O Mundo do Outro Lado escrita por Alasca


Capítulo 17
Novo lugar


Notas iniciais do capítulo

Manatica e Deusa dos Mares se apresentando para capítulo novo! Preparar para postar, e... pronto! Kkkkk, brinks! Não gostamos de termos só um comentário! Não gostamos mesmo! Por isso, vocês vão ficar sem capítulos até termos uma quantidade boa de comentários! Valendo a partir de agora! Esse aqui fizemos juntas, então leiam!



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PoV Mellynda

Acordei com um silencio, deve parecer estranho, mas não quando você tem dois pestes para cuidar.

– Mel, você acordou?- Escutei uma voz fina, e essa voz só podia ser de Cody.

–Sim Cody, eu estou acordada, agora vamos, precisam se arrumar, nós vamos fazer a mudança hoje.

–Melly?- Demorei um pouco para reconhecer a voz do Nash, enquanto arrumava a minha cama, afinal estava mais baixa e parecia chorosa.

Foi quando decidi finalmente encarar meus "irmãos’’, eles estavam encolhidos, na cama de Cody e com os olhos vermelhos de choro (eu acho) e pareciam que ainda iam chorar.

–O que foi Nash?- Suspirei me sentando na mesma cama dele, nesse caso deles. O mais velho veio andando, se jogou no meu colo e estava chorando baixo. Certo, essa me surpreendeu, ele chorando.

–D-d-Desc-desculpa, me desculpa por ter lido a sua carta e p-p-por c-c-com-mer seu chocolate, p-p-p-por f-f-avor Mel, fica com a gente, eu estava brincando, não quero outra pessoa cuidando de mim, enquanto a mamãe.....- ele chorou ainda mais forte. Cody se aproximou ainda mais.

–Também não quero irmã- falou, com os olhos cheios de lágrimas. E me abraçou também. Suspirei fundo, as vezes esquecia que eles ainda eram pequenos, e que era a única que entendia o que se passavam. Os abracei mais forte ainda.

–Tudo bem Nash, eu lhe desculpo, e não, não vou abandonar meus maninhos ta?- Eles engoliram o choro, e me deram um sorriso, bem o de Nash quase um sorriso por causa dos seus dentes que estavam trocando. -Mas vamos, essa tenda não vai se arrumar sozinha-

Depois de uma hora e quarenta minutos, já estávamos todos arrumados e indo em direção ao refeitório, para comer e se mandar. Coloquei os dois com as crianças e fui me sentar com meus amigos.

–Então, como foi o castelo?- Beatrice foi a primeira a perguntar.

–Nunca mais ponho meus pés lá!- reclamou Mahi -Senti na pele o que eles sentem quando nós atacamos o castelo.- Ananda, Becca, Angel, Gabriel, Joey Beatrice, Kaio e Jeremy ficaram com uma cara ´’ WHT?????’’ -Os Sulistas resolveram atacar, e sem uma arma comigo, eu me senti como um cordeiro encurralado.

–Em outras palavras, horrível, só que houve uma coisa boa. O rei tropeçou na escada, e agora está inativo por alguns momentos.

–VIVAAA Todos comemoraram. Vi Julie, Sophie, Silena e Nick virem para o refeitório, os últimos dois de mãos dadas. Os chamei para nossa mesa.

Para resumir, houve apresentações, o que houve no palácio e várias risadas do que aconteceu. Ao terminar, Nick e os meninos estavam parecendo que se conheciam a anos e não a quinze minutos, que era o tempo real. Eu e as meninas fomos para os cavalos. Quer dizer, eu, Mahi, Beatrice, Ananda e Angel, pois éramos as que tinha cavalos. Porém, para que ficássemos juntas, iam duas em cada cavalo e eu com meus irmãos.

Quando saímos, me separei delas para esperar os meninos, e qual não é a minha surpresa ao ter alguém tapando os meus olhos.

–Ummmm, Brok– falei

–Assim não tem graça brincar com você Melly, como adivinhou?

–O seu cheiro de pinheiro, mas o que você está fazendo.

–Vim conversar.- Parecia algo sério -Vi o fora que você deu no Jonathan.

–O-o-o-q-q-queeee?- "Não entendi, por que ele quer falar sobre isso?"

–É, eu vi... e ouvi. Você grita bem alto!- Ele assumiu o tom de brincadeira mas voltou a ficar sério. -Isso vai parecer muito estranho, mas... você tem que voltar com ele.

–O-o-o-q-q-queeee?- Repeti mais confusa ainda.

–Soou mais estranho do que eu pensava...

–Pera, eu não estou entendendo! Nós estávamos juntos, por que quer que eu faça as pazes com ele?

–Bem, tem dois motivos.

–Então fale!

–Certo. Primeiro, eu não gosto de você desse jeito. Eu achei que gostava, mas não. Quer dizer, eu te amo, mas como uma irmã, entendeu?

Entendi, mas meu cérebro deu um nó e eu não conseguia falar.

–Irmã?- Foi o que eu respondi

–Sim.

–Certo... mas por que quer que eu perdoe ele?- Ele me olhou como se não acreditasse na minha pergunta.

–Porque ele está arrependido, e vocês se amam.- Ele respondeu como se aquilo fosse óbvio.

–Não!- "Claro que eu amo ele!"

–Sim!- "Você tá certo!"

–Não! E mesmo se gostasse, não quero mais ver a cara daquele imbecil!- "Isso também é verdade"

–Melly, ele realmente te ama e está arrependido, para de ser teimosa!

–Não! Já dei chances demais a ele, ele nunca notou!

–Como você disse, ele é um imbecil! Mas é meu amigo, ou era antes do beijo, e eu queria que você desse essa última chance com ele. Se ele der uma de imbecil de novo, eu vou lá e bato nele, como seu irmão mais velho.

Ao o ouvir proferindo essas palavras o alívio que me deu foi enorme. Sim, eu ainda era apaixonada por Jonatan, e saber que eu tenho um irmão que me ajuda foi o que eu precisava. Sabia que ele iria dar um soco no Jonatan se precisasse, ele iria me apoiar.

–Tá, dou uma chance! Mas depois dessa não tem mais nenhuma!- Falei -E você tem que prometer que vai ficar do meu lado sempre!

–Certo- Disse ele. -Agora vamos pegar seus irmãos, um vai comigo para que seu cavalo não canse muito, afinal a viagem pode ser longa. Decidimos que ele ficaria com Nash e eu com Cody, por ele ser mais novo. Meus irmãos estranharam quando me viram junto com ele e ainda mais, quando foi lhes avisado que Nash ia com Brok. Nash olhou pra mim, eu sabia o que ele queria perguntar, mas ele tinha medo de despertar minha ira de novo.

–Pode perguntar.- Respondi e ele pareceu mais aliviado

–Ele é seu namorado?- Perguntou meio hesitante, acho que ele ainda não estava muito confiante.

–Não!- Respondi -Mas eu lhe apresento mais tarde.

Ele deu um sorriso e eu me arrependi de ter falado aquilo. Mas era o único jeito de ele saber que estava realmente tudo bem. Montamos nos cavalos e saímos.

POV Mahina

Eu fiquei praticamente abandonada com meu cavalo. Nick e Silena estavam juntos e se afastaram um pouco, Sophie e Julie conversavam super animadas sobre alguma coisa e estavam muito longe por causa da dispersão que fazíamos entre os novatos, e Melly tentava fazer Cody parar de se inclinar tanto pra fora do cavalo. Então eu estava quieta no meu canto.

–Ei, Mahina, espera.- Eu tinha ficado para trás, por isso não me surpreendi com o Lucca me chamando, os novatos vinham a pé. Era meio que uma tradição, menos a crianças, elas iam na carruagem. Ele se aproximou e ficou por uns cinco minutos eu no Lok( meu cavalo) e ele me acompanhando, então resolvi descer porque era muito injusto.

Puxei as rédeas e desci, Lok decidiu se mostrar e relinchou muito alto e quase se empinou assustando Lucca. Esse cavalo é meio doido as vezes.

–Não liga não, ele gosta de se exibir. Como vão as coisas?- Falei ajeitando as rédeas na minha mão

–Bem, mas por que desceu?- Respondeu

–Pra lhe fazer companhia.- corei com o que disse e ele também. Ouvi a voz de Melly na minha cabeça dizendo "que fofo!" e quase disse "sai assombração!" mas falei -Ou você quer ficar olhando pra cima?

–Não, é melhor assim. Soube que foi para o castelo.

–Fui.

–Como foi? Se perdeu?- Lembrei que nossa primeira conversa foi sobre isso.

–Quase, umas duas vezes. É bem maior do que parece! E ainda tem as passagens secretas e nós só vimos uma.

A conversa fluiu mais fácil do que respirar, e não era só sobre o castelo, mas também sobre a Seleção, o acidente do rei, livros... depois de uma meia hora de conversa, uma maçã caiu na cabeça dele. Ri enquanto ele esfregava a cabeça e pegava a fruta do chão.

–E você fica rindo enquanto estou mortalmente ferido? Bom saber que posso contar com você!- Ele disse

–A culpa não é minha se algum bicho lá em cima não gostou da sua cabeça!- Respondi apontando para as árvores.

Ele ficou olhando para a maçã na mão como se estivesse avaliando se estava em um bom estado, depois ofereceu para Lok. Ele aceitou e deixou Lucca acariciá-lo enquanto mastigava.

–Parece que ele gostou de você.

– É eu ach....- Foi quando escutei a flauta, significava q o Chefe queria ver seus melhores guerreiros.

–O dever me chama.tenho q ir...

–Ok, eu estava pensando se vc........

–Se eu,....

–Gosta... Gostaria de..., da uma volta... Comigo... Quando chegamos?- Ele deu várias pausas, parecia nervoso, mas éramos amigos, então qual o problema?

–Eu quero sim, quando terminamos, vamos conhecer o local- sorri e fui lhe dar um beijo na bochecha, só que ele virou o rosto e acabamos dando um Selinho, porém foi mais demorado do que deveria.

Ao nós separamos estávamos mais vermelhos que a boca com batom da Celeste. Eu acho que nunca na minha vida, montei mais rápido no Lok do que naquela vez. Incitei ele a correr, enquanto pensava no ocorrido e na sensação de borboletas no estômago que eu estava sentindo nesse momento. SOCORRO MELLYNDA!!!

Cheguei no local que o Chefe nos chamou e parei Lok quase derrapando chamando a atenção da maioria de lá e notaram que eu estava muito vermelha ainda.

–Não precisava vir tão rápido, alguns ainda nem chegaram.- Disse o Chefe.

–Desculpe... eu não quis me atrasar!- Respondi e desci de Lok.

–Sem problema.- Disse ele e esperamos todos chegarem.

Quando Melly chegou, ainda estava bem vermelha. Ela notou.

–O que foi?- Perguntou

–Você precisa me ajudar! Mas depois disso!- Respondi antes das últimas pessoas chegarem.

–Bem, recebi informações que os Sulistas estão se movendo dentro de florestas também, então quero todos vocês atentos para vermos se eles não escolheram a nossa. E quero proteção extra na nossa refém, agora para seus postos. Obrigada.- Foi um aviso rápido.

Melly e eu fomos até a carruagem que Meri ficava e ficamos atentas a nossa volta. Tínhamos permissão de usar armas já que os Sulistas não costumavam brincar em serviço.

POV Mellynda

–O que?- Perguntei

–Foi o que você ouviu!- Mahi me respondeu

–Não acredito! Vocês se gostam!

–Que? E-ele é só um amigo!

–Tô vendo... então pra que o selinho?

–Foi um acidente!

–Mas você ia beijar a bochecha dele de qualquer jeito.

–Mas... argh, é impossível discutir com você!

–É porque eu estou certa. Vocês se gostam!

–Ah, quieta.

–Viu? Eu tô certa!

–Certa de que?- Perguntou America da carruagem.

–Ela gosta do Lucca!- Respondi

–Eu mandei você ficar quieta!- Falou Mahi

–Quem é Lucca?

–O cara que ela gosta.

–Você acha que assim eu vou saber quem ele é?

–Ah sim, ele...

–Cale-se!- Disse Mahi tapando minha boca com a mão.

–Hm hm hm- Reclamei

–Por que estão aqui?- Perguntou America

–Os Sulistas podem estar pela floresta, então aumentamos a segurança ao seu redor.- Respondeu Mahi -Ai, não me morda!

–S-sulistas?- Gaguejou America

–Calma, eles não são tão ruins com a gente. Só cobram uma taxa do Fred e no máximo sequestram alguém.- Falei -Mas a gente nunca deixa eles se afastarem demais quando isso acontece. Por isso ficamos mais concentrados em você.

–S-se-sequestram?- Gaguejou ela de novo.

–Calma, sempre conseguimos recuperá-los! Eles não são os únicos que sabem usar armas, nos defendemos muito bem.- Disse Mahi

–M-mas... mas... uma das minhas criadas... eles... acho que foi um deles...- Ela não conseguia completar as frases.

–America, calma!- Passamos o resto da viagem acalmando America. Ao cair da noite, chegamos ao local escolhido anteriormente para ser o novo acampamento.

Assim que Fred montou sua tenda e a de seus filhos, fomos distribuindo os locais que todos iam ficar usando nosso sistema de organização. Esse lugar era ainda melhor que o outro, algumas pedras altas circundavam a clareira e elas serviriam muito bem para os vigias. Só ainda não sabiam como subir nelas. Ficava a sul do castelo, e o de antes ficava ao leste, e bem mais próximo.

Depois de montarmos as barracas, fomos dormir, mas não consegui. Saí devagar de lá e andei por aí de pijama, mesmo com as mangas compridas e as calças, eu ainda sentia um pouco de frio. Observei o novo acampamento e vi que não era tão diferente do outro, só um pouco mais frio. Fiquei andando por lá com a mente em outro mundo, eu só olhava para meus pés enquanto andava.

Sentei em uma pedra que achei e olhei pra cima. Como ficava mais longe do castelo, podia ver mais estrelas e a lua estava cheia. Fiquei olhando para eles tão distraída que nem ouvi alguém se aproximando. Só percebi quando o barulho de passos parou, mas não desviei o olhar das estrelas.

–Oi...- Disse ele e eu continuei quieta. -Ainda não quer falar comigo?

Também não respondi, mas virei a cabeça para o lado e olhei para Jonatan. Falar eu não queria, mas queria que ele soubesse que eu suportava olhar para a cara dele e que não o estava ignorando. Depois de alguns segundos assim, sem ninguém falar nada, desviei o olhar para o chão e depois voltei a olhar as estrelas.

Nem sei o que estava pensando, ele nunca nota minhas indiretas, por que iria notar algo que eu não falei nenhuma palavra? Era uma esperança idiota. Mas deu certo! Quando ouvi novamente os barulhos dos passos, pensei que ele estava indo embora, mas ele se sentou do meu lado e ficou olhando para as estrelas também. Então passamos grande parte da noite lá, um sentado do lado do outro olhando para a lua cheia.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado! Lembrem-se do que falamos nas notas iniciais!