Aloha escrita por BellaEvans


Capítulo 5
Capítulo 5 Redmont não é para todos


Notas iniciais do capítulo

Que dó... nessa versão o Barão Arald é bem mais malvado que no livro mesmo...



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Aloha acordou devido ao balanço do cavalo. Sua cabeça doida e ela sentiu um terrível aperto no coração ao pensar que esse era o cavalo de Josh.

Ao abrir os olhos percebeu que o condutor era o rapaz que a havia salvado. Em seus braços abriu um enorme sorriso por saber que estava salva.

–Acordou, Bela Adormecida – disse Max alegremente ao ver o sorriso da moça.

A menina riu levemente até perceber que quanto mais se mexesse mais sua cabeça doía.

– Pelo visto a pancada foi forte – disse rindo ao ver a cara de dor da moça – Estou te levando para o castelo, o resto do pessoal foi atrás dos que escaparam. Você está a salvo agora. Posso saber como a donzela se chama?

– Aloha

– Eu sou Max amor – disse galanteador piscando.

– Obrigada Max – terminou Aloha apagando mais uma vez.

A menina acordou novamente em uma bela cama com muitos travesseiros no quarto mais chique que ela já havia estado.

A dor havia diminuído bastante e ela conseguiu se sentar com a cabeça baixa. Na cômoda ao lado da cama percebeu um bilhete.

Aloha! Aloha.

Amor, Max

A menina sorriu pela piada boba com seu nome. Ao se levantar percebeu que estava envolta por um roupão felpudo e vermelho sobre as roupas pouco discretas que vestia.

O corredor estava vazio e ela não tinha ideia do que fazer. Por meses não sabia o que era poder andar sem estar algemada ou com medo. Aquilo era libertador. Tocando o seu pescoço percebeu o colar da flor de lótus. Michelle e Sweetie. As duas poderiam ter sido salvas. Mais um dia. Se tivessem aguentado apenas mais um dia.

As lágrimas começaram a correr sem que se percebesse.

– Está tudo bem? – um homem não muito alto apareceu no corredor vestido com uma capa manchada e armado com um longo arco.

– Sim está – respondeu enxugando as lágrimas – Eu só não acredito que isso seja verdade.

– Me chamo Will, sou o arqueiro do Feudo, posso saber seu nome?

–Aloha. Obrigada por tudo eu não posso acreditar que estou fora daquele lugar. Quem mais conseguiu fugir?

– Cinco moças escaparam além de você. Contudo Duas chamadas Artie e Liz foram pegas novamente, estamos fazendo o possível para rastreá-las.

– Eu agradeço muito senhor

– Me chame de Will, e você não precisa agradecer. O barão gostaria de falar com você se tudo bem.

– Claro, tudo bem.

Aloha ainda vestia o roupão quando subiu ao escritório do barão. Pensou que não importava o que acontecesse dali em diante sempre seria mal vista pelas pessoas, pela sua história.

Halt, Gilan, Horace, Felix e Max conversavam com o Barão em seu escritório. Will e Aloha entraram e eles permitiram que a menina se sentasse em frente ao barão.

– Bom dia Jovem, fico feliz que está bem.

–Obrigada eu...

– Só te chamei aqui para saber se você tem alguma informação de onde eles possam estar agora.

– Desculpe-me senhor mas nunca temos ideia para que feudo vamos, eles não nos passam nenhuma informação.

– Foi o que as outras disseram, eu só queria ter certeza. Mas agora é o seguinte mocinha, aqui em Redmont nós não aceitamos esse tipo de trabalho então acho que você deveria se dirigir para outro feudo o mais breve possível para não nos causar nenhum problema – disse o barão se levantando

– Eu não entendo, você acha que eu vou continuar com isso? Eu não escolhi! Eu fui sequestrada! – gritou a menina exaltada se levantando também.

– Ela está certa Barão – disse Halt – A menina é uma vítima

– Eu só posso lamentar querida, as notícias correm, todos já sabem. Não acredito que você irá conseguir algum outro emprego.

– O que? Isso é um absurdo! Eu tenho que ter escolha!

–Querida sua afronta está me irritando

–Por que me salvaram então? No final é o mesmo que tivessem me deixado presa com eles.

– Barão estou certo que podemos encontrar alguma atividade para ela aqui no castelo – disse Gilan.

– Não aqui, o que os outros iriam pensar de um castelo que emprega vadias?

–Já chega, se é assim ­– completou a menina em direção a porta

–Querida não espere que eu a deixe caminhar por aí com um roupão com o símbolo do feudo, não é? ­ – completou Arald

– Pai, já chega! – interferiu Max

– Max não atrapalhe.

–Que seja ­– disse jogando o roupão aos pés do Barão e caminhando apressada para fora do castelo com sua roupa de brilhantes.

Aloha sentia lágrimas de raiva escorrerem por sua face enquanto corria sem saber para onde pelo castelo, não ligando para os olhares assustados que eram dirigidos para suas vestes.

– Aloha, espere!

Max a alcançou em um corredor e a impediu de continuar segurando a sua mão.

–Me deixa ir, eu não preciso de mais humilhação ­ – respondeu enxugando as lágrimas com a mão livre.

–Esquece o que o meu pai disse, por favor – disse a abraçando – eu vou dar um jeito nisso, ok?

A menina assentiu com a cabeça no peito do arqueiro.

–Vem comigo – disse colocando seu braço ao redor do pescoço da menina – Vamos sair daqui.

– Você não vai ficar com problemas? – Aloha disse com a voz chorosa – Ele é seu pai.

–Eu não ligo – disse sorrindo para a menina

Max a guiou pelo castelo por um caminho pouco utilizado até os estábulos.

– Me permita – disse a cobrindo com sua capa de arqueiro

–Obrigada – Aloha sorriu

Os dois montaram na égua preta de Max e se encaminharam para o portão.

– Não gosta muito de cavalgar? – perguntou Max percebendo que a menina não estava muito confortável.

– Na verdade é a minha primeira vez – respondeu nervosa, o segurando firmemente – E olha que eu já fiz muita apresentação com elefantes no circo.

–Circo?

–Aham, eu cresci eu um circo, e acredite elefantes são muito mais calmos que cavalos.

–Provavelmente, elefantes não fazem isso – disse iniciando um galope repentino com a égua Lady.

– AHHHHHHHH – gritou Aloha se segurando ainda mais em Max.


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