Francesca (narrando):
Já tinha me trocado quando tudo começou a girar, eu só consegui gritar pelo León e depois minhas pernas ficaram fracas, eu tentei me segurar em uma mesinha e cai não me lembro de mais nada.
León (narrando):
Estava na janela olhando a neve cair e cobrir o chão de branco quando a Fran grita meu nome, logo depois escuto barulho de vidro quebrando, logo surgiu outro que não identifiquei, sai correndo até seu quarto que estava trancado, logo me lembrei de que avia uma chave reserva na cozinha e fui buscar, naquele momento Federico e Ludmila chegaram eu nem ao menos os cumprimentei só peguei a chave e subi, quando abria a porta Francesca estava caída no chão, sua mesinha estava fora do lugar e o perfume quebrado no chão espalhando os cacos pelo o quarto e o liquido pelo chão deixando o ar enjoativo. Fui até ela e sua pulsação estava fraca eu naquele momento não tinha mas forças e comecei a gritar, em alguns segundos Federico e Ludmila apareceram na porta, ele a pegou e colocou na cama enquanto Ludmila tenta falar alguma coisa sem nenhum sucesso:
–Não podemos, não podemos... Ela repetia isso desesperadamente.
–Não podemos o que? Eu disse alterado.
–Ta nevando forte os carros não conseguem se mover!!! Ela falou chorando
–Também não podemos ver ela morrer na nossa frente!!!!
–Cala a boca!!! Eu to ligando para a ambulância!!! Federico disse impaciente. Esperamos ele ligar e ficou alterado e desligou.
–Federico o que foi?
–Eles disseram que não vão vir!!!
–Como assim?! Já estava com mais raiva.
–Ele falou da neve e blá,blá,blá.
–Gente eu sei fazer soro... Pela primeira vez a Ludmila entrou na conversa desde a ligação. Ela desceu e alguns minutos depois ela voltou com uma garrafa e foi colocando na boca de Fran de pouco a pouco, a pulsação dela já estava um pouco melhor e nos decidimos que quando ela acordar levaríamos ela para o hospital. Como estava tarde dormimos, no outro dia acordei cedo desci e Ludmila fazia o café.
–Bom dia. Eu disse desanimado.
–Bom dia. Ela disse distraída mexendo no café.
–Quer ajuda?
–Sim, tire o pão que eu fiz do forno, por favor.
–O que? Você sabe fazer pão? Eu disse um pouco impressionado.
–Sim eu sei, mas não é um pão comum é um pouco diferente.
–Ok, agora eu vou tirar. Abri o forno e já ia tirar o pão quando ela disse:
–Põem a luva!!
Eu coloquei, mas mesmo assim eu bati o meu braço em uma parte quente e me queimei.
–Ludmi me queimei!
–Ai, Lion vem cá!
Ela me puxou, olhou onde eu queimei e jogou um pouco de agua para aliviar a dor, depois passou um remédio no lugar e me enfaixou com um pedaço de pano e disse:
–Não sai no sol se não sua pele fica marcada e horrorosa!
–Ok, agora da um beijinho para sarar? Eu disse inocentemente e ela deu brincando mais claro o Federico não entendeu e começou a falar:
–Ludmila Ferro e León Vargas podem me explicar o que é isso?
–Ai, nossa Fede ele só se queimou e eu ajudei.
–E como explica o beijo?
–Eu pedi pra ela brincando igual uma criança pede pra mãe, só isso. Eu falei já impaciente é sempre o mesmo showzinho.
–Ok, vou ver a Fran. Ele disse meio desconfiado e com raivinha.
–Nossa Ludmi parou de doer! Como fez isso?!
–Eu fiz um mini cursinho de enfermaria.
–Ou você é uma bruxa! Nos dois rimos, até o Federico chegar com um sorriso no rosto falando que a Fran acordou eu nem esperei ele terminar sai correndo para o quarto dela, ela estava bem fraca e disse o que aconteceu, eu acho que a Fran tem alguma coisa e faz ela ter essa reação, mas eu pedi para ela descansar pois depois íamos ao medico. Voltei para cozinha e a Ludmila tinha derrubado agua no chão, logo após eu chegar ela escorregou e eu a peguei mas, quando fui levantar acabei caindo e ela caiu em cima de mim, no meu colo olhei para ela e...
Maxi (narrando):
Nesse exato momento a Naty esta na cirurgia, se ela morresse agora seria culpa minha e se eu deixasse ela viva ela ia morrer e também seria culpa minha. Como vou fazer se acontecer isso? Ter na consciência que você matou uma pessoa é ruim mesmo não sendo próximo dela, estava pensando em tudo de ruim que podia acontecer e já temia o pior o medico saiu e veio em minha direção, eu suava frio, minhas mãos e pernas tremiam, minha cabeça fazia todos os piores pensamentos voltarem ele abriu a boca para falar naquele momento tudo ficava em câmera lenta pra mim e o medico começou a falar:
–A paciente esta bem, mas só quando ela acordar iremos saber se ouve alguma sequela.
Aquelas palavras me aliviaram eu só consegui engolir a seco e assentir com a cabeça, mas como sempre me cérebro queria o pior então os pensamentos vieram a tona e se ela ficasse com alguma sequela grave, só sei que vou apoia-la e ficar com ela no que for.
Cami (narrando):
–COMO VOCÊ PODE, SEU VAGABUNDO, IMPRESTÁVEL, EU NUNCA QUERO TE VER EM MINHA VIDA, IDIOTA!!! NÃO IDIOTA SOU EU POR PERDER AS MELHORES COISAS DA MINHA VIDA POR VOCÊ SEU DESGRAÇADO... SABE O QUE EU QUERO? QUE VOCÊ MORRA QUEIMADO NO INFERNO!!! VOCÊ É UM CANALHA, QUE TENHA UMA PÉSSIMA MORTE!!!
Sai correndo em alta velocidade com meu carro não conhecia muito a Itália mas, fiz sem pensar, entrei em uma estrada estava na mão contraria eu não enxergava mais nada meus olhos estavam cheios de lágrimas meu coração doía, eu escutei um barulho de buzina bem alto, freio forçado e uma dor maior que a do meu coração, será mesmo que eu poderia ter morrido? Foi o que passou em minha cabeça antes de eu não responder os comandos de meu cérebro e minha mente foi se apagando não raciocinando mais nada será essa a sensação da morte? Essa foi a ultima pergunta que me fiz antes que tudo acabasse.