Colombo-2035 escrita por Goldfield


Capítulo 1
Prólogo e Capítulo Primeiro




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Colombo-2035

Prólogo

Conquistar o espaço sempre foi o maior desejo dos homens. O fim da corrida espacial não extinguiu essa ambição: até hoje os homens estudam os planetas e exploram o espaço em busca de meios favoráveis para a vida.

E no futuro? Como seria? Teria o homem já conquistado o espaço?

Nesta história, que se passa no ano 2035, os recursos da Terra já se esgotaram. A água é o bem mais valioso, enquanto a população vive em megalópoles cercadas por escudos de ozônio, pois a camada formada por esse gás não existe mais. A Amazônia, por exemplo, transformou-se num grande deserto, onde a vida é completamente impossível.

O homem procura por uma “Nova Terra”, uma colônia que possa ser habitada pelos seres humanos.

Em matéria de espaço, o progresso foi imenso. Descobrimos que houve vida em Marte, mas numa guerra entre os marcianos, a raça inteira foi exterminada. Há água em abundância em Plutão, localizada em imensas calotas submersas. Porém o frio impossibilita a vida.

Encontramos vida em três planetas: Zamuria, habitado por seres quase humanos, mas verdes e com diferenças físicas; Megatópia, com habitantes humanos e uma História parecida com a nossa, mas mais avançados; e Globônia, onde vive uma raça inferior escravizada pelos humanos e as outras duas raças acima.

Formou-se uma tríplice aliança, entre a Terra, Zamuria e Megatópia, chamada Aliança Estelar, que procura por outros planetas com vida.

Na Terra, a ONU organiza uma expedição para descobrir vida num planeta quase igual ao nosso, batizado de Éden.

No comando da expedição, que será realizada com a mais nova nave Colombo, está o comandante Max Patrick, um especialista em vida extraterrestre e veterano na Terceira Guerra Mundial.

Nessa expedição Patrick encontra muitos perigos e surpresas, que acabam por revelar muito sobre a raça humana. Com uma tripulação de especialistas e soldados, ele acaba indo longe demais...

                                                          

Capítulo Primeiro

A Expedição.

Nova York, EUN (Estados Unidos do Norte), 2035.

2035. Em Nova York, cidade cujo crescimento desenfreado engolira Washington, Boston e Filadélfia, a vista era apenas de prédios de quatrocentos andares.

Na ONU, que havia convocado uma reunião urgente com os 180 países membros, menos a Rússia, que se recusou a participar, muita gente se amontoava. A reunião seria transmitida na Times Square, pois, pela divulgação, mudaria os caminhos da humanidade.

O presidente dos EUN, John Terrance Walker, chegava à sede da ONU junto com o chefe da União Européia, o general Newton Williams, líder da maior aliada dos EUN.

Na sala de conferências, todos já haviam chegado. O presidente americano, chefe da ONU, sentou-se na cadeira principal, como chefe da assembléia, e começou a falar. Os outros líderes conversavam sobre a razão da Rússia não ter vindo.

–         Queridos compatriotas, eleitores e cidadãos do mundo inteiro, há oito anos, nós libertamos o mundo da opressão e tirania dos russos! Agora, para informar uma decisão que poderá mudar os rumos da humanidade, temos que nos unir e esquecer o passado! Para começar, a Aliança Estelar não vai bem. Zamuria e Megatópia cobram impostos altos todos os meses! Temos que readquirir nosso respeito perante as outras raças! O genocídio dos habitantes de Globônia deve ser esquecido! Nós, membros da ONU, resolvemos nos juntar e tomar a maior decisão desde o Desarmamento Nuclear de doze de novembro de 2007: vamos nos unir e colocar um representante de cada país do programa Colombo numa nave do mesmo nome, para iniciar a colonização do mais recente encontrado planeta Éden, o paraíso dos humanos, que não têm mais petróleo, carvão, recursos minerais e energéticos e só têm água, ainda muito escassa! O Stelix, metal da blindagem indestrutível, encontrado nos vales da América do Sul, só tem fins militares. Nossas riquezas só são armas para matar e envenenar! Parem para pensar se nós não podemos nos unir, com ou sem aqueles glutões russos, para salvar a nossa raça, em extinção? Por que não podemos largar nossas armas e nos juntarmos num projeto para salvar a humanidade, colonizando outros mundos? Por quê? Eu não entendo! Por quê?

O presidente fez uma pausa e continuou:

–         Representantes dos oito seguintes países estarão na Colombo: Estados Unidos do Norte, União Européia, Brasil, Austrália, China, Japão, África do Sul e Israel. A Colombo é a nave mais moderna do mundo, revestida de puro Stelix, com propulsores de mega-jatos que cruzam vários anos-luz em algumas horas, além de sistema de sobrevivência aprimorado! Após o reconhecimento completo do planeta, os tripulantes irão instalar um tele-transportador na fonte de energia mega-radiotativa que detectamos nele e dez mil colonos serão tele-transportados até lá, numa invenção muito avançada criada por nossos cientistas! Que Deus abençoe o mundo!

Todos bateram palmas, emocionados com o discurso do presidente. Quase o mundo todo estava assistindo... Havia sido realmente uma grande decisão, que mudaria os rumos da humanidade.

Na Base Aérea dos EUN número um (Codinome: Área 51), algumas naves-caça Terra-Espaço XY-23 transitavam. A base era cercada por um escudo de ozônio, ou a vida seria impossível.

Num hangar, dois homens conversavam:

–         E então Patrick? Vai voar ou não?

–         Está louco? Não piloto um desses desde Varsóvia!

–         Ora... Qual a diferença entre os SAM’s russos e os Liberty meus?

–         Eu não faço questão de ganhar a aposta...

–         Deixe de papo! Não vou apelar!

–         Se eu quiser, eu te mato! Atiro um Liberty bem na sua cabine!

–         Não faria isso... Faria?

–         Só se você fosse um daqueles porcos comunistas!

Os dois riram. Nisso, um homem chamou Patrick:

–         Patrick! Tem um cara aqui querendo falar com você!

–         Quem será?

Patrick seguiu o homem até uma sala, onde um senhor fardado observava algumas medalhas. Patrick perguntou:

–         Quem é o senhor?

–         Sou o general John Franklin J.R. – respondeu o homem, virando-se.

–         Muito prazer! O que quer comigo? Não vai me dizer que fui convocado? Quem são os inimigos agora? Chineses?

–         Não, meu rapaz! Pelo contrário! Vim convocá-lo para uma missão cujo objetivo é a paz!

–         Como assim?

–         Já pilotou naves-caça e naves de transporte espaciais, não?

–         Sim senhor!

–         O presidente me informou que você era bom e por isso vim aqui!

–         O presidente? Qual é a missão?

–         Você será o homem que comandará a expedição ao planeta Éden, na nave Colombo, sendo um dos três de nosso país!

–         Eu? Está brincando?

–         Não estou, meu caro amigo...

–         Eu vi na TV... Mas não sei se posso...

–         A Colombo tem controles simples, como os de uma nave de transporte! Vai saber pilotar!

–         Meu Deus... O presidente...

–         Sei que está surpreso... Se a missão tiver sucesso, será um herói da humanidade!

–         Eu sei! Por isso estou surpreso!

–         Na tripulação de nosso país, terá como comandados a cientista Jennifer Smith e o major Ted Burton.

–         Será uma honra, senhor Franklin!

–         Sim. Venha para o Cabo Canaveral amanhã. Faremos alguns testes em você e logo irá partir!

–         Sim senhor!

O general retirou-se, enquanto Patrick contava tudo a seus amigos.

No dia seguinte, Patrick foi até o Cabo Canaveral, na Flórida, onde as naves americanas eram lançadas.

Patrick foi até o local dos testes, onde conheceu toda a sua tripulação. O general Franklin a apresentou:

–         Esta é a sua tripulação: dos EUN, Jennifer Smith e Ted Burton. Da União Européia, Jack Braveson e Denis Jacob. Do Brasil, Flávio Estevão e Mônica Tavares. Da Austrália, John “Mad” Garrison. Da China, Kin Mon-Tsun. Do Japão, Taioko Nishimi. Da África do Sul, David Montebú, e, de Israel, Ismael Mossad.

–         Muito prazer! – saudou Patrick.

–         São todos especialistas, militares e cientistas, os melhores da Terra! – disse o general.

–         Vejo que sim!

–         Vamos aos testes! Primeiro nós vamos ver as partes da nave. Gostam de engenharia?

Todos ficaram de frente para um grande computador. O general mostrava e explicava a nave através do monitor:

–         A Colombo é dividida na parte central, de comando e pilotagem, em duas partes laterais secundárias, onde estão o suporte de vida e os geradores de energia, outras duas laterais com laboratórios e salas de pesquisas e várias armas de defesa por toda a nave. Os propulsores ficam numa lateral, e um escudo energético de emergência envolve a nave por cinco minutos, em caso de desestabilização ou situação crítica!

–         É uma relíquia! – disse Patrick.

–         Concordo! – exclamou Jennifer Smith.

Patrick olhou para Jennifer, que sorriu. Ela era loira de olhos azuis. O veterano tinha cabelo grisalho, olhos castanhos.

Depois, foram para uma grande sala, que recriava o ambiente de uma nave. O general disse:

–         Como vocês são especializados em pilotagem e situações variadas, só precisam passar por uma situação de emergência que só pode acontecer na Colombo.

–         Qual? – perguntou Garrison.

–         Se a nave se desestabilizar durante o pouso, o escudo de emergência será acionado automaticamente. Isso acontecerá no final da viagem, com os geradores com pouca energia, e, como os painéis solares são desligados para o pouso, não há como restaurar a energia. Neste caso, se não houver energia para acionar os freios de pouso, a nave se espatifa no solo, provavelmente explodindo!

–         E se cair na água? – perguntou Garrison.

–         Vocês ficariam presos no fundo do mar até o fim de suas vidas, e isso não demoraria...

–         E como evitar isso? – perguntou Tavares.

–         Simples. Aqui, aprenderão a acionar os freios manuais mecânicos, que não necessitam de energia. Devem ser acionados rapidamente, pois demoram a serem acionados por completo. Parece fácil, mas, numa desestabilização a nave tremerá e vocês poderão não conseguir acionar os freios, apesar de haver botões para acioná-los por toda a nave.

–         É isso o que treinaremos?

–         Sim. Depois, irão fazer o teste escrito com duzentas questões sobre o que fazer em situações críticas ou não durante a viagem. Para passarem, precisarão tirar mais que oitenta. Neste teste, a sala tremerá, de acordo com a configuração que o operador colocar. A nave tremerá mais quando estiver perto do chão, devido à gravidade. Vocês têm que acionar os freios, enquanto pousam em segurança.

–         OK! Vamos lá!

O general saiu da sala, que foi fechada. Na sala de comando, o operador iniciou com um pequeno tremor. Todos na sala do teste balançavam, indo na direção dos botões e voltando.

Patrick com um visor nos olhos tinha a tarefa de pousar a nave, a desviando de pedras e turbulências. O tremor aumentou e ninguém conseguia alcançar os botões. Em meio minuto, a nave espatifaria.

Nisso, Braveson se encostou a uma parede, alcançando um botão. Apoiando-se nela, ele esticou a mão e apertou-o, acionando os freios, que funcionaram quase quando a nave já ia se espatifar.

–         Muito bem, Braveson! – elogiou Patrick.

–         Você também ajudou!

–         Trabalhando em equipe, conseguimos! – disse Montebú.

–         Agora vamos para o outro teste! – disse o general.

Todos saíram, indo para outra sala para fazer o teste escrito.No dia seguinte, saíram os resultados dos testes. A maioria tirou noventa e cinco.

O lançamento seria uma semana depois. Na Rússia, a situação não era das melhores, pois o Kremlin planejava algo que a ONU não conseguia descobrir. O que seria? Teria algo a ver com a expedição?

Passaram-se seis dias. A expedição partiria no dia seguinte. No Cabo Canaveral, os tripulantes recebiam as últimas instruções do general Franklin:

–         Bem, vocês partirão em dezesseis horas. Lembrem-se: usem o mega-jato na velocidade de anos-luz por hora até chegarem nos limites da Aliança. De lá, usem o jato ao máximo, para chegarem a Éden em dois dias terráqueos, ou seja, duas horas. Se necessário, o planeta Globônia estará no caminho e vocês poderão reabastecer nele. Alguma pergunta?

–         Sim! – respondeu Jennifer. – Queria saber mais sobre a fonte de energia encontrada no planeta!

–         Sim – disse o general, mostrando algumas fotos. – É uma fonte de energia mega-radioativa como nunca vimos antes. Vocês usarão roupas especiais para se aproximarem, e lembrem-se de instalar o tele-transportador com cuidado. Não sabemos o que essa fonte de energia pode causar num ser humano!

–         O planeta é habitado? – perguntou Braveson.

–         Não detectamos nenhuma forma de vida na superfície do planeta, apesar de existirem algumas ruínas de construções que indicam que houve vida ou ainda há, mas não encontramos nada por enquanto.

–         Eles podem ter se exterminado, como em Marte? – perguntou Patrick.

–         Sim... É uma possibilidade!

–         Esses alienígenas são uns babacas mesmo! Parece até suicídio! – riu Garrison.

–         Sim, mas, pensando bem, se não pararmos de fazer guerras, acabaremos do mesmo jeito... Estão dispensados!

Todos saíram da sala, observados pelo general Franklin. O militar também deixou a sala e foi até a sua, onde o presidente Walker o esperava:

–         Olá general! – saudou o presidente.

–         Olá, senhor! – disse o general, servindo-se de um copo de uísque.

–         Eles estão preparados?

–         Sim. A missão será um sucesso. Só uma coisa me preocupa...

–         O quê?

–         Veja isto! – disse, entregando-lhe uma folha de papel. – Os russos estão tramando algo! Estão se comunicando em código Putska! Não fazem isso desde a guerra!

–         Estou vendo! – respondeu o presidente. – Acha que isso pode colocar em risco a missão?

–         Acho que não. Eles não têm tecnologia para construir uma nave e destruir a nossa, nem mísseis, lasers ou bombas.

–         Mas têm espiões!

–         O que o senhor quer dizer? – perguntou o general, pegando mais uísque.

–         Eles podem ter algum espião infiltrado na tripulação. Não notou ninguém suspeito?

–         Não, senhor...

–         Estranho... Mesmo assim, o Exército ficará em alerta!

–         Está esperando problemas, senhor?

–         Sempre! Lembra-se daquela nave russa que caiu na Nicarágua, durante o mandato de meu pai? Ninguém esperava aquilo, mas foi o estopim da Terceira Guerra...

Enquanto isso, no alojamento da tripulação, todos estavam ansiosos. Patrick com uma garrafa de champanhe nas mãos gritou:

–         Vamos brindar a nós, que, se tudo der certo, salvaremos a humanidade!

Patrick abriu a garrafa e serviu a todos, que brindaram. Jennifer propôs:

–         Por que não falamos um pouco de cada um? Nos conhecendo melhor, a viagem será mais proveitosa!

–         Por quem começaremos? – perguntou Jacob.

–         Pelo capitão Patrick!

–         Eu?

–         Sim! Por que não?

–         Está bem. Nasci em Los Angeles, Califórnia, 1993. Alistei-me no Exército em 2017. Em 2022, quando eclodiu a Terceira Guerra, servi como piloto, e, como a maioria de vocês sabe, derrubei umas cem naves-caça russas em Varsóvia! Depois da guerra, pilotei naves de transporte em Megatópia por algum tempo e voltei para a Terra, trabalhando como mecânico na Área 51. E você, Jennifer? – perguntou Patrick, sorrindo.

–         Nasci em Boston, 2007, quase no mesmo dia do desarmamento nuclear. Tornei-me cientista estudando as conseqüências do vírus “Z”, de Zamuria, nos seres humanos. É melhor nem dar detalhes... Depois, comecei a trabalhar no Exército, e agora aqui estou. Agora é a vez do major Burton!

–         Bem, nasci em Montgomery, 1991. Entrei para o Exército e, na Terceira Guerra, chutei alguns traseiros russos em Quebec!

–         Hei, espere aí! – pediu Patrick. – Foi você quem expulsou os russos de Quebec na Operação Esquimó?

–         Eu mesmo!

–         Meu caro amigo... Você é uma lenda!

–         Obrigado! Agora são os europeus!

Jacob começou a contar sua vida:

–         Nasci em Paris, 2004. Formei-me em biologia e estudo as espécies dos outros planetas. Fiz descobertas interessantes em Globônia. Sou completamente contra a escravidão daquele povo e...

–         É contra? – perguntou o major Burton. – Não quero brigar com você, mas acho aqueles sujeitinhos detestáveis!

–         Hei! Não briguem! – pediu Jennifer.

Os dois se acalmaram, enquanto Braveson falava:

–         Não gosto de comentar meu passado...

–         Por quê? – perguntou Jennifer.

–         Se eu dissesse a verdade me detestariam!

–         Pode falar!

–         Bem, durante a Terceira Guerra, desertei para a Rússia. Fazia parte do Serviço Secreto britânico. Vendia planos de armas para os russos, mas logo me descobriram. Saí da cadeia para participar desta missão. Sou perito em armas.

Silêncio mortal. Todos olhavam um para a cara do outro. Jennifer disse:

–         Agora são os brasileiros!

–         Bem! – começou Flávio. – Eu e Mônica nos conhecemos no laboratório de pesquisas da Stelix Corporation, Bolívia, que tinha o nome do metal que tornou nosso país uma potência mundial, mas trouxe guerra e exploração. O progresso tem seu preço. Vencemos a Terceira Guerra, mas ela deixou seqüelas em nossa história. Mônica é minha namorada e agora estamos nesta missão. Nos casaremos logo depois!

–         Puxa! É verdade... E Garrison?

–         Vim nesta expedição porque busco aventura. Sou um biólogo que estuda a mente dos alienígenas. Dizem que por isso sou meio louco!

–         E você, Kin?

–         Trabalhava no Exército chinês e projetei as bombas nucleares de que os americanos tinham tanto medo. A China, como vocês sabem, só aderiu ao Tratado de Desarmamento Nuclear após a guerra. Agora trabalho para a ONU, projetando máquinas para preservar água por muito tempo, sem perder sua qualidade nem secar! Também podem me chamar de Xin, pois sou mais conhecido assim!

–         Que interessante. E Taioko?

–         Sou uma cientista que trabalha para a ONU. Como noventa por cento do arquipélago que forma o meu país foi inundado pelo derretimento das calotas polares, trabalho vasculhando as cidades perdidas debaixo d’água, o que é uma verdadeira aventura!

–         Que legal! E David?

–         Sou perito em meios de sobrevivência! Trabalhei no Corpo de Paz da ONU durante a guerra no meu país. Comemos insetos e cruzamos áreas desprotegidas de ozônio para não sermos apanhados e fuzilados pelos russos.

–         Meu Deus! Não pegou câncer?

–         Graças a um óleo de proteção, não!

–         E Ismael?

–         Infelizmente, meu passado é triste! Matei muitos palestinos, confesso, mas agora trabalho pela paz, descobrindo meios de criar ozônio para proteger a população!

–         Hum...

–         Vamos dormir! – disse Burton.

–         Sim! Temos que descansar!

Todos dormiram, surpresos com a revelação de Braveson.

Chegara o grande dia. O sol amanhecia no horizonte, enquanto os bravos tripulantes da Colombo desciam um elevador até o complexo de lançamento subterrâneo.

–         Por que usaremos o complexo subterrâneo? – perguntou Patrick ao general Franklin, que os levava.

–         Por que a Colombo é do tamanho do estádio do Maracanã e para enganar os russos!

Nisso, entraram na sala onde estava a nave e contemplaram sua grandeza:

–         É linda! – disse Jennifer.

–         Nunca vi nada igual na minha vida... – murmurou David.

–         É mesmo uma bela carroça! – disse Garrison, que estava com um chapéu de cow-boy na cabeça.

–         Vamos! – disse o general.

Entraram na nave, mais exatamente na parte de comando.

–         Patrick! Você sabe o que fazer! Quatro ajudam na decolagem! Boa sorte! – disse o general, saindo.

–         Obrigado! – respondeu Patrick. – Vamos botar esta nave no ar! Jennifer, Burton, David e Taioko! Vocês me ajudarão!

Nisso, o teto do complexo se abriu para a decolagem. A contagem regressiva começou:

–         Estão todos prontos aí? – perguntou o comando da missão.

–         Sim! – respondeu Patrick.

–         Vamos começar! Dez, nove, oito...

Os jatos da nave foram ligados.

–         Sete, seis, cinco...

Patrick ligou os radares e o computador principal.

–         Quatro, três, dois...

–         Tudo ligado! – disse Patrick.

–         Um e zero!

A nave decolou, numa bonita cena. Seus jatos deixaram um bonito rastro no céu matinal. Na nave, festa:

–         Beleza! Conseguimos! – gritou Ismael.

–         É isso aí! – gritou Taioko.

–         Vamos lá, cow-boys! – gritou Patrick.

A nave saiu da atmosfera, onde se encerrou a fase de decolagem. Ela virou-se lentamente na direção do Sol. Patrick gritou:

–         Segurem-se e espero que não tenham comido! Vamos ligar os mega-jatos!

Era necessário que Patrick e os quatro co-pilotos os ligassem. Cada um realizou a tarefa acionando um interruptor e Patrick o fez por último, gritando:

–         Aí vamos nós!

A nave praticamente desapareceu, numa velocidade que não dá para descrever.

Continua... 


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