Save My Life escrita por K. Rowe


Capítulo 30
All Too Well


Notas iniciais do capítulo

Oi como estão? Mais um capítulo que a nossa querida Viollet vai passar de boa moça.

Vamos?



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Como tinha concordado em ajudar com os preparativos para o desfile de hoje à noite tive que estar de pé bem cedo e é por isso que vou estar de mau humor quando acordar direito. Não precisei de despertador, a campainha já fazia esse trabalho e de graça, ela não parava de tocar um segundo e não parava de chegar mais e mais gente em casa carregando coisas, caixas e papéis estava uma loucura aquilo, formigueiro passava longe de ser minha casa aquilo estava parecendo Black Friday me deixando nos nervos, não só eu mais minha mãe também, Dona Cristina já tinha gritado várias vezes com todo mundo inclusive comigo, só porque estava comendo e não carregando caixas, ainda não sei como fui para ali, só porque queria dar uma de boa moça.

Mas não foi só eu que me ferrei ajudando fiz, ou melhor, obriguei Daniel a ajudar também, além de mau humorado ele estava de ressaca da noite anterior e isso dava para ver em seus olhos que se fechavam a cada segundo. Não, não sou má assim, mas se eu tinha que me ferrar para aquilo dar certo ele tinha que ajudar tanto quanto eu, sim sou uma prima boazinha.

–Viollet, por favor, vou deitar no seu quarto e daqui algumas horas você me chama – Daniel me segurou na cozinha enquanto passava com algumas caixas que iria levar para o carro do lado de fora.

–Tudo bem Dan – suspirei agora teria trabalho dobrado

–Você é de mais, já falei que te amo hoje?- ele sorriu me dando um beijo melado

–Não, então fala – fiz cara de anjinha piscando várias vezes esperando ele falar.

–Eu te amo! – ele gritou chamando atenção de todos que estavam ocupados para nós

–Eu também, agora vai antes que eu me arrepende de ter deixado – ele sorriu ainda mais e saiu correndo nas escadas – Ah e não baba na minha cama! – gritei recebendo um belo do seu dedo do meio.

Revirei os olhos e continuei a carregar caixas, não sei pra que tanta coisa, pra mim em um desfile o importante era as roupas, as modelos, os convidados e acabou não esse monte de caixas que nem sei o que tem dentro e nem quero saber vai que vou ter que usar.

–Viollet querida preciso de você aqui – escutei minha mãe chamar

Fui rapidamente colocar a caixa no carro e acabei tendo que organizá-lo já que o cara que fazia isso estava sofrendo.

–AGORA! – ela gritou impaciente

–JÁ VAI MÃE – gritei de volta fazendo ele se virar para mim enrugando a testa – O que foi? – perguntei irritada.

Ele apenas sorriu e me ajudou com as caixas, quando terminei voltei correndo para o escritório dela, ao entrar acabei esbarrando em uma mesinha derrubando os acessórios que estava em cima dela.

–Me desculpa foi sem querer – respondi quando percebi o olhar “vou-te-matar-mais-tarde” que minha mãe me lançou.

–Tudo bem – uma voz doce ecoou em meus ouvidos

–Viollet essa é Margareth uma amiga minha, ela é a responsável por organizar tudo – ela me apresentou.

–É muito bom conhecer você Viollet a modelo propaganda da grife. – o sorriso que ela me deu parecia que estava falando com um netinho, oferecendo algum doce que acabou de fazer.

–Ah... Obrigada – sorri sem graça pelo pensamento.

–Ela vai ser responsável por você de agora em diante, por enquanto você pode deixar de arrumar as coisas e ir com ela para o centro de eventos ensaiar. E falando em ensaiar você viu Daniel é para ele ir também. – ela mexia impaciente seu celular na mão.

–Ah eu vi sim vou chamar – disse para Margareth

–Estamos esperando vocês no carro não demorem, por favor. – suplicou

–Sua mãe está com stress – Margareth disse em meu ouvido me fazendo rir.

Estava tudo encaminhando bem para o desfile ser um sucesso, mas minha mãe estava irritando com seu stress repentino, ela chegava a ser pior que eu.

Subi ao meu quarto batendo na porta e encontrando um Daniel abraçado a meus travesseiros e roncando, eu estava fazendo forças para não rir e acordá-lo, e também não poderia perder a oportunidade de tirar uma foto dele dormindo. Peguei meu celular no bolso da calça e colocando na máquina, tirei o flash e o som e me aproximei para ter um ângulo perfeito da foto, cada vez que chegava perto podia perceber sua respiração lenta e compassada. Estava pronta para tirar a foto quanto suas mão me agarraram à força me jogando na cama em cima dele, eu dei um grito de susto daquele imbecil.

–Pensa que é espertinha né Viollet, mas eu sou mais – ele falava calmo.

–Seu... Idiota! – estava gritando

–Calminha princesa te assustei? – ele ria de mim.

Fechei os olhos tentando não bater no meu primo lindo e controlar minha vontade de gritar com ele.

–Vim te chamar que precisamos ir e rápido antes que minha mãe grite com você também – disse mais calma

–Ela já gritou com você! – ele ria – Mais uma para a lista.

–Vai anda logo me solta, ela vai surtar se não aparecermos rápido.

–Tudo bem, só que não vou te largar, vou te levar. – sorriu me pegando no colo e colocando em seus ombros

–Daniel! – gritei quando ele começava a descer as escadas me fazendo pular em seus ombros.

–O que foi?- ele ria feito um retardado.

–Você é um garoto morto se eu descer daqui! – eu socava suas costas.

–Sabe eu comi uma coisa que me fez mal, minha barriga dói... – disse indiferente.

–Nem ousa – disse irritada entendendo o que iria fazer.

–Mas é só... – falava todo inocente

–NÃO – gritei o fazendo rir.

Quando passamos pela sala pude ver as pessoas ali rindo e até ouvi um comentário que me fez rir sozinha.

–Do que está achando graça? – ele me colocou no chão já na garagem.

–Escutei duas moças comentando sobre nós

–O que eles falaram?- perguntou curioso

– “Me falaram que eles são primos, namorar, isso não é errado?” – imitei a voz de uma delas.

–Sério – ele ria

–Duvida? – arqueei uma sobrancelha em desafio.

–Daniéééllll, Viollééét – a voz da minha mãe soou estridente nos alcançando.

Fiz uma careta para Dan que saímos correndo para o caro dela na rua.

Em pouco tempo chegamos ao centro de eventos onde aconteceria a magia toda, graças as barbeiragens da minha mãe chegamos rapidamente, pensei que iria pelo menos ter paz quando estivesse ensaiando, mas não o que estava acontecendo em casa não era nem metade do que acontecia ali, nunca vi tanta gente na minha vida, logo fui arrastada por Margareth juntamente com Dan para de traz da passarela, nos bastidores ela se mostrou como realmente era, ela gritava com algumas modelos que ali estavam sentadas e elas logo se dispersaram correndo.

–Bem queridos – ela falava conosco calmamente – Vocês vão ir para aquela fila ali – ela apontou a fila onde as meninas saiam e entravam por uma grande porta – E desfilar para mim, entenderam.

Balançamos a cabeça concordando.

–Muito bem – ela deu tapinhas em meu rosto –Agora vão! - ela saiu pela porta que entramos nos deixando sozinhos.

–Uma palavra – Dan falou enquanto caminhávamos para a fila

–Maluca – falamos juntos rindo logo depois.

As garotas na nossa frente desfilavam perfeitamente naquela enorme passarela, se eu pisasse ali com certeza iria travar e ficar lá no meio esperando alguém me tirar à força, sai de meus devaneios quando meu nome foi gritado por ela, a ovelha na pele de lobo. Todas ali pareciam ter medo de Margareth, também...

–Mais rápido Viollet, acompanhe Daniel – ela falava auto para mim e todos escutarem.

Comecei a desfilar como ela queria depois do que diria umas quatro horas, já estava cansada e meus pés estavam doendo, ela tinha me feito desfilar de salto e não de tênis. Minha cabeça já estava prestes a explodir se ouvisse mais um grito dela.

–Vamos Viollet – Dan chegou ao meu lado nos bastidores se sentando no sofá comigo.

–Fala mais baixo – sussurrei para ele fechando os olhos

–Vamos logo, mais um segundo aqui eu mato ela – ele disse mais baixo.

Sorri o seguindo para o carro, minha mãe estava nos esperando e diferentemente de mim ela estava elétrica como nunca.

–Mãe você bebeu? – perguntei já irritada

–Não – ela ria sozinha

–Mãe? – virei esperando sua resposta

–Ok só uma taça de vinho, não, acho que a garrafa sei lá – ela ria enquanto estacionava o carro de qualquer jeito na garagem.

–Me socorre – sibilei para Daniel que só sabia rir das minhas desgraças.

Subi para meu quarto deixando Dan no de hóspedes e minha mãe embriagada no sofá da sala, enchi a banheira de água morna e entrei, meus músculos relaxaram com a temperatura me deixando mais calma e relaxada, o remédio que tinha tomado já fazia efeito, poderia ficar ali para sempre.

Não demorou muito para alguém me chamar para ir rápido, eu tinha que estar lá antes de todos e não seria dessa vez que iria sair na capa de uma revista de fofoca com minha família.

Me troquei em tempo recorde e sai correndo encontrando Daniel com a mesma cara de cansaço que a minha parecia que a noite iria ser longa.


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Notas finais do capítulo

Não deixem de comentar! ;)

Música do Capítulo: All Too Well - Taylor Swift