Do lado de fora da casa de saquê o festival corria normalmente, Naruto tentando a todo custo agarrar Sakura, Hinata os vigiando pelas paredes e muros, Lee, Tenten e Neji sempre juntos, Temari tentando fazer que Shikamaru aproveitasse a festa sem dormir em pé e Sai comprando livros de auto-ajuda nas barracas, e Kiba e Ino continuavam a beber, cada um estava em uma ponta do balcão. Mudos. Somente acumulando garrafas de saquê ao seu lado. Até que Kiba quebrou o gelo;

Kiba: Não acha que já esta tarde pra uma menina estar na rua bebendo? Por mais que você esteja mal é melhor você ir pra casa.

Ino: Desde quando você se preocupa comigo? Sou só uma insuportável, eu sei me virar! Não preciso de um cachorro guia me seguindo pra onde quer que eu vá!

Kiba:(gritando) Sabe de uma coisa; vai se danar!!! Eu tô tentando ser educado com você, por que tô vendo você largada como um cachorro abandonado, pelo menos eu tenho o Akamaru, e você? Heim? Tá aí sozinha, toda desmontada, parece até uma árvore de natal depois do ano novo; enfeites caindo no chão, os pisca-piscas apagados, sem presentes...

Ino: (gritando mais alto ainda) Quer saber; tô de saco cheio de você tentar se mostrar melhor que eu! Seu merdinha!!!

Kiba: Quem é merdinha? (pulando da cadeira e partindo pro outro lado do balcão)

Ino: Você não é um merdinha, você é um grande merda!!!

       Os dois se olharam como se uma guerra fosse começar ali. Os olhos irradiavam uma raiva tão grande, que dava pra se sentir, também não era por menos, eles estavam em uma distância de 3 centímetros um do outro, a respiração batia quente, como se o ódio dentro de ambos fosse formar uma capa de chakra entre eles. Porém Kiba percebeu com o seu olfato muito aguçado que todo aquele ódio emanado entre eles não era pelo momento ali passado, e sim por toda a frustração, decepção e mágoa que estava em seus corações que foram tão pisados pelos outros.

Kiba: Eu só não lhe parto a cara, pois eu sei que esse seu ódio não é pra mim.

Ino:Até parece! Você partir a minha cara! Vai passear totó!

Kiba: Lora endiabrada! (Kiba dá as costas para Ino, e volta para o seu lugar)

       Passado alguns minutos...

Ino: Hei tio! Vem cá!

Senhor: Sim senhorita.

(Ino cochichou algumas palavras o ouvido do senhor que atendia o balcão do bar e depois disso se despediu)

Ino: Ariagato senhor.

       Ela olhou para Kiba e sorriu. Já ele não entendeu absolutamente nada. Primeiro e louca o chama de “merdinha” e agora sorri se despedindo??? Que ela já estava bêbada, isso já estava bem claro, assim como ele, mas não bêbada a ponto de esquecer que haviam brigado naquele noite. É, talvez ele já estivesse no limite do grau alcoólico que seu corpo esta acostumado a suportar, que até estava vendo Yamanaka Ino sorrindo para ele. Por isso também achou melhor pagar a conta e ir pra casa.

Kiba: Hei velho!!! manda a conta!

Senhor: Aqui esta.

Kiba: O QUE!!! MAIS ISSO É O DOBRO!!! Eu posso estar bêbado mais não maluco!!! Akamaru, conta quantas garrafas de saquê tem na mesa!

Akamaru acena como informasse que tem 15 garrafas.

Kiba: Viu! Eu bebi 15 garrafas! Não trinta como esta na nota!

Senhor: Jovem, é que as outras 15 garrafas foram da senhorita que estava acompanhando o senhor.

Kiba: QUE SENHORITA????

Senhor: Ora, aquela loira bonita, que tem um decotão e que fala gritando. Eu a vi conversando com você e logo depois ela pediu a conta e mandou anexar a sua. Vendo isso, logo quando ela saiu ela acenou pra você e o senhor retribuiu.

Kiba: Maldita loira !!! Esta bem senhor, eu pago. Mas fique sabendo que isso foi um golpe daquela...

Senhor: Seu eu fosse você rapaz, eu iria atrás dela e lhe cobraria o prejuízo! Ela não deve estar muito longe, afinal, saiu daqui trocando as pernas.

Kiba: Mas como eu vou achar aquela louca nessa multidão?

Akamaru: Au!Au! (apontando para uma fita de cabelo deixada por Ino em cima do balcão)

Kiba: Isso ai Akamaru!!! Cheira a fita da louca pra você poder perseguir ela por essa multidão, e me faz outro favor, me dá uma carona na sua garupa porque eu não tô me aguentando em pé.

Akamaru: UHHH...(desapontado)

       Nas ruas de Konoha Ino ia tentando passar sem ser derrubada no chão. Era tanta gente passando e o efeito do saquê ainda estava forte, que ela parecia estar em uma forte ventania, balançava de um lado para o outro, até que teve a idéia de sair do meio da multidão para ir se esgueirando pelas vielas entre os prédios da cidade, pois lá não tinha pessoas passando e ela podia ir para casa se apoiando pelas paredes.

Ino: Que saco que essa cidade não esvazia. Eu tô tão tonta... acho que eu vou sentar aqui pra ver se o porre passa...

Kiba: ARÀÀÀ!!!! Sua caloteira!!! Bebe igual uma esponja e depois deixa a conta pra eu pagar!!!

Ino: Quem mandou me esculachar!!!

Kiba: Pode coçando o bolso e me pagando sua caloteira insuportável!!!

Ino: Eu não tenho nenhum centavo!!! Você quer me revistar? !!! Eu não tenho nada!!! (Ino foi revirando os bolsos)

Kiba: (emprensa Ino contra a parede falando bem baixo no ouvido de Ino) Olha aqui loira, não brinca comigo. Não é porque eu sou um otário em coisas de relacionamento que eu sou otário a ponto de uma garota idiota me passar a perna por meia dúzia de saquê.

       Ino sentiu um arrepio subindo pela coluna até o pescoço a cada palavra que Kiba dizia, mas antes do shinobi rastreador sentisse o calor exalindo do corpo da kunoichi ela resolveu inverter a situação.

Ino: (falando bem baixo e suave no ouvido de Kiba)Eu juro que não tenho nenhum centavo. Me desculpe se você ficou com tanto ódio de mim. Só quero que você me entenda e me perdoe afinal eu estou arrasada, deprimida e carente.

       Quando Ino assoprou a palavra “carente” no ouvido de Kiba, o shinobi teve todos os seus sentidos atacados. Aquela voz lhe soprando o ouvido, aquela pele transmitindo um chakra tão quente, um cheiro tão suave e ao mesmo tempo tentador, fora que ele estava com o corpo totalmente colado ao da kunoichi, o fazendo sentir todas as curvas existentes naquela garota, ele foi fechando os olhos involuntariamente e ouvindo a palavra “carente” e juntando cada informação que seu corpo passava; coxas grossas, cintura fina, seios fartos, cabelos sedosos, pele, chakra, voz...

       Num instinto quase que animal, Kiba pega Ino pela cintura com força e trava sua jugular ao pescoço de Ino fazendo a garota ficar imobilizada e ao mesmo tempo tremer com aquela sensação.

Kiba: Eu não sei o porque eu tô fazendo isso, não sei se virei um bicho ou se o saquê esta alto demais na minha cabeça, só sei que essa sensação esta me deixando doido.

       Ino o olhava incrédula com o que via e ouvia. Claro, estava nos planos dela fazer um joguinho de sedução para deixar o shinobi atordoado a ponto de deixa la partir sem cobrar a divida, mas ela não esperava que ele teria aquela reação. Uma reação meio que animal. Uma reação que a deixou sem ação. Por mais que ela no fundo achasse aquilo uma safadeza sem tamanho, ela não conseguia sair de lá. Não porque ele havia a prendido entre os braços, mas porque seu corpo não respondia os pensamentos. Seu corpo ficava mais quente a cada movimento de Kiba. Desde o momento que ele prendeu um de seus braços, e com a outra mão agarrou a sua cintura a ponto de arranha la com suas unhas afiadas, até o movimento tão selvagem de esticar seu pescoço e encaixar a boca com voracidade em sua pele. Ele parecia um vampiro a ponto de saciar sua sede com a vitima imóvel, hipnotizada e tremula em suas mãos. Era uma reação assustadora.

Kiba: Merda eu sei que eu vou me arrepender... mas que se foda... meu instinto diz que eu quero você.

Ino: Kiba...eu... não sei...

Kiba: Seus olhos estão pedindo mais do que o seu corpo. Dá pra sentir isso de longe, agora cala a boca e beija.

      Ino atacou a boca de Kiba como se fosse a ultima coisa do mundo. Parece que o instinto animal havia se apoderado da kunoichi loira, pois seus beijos eram agressivos, fortes, cheios de desejo e luxuria. Pareciam queimar como fogo. A cada beijo Kiba ficava mais sedento por Ino, colocava a garota cada vez mais contra a parede, dava leves puxões nos cabelos loiros para assim trocar os movimentos do rosto, e vibrava com as mordidas fortes e quentes que levava de Ino do canto da boca até a pescoço Foi quando deu de cara com o decote da Yamanaka. Ele parou. Observou e quando ia abocanhar suas novas prezas, Ino o empurrou até a outra parede da viela e o olhou profundamente.

Ino: Já brincou demais por hoje Inuzuka, agora é a minha vez.

      Kiba olhava a garota sem ter nenhuma reação. Parece que seu corpo  queira ver e entender o que a kunoichi de beijos tão quentes queria dizer com “minha vez”.

Ino prendeu o pescoço de Kiba com uma mão, como se fosse enforca lo, e com isso imobilizou o rapaz o deixando totalmente sem ação e preso aquela parede. Ela soltou o kimono do shinobi fazendo assim o peito de Kiba ficar a mostra para Ino, que por sua vez abocanhou o tórax definido com a gana e selvageria de uma gata. Já Kiba tentava se controlar diante de uma situação tão selvagem, assustadora e exitadora. Odiava ver que estava sendo dominado pela kunoichi, mas seu corpo estava em transe, sentir todo aquele prazer estava sendo o máximo.

Kiba: Quando eu me soltar você vai...

Ino: Cala boca e relaxa. Tem uma coisa que eu sempre quis fazer mas sempre tive vergonha. Mas já que você fez o favor de despertar essa Ino que nem eu conhecia, agora você vai ter que aguentar.

       Ino deslizou a mão que estava solta do tórax até a bainha da calça que fazia conjunto com o kimono, e entrou sem nenhum pudor na calça de Kiba até achar o que queria. Ela segurou o membro de Kiba e colocou para fora da calça e começou a fazer alguns movimentos, movimentos esses que deixaram Kiba em colapso. Ele tentava gemer baixo, tentava soltar o braço de Ino do seu pescoço, tentava agarra la com as mãos, mas ela apertava seu pescoço e membro ainda mais, fazendo assim, ele a soltar. No fim ele resolveu não lutar mais, seguiu o conselho dela e aproveitou. Os movimentos eram mais fortes, ele já estava no limite, e ela ria da cara que ele fazia, quando finalmente o garoto-cão chegou ao ápice. 

Ino soltou o pescoço dele e ele foi escorregando pela parede até sentar no chão. Ela o olhava vitoriosa. De pé. Com seu trage arrumado, rosto sereno, enquanto ele ofegava de emoção; largado no chão, roupa toda aberta, soando em bica.

Kiba: Isso não é justo. Você me imobilizou. Você acabou comigo. Foi demais.

Ino: Da próxima vez que você imobilizar alguem e dizer que quer essa pessoa, pense duas vezes. Ela pode ter um instinto animal maior que o seu.

Kiba: Espera, onde você vai? Eu quero revanche!!!

Ino: Tempo esgotado totó.

Kiba: INO ESPERA!!!

       Ino some em uma cortina de fumaça deixando Kiba com um desejo de revanche.

Kiba: Se ela pensa que vai ficar assim esta muito enganada. Vamos ver quem é melhor; o cão ou a gata.

Fim do capitulo 03