Quinn indicava a Rachel o caminho, que a levava de volta a sua casa e seu carro.

– ansiosa?-

Lhe perguntou.

– nada mais do que nervosa-

– porque?-

– tenho medo de descobrir que eles nunca me procuraram-

Respondeu olhando para frente, um pouco triste.

– minha vida, porque pensa isso? São seus pais, com certeza te buscaram.

– não sei. Eles nunca me quiseram, quem sabe pensaram que eu Fugi por conta própria-

–não acredito. Os pais sempre querem a seus filhos, a sua maneira mais os querem. Seu caso não é uma exceção, eles certamente te procuraram até por debaixo das pedras. Mais entenda que é difícil. Eu estou a mais de um ano procurando minha irmã-

– eu sei, sei que muitos não conseguem encontrá-las por anos. E muito poucas tem essa sorte-

Rachel lhe deu um olhar de compreensão.

–obrigada por tudo-

Rachel negou.

– sim, eu te devo a vida.

– já disse por que fiz-

– de qualquer forma-

Olhou para a rua.

– dobra aqui-

Lhe indicou.

– aqui você tem que seguir todo o trecho, uns quinze minutos mais e chegamos-

–uma casa afastada da cidade-

– ideia de minha mãe. Nunca gostei de ficar tão longe da cidade, mais ela queria algo assim, longe do barulho. Nasci e cresci nessa casa, mais a medida que ia crescendo me desagradava cada vez más viver tão longe. Não teve jeito, tive que me acostumar.-

– não gostava mesmo?-

Quinn negou.

– não era legal estar longe da cidade, como pode ver tem que percorrer tudo isso-

Dez minutos depois estavam cada vez mais próximo. Por onde passavam era apenas um bosque, não havia sequer uma casa a vista.

A respiração da Quinn foi acelerando. Rachel a olhou confusa, e notou que lágrimas caíam por seu rosto, enquanto suas mãos se agarravam fortemente ao assento do carro.

– Quinn, você esta bem?-

Mais esta não respondia. Agora parecia que lhe faltava o ar por causa do choro. Rachel se assustou e freou o carro ao lado da estrada.

– NÃO,NÃO,NÃO POR FAVOR! Não pare! Não pare aqui!-

Bastante preocupada tentou pegar suas mãos para tranquilizá-la mais ela não deixou.

–¡Quinn para!-

A jornalista desceu do carro, e deu a volta chegando ao lado do copiloto, abrindo a porta.

– o que foi carinho? o que você tem?-

Quis pegar seu queixo mais esta se negou.

– não me toque!-

Saiu do carro e correu. Rachel deixou tudo ali e correu atrás dela, tentado alcançá-la.

A alcançou e a tomou pela cintura para para-la.

– maldita! Aonde vai me levar! Porque tá me fazendo isso?-

Chorou enquanto a forçava a soltá-la de seus braços.

– Quinn, olhe para mim, seu eu Rachel. Meu amor olhe para mim-

– por favor não me faz nada!-

– não te farei nada, Quinn me olhe, abra os olhos!-

Quinn os abriu e a olhou. Ainda tinha lágrimas em seus olhos Avelã.

– me ajuda-

Foi a ultima coisa que sussurrou antes de se jogar ao corpo da morena.

– calma meu amor, calma-

Rachel acariciou suas cotas e tentou tranquilizá-la.

O que foi aquilo? Rachel não podia entender o que acabara de acontecer, era como se Quinn tivesse perdido a razão, como se não a conhecesse. Sim, era isso. pensou nos malditos que a mantiveram trancada naquele inferno. Tal vez ao passar por esse lugar sentiu que voltava a viver o mesmo de pesadelo de até pouco tempo.

Depois de alguns minutos abraçadas Quinn estava mais tranquila. Seu corpo já não tremia e já não chorava descontroladamente.

– melhor?-

Perguntou Rachel tomando seu queixo. Quinn afirmou.

***