2 meses se passaram desde que eu cheguei ao Rio de Janeiro, tinha ficado super amiga das meninas, quase sempre fazíamos coisas juntas, sentávamos na praça depois do colégio pra conversar, eu ainda não conseguia me abrir totalmente com elas, pra falar a verdade eu não as contei o motivo por qual eu voltei pro Rio.

Hoje era sexta-feira e o meu turno no hostel seria a noite, das 19hrs as 01hrs da amanhã, não tava muito animada de ficar no hostel até aquele horário, mais não questionei quando o Michel disse que as sextas-feiras a noite é o horário que mais entra gente.

- Tudo bem chefinho, as 01hrs eu fecho tudo e vou pra casa, o.k?

- Ta Fatinha. – Caminhou até a porta. – Qual quer coisa me liga ta? Vou dar uma passadinha aqui no misturama.

- Ta bem.

Passaram-se 5hrs desde que meu turno começou, sentir meu celular vibrar no bolso e o peguei, era um SMS da Ju.

‘ Oi Fatinha, onde você ta? Fui lá no seu apartamento e nada de você abrir.’

Quando ia responder entraram dois caras no hostel, não pareciam nada sóbrios.

- Boa noite moçinha. – O cara loiro com uma garrafa de vodca na mão falou.

- Boa, posso ajudar?

- Claro. – O de pele mais escura disse debruçando-se no balcão.

- Vocês querem um quarto pra passar a noite?

- Na verdade, nós queremos passar a noite é contigo. – O de pele mais escura disse chegando perto do meu rosto, com um bafo H-O-R-R-I-V-E-L de cachaça e droga.

- O que vocês querem? – Me afastei um pouco. – Vocês estão me atrasando, já esta na hora de fechar as portas queridos. – Tentei ser gentil.

- Já disse o que queremos. – O loiro começou a se aproximar do balcão.

Ele passou pra trás do balcão chegando perto de mim e me puxando pela cintura.

- Me solta seu bêbado. – Tentei o empurra mais apesar de bêbado ele tinha bastante força.

- Calma gatinha, não nós vamos te fazer mal. – Me encostou contra parede. – Nós vamos te mostrar um dos maiores prazeres da vida. – Ele disse beijando meu pescoço.

- Me solta. – O empurrei, mais uma vez sem sucesso e sentir meus olhos encherem de lagrimas enquanto as mãos daquele monstro percorriam o meu corpo. – Sai de perto de mim! – Tentei gritar mais ele tampou minha boca com uma das suas mãos.

- Shi! – Ele disse rindo. – Não grita as coisas vão ser piores se você acordar os gringos que estão ai em cima. – Ele disse com um sorriso assustador.

- Vocês querem dinheiro? – Eu disse baixo. – É isso que vocês querem? – As lagrimas já escorriam pelo meu rosto.

- Não princesa. Queremos algo mais valioso que dinheiro. – Ele olhou pro outro cara sorrindo. – A gente quer você!

Eles me levaram pra um dos quartos vazios do hostel, os dois, rasgaram toda a minha roupa e abusaram de mim, foi tudo muito doloroso e demorado, eu chorava pedindo pra que eles parassem, mais sem sucesso, logo antes de amanhecer eles me largaram nua, com marcas de sangue nos lençóis, acordada, sem reação, sem forças pra gritar ou mesmo pra pedir ajuda.

Algumas horas depois que eles foram embora o Michel chegou procurando por mim, o hostel tava aberto com o balcão abandonado, logo ele percebeu que algo de errado tinha acontecido.

- Fatinha! – Ele entrou ás pressas no quarto que estava com a porta aberta. – O que aconteceu contigo, meu Deus? – Ele tava horrorizado com a minha situação. Eu não conseguia dizer nenhuma palavra, apenas chorava, ele se ajoelhou perto de mim. – Fatinha, me responde o que aconteceu contigo?! – Ele tava bastante nervoso.

- As câmeras. –Juntei forças e conseguir dizer antes de voltar a chorar. Ele saiu correndo do quarto e olhou nas câmeras de segurança e voltou cinco minutos depois com uma toalha nas mãos.

- Vem Fatinha, deixa eu te enrolar nisso. – Disse me cobrindo com a toalha. – Me fala alguém pra eu poder ligar pra vim te ajudar. Não passou ninguém pela minha mente, foi então que me lembrei da Ju e do SMS de ontem.

- Meu celular. – Falei tremula enquanto ele me enrolava na toalha. Ele saiu do quarto correndo quando eu respondi.

- Fatinha! – Ju entrou no quarto 5min depois que o Michel saiu a Ju tava quase chorando. – Oh minha amiga, o que foi que fizeram contigo! – Me abraçou forte, ela tava tremendo muito.

O Bruno estava em pé, de costas conversando com alguns policiais e com o Michel, o Michel parecia estar bastante abalado, ele tremia muito enquanto explicava aos policiais como ele tinha me encontrado e entregava as imagens das câmeras.

- Ju. – O Bruno falou se aproximando de nós me olhando com muita pena. – Vamos levar a Fatinha lá pra casa. – Ele falou se aproximando o bastante e me pegou no colo, eu apaguei em seus braços.