Eu Sempre Vou Amar Você escrita por Joice Santos, Joice Reed Kardashian


Capítulo 23
Capítulo 23 – Algo Novo


Notas iniciais do capítulo

Sobre esse capítulos só tenho à dizer para fãs de Rosemmett... I'M SORRY, ANGELS!!" *expressão indecifrável*



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Naquele fim de tarde Emmett chegou em casa e a primeira coisa que fez pegar sua bonequinha nos braços e enchê-la de beijos, carinhos e dengos. Queria confirmar se estava tudo bem com sua menina. E sim, ela já estava muito melhor.

Depois de uma tarde com a avó, recebendo mimos e muita atenção, Emmelie não poderia estar mais bem cuidada. Só quando Esme se despediu avisando que já iria para casa que a pequena garotinha quis chorar e ficar com a vovó. Emmett prometeu que, se ela não chorasse, ligaria para Alice e logo Emmy abriu um sorriso de covinhas, muito empolgada pra falar com a titia Lice que estava longe.

As duas embarcaram num papo alegre cheio de saudade e Emmett ria vendo a filha embolar as palavras, tamanha sua felicidade por ouvir a voz da tia. Quando Alice avisou que teria que desligar Emmelie fez bico e praticamente implorou para tia não fazer isso e que voltasse logo pra casa. O coração da baixinha do outro lado da linha se apertou e ela se despediu da sobrinha com a promessa de que estaria de volta logo, no próximo fim de semana.

Esme já havia dado banho em Emmelie e a alimentado, então Emmett só teve que levá-la para cima e acomodá-la sem sua cama quente e confortável. Ele a cobriu com o edredom cor de rosa da Barbie e beijou sua testa. Emmelie rapidamente adormeceu, com um sorriso fraco e expressão serena, sendo guiada por sua mamãe, seu anjo da guarda, para o mundo dos sonhos.

[...]

Duas semanas depois...

Quando Alice retornara da viagem a Paris, a casa dos Cullen foi só festa. A baixinha quis reunir todos da família de novo em mais um jantar e Esme não recusou em atender prontamente a vontade da filha.

Alice trouxe presentes para todos e lhes contou detalhe por detalhe da viagem. Ficou encantada com o desfile da coleção outono/inverno da Victoria’s Secret e fez questão de mostrar a todos a mala extra com as roupas que comprara. Toda família se encantou com as fotos de Paris e Esme e Eleazar até comentaram que seria muito prazeroso retornar a capital França para uma viagem romântica.

Emmelie não desgrudara da tia nenhum minuto sequer e nem Alice deixara. As duas mataram toda saudade que sentiam uma da outra e Emmy nem estava se importando com os presentes que a tia trouxera, e sim com a presença dela ali.

–Titia não vai mais embola não, tá? Tava com muita saudade, tia Lice, eu tava sim. Eu dumia e codava e a tia Lice não chegava. Tava tiste, titia. – Emmelie falou depois de se soltar de mais um abraço apertado que recebeu da tia. Ela tinha um biquinho e uma expressão quase brava no rosto que era adorável.

–Awn meu amorzinho, a titia não vai mais ficar longe de você não, tá bom?! Prometo. Não precisa ficar triste não. Agora me dá mais um beijinho, minha sobrinha mais linda desse mundo todo. – Emmelie voou nos braços da tia, atendendo prontamente seu pedido. Espalhou beijos por todo rosto da tia e recebeu também.

Alice só lamentara o fato de Jasper não ter conseguido uma folga e vindo lhe ver, mas Carlisle passou rapidamente por lá lhe dando boas vindas de volta e contando sobre a última ligação que o filho havia feito, mandando lembranças a todos e principalmente a sua linda namorada.

Nesse mesmo jantar, Shay Houston também estava presente. E dessa vez, sem a intromissão de qualquer um, Emmett a puxara para o lado de fora para irem conversar amigavelmente. Os dois se sentaram nas cadeiras perto da piscina rodeada por luzes, e o assunto fluiu naturalmente por eles.

A amizade entre eles parecia crescer e se solidificar a cada novo encontro, cada nova conversa. E dois estavam dispostos a fazer de tudo para que continuasse assim, ou talvez, até mais que isso.

Hoje, numa manhã de sábado, o sol não estava tão fraco com sempre. Emmett resolveu sair para tomar um café numa Starbucks próximo a sua casa. Emmelie havia saído com Esme e Alice na noite anterior e ficara dormindo na casa dos Cullen mesmo. Ele achou melhor não acordá-la para trazer para casa, mas avisou que logo de manhã estaria lá para buscá-la após o café.

Emmett colocou roupas confortáveis, jeans, camiseta e tênis, entrou no carro e saiu para buscar seu precioso café. As ruas não estavam lotadas de carro, então foi rápido para ele chegar onde queria. Estacionou o caro do outro lado da rua e foi até a lanchonete.

– Um cappuccino, por favor?! – Emmett pediu, se sentando num banco em frente ao balcão onde ficavam as atendentes. Uma moça simpática lhe sorriu, indo atender seu pedido.

Emmett correu os olhos pelo lugar. Por alguns minutos ficou encarando o noticiário que passava na televisão instalada num lugar alto no canto do estabelecimento, mas logo seu olhar captou a figura da linda jovem morena e ele sorriu de leve. Shay estava numa mesa no canto, sozinha, bebendo seu café e olhando através da janela de vidro a rua pouco movimentada.

Seria muita coincidência ela estar ali? Ele estar ali também? Coincidência ou não, o destino estava gostando de fazer isso, promover tais encontros. E Emmett também.

Ele se levantou e caminhou de vagar até ela, já com o café que a atendente acabara de lhe entregar.

–Esse lugar está ocupado? – Perguntou atraindo a atenção da jovem. Ela sorriu negando coma cabeça, abrindo um sorriso por vê-lo ali.

Sem muito entender, o coração de Emmett vacilou uma batida, e ele sabia o quanto isso podia ser... Perigoso?! Ele estava encarando aquele sorriso. O sorriso estranhamente igual de sua eterna amada Rosalie.

–Aproveitando a manhã de sábado para sair um pouco, Emmett? Porque não trouxe a Emmelie? – Shay perguntou, dando um gole em seu café logo em seguida.

–Estava sem vontade de fazer algo em casa, resolvi passar por aqui. Pelo jeito tive sorte. – ele sorriu para ela. Shay corou levemente, abaixando a cabeça. – A Emmelie está na casa de minha mãe, ela dormiu lá. – terminou de responder.

–Ah sim, ela está muito grudada com a Alice, não é? E notei isso no jantar. Mas ela também é muito apegada a você. – Shay sorriu constatando isso.

–Sim, minha bonequinha sentiu uma falta imensa daquela tia maluca dela. – ele riu e Shay o acompanhou. – E sim, ela é muito grudada comigo e eu com ela. Não dá pra viver sem minha bonequinha. Emmelie é a razão pra eu... – suspirou –... Continuar vivo.

Os olhos de Emmett brilharam ao falar de Emmelie e Shay não pode deixar de sorrir por notar isso. O amor dele pela filha era algo que encantava não só a ela, mas a todos que desfrutavam por menor tempo que fosse as cenas de pai e filha.

–É tão lindo isso, Emmett. Você a ama tanto. – Shay sorriu, segurando na mão dele por sobre a mesa.

–Mais do que tudo. – ele confirmou e ela apertou mais a mão dele. – Mas e você, como está? E seu pai? – Emmett perguntou, querendo quebrar os poucos instantes em que o silêncio quis prevalecer.

–Eu estou bem e meu pai vai ficar. Eu espero. – ela respondeu voltado olhar para janela novamente. Depois abaixou a cabeça, querendo esconder as lágrimas que começavam a ser formar.

–Me desculpe por perguntar, Shay. Não queria te ver assim. – Emmett esticou a outra mão até o rosto dela e acariciou o contorno da bochecha.

O arrepio que percorreu entre os dois foi algo inexplicável. Era uma sensação nova e ao mesmo tempo conhecida. Os dedos macios de Emmett percorrendo a face delicada de Shay. Qualquer um que passasse poderia dizer que eram o casal mais apaixonado dali.

–Tudo bem, Emmett, eu sei. Até agora não houve mudança no quadro clínico dele e isso é o que me assusta. Ele parece bem, estável, mas e se de repente tudo mudar? Se do nada ele piorar? Eu... Eu não sei o que vou fazer sem ele. – Ela não conseguiu mais segurar as lágrimas e nem se importou com isso. Estava com Emmett, certo? Ele era seu amigo, não era? Então ela podia chorar na frente dele.

Emmett puxou sua cadeira para mais perto e a fez repousar a cabeça no ombro dele. Shay não protestou, no momento era disso que ela mais precisa. Um ombro pra chorar, alguém que entendesse completamente e a ajudasse. E Emmett entendia.

–Vai ficar tudo bem, Shay. – ele começou, passando a mão pelas costas dela. E mesmo que não fique que pareça que está tudo errado e desabando, no final será o melhor, o certo. Acredite. Como eu já te disse, Deus tem um propósito pra tudo.

O silencio perdurou por uns instantes. Shay parou de chorar e levantou a cabeça, limpando as lágrimas com a maga da blusa.

–Como você conseguiu? – ela perguntou de repente.

–O que? – ele perguntou confuso.

–Como conseguiu superar quando ela foi embora? Quando sua esposa morreu. – falou num fio de voz a última frase.

Emmett se ajeitou melhor na cadeira. Olhou através de mesma janela para o transito lá fora, tentando encontras as palavras certas.

–Foi insuportável. Eu não achei que conseguiria aguentar. Mas eu tinha. – Emmett falou, o olhar vazio, claramente se lembrando dos dias mais infelizes de sua vida.

–Pela Emmelie. – Shay completou e ele assentiu.

–Sim, por ela. Pela minha filha. Olha, sem a Emmy e sem minha família, provavelmente eu estaria morto ou quase isso. – Emmett deu de ombros no final. – Você tem que achar algo em que se agarrar, Shay. Não lute sozinha. Você tem sua mãe, seus sonhos, seus amigos. Tem até a mim. – ela riu de leve. – Então, encontre seu motivo para continuar lutando, por seu pai.

As palavras de Emmett ficaram ecoando pela cabeça de Shay. Ela encontraria sim seu motivo para não desistir de tudo de uma vez. Talvez até já o tivesse encontrado, só não havia percebido isso ainda.

–Obrigado Emmett. E me desculpe por essa choradeira toda. – eles riram de leve e Emmett, ainda com o barco em volta dos ombros dela, apertou mais junto a si.

–Não por isso. – Ele abriu um sorriso de covinhas lindas para ela. Shay ficou perdida encarando aquele rosto perfeito. Os olhos castanho-escuros fixos nos dela, cor de mel. Um parecia estar lendo as reações que se passavam no rosto do outro. Como se estudassem com atenção cada movimento seguinte a ser feito, se é que fariam algo.

E sem perceber, por impulso ou vontade própria, Shay se viu beijando aqueles lábios que para ela eram mais que convidativos. A maciez da boca dele envolvendo a dela num beijo calmo foi algo que ela nunca sentira na vida, nem quando beijara outros rapazes. O gosto das lágrimas dela se misturando no beijo era algo indescritível para ele.

Os dois com os olhos fechados, se esquecendo do mundo ao redor. Não havia mais Starbucks, clientes, café, problemas, ou qualquer outra coisa. Havia apenas uma jovem angustiada precisando de uma boia para não afundar e um homem disposto a salvá-la.

O beijo pareceu durar séculos, mas quando acabou parecia que não havia sido o suficiente. Emmett abriu os olhos, confuso com o que acabara de acontecer. Shay não se atreveu encará-lo, baixou os olhos para a mesa sem saber o que dizer.

–Shay, eu... Me desculpe. – Emmett pediu meio sem jeito.

–Não, tudo bem. Eu... Ah, eu acho que também queria. – Ela respondeu, ainda sem encará-lo.

Os dois estavam envergonhados, porém radiantes com o que surgira ali. Mas Emmett ainda não sabia como lidar com isso, com esse sentimento outra vez. Não sabia se estava pronto para encarar uma nova relação, uma vez se coração ainda estava preso se sentindo em compromisso eterno com sua Rosalie que partira há anos.

–Shay, eu preciso ir. – Emmett disse ficando de pé.

–Tudo bem, Emmett até mais. – Ela respondeu desanimada, o olhou e lhe deu um sorriso fraco.

A morena ficou perdida em pensamentos imaginando no que havia feito de errado. Não era novidade para ela que desde o dia em que Emmett a levara para casa já estava começando a sentir algo pelo novo amigo. E agora com o beijo, tudo isso, todo esse “algo”, havia se intensificado de uma vez. Como gasolina entrando em combustão. Sentiu tudo dentro de si queimar. E era bom deixar a chama se alastrar. Só não conseguiu entender o porquê de Emmett ter saído daquele jeito. Talvez ela tivesse confundido as coisas. Talvez eles fossem para serem apenas amigos. E isso lhe partia o coração já apaixonado.

Emmett saiu dali com cabeça há mil. Sua consciência estava pesada. Sentiu-se como se estivesse traindo Rosalie, mas também havia gostado do beijo de Shay. Não era errado que ele se apaixonasse de novo. Não, não era. Mas porque se sentia assim? Sentia como tivesse cometido um erro.

Foi então que percebeu. Ele estava seguindo em frente, estava abandonando o passado, as dores da perda, um amor que se foi para entrar em uma nova fase. Emmett queria muito isso, ter alguém ao seu lado de novo. Mas não aguentaria viver essa fase se toda vez que se interessasse por alguém a culpa por achar que estava ‘abandonando Rosalie’ o dilacerasse. Ele precisava se libertar disso e Rosalie, sem que ele soubesse, estava ansiosa para deixá-lo ir. Para também poder ir.

Emmett sabia o que tinha que fazer e não podia mais adiar.


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Notas finais do capítulo

Então.. podem comentar, mesmo que seja para brigar comigo ok? *aceitando ameaças de morte, mesmo com medo*
Beijinhos da Joi :33