O dia do grande esperado jantar na minha casa tinha chegado, eu estava tão nervosa que era visível, não sabia o que poderia acontecer nele, se meus pais iriam nos aceitar ou não. Eu teria um surto a qualquer momento.

Estavam todos ali na casa da minha mãe, fizeram uma surpresa de aniversario para mim, com toda a confusão da minha vida nesse ano esqueci até do meu aniversario.

A minha reação com a surpresa foi a melhor, fiquei em estado de choque por um tempo e claros todos riram de mim, os sorrisos no rosto de todos me fazia também sorrir feito uma boba. Não poderia querer coisa melhor agora, minha família e meus amigos comigo. Sempre, por mais que minha vida esteve destruída com altos e baixos eles sempre estiveram comigo, sempre me ajudavam a seguir em frente e minha família, bom não tenho o que falar dela, sim ainda teremos muitas brigas pela frente, mas agora tenho alguém que estará do meu lado, alguém que nunca poderia imaginar que iria me apaixonar. Nunca pensei que Elliot faria parte da minha vida além de um amigo que me ajudou quando precisava, mas como na vida fazemos nossas escolhas e sempre vêm às consequências eu acabei me apaixonando.

Agora ele é tudo para mim, tudo que pedi para acontecer. Além de Elliot vieram os meninos, não tem como não rir com eles, foram as pessoas que sempre trazia alegria a meu coração despedaçado, me apoiando em tudo. Quando errava eles brigavam comigo me fazendo se arrepender e me ensinava o correto, se pudesse ficaria com os três só para mim, eles me completam.

Scott e Hannah como sempre estavam discutindo sobre o meu futuro, sim eles cuidam até de mias de mim, eu ria da boba discussão os observando da escada, Hannah sempre foi minha melhor amiga, juntas entravamos em cada enrascada que ficava para a história, ela sempre foi maluca e ás vezes eu achava que iria ficar igual, mas não enlouqueci por causa de Scott. Ele conosco era como se fosse nossa consciência, ele nos alertava a cada brincadeira que fazíamos com as vacas da escola, éramos o trio do terror. Hannah namorar ele me deixou aliviada depois da sua confissão, eu sempre o considerei meu melhor amigo, meu irmão que nunca tive, não conseguia vê-lo de outra forma. Scott estava feliz com Hannah, mas eles nunca me deixam em paz, cuidando de mim, o que não vai acabar tão cedo, acho que não sei mais viver sem eles.

Nos sentamos a mesa para enfim jantar, depois de Cris e Ry perguntar umas cinquenta vezes que horas iríamos comer. Estávamos todos conversando até que minha mãe se levantou.

–Com licença – ela bateu com o talher em sua taça chamando nossa atenção. – Obrigada. Quero agradecer a presença de todos vocês e também aproveitar e dizer que estou muito feliz por ver minha família reunida aqui hoje, com mais membros do que pensei – todos riram olhando uns aos outros – Estou realmente feliz por ter minha pequena Viollet de volta – ela se virou para mim e me mandou um beijo, eu corei de vergonha – Ela é tudo em nossas vidas, por mais que seja teimosa, marrenta e apressada... – todos riram me olhando, eu não sabia o que fazer eu estava quase roxa de vergonha. – Enfim, nós te amamos. – ele ergueu sua taça e brindamos.

Voltamos a conversar depois de passar muita vergonha, reparei que meu pai trocava olhares suspeitos com Elliot. Desde quando eles são tão amigos íntimos? Isso estava muito estranho.

Cris e Ry estavam elogiando a comida que minha mãe fez questão de fazer especialmente para hoje e Elliot não parava de cochichar com meu pai.

–Amor! – o cutuquei.

–O que foi?- ele sorriu todo fofo para mim.

–O que tanto conversa com meu pai? Quero saber. – sorri

–Depois você vai ficar sabendo – sorriu e me deu um beijo rápido voltando à fala com meu pai.

Assim ocorreu nosso jantar, eu e Hannah não parávamos de conversar com minha mãe sobre a grife e suas ideias, ela até pediu minha opinião quanto à nova coleção, o que achei estranho.

Abandonamos os homens conversando na sala e fomos para o escritório da minha mãe que ficava no terceiro andar da casa.

–Então meninas – disse ela ligando tudo – O que acham de serem minhas modelos oficiais?- ela se sentou a traz de sua mesa.

–Como é que é? – Hannah se sentou no sofá sem acreditar no que acabou de ouvir.

–A campanha que Viollet fez foi um sucesso e claro alcancei mais publico do que imaginava, então tive a ideia de colocar vocês como garotas propagandas da Angel´s, se aceitarem é claro. Ela cruzou os braços esperando a resposta.

–Mais é claro que aceito – Hannah disse empolgada

–E você filha? - ela me olhava sorridente

–Eu nãos sei – suspirei

–Qual é amiga, imagina todas aquelas vadias da escola nos olhando nas revistas, vai ser de mais – ela empolgou.

–Tudo bem. Eu acho! – elas riram

–Mais ai vou ter que pedir a permissão dos meus pais – Hannah comentou triste

–Não Hannah você já tem dezoito anos igual à Viollet já podem decidir sozinhas.

–É me esqueci de que já podemos ser presas – ela riu – Claro que aceitamos.

–Tudo bem, depois fazemos a parte formal disso tudo e também tenho que perguntar para Daniel se quer fazer parte também.

–Dan? Claro que vai, eu vou obrigar ele a aceitar – minha mãe ria

–Agora vamos porque já devem ter sentido nossa falta – ela disse se levantando de sua mesa

–Duvido – reclamei

Trancamos tudo e descemos encontrando todos na sala do mesmo jeito que tínhamos deixado.

–Seus fodidos eu quero presente! – gritei chamando atenção deles descendo as escadas.

–Nós já estamos aqui não é um presente? – Ry fez todos rirem.

–Nem a pau, quero presente e logo – sentei no sofá derrotada por causa do salto alto.

–Eu primeiro! – Hannah gritou depois saiu correndo pegar seu presente – Vaquinha que eu amo espero que goste se não você sabe que vai ter que usar do mesmo assim. – ela me abarcou e me entregou uma caixa rosa cheia de corações pretos.

–Tenho até medo de abrir – balancei a caixa rindo

–Vai logo – ela gritou pra mim

Abri a caixa e peguei o vestidinho vermelho que ela me deu, era a cara dela colado e curto.

–Você não vai usar isso! – Elliot se manifestou ciumento

–Claro que vai e ainda vamos para festas com ele – Hannah provocava

–Ah mais não vai mesmo, não vou deixar – ele cruzou os braços fazendo todos rirem.

–Ok depois desse ataque de menininha do Elliot agora é minha vez – Ry veio até mim me dando um beijo molhado em minha bochecha.

Peguei a caixa de veludo preta e abri, fiquei sem palavras, era um colar todo cheio de corações vermelhos e azuis.

–Amei, obrigada.

–Sabia que iria gostar, quando vi pensei em você – ele riu.

–Agora eu – Cris me entregou outra caixa um pouco grande.

–Isso não vai explodir né?- disse com medo

–Engraçadinha – ele riu

Tirei de dentro um skate roxo cheio de corações.

–Acabei de tirar minha filha disso e você está desvirtuando ela de novo – minha mãe protestou rindo

–Vai sua vez Scott – Hannah o empurrou do sofá

–Sabe que eu te amos né, e se aquele babaca fizer alguma coisa é só me dizer – ele disse em meu ouvido me abraçando.

–Ou, ou já pode largar né – Elliot gritou.

Scott me soltou entregando uma caixa de veludo pequena, uma pulseira adivinhei. Ela era linda.

Guardei o presente e olhei para os meus pais esperando algo mais e eles nada falavam.

–Pai... Mãe... – insisti

–Você acha que vou te dar presente depois de tanto trabalho que você deu?- meu pai me abraçou

–Opa então vou ter que fazer minhas malas de novo – comecei a rir

–Nem sonhando – minha mãe me apertou

–Vou te levar até ele porque não posso trazer ele até você, estou velho já – meu pai me arrastou junto com todo mundo.

Já estava morrendo de curiosidade, ele estava me levando para a garagem.

–Aqui! – ele me entregou um chaveiro – Agora destrave e vê qual é o seu.

Eu tinha um sorriso idiota no rosto quando o alarme de um Audi R8 piscou.

–Um carro? – disse não acreditando

–Claro e você achava que meu motorista iria te levar para todos os lugares – ele nos fez rir

–Obrigada, obrigada... – os abracei quase chorando

–E você?- fui ao encontro de Elliot colando nossos corpos – Não tem nada para mim?- sorri

–Sim tenho só que não vou te dar na garagem – ele sorriu – Vamos voltar para sala.

Ele fazia suspense pra caralho me deixando louca, sabia muito bem que não gostava disso.

Chegamos à sala e todos desmoronaram no sofá, inclusive eu.

–Viollet vem aqui – ele me puxou para o meio da sala.

Elliot olhou para meu pai que sorriu confirmando alguma coisa entre eles com a cabeça. O que esses dois estão tramando? Essa droga de pergunta já estava me matando por dentro.

–Então... – ele começou a falar olhando em meus olhos.