Terrible Love escrita por Isabella Cullen


Capítulo 39
O que você está disposto a fazer?


Notas iniciais do capítulo

Bom meus amores, eu prometi e aqui estou! Bom saber que todas estão ansiosas para saber o que vai acontecer e que o Carlisle é odioado por todas nós. Eu vou falar uma coisa, quando eu escrevi Encontros todos ficaram abismados com a Esme, com aquela víbora, foi então que uma leitora e amiga minha falou: poxa, quero ver quando fizer um Carlisle ruim o que vai ser... Para quem não sabe Terrible Love surgiu desse pequeno comentário. Ela despertou o meu lado mais sagaz com certeza, foi como um desafio. Bom, para quem não leu, eu recomendo que conheça minha Esme de Encontros.



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– Como ela está? – perguntei a Victória assim que ela e uma outra médica apareceram. Nessas últimas horas eu pensei em tudo, tudo que aconteceu e meu maior medo depois de perder Jasper e Alice era perder Bella ou nosso bebê.

– Edward foram muitas emoções. – Victória começou. – Eu acho que vou manter ela aqui por 24 horas sedada, eu acho que só assim conseguirei que ela faça repouso e sua mente descanse.

– Isso não vai afetar o bebê? – Sue perguntou assustada segurando a mão de minha mãe. Ela já tinha chorado por horas tanto por Alice como por Jasper e agora estava preocupadíssima com Bella.

– Enquanto mantemos ela assim o corpo recebe nutrientes e quantidades de vitaminas suficientes para manter-se em ordem, são só algumas horas e isso vai servir para vocês também irem para suas casas e descansarem. Ninguém, eu repito ninguém, vai entrar no quarto sem autorização. Mais ninguém vai acordar. Alice está em coma induzido e está estável, não sofreu nesses últimos minutos nenhuma alteração, mas ainda precisa de cuidados o sedativo administrado em Jasper não vai ser diminuído agora, a partir de amanhã é que faremos uma nova avaliação.

– Eles vão sobreviver? – Emmett perguntou abraçado com Rose, ela estava pálida e descabelada. Quando chegou no hospital já chegou quase histérica com a situação.

– Já vi pessoas piores sobreviverem, os dois estão reagindo bem e se o quadro não alterar em 72 horas podemos sim falar algo mais conclusivo.

– Obrigado Victória, obrigado por tudo.

– Edward eu vou te dar um conselho, eu vou manter ela aqui por todas essas horas. Bella não apresenta nada na gravidez que me faça crer que ela vai perder o bebê, mas todos vocês precisam descansar. Todos, as próximas horas serão cruciais. Não se desgastem agora porque quando eles acordarem estarão agitados e questionadores, eles precisam ver vocês bem para conseguir ficarem bem entende isso?

– Sim. – disse desanimado.

– Vão para casa, aqui não vão conseguir mais nada.

Victória foi embora e eu sentei cansado no banco. Emmett veio até mim deixando Rose sentada no banco. Olhei para minha mãe e vi como ela estava com uma aparência cansada. Cansada de tudo, de todos esses anos travando lutas silenciosas com Carlisle. Deus, ele era um monstro e chorei de desespero por todos que eu amo e que um dia poderiam ter sido alvos fáceis.

– Edward tenho dois carros lá fora para escoltar sua mãe, Sue e Rose. Eu acho melhor elas ficarem lá em casa por enquanto, ninguém está em condições de lidar com isso sozinho.

– Eu sei. – suspirei. – Minha mãe precisa avisar seu marido, ele deve estar louco com ela todo esse tempo aqui. Eu sei que ela não vai conseguir fazer isso agora e não imagino como afastar ela desse hospital.

– Eu cuido disso. Disso tudo ok?

Eu assenti, Emmett conversava com Esme e depois com Rose. Dois homens entraram e por alguns segundos eu me assustei, mas Emmett fez um sinal para todos nós. Entregou a eles um celular, eles escoltaram minha mãe, Sue e Rose. Emmett foi com eles ouvindo alguns protestos enfáticos de minha mãe que se recusava a abandonar todos ali, mas como Victória disse não haveria mais o que fazer. E eu me via sozinho em uma sala de espera de novo. Sem Bella e sem bebê. Temendo pela vida de meus amigos e com um futuro totalmente incerto nas mãos. Não tinha como não associar isso a fato de que um dia, parecido com esse meu pai matou Kate e deixou Bella na mesma situação que ela está agora. Não tinha como não ter ódio desse homem que não tinha sentimentos por ninguém além dele mesmo. Um homem sentou do meu lado e eu não me importei, deveria ser mais um a espera de uma gota de água no deserto para acalmar os ânimos. Aqui enquanto estávamos sentados, parecíamos sedentos de informações e boas notícias.

– Boa noite senhor Cullen.

Olhei o homem sem reconhecer ele e tive medo que fosse algum repórter querendo cobrir tragédias.

– Não o conheço. – disse sério.

– Mas eu conheço o senhor, bem demais.

Eu já iria me levantar para me afastar quando Emmett surgiu.

– Jenks! Que bom que conseguiu chegar rápido.

O homem pareceu despreocupado, só deu os ombros.

– Eu estava vindo para cá. Soube durante o vôo o que tinha acontecido.

– Tem alguma pista do que aconteceu?

Eu queria saber quem era o Jenks e o que ele poderia saber.

– Vamos tomar um café antes sim? Acho que vocês estão aqui a noite toda.

– Edward esse é J. Jenks e ele é um investigador particular.

O homem riu sarcasticamente.

– Eufemismo não Emmett?

– O que ele é mesmo Em?

– Prazer senhor Cullen, eu sou um ex funcionário da CIA. Seu segurança George e eu trabalhamos juntos em um caso, há cinco anos atrás quando estávamos na ativa. Hoje eu trabalho para casos particulares como o seu.

– O meu caso? Meu caso?

– Entenda senhor Cullen, quando se lida com um psicopata, precisamos de alguém a altura não?

– Deus Em quem é esse homem? – perguntei alarmado.

– Ele é a nossa única escolha. Vamos tomar o maldito café.

É claro que eu fui ver o que ele poderia ter, mas eu confiava em Emmett e se ele estava confiando naquele homem alguma coisa estava acontecendo que eu não sabia dizer. Fomos para um café próximo ao hospital e Jenks pediu um café da manhã completo para os três.

– Então...

– O seu amigo me procurou há algum tempo contando o que ele sabia sobre o acidente, você e sua louca vingança, a morte de sua esposa e filho e suas suspeitas junto com o legista.

– Só Jasper sabe onde ele está.

– Já me assegurei de mover ele de lugar, quando se encontraram com ele naquela noite o colocaram exposto demais.

Olhei para Emmett.

– Quando se encontrou com esse homem?

– Assim que saí da sua casa percebi que precisávamos de ajuda. – ele disse sério. – Seu pai é um filho da mãe fudido.

Eu ia explodir desaforos por horas se continuasse a conversa por aquele caminho.

– Tudo bem então, você o encontrou como?

– Eu também sei ser um filho da mãe fudido quando eu quero Edward e seu pai vai morrer acredite.

Olhei para Jenks.

– Não trabalho assim, eu resolvo crimes. Sou bom em adiantar os passos, saber o próximo passo e achar pistas.

– Vai conseguir provar que ele fez isso tudo?

Ele nos sorriu com alguma arrogância.

– Seu pai se acha muito esperto, mas entenda uma coisa. Nenhum crime é perfeito e o dele tem algumas falhas que eu já encontrei.

– Eu queria ser tão otimista quando o senhor, mas eu creio que ele fez tudo para não ser associado a esses crimes, eu garanto que mesmo que achem quem atirou em Alice e Jasper eles nem falaram com quem os contratou como foi o caso do legista.

– Isso mesmo, é assim que ele age, mas há alguns anos atrás ele não era tão sagaz assim e cometeu um erro muito grande.

O café foi servido e enquanto Jenks colocava calda em suas panquecas eu continuava pensando em qual erro ele cometeu.

– Senhor Cullen, coma. Deixar de comer o torna mais fraco que o necessário.

Eu tomei um café enquanto Emmett seguia o conselho de Jenks e comia um ovo frito com bacon.

– Qual foi o erro? – perguntei vendo ele comer com muita fome.

– Simples, não mexa com uma mulher.

– De que mulher estamos falando.

– Sabe por que sua mãe foi dócil e submissa todos esses anos senhor Cullen?

– Por minha causa.

– Exato! – ele sorriu – Mas acho que a senhora Sulpicia não pode dizer o mesmo não?

– Quem é essa pessoa?

– A empregada que Aro teve um caso durante anos. – Emmett respondeu. – Ela e ele tiveram um filho.

– James! James era filho de Aro.

– Isso mesmo e imagina como essa mulher ficou quando seu querido pai matou James como queima de arquivo.

– Mas Jenks, ele morreu em um acidente.

– Bom, eu tenho um laudo que prova o contrário, foi criminoso. Algo quase amador sabe. – ele continuava comendo e eu fiquei repensando no acidente. – Ele deveria estar com pressa de pegar e apagar James que contratou um amador, o serviço nem foi apagado como no caso de Kate e Bella. Eu consegui até mesmo quem fez isso.

– Como conseguiu?

– Simples senhor Cullen, dinheiro e muita discrição. Eu sou um homem comum, não tenho nada que levante suspeitas. Quando eu pergunto e como eu pergunto faz com que as pessoas digam, existem várias técnicas que fazem a mente confiar na pessoa certa e falar tudo que precisamos sem ao menos tocar na pessoa. Ela dá a informação de livre e espontânea vontade com apenas um aperto de mão, uma história triste ou até mesmo um ar amigo.

– Eu falei que ele era bom! – Emmett comemorou.

– Então temos Sul...Sul..

– Sulpicia foi amante dele por anos e o relacionamento só acabou quando James morreu. Acho que uma mãe nunca supera algo assim. Aro não teve mais ninguém fixo depois dela.

– E o que ela vai nos ajudar?

– Ela estava presente quando seu pai gentilmente falou de como seria bom se Kate saísse do caminho dele e que ela seria mais útil morta do que viva, ela conta que Aro falou de Isabella nesse dia, como ele tinha planos de usar James para conquistá-la quando o pai morresse.

– Mas ela estava lá? Presente mesmo?

– Atrás da porta. Depois disso ela implorou para James não participar de plano nenhum, mas ele não ouviu. Disse que ficaria rico. Muito mesmo e a mãe não precisaria implorar pelas migalhas do pai.

– Deus! Que coisa horrível. – eu exclamei. – Como encontrou ela? Como associou Aro e meu pai?

– Fácil, algumas câmeras de seguranças em locais certos já tinham filmados eles dois em almoços, algumas fotos de jantares antigos e é claro a nossa querida Sulpicia e sua mágoa sem fim de ter perdido o filho para seu pai.

– Então, Sulpicia liga meu pai a Aro e ao acidente?

– Ainda precisamos de algo mais conclusivo, mas acredito que estamos chegando lá sim.

– Como estamos chegando lá?

– James tinha uma namorada que não era exatamente uma pessoa discreta, meus agentes estão nesse momento com ela. Parece que a amiga antes de morrer contou a ela os planos de James com a filha do legista e como ela deveria jogar o corpo de Kate na frente do carro.

– Foi a namorada de James então?

– Isso mesmo, foi ela que jogou o corpo, mas não matou.

– O legista disse que Kate conhecia quem a matou...

– Ela se encontrou com seu pai antes de morrer, você estava no quarto e o hotel filmou a conversa deles e ela depois saindo com ele, amparada. Eles pegaram um taxi.

– COMO DESCOBRIU ISSO?

Todos estavam nos olhando e nesse momento eu me dei conta de como estava nervoso com todas as coisas que estávamos descobrindo.

– Você descobriu isso em semanas?

– Tenho uma equipe de cinco pessoas de confiança e mais cinquenta agentes que vasculham tudo senhor Cullen, quando seu amigo começou a contar a história eu já tinha pessoas investigando cada nome citado. Cada possibilidade cruel.

– E agora então temos provas é isso? Provas para colocar ele na prisão.

– Ainda falta uma coisa, eu preciso que converse com ele.

– O que está me pedindo seu maluco? Acha que ele de livre e espontânea vontade vai me contar tudo que fez esses anos todos?

Jenks sorriu e tomou todo o suco que estava na sua frente.

– Acho e sabe por quê? Porque ele se acha superior e muito espeto para algo tão simples.

– Você só pode estar maluco!

– Sabe no que trabalhava senhor Cullen quando estava na CIA?

– Não faço a mínima!

– Trabalha na divisão de psicopatas. Minha especialidade é essa. Lidar com esse tipo de mente perturbada e superior. Ele não imagina que você pode estar atrás dele, não desconfia de nada e isso porque ele se saiu livre de tudo que fez. No mais, se não conseguir nada, eu terei até o final da semana provas suficientes para um tribunal chorar quando vir e ouvir as provas. E para garantir que isso aconteça estou com um Juiz de Nova Jersey vindo para cá assumir pessoalmente o caso e garantir que os advogados trapaceiros que ele tem não o deixem livre. Mas me diga senhor Cullen, o que o senhor está disposto para prender o seu pai?


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Notas finais do capítulo

Bom meninas me contem tudo, não sejam tímidas!