Medo de Amar - Brutinha escrita por Lê
Notas iniciais do capítulo
Boa leitura.
Dormimos logo, logo. Não queria falar sobre o Bruno, ele me magoou pra caramba, me chamou de vadia e ainda foi se pegar com uma qual quer num lugar que ela disse que era ‘nosso’.
Caraca, eu tava magoada demais com ele, meu coração ficava apertado só de ouvir o nome dele.
Enfim, eu vou me esquecer dele, haja o que houver.
Acordei com o sol invadindo a janela da sala e iluminando a casa toda, era 11hrs da manhã, acordamos tarde por que dormimos quase 4hrs da manhã conversando.
– Ju? – Falei com a voz sonolenta.
– Hum.. – Ela tava acordando ainda.
– Acordou moçinha? – Falei me espreguiçando.
– Uhum. – Ela falou toda manhosa.
– Bom dia pra você então. – Levantei.
– Bom dia. – Falou com a voz sonolenta.
– Imagino que você também esteja com fome.
– Uhum. – Ela falou se espreguiçando. – Huuuuum.
– Oh preguiça boa! – Fiz um coque alto no cabelo e entrei no banheiro pra lavar o rosto e escovar os dentes. – Vou fazer macarrão com salsicha pra gente, pode ser?
Sai do banheiro e fui pra cozinha.
– Quanto tempo não como macarrão com salsicha, eu quero! – Ela falou se levantando e entrando no banheiro.
– Lá vai ela se embelezar!
– Vou fazer minhas higienes, rum!
Fiz nosso macarrão com salsicha enquanto ela se embelezava, ouvir ela falando no celular com o irmão dela, ouvir ela dizer:
‘Bruno, á Fatinha ta muito chateada contigo, só foi tocar no teu nome que ela ficou toda áspera, toda fria, você magoou ela muito.’
Ela desligou o celular e veio pra cozinha.
– O Bruno ligou pra mim e perguntou sobre você.
– Legal Ju. – Fui áspera. – Nosso macarrão com salsicha esta pronto. – Mudei de assunto.
– Fatinha, eu não te dei a opção de mudar de assunto.
– Juliana, eu não quero falar do teu irmão, pode ser?
– Fatinha, uma hora você vai ter que falar sobre isso.
– Uma hora, não agora. Vamos comer Ju, por favor.
– Não Fatinha! – Ela tava insistindo muito.
– O que você quer falar? – Olhei desdém. – ‘Ah Fatinha, o meu maninho ta sofrendo tanto.’ – Imitei a voz dela.
– Fat, o Bruno me falou por auto o que aconteceu, eu quero saber de você.
– Vamos comer que eu falo tudo, nos mínimos detalhes. – Revirei os olhos.
– Ta! – Ela prolongou bastante a palavra e se sentou.
Enquanto comemos, contei a ela tudo o que tinha acontecido, desde ele ter me chamado de vadia até ele ter me salvado do Marcos, tudo, do jeito que ela queria saber.
– Nossa Fat.
– É Ju, ta vendo por que eu não queria dar uma chance a ele? – Limpei o rosto, minhas lagrimas insistiam em escorrer.
– Ah Fat, o Bruno gosta de ti, eu vejo isso nos olhos dele.
– Oh minha querida Ju, você é muito romântica, vê coisa demais, o teu irmão só tava comigo por que eu sou bonita, gostosa e divertida.
– Não Fat, eu conheço ele, e sei quando ele fica com uma garota só por que ela é linda, gostosa e divertida, ele ta louquinho por você, de verdade.
– E levou uma menina pro ‘nosso’ lugar, e me chamou de vadia. Ju para, não quero mais falar disso. – Me levantei e entrei no banheiro.
– Fat! – Ela bateu na porta do banheiro.
– Já vou, to lavando o rosto. – Lavei rosto e sai do banheiro.
– Eu vou indo, Gil me mandou um SMS, ele quer passar o sábado comigo, ta bem?
– Ta bem Ju, vai curtir teu namorado. – Dei um beijo na testa dela.
– E essa bagunça aqui?
– Eu só vou pro hostel 15hrs30 e ainda são.. – Olhei o relógio. – Ainda são 12hrs, dá pra eu arrumar tudo direitinho.
– Ta bom minha linda. – Me abraçou. – Tchau.
Depois que ela saiu eu fui lavar os pratos, depois arrumei a bagunça da sala, dei uma geral na casa, arrumei tudo o que tinha pra arrumar.
Depois deitei no sofá pra descansar e vi que já era 15hrs.
– Caraca, tenho que ir pro hostel. – Falei comigo mesma.
Hoje não era meu dia de ficar lá, mais o Michel disse que ia levar uma ‘amiga’ dele pra passear e ele anda aliviando tanto as coisas pra mim o que custa eu ficar lá pra ele namorar?
Separei meu uniforme do trabalho e fui tomar banho, vesti o uniforme, passei um Gloss e um lápis de olho simples, e desci.
Advinha com quem eu me bate na calçada? O moreno. OPA! Quer dizer, o Bruno.
– Oi Fatinha. – Ele veio falar comigo.
– E aí. – Olhei pra tela do celular.
– Como você ta?
– To bem.
– Ah.. – Ficamos parados ali, sem dizer nada.
– Bom, eu tenho que ir trabalhar, tchau. – Sai andando antes que ele dissesse ‘tchau’, olhei pra trás e ele tava lá em pé, olhando fixamente na minha direção.
– Oi Michelito. – Entrei no hostel e dei um beijo na testa do Michel.
– Oi Fatinha. – Ele limpou a testa e eu ri.
– Nossa como você esta um gato, se armou hein. – Dei um tapa em seu braço.
– Ela é só uma amiga Fatinha.
– Sei. – Prolonguei a palavra e ele ficou vermelho.
– Tchau Fatinha, juízo.
– Juízo você Michelito. – Fui pra trás do balcão.
As horas passaram voando, ás 19hrs o Michel chegou todo sorridente, acho que ele tinha se dando bem, mais nem perguntei, tudo o que eu queria era ir pra casa, tomar um banho, jantar e relaxar no meu sofá.
Cheguei em casa e comi o resto de macarrão com salsicha que tinha sobrado de uniforme mesmo, tava morrendo de fome. Me joguei no sofá e liguei a TV.
Meu celular tocou, era a vovó.
– Vovó, quanto tempo! – Falei contente.
– Oi meu amor. – Ela tava com a voz meio triste.
– O que aconteceu vovó? – Perguntei preocupada.
– Ah meu amor, o teu avô, ele.. – Ela ficou muda do outro lado da linha.
– Alo? Vovó? – Perguntei preocupada. – O que aconteceu com o vovô?
– Ele teve um infarto na noite passada, fomos pro hospital e hoje pela manhã ele apagou de vez. – Ouvi ela chorar do outro lado da linha.
– Oh vovó. – Deixei uma lagrima escorrer. – Eu sinto muito mesmo.
– Marquei o enterro pra sábado que vem, pra dar pra você vim.
– Eu vou ir sim vovó, com certeza, vou falar com meu chefe, e sexta á tarde eu pego um avião pra aí.
– Resolve as coisas ai e vem pra cá, dar uma força a sua avó minha linda.
– Eu vou vovó, pode contar comigo. – Queria muito a abraçar agora.
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