– Bruno, não deveria fazer isso com as pessoas, possa ser que elas gostem de você de verdade, você estava usando a Katherine. – Me levantei do sofá.

– Não estava usando ela, ela tava me usando, ela me procurou, ela me propôs para dormimos juntos.

– Me leva na casa da Lia? – Estava caminhando de um lado pro outro.

– Você vai me deixar dormir sozinho depois que mandei minha companhia embora?

– Bruno. – Revirei os olhos.

Ficou um silencio na sala por uns 20min, eu não queria ir pra casa da Lia, mais também não queria ficar aqui com o Bruno, ele tava fazendo amor com a Katherine quando cheguei aqui, agora ele quer que eu durma com ele, ele quer que eu fique aqui? Que eu me deite na cama onde eles estavam. Eu sou apaixonada pelo Bruno, e ver aquilo quando cheguei aqui me partiu o coração, foi muito pior do que acordar com a impressão que aquele psicopata estava me olhando.

– Você esta com sono? – Ele perguntou quebrando o silencio.

– Um pouco. – Me sentei.

– Quer deitar aqui? – Ele me olhou de um jeito tão lindo, eu não podia cair em tentação. – Deita aqui. – Ele bateu na perna.

– Ta. – Me deitei em seu colo, ele automaticamente pôs a mão nos meus cabelos fazendo carinho neles.

– Como foi em SP?

– Normal, o enterro do vovô foi triste, mas eu matei a saudade da vovó, dos meus primos e dos meus tios.

– Primos?

– Sim, os filhos dos meus tios.

– Ah. – Ele continuava fazendo carinho em meus cabelos. – Tava com saudade de fazer carinho nos seus cabelos.

– Bruno. – Falei com a voz meio chorosa e me sentei.

– Eu tenho muita saudade de você Fatinha.

– Eu vi como você sente saudade de mim. – Revirei os olhos. – Você tava transando com outra Bruno.

– Eu só não recusei a proposta dela Fatinha, mais é de você que eu gosto entende? Quando eu tava lá com a Katy eu só pensava em você. – Ele colocou a mão na minha nuca.

– Conta outra vai Bruno.

– Fatinha. – Ele chegou bem perto de mim e sussurrou em meu ouvido. – Eu te amo.

AAAAAAH’ isso não pode ser possível, por que ele me disse essa bendita frase logo agora? No momento em que eu estou frágil.

– O que? – Engoli o seco.

– Eu te amo. – Ele deu o sorriso mais lindo do mundo. – Eu te amo Fatinha.

– Por que ta fazendo isso comigo? – Meus olhos encheram-se de lagrimas.

– Eu não to fazendo nada loira, só estou falando a verdade.

– Bruno, faz isso não. – Falei com a voz baixa e doce.

Ele me puxou mais pra perto, começou a beijar meu pescoço e a dar mordidinhas fracas me levando a loucura, me fazendo arrepiar da cabeça aos pés. Eu estava com tanta saudade dele, ele não demorou, logo me puxou pro seu colo, intercalando entre meus olhos e minha boca, me beijou, um beijo cheio de desejo, amor, um beijo cheio de saudade, eu estava com saudade dele, ele me pegou num momento frágil, era quase impossível resistir a isso.

– Que saudade disso. – Ele parou o beijo sorrindo pra mim. – Que saudade de você minha loira.

– Bruno. – Rocei meu nariz no dele, e mordi seu lábio inferior.

– Me desculpa? Eu fui um babaca contigo, eu te falei coisas horríveis por ciúmes, eu fiz coisas horríveis por ciúmes de você, é que você é tão linda e só de pensar em outros caras te olhando, pensando em você me deixa louco sabe? Você é minha, não gosto quando outros olham pra você, acabei te culpando por isso, só quero que você saiba que eu me arrependo pelo que eu te disse, eu deveria ter pensando melhor, não podia ter deixando o que havia entre nós dois acabar, sabe agora eu só quero uma chance pra concertar meus erros, quero uma chance pra poder te chamar de minha de novo, quero te ter só pra mim. Eu te amo Fatinha, me dá mais essa chance? – Ele falou com os olhos marejados, os meus também estavam.

Tinha como negar uma chance depois de um pedido de desculpa desses? Minha cabeça tava dando voltas, o Bruno acabou de se declarar pra mim, isso era a coisa mais incrível que tinha me acontecido hoje, não é todo dia que o homem da sua vida se declara pra você e te pede uma segunda chance desse jeito sabe?

– Tem como negar? – Falei sorrindo deixando minhas lagrimas escorrerem. Ele se levantou e me girou no ar enquanto nos beijávamos, ele parou e me girar e me pôs no chão, mais não paramos o beijo, sua mão percorria da minha nuca até minha cintura, o beijo começou a esquentar e ele desceu a mão pra minha coxa fazendo eu me arrepiar por inteiro.

– Vamos lá pra dentro? – Ele sussurrou no meu ouvido, eu não tive como negar, sabia o que ele queria, e sabia também que eu não estava pronta, mais não neguei, deixei que ele me leva-se pro seu quarto.