As muralhas da traição - Fic interativa escrita por Nahuel MDJ, Overlord


Capítulo 15
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Notas iniciais do capítulo

Ok '-' preciso da ajuda de vocês.



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Gostaria muito de saber quem ainda usa o Nyah. Se possível entrem em contato comigo pfv : 3

Aqui vai uma parte do que eu escrevia, porem melhor creio eu.

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Capítulo 1.0: O começo do fim

 

            Antes do grande ataque dos titãs, a tropa de reconhecimento encontrou um vilarejo com poucos sobreviventes. Minha irmã e eu estávamos entre eles. Fomos levados para a muralha de Maria, sendo forçados a largar pessoas que não estavam no local. Desde desse dia, nunca mais encontrei meus pais. Por todos esses motivos, minha vida mudou totalmente

.

Há pouco mais de 100 anos, surgiu o primeiro predador da humanidade. Havia uma diferença de força esmagadora entre eles e a humanidade. De repente a humanidade foi ameaçada de extinção. Os sobreviventes ergueram três muralhas: Maria, Rose e Sina. Isso lhes garantiu 100 anos de paz. Porém...

 

Após anos sobrevivendo da agricultura, a muralha foi destruída e por pouco não fomos mortos. Nos mudamos para Rose e naquela super lotação, minha irmã foi escolhida para o despacho com o objetivo de diminuir a população das muralhas. Fiquei preocupado sem motivo, pois ela foi umas das poucas pessoas que voltaram vivas. Foi quando surgiu uma proposta, um oficial ofereceu trabalho como um soldado.

 

Após anos de treinamento, tive que aprender a me virar sozinho em sua ausência. Não tenho ressentimento de nada, afinal, isso me fez amadurecer e me tornou apto para diversas situações difíceis. Um dia, ela finalmente se tornou um soldado com o melhor posicionamento dentre todos os outros recrutas e assim, logo nos mudamos para Sina.

 

            Mesmo estudando nas melhores escolas, sempre me inspirei na minha irmã em tudo que fazia, era o único cidadão daquele lugar que se orgulhava em dizer que minha irmã mais velha era um soldado da polícia militar. Eu nunca me encaixei naquele lugar mesmo.

 

Ah! Contei minha história e nem me apresentei! Meu nome é Mayles e moro na muralha de Sina. Eu odeio pessoas desse lado da muralha, elas vivem de maneira tão pacifica como se nada estivesse acontecendo, cheio de comida e riquezas sem nem precisar trabalhar quando há tantas pessoas pobres do lado de fora.

 

Entretanto, eu sei que isso não vai durar por muito tempo. Minha irmã, Tracey, desde já, me conta suas experiências e me prepara para ser um futuro soldado, o melhor como ela.

 

            Após alguns anos sonhando em lutar com os gigantes, eu finalmente comecei o treinamento com os outros recrutas corajosos. Eram poucos que realmente queriam enfrentar os enormes carnívoros, então treinei com poucas pessoas. Me tornando assim, o melhor da minha classe com muita facilidade. Na verdade, queria que tivessem pessoas habilidosas como eu para poder me destacar mais. Ser o melhor no meio dos leprosos não dá a devida credibilidade que eu queria:

 

— Viu, Tracey? Eu me tornei o melhor soldado como você.

 

— Está se gabando disso? – Ela colocou a mão na cintura com o ar de superior como sempre. Ela estava vestindo o uniforme de soldado com o brasão de unicórnio no peito e nas costas. Porém ela vestia um top no lugar da camisa. Seu cabelo loiro desfiado e sua pele clara eram os únicos traços em comum que tínhamos. Seu olho esquerdo estava coberto por um tapa-olho, mas seu direito azul tinha a visão melhor que a de muita gente – Viu a quantidade de pessoas que estão se alistando? Se não fosse o primeiro lugar eu te batia. – Mesmo estando num bar público onde soldados costumavam frequentar, ela não perdia a oportunidade em me humilhar.

 

— Vocês são irmãos? Logo percebi. – Disse um homem se aproximando. Ele se chama Dago, o homem que me treinou. Deveria ter a idade da minha irmã e era muito gente boa. – Seus movimentos são perfeitos e precisos como os da sua irmã. Não vi nada igual desde que treinamos juntos.

 

— E na luta corporal? Esse moleque nunca conseguiu me acertar.

 

— Ei! Eu melhorei, ok? – eu protestei, Tracey sempre foi assim.

 

— Ele não foi derrubado por nenhum recruta. – Drago me defendeu e mais uma vez ganhou minha simpatia.

 

— O nível dos soldados está caindo – comentou Tracey bebendo um copo de cerveja quase num gole só.

 

— Realmente, é difícil encontrar soldados promissores como vocês. – Disse Dago sorrindo. – Tenho uma proposta para vocês.

 

            Eu esperei dias para finalmente realizar minha primeira missão: eu iria acompanhar as tropas de exploração nas muralhas de Maria até certo ponto. Todos estavam nervosos, mas eu estava empolgado. Tracey me bateu na cabeça umas três vezes para parar de me mexer. Meu corpo tremia de ansiedade diante dos portões. As trombetas tocaram e as tropas finalmente saíram, no comando da minha irmã, eu e um grupo fomos reunidos.

 

— Nossa missão é não permitir que nenhum titã destrua a formação da tropa de exploração. Continência! – Todos colocaram a mão direita no peito e a esquerda nas costas. – Avançar! - Nós iniciamos uma série de saltos nas casas abandonadas de olho na tropa de roupagem verde em seus cavalos. Eu olhava para todo lado atento, queria ver aquelas coisas enormes de perto.

 

— Como você está tão calmo, Mayles? Tem alguma dica? – Perguntou um colega de equipe.

 

— Pensa em como vai ser bom matar esses caras! É emocionante!

 

— Dois titãs de dez metros vindo da direita! – Gritou Tracey. Avistei de longe os deformados e nus se aproximando. Aquela cara de retardado me fascinou. Sai da posição sem uma ordem na direção dos dois. Todos pensaram que eu era louco na hora. Lancei as cordas de aço com o objetivo de me pendurar, deixei que o gás me desse velocidade e alcancei os gigantes em segundos. Um deles abriu a boca pronto para me devorar. Eu fui rápido e cortei sua língua com uma de minhas espadas, peguei impulso em seus dentes e dei um mortal por cima de sua cabeça alcançando seu ponto fraco. Lancei um gancho em sua nuca e fiz dois cortes paralelos no local matando-o sem chances de se defender. Peguei impulso no corpo daquele gigante e saltei mais alto, impossibilitando que o segundo titã me alcançasse. Encravei meu gancho em seu pescoço e desci com vários giros cortando o ponto fraco do segundo. Os dois estavam mortos. Me apressei para juntar-me com minha equipe. Percebi que já estavam enfrentando outro titã.

 

— Mayles, deixa que me viro aqui, avance com os outros. – Gritou minha irmã determinada. Eu obedeci e todos me seguiram. Fazíamos movimentos rápidos pela cidade seguindo a tropa de cavalos.

 

— Titã de vinte metros a frente! – Gritou um dos estrategistas do grupo. Ele era do tipo raro, já que estava pulando por cima dos prédios em nossa direção. – Outro está se aproximando pela esquerda!

 

— Yue, venha comigo, o resto mate o titã que está vindo do oeste. – Eu escolhi a mais habilidosa para me ajudar com o gigante raro. Ela era muito boa em evasivas. O titã deveria ter quinze metros e era rápido se comparado aos outros. Eu lancei minha corda em seu braço e a puxei para que perdesse o equilíbrio. Yue usou seu DMT para ultrapassar o gigante, eu dei vários giros no ar e me aproximei antes de cortar seus olhos. Foi quando Yue finalizou cortando sua nuca. Meu foco mudou para a outra equipe, eles não estavam se saindo bem, um já estava prestes a ser devorado.

 

— Yue!

 

— Sim! – Ela se apressou para ajudar o resto do grupo, olhei para a direita e vi minha irmã enfrentando três titãs como se fosse brincadeira de criança. Neste momento de distração, fui atingido com um soco de um gigante que surgiu fora do meu alcance de visão. Capotei pelo telhado e fui lançado contra a tropa de exploração. Quase fui atropelado, lancei as cordas para me manter no ar e retornei para cima de outra habitação. Era um titã de vinte cinco metros, burro e lento, seria moleza. Após me recuperar da dor que senti no corpo, viajei pelo ar por alguns segundos e o matei com um corte preciso. Respirei fundo e percebi que outros titãs estavam atacando minha equipe e apenas duas pessoas estavam vivas. Eu e minha irmã nos encontramos no caminho do desastre. Um dos soldados tentava escapar do canibal enquanto o outro titã brincava com Yue arrancando uma de suas pernas. Eram seis titãs, seria um trabalho fácil para nós dois, porém a raiva não ajudou muito.

 

— Fica calmo! Está usando todo o seu gás. – Eu não a escutei e matei o titã mais próximo. Tracey deu vários giros rápidos e matou outros dois titãs em poucos segundos. Dei um mortal por cima de uma chaminé e cortei os dedos do titã que tentava devorar Yue viva. Em seguida, peguei impulso em sua mão e cortei sua garganta de forma que o peso da sua cabeça fizesse ela cair para trás. Nesse momento fui pego por um titã. Ele era forte e seus dedos apertavam meu corpo com violência. Eu tentei me libertar cortando sua mão, mas era em vão. Assim, ele fechou ainda mais seus músculos me causando muita dor. Meus ossos iam quebrar se minha irmã não o matasse. Usei o DMT para escapar de ser esmagado pelo corpo do gigante. Tracey pegou Yue e mandou o outro soldado levá-la para dentro das muralhas imediatamente. Eu apenas acabei com o ultimo gigante que não tinha mais de seis metros. – Acalme-se, a raiva não ajuda em nada nesses momentos, você quase foi morto. – Os dois viram a cortina de fumaça verde indicando que sua missão havia acabado. A tropa de exploração seguiria sozinha dali em diante. – Nossa missão foi um sucesso.

 

Apenas fiquei quieto ao ver o resto dos corpos da minha equipe. Depois desse dia, fui mandado em várias missões com vários grupos diferentes. Vi muita gente morrer. E com o tempo fui aprendendo a não me apegar a mais ninguém, pois todos acabarão morrendo um dia.


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Notas finais do capítulo

Espero que não seja tarde de mais para continuar :'( entrem em contato comigo plox