Colombo-2035 escrita por Goldfield


Capítulo 5
Capítulo Quinto e Epílogo




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Capítulo Quinto

A última retaliação.

                                            

Passaram-se alguns dias. O contato com a Colombo foi perdido, e a ONU simulou uma festa para comemorar a chegada. O Kremlin notou que havia algo errado, mas não fez nada.

Já havia uma equipe pronta para iniciar a “Operação Retaliação Global”, na qual integrariam Gerald, Bárbara e Cintra, que auxiliariam os soldados de elite do pelotão “A” das forças de paz da ONU.

O plano era invadir o Kremlin e derrubar o presidente da Rússia, Gorsk Koskorva, o que atrairia as atenções dos russos enquanto o país era invadido pelas forças da ONU.

O Kremlin era um amplo complexo, formado pela zona histórica e o centro do governo, que ocultava um pouco conhecido complexo subterrâneo, o qual guardava segredos.

Tudo tinha que ser feito com cautela, à noite, pois os russos poderiam usar a bomba a qualquer hora, e, mesmo se fosse interceptada antes de atingir o alvo, não haveria meio de não acionar a carga radioativa. Se explodisse no ar, a radiação bloquearia a luz solar e devastaria metade da Terra, matando cerca de nove bilhões de pessoas.

Chegara o dia. Os membros da equipe que invadiria o Kremlin estavam prontos para entrar no complexo, pulando de uma nave de transporte. O instrutor deu as últimas instruções:

–         Vocês estarão imunes ao escudo magnético que protege o Kremlin até penetrarem no escudo de ozônio. Daí para frente, vocês serão auxiliados por flutuadores para pousarem em segurança. De lá, é matar ou morrer, mas sejam discretos!

–         OK!

Aos poucos, todos foram pulando.

Todos pousaram sem problemas no local marcado, a uns mil metros do Kremlin.

–         Agora temos que seguir com cautela! Vamos! – ordenou o major que os comandava.

–         Não sei a razão, mas acho que teremos uma grande surpresa aqui! – disse Bárbara.

–         Por quê? – perguntou Gerald.

–         Nada... Intuição feminina!

–         Sua intuição feminina diz que vamos namorar depois que tudo isto acabar?

–         Não sei...

–         Mas e o que disse no espaço?

–         Ajo diferente em situações mentalmente carregadas!

–         Ah...

Nisso, o major mandou todos pararem.

Depois de olhar para os lados, mandou prosseguirem. Seguiram por algumas ruas, até ganharem um muro. O major disse:

–         Vamos nos dividir! Metade para cada lado!

Todos se dividiram, com Gerald e Bárbara em um grupo e Cintra no outro.

De repente, disparos e gritos. O grupo de Cintra estava sendo atacado. Muitos soldados morreram, mas os russos foram eliminados.

O alarme agora soava. Os dois grupos correram rapidamente. O time de Gerald e Bárbara acabou caindo numa espécie de alçapão. Aquele em que estava o major foi atacado novamente, sendo neutralizado.

–         Perdemos contato! – disse Gerald. – Estão mortos!

O alçapão em que o grupo havia caído dava no complexo subterrâneo, onde aparentemente não havia guardas.

Todos seguiram devagar. Uma luz não muito forte iluminava o caminho, e uma voz não muito longe gritava por socorro.

Muita cautela. Gerald carregava sua pistola laser. De repente, ao virar num corredor, o grupo encontra um homem velho, preso numa cela.

Bárbara se aproxima, e, com uma lanterna, se surpreende ao reconhecer quem era o prisioneiro:

–         Albert Einstein!

–         Sim, sou eu! – respondeu o gênio.

–         Desgraçado! – exclamou um soldado, carregando sua arma. – Você é o culpado de tudo isto!

–         Espere! – gritou Bárbara. – O que você está fazendo aqui?

–         Antes de responder, quero deixar claro que já viajei para o futuro e sei de tudo o que aconteceu e que não fui eu quem projetou a bomba, mas sim Von Braun, aquele porco nazista!

–         Werner von Braun? – perguntou Gerald.

–         Sim. Após a Segunda Guerra, Von Braun veio para os Estados Unidos com os esboços da V3, a bomba atômica alemã, na bagagem. Trabalhei um tempo com ele, mas ele roubou meus projetos e incorporou junto aos dele! Trabalho apenas pelo bem da ciência. Von Braun ajudou a Nasa em seus feitos, mas na verdade é um ladrão mentiroso, que, infelizmente, é o culpado de tudo isto!

–         E o que você faz aqui? – insistiu Bárbara.

–         Um dia, quando trabalhava em meu laboratório em Los Alamos, Novo México, um raio caiu no protótipo da minha máquina do tempo, justo no momento em que a testava pela segunda vez. Na primeira, fui para a Terra após o “Apocalipse”. Na segunda, vim parar no Kremlin, onde estou até hoje, já fazendo seis anos... Era para o efeito durar apenas quinze minutos, mas a máquina quebrou devido ao raio, não voltei e me deram como morto. Colocaram um impostor bem convincente em meu lugar, que morreu em 1955. Os russos me obrigaram a trabalhar no projeto, infelizmente...

–         Meu Deus... Esta história fica cada vez mais complicada!

Nisso, os gritos de alguns russos foram ouvidos. Einstein disse:

–         Libertem-me!

Bárbara atirou no controle da grade, fazendo-a se abrir.

O grupo seguiu rapidamente por um corredor, até um elevador, por onde subiram.

Depois de subirem por uns dois minutos, o grupo ganhou um amplo pátio coberto de neve.

Cruzando-o, entraram num outro corredor, onde um russo, desarmado, gritava algo como “Soltem a bomba!”.

Gerald o eliminou e disse:

–         Não temos muito tempo! Vamos!

Subindo alguns blocos de escada, pararam na frente de uma grande porta, que foi arrombada. Estavam na sala presidencial, onde Koskorva tinha um controle nas mãos e ameaçava acionar a bomba.

Nisso, um vulto quebrou a janela, e, num belo disparo, queimou a mão de Koskorva, que soltou o controle, pego por Gerald.

Era Cintra, que estava vivo. Chutando Koskorva, disse, apontando-lhe sua arma:

–         Quem são os “capitalistas inúteis” agora?

–         Paz! Paz...

–         Falso!

Nisso, as forças da ONU começaram a invadir a cidade. Gerald, com o controle nas mãos, disse:

–         E pensar que se apertar este botão acabo com o mundo todo...

–         Seria muito triste ficar sem você! – disse Bárbara, lhe abraçando.

–         Mudou de idéia?

–         Claro...

Os dois se beijaram, enquanto todos festejavam a “vitória contra a tirania”.

Einstein, enquanto fazia alguns cálculos, disse:

–         É melhor largar a ciência... Não quero levar mais nenhuma culpa nas costas...

Epílogo

Nova York, EUN.                   

Na ONU, muita gente havia se reunido. O mundo inteiro estava esperando o discurso do presidente Walker, enquanto, atrás da sala de conferências, Franklin, Einstein e os três heróis checavam a informação de um telescópio fora dos limites da Aliança...

–         Vamos confirmar isso! – disse Franklin.

–         Cruzem os dedos! – disse Bárbara.

O computador carregou a informação, que Franklin, após fazer um pouco de suspense, confirmou:

–         Éden desapareceu! Longa vida para a Terra!

Todos pularam de alegria. Nisso, James, filho de Gerald, entrou na sala e disse:

–         Venha, pai! Está na hora!

No palco, o presidente iniciara o discurso:

–         Meus compatriotas e habitantes da Terra! Finalmente livramos este planeta da opressão! A história fantástica que começou com a Colombo abriu mais ainda nossos olhos para o que podemos sofrer se não mudarmos! Graças a três heróis, nós teremos uma outra chance para tal! Com muita honra, quero chamar Gerald Grey, Bárbara Scott e Pedro Cintra!

Os três heróis surgiram, recebendo bilhões de aplausos. Todos receberam o título de heróis da humanidade, além de terem ganhado um memorial gigantesco em Nova York.

O presidente perguntou a Gerald:

–         E então? Quer comandar a nova expedição ao planeta Utopia, descoberto nos limites da Aliança?

–         Não, obrigado! Já é demais para mim! Agora vou me casar com Bárbara e planejamos ter mais filhos, para propagar mais ainda o ideal da paz!

Todos o aplaudiram, enquanto o “Memorial dos Heróis” era revelado ao público na antiga Baía de Nova York.

E o mundo aplaudiu os três heróis, que deram uma nova chance para a humanidade, uma chance para não ser desperdiçada, uma chance para corrigir o que estava errado e cultivar o tesouro que é a paz...

                                             

“Cuidado humanidade, ou acabaremos sucumbindo à nossa própria evolução”.

FIM

                                               Luiz Fabrício de O. Mendes.

Esta história não termina aqui...


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