Quando Você Voltar escrita por Anne Liack


Capítulo 2
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Depois de sair do Cantai, Fabinho tenta conversar com Giane e a segue ate sua casa



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– Você vai me deixar falar agora? – perguntou Fabinho, fazendo com que a namorada virasse pra ele.

– Fala, vai. Fala de uma vez – respondeu, mas se afastando ficando numa distancia segura.

– O Jonas e o Douglas confirmaram você viu...

– Eu sei, a Mel te agarrou, eu vi. – ela disse entre dentes, aquela cena era uma intrusa maldita em sua mente.

– Então porque me fez te perseguir até aqui, porque cê ta de frescura?

– Não é frescura. – afirmou veementemente. – É que...nós dois somos muito esquentados,a gente ia acabar brigando muito, isso não ia dá certo. E também... – desta vez a voz estava insegura, com medo de demonstrar qual era realmente o seu medo - Você agora é rico, um monte de mulher vai ficar fazendo intriga e cair matando em cima de você por causa disso...

– Calma aí, essa não é você – ele estranhou, e no fundo até ela estranhou, realmente não era ela. Giane nunca se abateria por intrigas de um mulheril querendo seu namorado. Normalmente ela daria foras e inúmeros socos nas vagabundas.

– Eu... E-Eu to confusa...

– Peraí Giane você vai terminar comigo por causa daquelas coisas que eu te disse na frente do Caio?

– Não. Ali eu devia ter dado um soco na sua cara por você ter me comparado com a Amora e dizer que eu estava interessada na sua grana. – ela disse recuperando o tom autoritário. E era verdade, sabia que no meio das discussões com Fabinho, tanto ele quanto ela soltava coisas que simplesmente não era levado em consideração, eram por demais impulsivos, as palavras só atingiam na hora da raiva, depois simplesmente desapareciam.

– Você sabe que eu não falei pra valer, mas me desculpa – ele disse com aquele olhar que sempre a desarmava, a voz tão mansinha lhe causava borboletas no estômago, se aproximando dela, lhe segurando o rosto. - Num... Não termina comigo não.

– Não – a voz dela não era diferente da dele. – Não terminar assim, mas a gente podia dá um tempo, num sei pra colocar as coisas em...

– Não. – ele afastou-se bruscamente. – Não, tempo não. Não sou homem de dá tempo.

– Tá vendo a gente já vai discutir de novo, eu...

– Escuta – ele pediu lhe olhando firmemente. – Eu já te pedi desculpas pelo que falei, você sabe o que eu sinto, sabe que eu te amo. Mas eu não sou assim, eu não vou ficar sentado no sofá da minha sala, olhando pra porta esperando você entrar e dizer que finalmente está na hora de ficarmos juntos.

– Fabinho não é isso, e só que... Estamos confusos...

– Fale por você não por mim, eu não estou confuso. Mas tudo bem, eu já entendi, você tem todo o direito de pensar no que é melhor pra você. Então você quem sabe, mas eu não sou como aquele almofadinha, eu não vou ficar implorando o seu amor, nem o seu nem o de ninguém.

E ele saiu, saiu deixando-a lá parada no meio da sala olhando para porta, tentando segurar as lágrimas nos olhos.

*

Na saída em direção a rua ele deu de cara com Caio, encarou o fotografo com todo ódio que pode, mas por fim decidiu ir embora, aquilo estava doloroso demais.

*

Giane ainda se encontrava no mesmo lugar, sem pensar em nada. Naquele micro minuto que se passou ela só esperou que Fabinho adentrasse novamente na sala de sua casa a abraçando e a beijando com a sofreguidão de sempre. Por isso quando ouviu as batidas na porta, correu instantaneamente para abri-la. Não conseguiu disfarçar a decepção quando deu de cara com Caio. Seus olhos automaticamente se apertaram e as lágrimas escorreram sem descanso. Sentiu o ex abraçá-la fortemente enquanto a encaminhava novamente para dentro.

E Fabinho ao longe, na meia luz da praça viu, viu a garota que amava abraçada ao ex, viu que ela não iria atrás dele. E ouviu a voz dela ecoando novamente em seus ouvidos "sempre teve razão... Eu fui uma burra de ter te trocado pelo Fabinho...". Ela iria se dá uma nova chance de ser feliz ao lado de um cara que, por mais que doesse admitir, era o melhor pra ela. A dor dentro dele se tornou lancinante e a razão esvaiu-se de sua mente.

Entrou em sua casa batendo a porta, com as lágrimas ameaçando cair. Seguiu diretamente para seu quarto ignorando os olhares de Margot e Silvério, só pegou a chave da nova moto e saiu novamente batendo a porta. Dessa vez a mãe o seguiu.

– Fabinho! Fabinho, meu filho! O que aconteceu? – perguntava Margot, enquanto via o seu menino firmar no acento da moto e fazer o motor roncar.

– Fabinho! Aconteceu alguma coisa? – perguntou Silvério com calma tentando acalmar a própria Margot. – Foi a Giane?

A menção do nome, ele olhou firmemente nos olhos do senhor abraçado a sua mãe.

– Não se preocupe, a sua filha está livre do marginal aqui. – disse duramente, mas a voz falhou e ele não esperou mais, deu partida na moto que saiu cantando pneus.

– FABINHO! TOMA CUIDADO MEU FILHO!


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Notas finais do capítulo

Continua...



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