OMG! Eu amo um funkeiro?! escrita por Mille Bonnie


Capítulo 44
Acabou


Notas iniciais do capítulo

Oieeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee.

Espero que gostem do capítulo! Vai ter mais dois capítulos e acabou fanfic!!!!!!
Aqui o link da fic nova: http://fanfiction.com.br/historia/584121/Identical_Love/
Obrigada por todos que já foram lá e deixaram seu comentário.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/433174/chapter/44

Bernardo’s POV

Tudo aconteceu tão rápido.

Yummi entrou na igreja, ela estava linda demais naquele vestido vermelho.

Ela gritou dizendo que a Rebeca não estava grávida.

Minha cabeça rodou.

Descobri que realmente ela não estava grávida.

Tudo desmoronou.

Como eu pude ser tão idiota?

Por que a Yummi me enganou também?

Eu sai correndo da igreja, eu precisava de ar... Precisava respirar. Depois que sai da igreja o sol me atingiu, coloquei as mãos na cabeça, meu coração estava doendo.

–Bernardo. –alguém gritou. Olhei e vi o Nicholas e o Jorge.

–Eu preciso sair daqui. –eu disse. – Preciso sair daqui agora.

–Bernardo fica calmo. –Jorge pediu.

–Eu preciso sair daqui agora Jorge. – eu pedi o olhando.

–Pra onde você quer que eu leve você? –Nicholas perguntou pegando as chaves do seu carro.

–Eu preciso ir sozinho. –eu disse.

–Não acho uma boa ideia. –Jorge olhou pro Nicholas.

–Por favor. – pedi. Eu estava enlouquecendo.

–Toma. –Nicholas me entregou as chaves. –Pra onde você vai?

–Eu não sei. – respondi tirando aquela gravata maldita.

–E quando volta? –Jorge perguntou.

–Também não sei. – fui até o carro do Nicholas o abri e sai de lá.

Há quanto tempo a Yummi sabia disso e não me contou? Por que a Rebeca tinha feito tudo isso comigo? Por que as duas me fizeram de palhaço? Eu tenho cara de palhaço por acaso?

Eu não sabia pra onde ir, só queria ficar longe delas, o mais longe possível. Eu quase larguei a minha vida toda, quase abandonei meus sonhos, as lágrimas começaram a descer. Que droga! Eu sou um babaca, um trouxa... Um idiota.

Eu fui pra montanha do laguinho, eu sei que esse é o lugar favorito da Yummi, mas o vento faz bem. Desci do carro e subi na montanha, ontem tinha chovido e então tinha um laguinho no pé da montanha. Suspirei e encarei o céu. O que eu tinha feito pra merecer isso tudo?

–Hei. – uma voz disse. Olhei e vi uma garotinha me olhando. Ela era baixinha e parecia ter uns nove ou dez anos.

–H-Hei. – eu estava soluçando.

–Por que você está chorando moço? – ela perguntou sentando do meu lado na montanha.

–Fiz papel de trouxa hoje. – respondi limpando meu rosto.

–Desmatou muitas árvores pra fazer esse papel? – ela sorriu e eu vi que ela estava banguela.

–A Amazônia inteirinha. –eu sorri.

–Conta como foi? – ela pediu.

E eu contei, contei tudo que havia acontecido comigo pra uma garotinha que eu nem conhecia e que nunca tinha visto.

–Caraca moço! – ela assoviou. –Sua vida é que nem rapadura.

–Como assim? –perguntei.

–É doce, mas não é mole não. – ela respondeu.

Ri, eu gostei daquela menina.

–Qual seu nome? – perguntei.

–Maia. – ela sorriu. – e o seu?

–Bernardo.

–Bernardo, o sofredor. – ela riu. Ela me lembrou a Yu, quando ela implicava comigo dizendo que eu era funkeiro. –Bernardo, acho que a Yummi fez isso porque te ama, ela nunca pensou em te enganar ou te fazer de besta. Ela só não queria perder você.

–Não foi isso que pareceu.

–Para de ser besta. – ela me bateu. –É mais dramático que o Nicholas Sparks... Ela fez isso porque te ama e não queria te perder e pra também mostrar pra outra lá quem é que manda nessa Cassilda. –ela riu.

–Você acha? – perguntei.

–Tenho certeza. – ela sorriu banguela pra mim.

–Você tem WhatsApp Maia? – perguntei sorrindo.

–Isso é só pros íntimos, moço. – ela riu.

–Maia? – uma moça a chamou.

–Essa é minha deixa moço. – ela se levantou. –Foi bom te conhecer. – ela sorriu e desceu a montanha correndo.

Resolvi voltar pra casa. Eu teria que enfrentar meus problemas de frente. Estacionei o carro do Nicholas e entrei em casa. Entrei e vi a Nick e o Jorge sentados na sala.

–Como você está? – os dois perguntaram juntos. Acho engraçados quando eles falam juntos.

–Estou. – respondi suspirando.

–Certeza? –Jorge me olhou com cautela.

–Na verdade não estou... Mas vou ficar. – coloquei as chaves na mesinha de centro.

–Yummi está aqui? – perguntei.

–Hm... achei melhor vocês não se verem agora. Ela foi pra casa da Clarice. –Nick respondeu.

–Ah. –soltei colocando a mão no cabelo.

–Mas tem alguém esperando pra falar com você lá no quarto. –Jorge disse.

–Quem? – perguntei.

–Rebeca.

–O que ela está fazendo aqui? – perguntei.

–Acho que ela quer conversar com você. –Nick abraçou o Jorge de lado.

–Não tenho nada pra falar com ela. – respondi.

–Melhor dizer isso pra ela... Porque ela disse que só sai daqui quando vocês conversarem. –Nick me olhou. –E sinceramente eu não quero essa garota aqui pra sempre.

–Nick! –Jorge olhou pra ela.

–Que foi? Sou sincera. –ela deu os ombros.

Sorri. Um sorriso falso, mas é melhor que nada.

–Vou vê o que ela quer. – disse e subi as escadas. O quarto da Yummi estava fechado. Entrei no meu quarto e vi a Rebeca sentada na minha cama. Ela ainda estava de vestido de noiva, seu cabelo estava bagunçado. –O quer comigo Rebeca? – perguntei fechando a porta do quarto.

Ela levantou da cama e me encarou. Seus olhos estavam vermelhos e a maquiagem toda borrada, ela ajeitou o vestido.

–Queria te explicar tudo. –ela disse sorrindo fraco.

–Sem essa. – eu a cortei. –Queria explicar que me fez de palhaço? Que mentiu pra mim e pra todos?

–Bebê não é assim... – ela suspirou e veio até mim. –Tudo que fiz... Tudo isso que fiz foi por amor.

–Essa é a explicação mais idiota que eu poderia escutar. – respondi tirando as mãos dela do meu peito. –Quer dizer que essa mentirada toda foi por amor? –perguntei e ela assentiu. –Não acha esse amor psicótico não?

–Claro que não. – ela segurou minha mão tentei soltar, mas ela apertou com força. –Eu amo você Bernardo, desde o primeiro minuto que te vi, lembro que você estava vestido com aquelas roupas de funkeiro e desde aquele momento tive certeza que você era o amor da minha vida.

–Rebeca...

Ela me interrompeu.

–Me deixa terminar - ela pediu. –Eu sempre te olhava, eu queria você! Queria ter você pra mim! Tentei de todas as formas te seduzir, foi quando eu vi que você era apaixonado pela Yummi, eu simplesmente não acreditei que você gostava daquela sem sal. - ela fez uma careta. –Mas, de repente você me chamou pra sair... A gente começou a ficar e acabamos namorando... Mas depois de um tempo percebi que você não tinha o mínimo interesse em mim, que só estava comigo pra tentar esquece-la. – ela soltou a minha mão e foi pra perto da cama. –Eu diversas vezes peguei você olhando pra Yummi, eu ficava irada e por isso eu ficava com vários garotos, queria me sentir desejada. – ela sorriu fria. –Mas, nenhum deles me fazia sentir o que fazia em mim, mesmo não me desejando como você desejava a Yummi. –eu olhei pra ela e ela estava chorando. –Quando finalmente consegui dormir com você... Foi incrível! Senti-me mulher pela primeira vez na vida e por um momento até cheguei a pensar que você me desejava. –ela me olhou. –Depois você sumiu com ela no acampamento... Depois que voltou terminou comigo e depois de um tempo estava namorando ela. Eu fiquei com muita raiva, eu queria matar ela. – ela fechou os punhos. –O que ela tinha que eu não tinha? Eu tinha decidido que não ia deixar vocês dois juntos... Só não sabia como. – ela me olhou. –Foi quando a gravidez da Ana Elisa caiu como luva e eu decidi que usaria isso pra separar vocês.

–Como você pode? – eu perguntei sentindo o sangue pulsar no meu pescoço.

–Porque eu não aguentaria ver você feliz com ela! – Rebeca gritou. –Eu amo você! Eu precisava ter você pra mim. – ela sussurrou a última frase.

–Você é louca! – eu gritei. –Achou que ia ser feliz com uma mentira?

–IA. –ela começou a chorar. –Tendo você do meu lado Bebê eu poderia viver tudo. – ela veio até mim novamente, mas me afastei.

–Como você pode usar a Ana Elisa assim? – perguntei.

–Ana Elisa estava na merda. –ela deu os ombros. –Ela engravidou do Jonas e aquele ali não presta, venderia a própria mãe se pudesse... Eu estava tão centrada em ter você de volta que não pensei na Ana Elisa... E pra falar a verdade nem penso e não me arrependo. Peguei mesmo o exame dela, a usei mesmo, enganei a todos mesmo. – ela sorriu como uma maluca. –Eu faria tudo novamente, Bernardo! Só que daria um jeito de me livrar da Yummi e de todas as suas amiguinhas. –ela riu. –Eu não me arrependo, você seria meu... Seriamos uma família.

–Família? –eu perguntei. –Você nem estava grávida.

–Eu já tinha pensado em tudo, Bebê. –ela limpou as lágrimas. –Eu levaria a Ana Elisa pra casa de campo da minha família, a deixaria lá com empregados e quando ela tivesse o bebê eu iria até com alguma desculpa e pegaria o bebê dela. – ela disse como se isso fosse à coisa mais normal do mundo. –Diria a todos que tive meu bebê na casa de campo e seriamos uma linda e maravilhosa família. – ela ninou um bebê invisível.

–V- Você é maluca! – eu disse.

–Sou maluca mesmo, Bernardo. – ela parou de ninar o bebê invisível. –Sou maluca por você! Eu amo você! –ela se jogou em mim.

–Me solta. – eu tentei a tirar de cima de mim.

–Bebê, podemos tentar de novo... Podemos ser uma família novamente. Podemos ser felizes juntos! – ela começou a chorar desesperadamente me abraçando.

Eu não devia, mas senti pena da Rebeca.

–Rebeca, nunca fomos uma família. – eu sussurrei. –Você sabe disse mais do que ninguém.

–Bebê... Eu amo você! – ela chorou mais ainda. –Me perdoa, me perdoa. – ela me apertou.

–Rebeca, acho melhor você ir pra sua casa. – eu disse.

–Me perdoa, podemos tentar de novo. – ela pediu.

–Rebeca vai pra casa. – me soltei dela.

–Por quê? Vai atrás da Yummi?

–Não, só quero que você vá pra casa e me esqueça. –eu pedi.

–Tá, eu vou. – ela se virou pra porta. –Mas, nunca vou esquecer você, Bebê. – ela sorriu assustadoramente e saiu.

Tirei aquele terno e fui tomar banho, na esperança da água levar embora todo aquele sentimento ruim que eu estava sentindo. Depois que tomei banho e troquei de roupa deitei na cama e tentei dormir. Em algum momento da tarde, quase anoitecendo a Nick veio até o meu quarto e disse que ela e o Jorge iram sair. Encarei o teto e assim fiquei por um bom tempo. Ouvi passos subindo as escadas.

–Nick? –a voz chamou. Era a Yummi. –Jorge?

Sai do meu quarto e dei de cara com ela. Seus olhos encontraram os meus e ela sorriu, não correspondi.

–Nick e Jorge saíram. – respondi.

–Ah. – ela ajeitou a franja. –Eles vão demorar?

–Não sei.

–V-Você está bem? – ela perguntou.

–O que você acha? – perguntei. Ela me olhou espantada, acho que fui grosso demais.

–Foi uma pergunta inútil, desculpa. – ela olhou para o chão.

–Acabou Yummi. – eu disse e ela voltou a me olhar sem entender.

–Que?

–A gente. Acabou tudo entre a gente. – eu disse. –Deve ter pensado que depois de ter feito aquele escarcéu todo nós dois íamos voltar a ficar juntos. Mas, você me enganou tanto quanto a Rebeca.

–Bê. – ela me olhou. –Eu não te enganei.

–Há quanto tempo sabia disso? – eu perguntei.

–Uma semana. – ela me olhou.

–Uma semana? E não me contou? Por quê?

–Eu... Queria desmascarar a Rebitch. –ela disse baixinho.

–Dói muito dizer isso Yummi. –eu a olhei. –Você se igualou a ela.

–Bê... –ela começou a chorar.

–Acabou Yummi. Pra sempre. – eu entrei no meu quarto e fechei a porta.

–Se é assim que você quer. – ela respondeu e eu a ouvi fechar a porta do seu quarto também.

Eu ia seguir a minha vida. Com o sem Yummi.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Uhhhhhhhhhh quanto drama né?

Link da fic nova: http://fanfiction.com.br/historia/584121/Identical_Love/