie Meghan Hale Cullen.

[...]

–Emm, o papai pediu o relatório completo da contabilidade pra hoje. Ou melhor, pra ontem! – Alice entrou na sala de Emmett, na metade daquela tarde de quarta feira, já estressada.

Ele a olhou confuso.

– Nem me olha assim. A culpa não é minha, já estou começando a fazer o meu. As meninas do Design estão surtando junto comigo.

–Mas eu posso saber por que isso agora? Pra que tanta pressa? – Ele perguntou sem realmente entender o porquê o pai precisava dos relatórios de cada setor da empresa com tanta urgência.

–O novo acionista. – Alice suspirou revirando os olhos, sendo acompanhada por Emmett. Os dois riram de leve.

–Tinha que ser. Tudo bem. Até o fim do dia eu entrego. – ele respondeu e Alice saiu, voltando pra sua sala.

[...]

Emmett voltou para casa no fim do expediente muito estressado. Havia corrido contra o tempo para entregar um relatório completo do funcionamento da contabilidade da empresa. O no acionista queria estar a par de tudo.

Emmett só queria chegar em casa , tomar um banho, comer e relaxar. E é claro, matar a saudade de sua garotinha.

–Boa noite, Emmett. – Sue o cumprimentou quando ele passou pelo corredor em frente a cozinha.

–Ah, oi Sue. Desculpe, nem te vi aí.

–Dia difícil?

–Você nem faz ideia. – ele suspirou. – Cadê a Emmy?

–Lá em cima, no seu quarto. Ela disse que queria brincar na cama grande do papai. – Sue sorriu lembrando-se do que Emmelie havia dito.

–Ok, então. Vou subir.

–Certo, eu já vou indo. Até mais, Emmett. – Ela se despediu indo em direção à porta da frente e a trancando ao sair. Sue tinha uma copia da chave já que trabalhava ali há 3 anos. Emmett tinha total confiança nela.

A casa estava silenciosa. Emmett foi beber um copo de água antes de subir. Recostou-se no balcão e suspirou, pensando no dia que teve.

Lá em cima...

No quarto de Emmett, Emmelie brincava com suas tantas bonecas da coleção Monster High em cima da cama do pai. Alice havia viciado a menina nas tais “monstrinhas”, que eram mesmo adoráveis.

Aos três anos a curiosidade é uma característica bem forte. Com Emmelie não seria diferente. A pequena teve a ideia de pegar um dos perfumes do pai pra passar nas bonecas. Ela desceu da cama tropeçando nas próprias pernas gordinhas. Foi até a cômoda que havia no quarto e esticou os bracinhos até alcançar o frasco de vidro. Precisou ficar na pontinha dos pés. Quando conseguiu tocar o vidro do perfume com os dedinhos, o puxou com dificuldade. O frasco veio ao chão, se partindo em milhares de cacos e a essência de perfume masculino tomando conta do ambiente.

A primeira coisa que Emmelie pensou em fazer foi limpar a bagunça antes que seu papai visse. Correu até o closet de Emmett, abrindo a grande porta com um pouco de dificuldade. Pegou o primeiro pano que achou ali e que estava a seu alcance, sem saber que o tal tecido fino e preto era uma camisola e sua mãe que Emmett havia guardado.

Ela voltou até o local da “bagunça” e começou a secar onde o líquido com cheiro amadeirado e refrescante escorria. Emmelie nem se deu conta que poderia se cortar com os cacos.

Lá embaixo...

Emmett escutou o barulho de algo se quebrando e largou o copo de água na pia, indo até seu quarto chamar por Emmelie. Ele abriu a porta devagar e não conseguia acreditar.

–CARAMBA EMMELIE, O QUE VOCÊ TÁ FAZENDO?! – ele gritou. Não podia acreditar no que via. Emmelie passando a camisola de Rosalie no chão. O tecido fino rasgado por ter passado sobre o caco de vidro.

A garotinha se assustou com o berro do pai. Ela estava joelhada e deu um pulo pra trás, se desequilibrando e quase caindo.

–Papai, diculpa. Foi sem queler. Eu quelia passar o pefume na minha bonequinha e caiu. – Emmelie tentou explicar, mas a cara de Emmett estava a deixando assustada.

– É a camisola da Rose! Você não devia mexer nas minhas coisas! Que droga! – ele falou completamente irritado.

Emmett estava nervoso demais para raciocinar que estava falando com uma criança de 3 anos, ou melhor, berrando.

–Diculpa, papai. Por favô. – Emmelie quase implorava, já começando a chorar.

Emmett se aproximou dela, puxando a camisola das mãozinhas dela. Emmelie recuou com medo. Nunca vira o pai assim, tão bravo. É claro que ela já tinha aprontado outras vezes, como toda criança, e recebido bronca, mas nunca vira o pai tão nervoso dessa forma.

–Di... Culpa... Diculpa... – falou baixinho, o choro cortando a voz e os pequenos soluços saindo de sua garganta.

Emmelie correu em direção à porta, indo para seu quarto. Querendo apenas sair dali, ficar longe de seu papai que estava tão bravo.

Quando viu a filha correr Emmett percebeu que havia passado dos limites. Havia sido duro demais. Ela era só uma criança. Seu bebê. E não sabia ao certo o que estava fazendo.

Ele respirou fundo, deixando todo nervosismo sair. Esperou a calma chegar. Suspirou outra vez, se dando conta do erro que cometeu. Então foi atrás da filha.

A porta do quartinho dela estava encostada. Emmett abriu devagar e colocou a cabeça pra dentro, vendo a filha chorando baixinho embaixo do cobertor.

–Emmelie?! – ele chamou, entrando no quarto. Ela não respondeu, mas tremeu com medo e ser castigada ou ouvir novamente os gritos do pai. – Emmelie, olha pra mim, por favor. – Emmett se sentou na cama dela e passou a mão nas costinhas dela por cima do cobertor.

–O papai não queria gritar daquele jeito com você. Eu só fiquei bravo porque aquela camisola era uma lembrança da sua mãe. Sinto muito, bonequinha. Desculpa o papai. – ele pediu.

Emmett tentava fazer Emmelie olhar para ele, falar com ele. Estava muito arrependido por ter se descontrolado com a pessoa mais importante de sua vida.

A garotinha se remexeu na cama, tirando a coberta da cabeça e olhando para o pai. Os olhinhos vermelhos e as bochechas molhadas pelas lágrimas.

–O papai ainda tá blavo? – ela perguntou baixinho, um tanto receosa.

–Não, Emmy. Eu não estou mais bravo. Me desculpa, bonequinha. – ele a puxou para seus braços, aninhando a filha em seu colo. Beijou os cabelos dela e secou com cuidado as lágrimas que faziam caminho pelas bochechas gordinhas de sua pequena.

–Eu fiquei com medo, papai. – Emmelie confessou. A cabeça baixa encarando as mãozinhas em seu colo.

–Eu sei. O papai exagerou. Sei que fiquei muito bravo e assustei você eu tive um dia difícil no trabalho hoje. Mas eu to muito arrependido por ter gritado com você. – Emmett a embalava de um lado para outro.

–Foi sem queler, papai. Diculpa a Emmy. – ela pediu outra vez.

–Não precisa se desculpar filha. Está tudo bem. A culpa não foi sua. – Emmett beijou a cabecinha dela. Os cabelos levemente bagunçados. – E você desculpa o papai? – ele a afastou minimamente para encarar o rosto de anjo se sua garotinha.

–Diculpo. – Emmelie se remexeu, saindo do colo do pai e passando os braços curtinhos em volta do pescoço dele num abraço desajeitado.

–Eu te amo, Emmelie. Prometo nunca mais gritar com você ou ficar bravo dessa forma. – Ele falou baixinho, próximo ao ouvido dela.

Emmett não conseguia imaginar mais sua vida sem Emmelie, sem o carinho da filha.

–Eu também te amo, papai. – ela desfez o abraço, ficando de frente para o pai e sorrindo. Emmett também sorriu. Os dois refletiram as covinhas nas bochechas. Rosalie amava as covinhas de Emmett e sempre desejara ter um bebê com as mesmas.

Emmelie colocou as mãozinhas nas bochechas do pai e aproximou seu rostinho no dele, encostando o narizinho no de Emmett num beijinho de esquimó.

A ligação entre pai e filha a cada ator, por mais simples, só parecia aumentar e se mostrar cada vez mais inabalável.

–Certo, vamos descer pra jantar ou você já comeu com a tia Sue? - Emmett perguntou ao se afastarem um pouco, segurando ela pela cintura pequena.

–Eu não tava com fome, papai. Quelia papá com você. – ela respondeu.

–Então tá, vamos lá pra cozinha. – Ele levantou e pegou na mãozinha dela para descerem juntos. Quando fez isso, Emmelie puxou a mão.

–Ai, tá dodói aqui, papai. – ela reclamou.

–Deixa o papai ver. – pediu.

Emmett se ajoelhou na frente dela e ao olhar a mãozinha notou um pequeno corte superficial no dedo indicador. Provavelmente causado pelo vidro do perfume.

–Vamos cuidar desse dodói pra depois jantarmos, tá bom? – Emmett falou e ela apenas assentiu. Ele a pegou no colo, levando para o banheiro do quarto dele onde havia uma caixinha de primeiro socorros.

Colocou Emmelie sentada sobre a tampa do vaso sanitário e começou a limpar o machucado. Às vezes ela puxava o dedinho dizendo que estava doendo ou ardendo, mas Emmett dizia que já ia passar.

–Papai, eu não vou mais mexer nas suas coisas, porque eu não quelo oto dodói e nem um papai blavo. – Emmelie falou enquanto Emmett terminava de cuidar do cortezinho em seu dedo.

–Você tem que tomar mais cuidado, filha. Quando quiser algo você pede paro o papai ou pra tia Sue. - ele falou. – E me desculpa de novo, bonequinha. O papai não vai mais ficar bravo. Esquece isso, tá certo?

–Jula? – ela quis confirmar, fazendo um biquinho adorável.

–Juramento de urso. – Emmett levantou a mão e Emmelie bateu a mãozinha na dele. Os dois sorriram.

Emmett terminou de cuidar do pequeno corte, finalizando com um band-aid da Barbie. Alice realmente pensa em tudo, ele constatou. Depois deu beijinho do dedo da filha e apegou no colo, indo para cozinha.

Emmelie já não sentia o dedinho incomodar e nem se lembrava do medo que sentiu ao ver seu papai bravo. Emmett estava arrependido por ter agido daquela forma, de cabeça quente, coma filha. Não devia se estressar tanto com os problemas da empresa e acabar descontando na filha. Ele faria de tudo para se controlar e não perder o amor de sua Emmy.

Afinal, crianças são apenas crianças.


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Notas finais do capítulo

E aí o que acharam?? Bom, eu me vi criança na Emmy pq já quebrei muita coisa na minha casa hehehe mas deu uma dózinha da minha bebê :'3
Comentem please *--*
Beijinho e até o próximo o/