Story Of Us escrita por Mina do Jorge


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Heeeeey Cupcakes Bom Dia!!!! Okay sei q não ta tão cedo assim mais.... Deixa pra la. Aqui mais um cap. pra vcs, espero que gostem =D Aproveitem e Boa Leitura



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Os dias se passaram e eu eLeon fizemos tantas coisas que eu me sentia exausta. Falei com o meu pai sobre ele, porque agora ele nos veria muitas vezes juntos. Já havíamos limpado a minha garagem em um dia e tinha tanta tralha lá dentro, que até agora não consigo entender como aquilo tudo cabia lá. Outro dia limpamos os fundos da minha casa e no outro ajudamos a mãe dele com a mudança. O aluguel do apartamento deles havia aumentado e o dinheiro que ela usava pra pagar era o dinheiro do aluguel da casa do avô deLeon. Como a casa não era alugada pra ninguém há meses e eles não tinham como manter duas casas, se mudaram de volta pra minha rua. Agora éramos vizinhos e eu estava tentando não me empolgar demais com isso, mas admito que as coisas ficaram bem mais fáceis.
Ficamos entretidos com a mudança durante uns bons três dias, revezando entre trazer as coisas e arrumá-las na casa. Divertíamo-nos muito, por mais incrível que pareça, falando besteiras e rindo das fotos de quandoLeon era bebê, que a mãe dele ainda guardava.
Leon vendeu o carro e pagaria a dívida no sábado. Ainda não sabia o que ele disse pra mãe dele sobre o carro, porque ele não comentou nada comigo. Insisti em ir com ele entregar o dinheiro, mas ele não deixou e, todas as vezes que eu tocava no assunto, ele fugia.
Já era sexta feira e eu acordei um pouco tarde demais. Me troquei e comi alguma coisa. Quando terminei, dei um beijo no meu pai e disse que ia ver oLeon.
Toquei a campainha, mas ninguém me atendeu. Toquei de novo e nada. A mãe dele devia estar trabalhando e oLeon, provavelmente, dormindo. Tentei abrir a porta e estranhei o fato dela estar aberta.
-Leon? – chamei. Ninguém me respondeu.
Subi as escadas e parei em frente ao quarto dele. Achei que não devia entrar, porque ele poderia estar de cueca e tudo o mais, e seria constrangedor. Meu coração estava acelerado e eu ainda não sabia o porquê. Abri a porta devagar, tentando olhar lá dentro.
-Leon, a porta estava aberta e...
Parei quando o vi jogado no chão, com as mesmas roupas que ele usava quando saiu ontem da minha casa.
Corri até ele e percebi que ele não estava machucado. Tentei acordá-lo, mas ele não se mexia. Estava entrando em pânico, quando percebi o cheiro estranho que eu havia ignorado até então e que emanava dele.
- Ah, não... – disse, sacudindo-o, desesperada, querendo que ele acordasse e dissesse que estava bem. Coloquei os dedos em seu pescoço, tentando sentir pulsação. Lenta. Muito lenta. Ele respirava pesadamente e eu fiquei com medo, não sabia o que fazer. Estava começando a me sentir enjoada, sentei ao lado dele e coloquei a cabeça entre os joelhos, tentando acabar com o enjoo e pensar no que fazer.
-Vilu? – ouvi-o sussurrar e dei um pulo.
- Graças a Deus – disse, desesperada, olhando pra ele que parecia se esforçar pra manter os olhos abertos. – Você consegue levantar? – perguntei, infeliz, lembrando que já havia feito a ele essa pergunta.
Ele não respondeu e tentei levantá-lo. Levei-o até o banheiro e o coloquei embaixo do chuveiro, rezando pra que a água gelada o fizesse melhorar. Liguei o chuveiro e o deixei lá, de roupa e tudo, e ele pareceu acordar. Encostei-me à parede oposta, tentando me acalmar. Ele me encarava com uma expressão triste que me fez sair dali.
Peguei uma toalha e entreguei a ele enquanto separava algumas roupas. Saí do banheiro, fechando a porta, pra esperar ele se trocar. Voltei para o quarto e abri as janelas, querendo que aquele cheiro fosse embora quando o ouvi entrar no quarto e se deitar de bruços na cama, com os cabelos molhados. Ele olhou pra mim e eu me ajoelhei ao lado dele.
- Desculpa – sussurrou – eu não consegui.
Levantou a mão e tocou o meu rosto, secando uma lágrima que eu não percebi que havia deixado cair.
- Eu não consegui – repetiu, como uma criança.
- Tudo bem – eu disse. Fiz um carinho rápido nos cabelos dele e o vi fechar os olhos – descanse. Vou preparar algo pra você comer - disse, me levantando.
- Não! - ele quase gritou e agarrou a minha mão. - Fica aqui comigo, por favor. Sentei ao lado dele na cama e ele apoiou a cabeça no meu colo. Enquanto eu mexia em seus cabelos, o vi suspirar e fechar os olhos."Droga", pensei, triste, desejando que se eu fechasse os olhos e os abrisse novamente, ainda estaria deitada na minha cama, preparada pra um dia feliz comLeon.

Ele acordou três horas depois, parecendo melhor e, quando disse que ia pra minha casa, ele pediu que o esperasse.
Tomou outro banho e comeu alguma coisa. O silencio entre nós estava me consumindo e eu não sabia o que dizer. Muito menos o que sentir.
, - Desculpa – ele disse quando nos sentamos no sofá da sala. – eu não queria fazer isso, mas eu estava nervoso, achei que podia me acalmar um pouco... Desculpa!
- Não me peça desculpas – falei, irritada – você não fez nada pra mim.
- Te decepcionei. – ele falou com a cabeça baixa.
- Decepção não é nada comparada ao que você fez com você mesmo! – falei friamente.
O silencio se prolongou e eu queria ir embora. Sentia-me decepcionada, frustrada, um lixo.
- Não quero te levar porque não sei o que eles podem fazer com você. – falou, de repente, se referindo aos traficantes que estavam cobrando ele.
- Você acha que eles podem fazer algo? – perguntei, receosa, me esquecendo de ser fria.
- Não sei, mas não vou arriscar – ele respondeu, decidido.
- Não quero que você vá – disse – não sozinho.
- Eu não vou te levar, nem adianta, já conversamos sobre isso.
- E se acontecer algo com você? – perguntei, me levantando – e se eles te baterem de novo ou fizerem algo pior? Eu quero ir! – ele ia protestar e eu gritei – Você me deve isso,Leon. Eu tentei esse tempo todo te ajudar e no fim, você simplesmente esqueceu de tudo isso, foi lá e se drogou de novo! – ele fez uma cara tão triste, que quase me arrependi do que disse. Quase. – E se acontecer algo com você? – repeti, diminuindo o tom de voz.
- Se acontecer algo comigo – ele me olhou nos olhos, também se levantando – não quero que aconteça com você também.
- Então pode mesmo acontecer algo? – falei, irritada, apontando um dedo na cara dele – você me disse, megarantiuque eles não fariam nada!
- Eu sei – ele gritou – eu sei o que eu falei, mas eu não tenho mais tanta certeza.
- Então você devia ter me dito antes! – gritei também – Eu tinha o direito de saber, não acha?
- Saber do que? – com a nossa gritaria, nem ouvi a mãe dele chegar em casa e agora ela nos olhava, curiosa.
- Nada, mãe! –Leon disse, com raiva. Virando-se de costas pra mim.
- É, não é nada! – eu falei, olhando pra ele. – Nada com o que eu ou a senhora devêssemos nos preocupar – falei, com amargura.
-Vilu... – ele chamou.
- Tenho que ir pra casa. Boa noite.
Dei um beijinho na senhoraVargas e tentei sorrir, mas tenho certeza que tudo o que consegui foi fazer uma careta.
Fechei a porta e atravessei a rua, sentindo o ar frio do início da noite bater em meu rosto.
Entrei em casa e meu pai estava jogado no sofá, assistindo TV.
- Mas já...? – perguntou. Sem responder, subi em direção ao meu quarto e bati a porta.


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Notas finais do capítulo

Então oque Acharam do Cap. ??? Haaa Esqueci de mencionar la em cima, mais obrigado mesmo pelos reviews okay, fiquei super feliz... Bem só isso por enquanto, e creio q posto mais um cap. ainda hj..



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