'Que palhaçada é essa?' Ele pergunta, indignado.
'O que?' Eu digo, fingindo não saber do que ele estava falando.
'Quer dizer que agora o Lucas é seu namorado e eu sou seu irmão?' Ele pergunta.
'Ah Allan! É apenas um plano! Eu não confio nessa Júlia. Por isso fiz isso.' Eu disse.
Eu gostava muito dela, mas eu não confiava nela ainda.
'Ah, então só por isso o Lucas se tornou seu namorado? Alícia, se você gosta dele, me conta logo! Eu prefiro saber isso, antes que eu faça alguma coisa. Você não sabe como esses dias sem você foram difíceis! Eu tive que ajudar os tributos do... Ai meu Deus! Vocês têm que ir embora! Eles vão te matar! E seus amigos também!'
Nós ouvimos um grito. Eles haviam chegado, os tributos do distrito 11 chegaram!
Nós começamos a correr, eu, o Allan, a Júlia e Lucas. O Allan matou a menina.
'Vocês vão pagar por isso!' Gritou o menino. Ele começou a atirar flechas e mais flechas. Nós corremos mais e mais.
'Savannah! Não! Por quê?!' Ele gritou, enquanto nós entrávamos na floresta.
Quando já estávamos longe, começamos a caminhar. O Lucas pegou minha mão e o Allan ficou ao lado de Júlia.
'Então, qual seu nome?' Ele perguntou.
'Júlia. O seu é Allan, não é? Você é irmão de Alícia?' Ela perguntou.
'Sou?' Ele olhou para mim.
'Sim, você é. Sabe muito bem disso!' Eu disse. Ele deu um risinho.
'Sou. Você tem namorado, Júlia?' Ele perguntou, olhando para mim.
Eu estava ficando com muita raiva.
'Não, não tenho. Por que?' Ela respondeu.
'Nada. Só estou interessado.' Ele falou aquilo olhando nos meus olhos.
'Ai Lucas, você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida!' Eu disse e o beijei.
Allan olhou para mim. Ele estava morrendo de raiva e resolveu me fazer ficar com mais raiva do que eu já estava.
Ele puxou a Júlia e lhe deu um beijo.
Eu tive que me controlar para não voar em cima dela e matá-la.
Ela o empurrou. 'Nós nem nos conhecemos!' Ela disse.
Começamos a andar a procura de abrigo, encontramos um lugar e nos instalamos. Após uns minutos, Júlia, que estava lá fora, entrou e falou: 'Vocês dois ficam muito fofos juntos! O casal mais lindo que eu já conheci! Mas, posso roubar a Alícia um pouquinho?' Lucas fazer acenou com a cabeça.
Quando saímos, ela chamou o Allan.
Ela começou a andar, nos levou a um lugar longe o suficiente para que o Lucas não ouvisse a conversa e começou a falar.
'Eu sei muito bem o que vocês dois estão fazendo!' Ela disse, com cara de brava.
'Hã?' Perguntei.
'Vocês dois não são irmãos! Vocês se gostam e o Lucas não faz a mínima ideia disso! Coitado!' Ela gritou.
'Não, você está entendendo tudo errado! Nós somos irmãos sim!' Eu disse,
'Alícia, fala a verdade. Nós não somos irmãos.' Disse o Allan.
'Eu sabia!'
'Mas também não somos amantes ou qualquer coisa do tipo. Eu gosto dela, de verdade. Mas nós não somos nada, além de amigos.' Ele disse.
'É. E eu e Lucas não somos namorados.' Eu disse. Ela estava tentando processar. 'Eu falei tudo isso porque eu não confiava em você. Eu tinha medo de que você fizesse alguma coisa conosco.' Eu disse.
'Nós dois somos apaixonados por ela, mas ela tem um namorado. Marshall.' O Allan concluiu.
'M A R C E L O.' Eu disse. 'Desculpa Júlia.'
'Olha..' Ela não pôde dizer mais nada, porque nós ouvimos o grito do Lucas.
'Socorro!' Ele gritava.
Nós corremos em direção do nosso abrigo.
Allan avistou o tributo do D11 tentando matar o Lucas. Ele pulou em cima deles e eles começaram a lutar.
Eu e a Júlia corremos, mas o tributo veio em cima de nós.
Eu gritei.
'Um já está morrendo, só falta você para que a morte da Savannah tenha valido a pena. Pela Savannah!' Ele gritou e pôs uma faca em meu pescoço.
Ele arranhou meu rosto com a faca e eu o furei.
Peguei minha faca e enfiei na barriga dele.
A Júlia veio em minha direção.
'Desculpa. Eu tentei impedir, mas ele está morrendo.' Ela disse.
'Quem ???? Quem está morrendo?'
'O Lucas.'
'Não é verdade! Não pode ser!' Eu gritei. Chorei.
Fui em direção dele.
'Lucas, fica comigo! Não vai!' Eu disse, chorando.
'Eu te amo! Eu te amo.' Aquelas foram suas últimas palavras.
'Vai ficar tudo bem, eu vou ficar aqui com você.' Eu disse.
'Venha, temos que ir.' A Júlia disse.
'Eu não... Eu não.. Ah.' Disse.
'Você vai vir. EU NÃO VOU TE DEIXAR MORRER. Vamos. Eu morro, mas você não. Eu nunca amei alguém assim.' Ele disse.
Eu estava chorando.
'Allan, eu também te amo. Mas agora, tira meu rastreador.' Eu sussurrei em seu ouvido, chorando.
'Não. Eu não consigo. Eu simplesmente sou incapaz de te machucar.' Ele disse.
'Ok.' Então eu peguei meu braço e furei. O chip saiu.
Furei o braço deles dois.
'Vocês perceberam uma coisa? Apenas um canhão estrondou.' Júlia disse.
'Devem ter soltado os dois na mesma hora.' O Allan disse.
O chip do Allan saiu, mas eu não vi se o da Júlia havia saído.
E nós continuamos a andar. Eu chorando.