Save My Life escrita por K. Rowe


Capítulo 26
Bad Reputation


Notas iniciais do capítulo

Hy eu de novo (rsrs) no capitulo anterior deixei spoiler desse capítulo nas notas finais obrigada quem leu ;)

Vamos ver o que Viollet vai aprontar?



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Fazia alguns dias que estava ignorando minha mãe, depois da horrível discussão que tivemos só conversei realmente com ela quando fomos fotografar o resto dos dias eu não conseguia encará-la, eu sei que não sou a correta dessa história, mas também ela não tem o direito de decidir as coisas em minha vida, por mais que eu estive me distanciando deles é assim que eu sou agora e é assim que eles terão que me aceitar, querendo ou não.

Por nossas conversas monótonas posso perceber o quanto isso a está machucando, mas e o tanto que ela me machucou isso não conta?

Eu ignoro as pessoas quando elas me machucam isso já virou autodefesa é impossível de não fazer.

Era sábado de manhã e teria o habitual encontro de famílias em um clube de luxo onde as famílias perfeitas como as de comercial de margarina se encontravam e contavam uma as outras como suas vidas eram perfeitas, como seus maridos eram perfeitos e como seus filhos eram perfeitos e educados, com certeza eu não me encaixava nessa ultima posição, ás vezes eu penso no porque minha mãe não teve outro filho, assim seria mais fácil, teria alguém perfeito para se gabar com as amigas, não uma filha revoltada e problemática que só lhe dava dor de cabeça.

Estava andando sem rumo naquele clube com uma taça de champagne que roubei de um garçom qualquer distraído de mais para perceber. Era rara as vezes que usava vestido e ainda mais rendado igual ao que estava ele era branco que marcava minha cintura fina e descia solto me dando um pouco de liberdade para caminhar, ele era até bonito só que estava me incomodando era suas mangas compridas, elas me davam calor e de vez em quando meu cabelo que estava solto enroscava nelas me fazendo cócegas, queria muito estar de cabelo preso, calça jeans, blusa, all-star do que de saltos bege.

Fui abordada várias vezes por senhoras de idade que me conhecia desde criança e logo vinham com a conversa de que eu estava grande, bonita e mudada, como sempre vestia minha máscara de boa moça e conversava educadamente rindo e fingindo me divertir, algumas até indicavam seus netos com os dedos cheios de anéis de ouro para eu ir me apresentar e tentar “algo mais” além da amizade, isso já estava me cansando, se viram meu anel no dedo ignoravam só pode.

Como minha taça estava vazia fui atrás de outra, pedi licença educadamente para a senhora que conversava que até me surpreendi comigo mesma pela educação e sai andando rápido antes que alguém me parasse novamente. Em um descuido quase derrubei um garçom, mas eu desviei rápido de mais me fazendo trombar de costas com alguém, um líquido caiu sobre o meu vestido me fazendo olhar para quem tinha esbarrado.

–Me desculpa eu não tive a intenção de... – parei de falar ao ver aqueles nojentos olhos verdes me olhando surpreso

–Viollet quanto tempo não – Diego sorria como bom moço, o que não era.

–Ai não – resmunguei suspirando

–Eu te molhei me desculpe eu ajudo a secar seu vestido – sugeriu deixando a taça vazia em uma mesa cheia de rapazes que nos olhava.

–Não, não precisa estou bem – tentei impedir de acontecer alguma coisa que me arrependesse depois.

–Que isso eu faço questão de lhe ajudar – ele falando todo educado me dava vontade de rir

–Não sério estou bem – sai de perto dele seguindo para o banheiro, era melhor ficar bem longe dele e de seus amigos que antes de sair já comentavam e me cantavam.

A maioria dos jovens ali estava por obrigação igual a mm, mas ainda existem as raras exceções que realmente gostam de se aparecer e que todo ano fazem questão de ir às reuniões.

Demorou um pouco para encontrar o banheiro feminino e quanto mais demorava mais aquele champagne grudaria em minha pele, peguei algumas toalhas de papel e comecei a passar no vestido, em vez de ajudar só estava ficando pior, estava me molhando toda e não teria jeito de trocar de roupa.

–O que aconteceu com você? – uma mulher de cabelos loiros com um vestido vermelho se aproximou de mim

–Eu acabei derrubando água no meu vestido – menti

–Ah sim – ela deixou sua taça na pia e veio me ajudar

Ela passou a mão para ver o estrago e levou ao nariz cheirando

–Isso não é água é champagne – ela falou séria

Como iria me explicar que estava tomando álcool. Ela via minha expressão de assustada e envergonhada e começou a rir.

–Não se preocupe, não contarei a ninguém, ainda bem que achei alguém que também acha isso aqui um saco e queria se divertir de outro jeito.

–Obrigada, eu não gosto disso aqui – me sentei em um dos sofás que tinha ali, sim banheiro de mulher é cheio de frescuras.

Eu sei como é, eu na sua idade até gostava, mas agora...

–Eu já preferiria ficar em casa escutando uma boa música no quarto – comentei

–Concordo – ficamos em silencio –Alias meu nome é Elizabeth – ela me estendeu a mão sorrindo

–Viollet – apertei sua mão

–Ah você é a famosa Viollet Morgan – ela disse alegre

–Não sei por que famosa

–Não? A grife da sua mãe é um sucesso e seu pai é um empresário e tanto e ainda você é modelo – ela falava como se fosse a melhor coisa do mundo – Como não é famosa com uma vida assim. – suspirou sonhadora

–Você não sabe nada da minha vida – disse suspirando

–Não realmente não sei – ela ia se levantando

–Não, me desculpa não foi isso que queria dizer, na verdade era sim, mas não nessa intenção – me expliquei segurando seu braço.

–Entendi querida, por de traz desses títulos todos não está nada bem não é – ela me olhava nos olhos, parecia que estava lendo minha alma, vendo minha vida.

Fiquei em silencio, ela percebeu que estava certa.

–Bom, vamos dar um jeito no seu vestido – ela se levantou – Você pode tirá-lo, se não for pedir de mais.

–Não, tudo bem – comecei a tirá-lo e entreguei a ela.

Elizabeth lavou a pare suja com água e secou com o secador de mãos do banheiro.

–Aqui, pode colocar – ela me entregou, não estava parecendo que tinha sido manchado.

–Acho melhor irmos, já devem estar te procurando – ela me ajudou a arrumar minha roupa.

–Obrigada Elizabeth não sei o que seria de mim sem você – sorri

–Tudo bem garota, só de saber que ainda existe alguém que odeie isso tanto quanto eu já me faz sentir menos estúpida – ela riu

–Mesmo assim obrigada – agradeci novamente antes de voltar.

Iria para o salão onde estavam meus pais, mas por outro caminho ver aquele idiota do Diego de novo não seria legal, ao cruzar as portas do salão imediatamente meus pais me olharam um pouco aliviados.

–Onde estava? – meu pai sussurrou em meu ouvido

–Tive um imprevisto, mas já está tudo certo – respondi.

–Tudo bem, quer beber algo?- ele me chamou atenção

–Sim, por favor – aquilo já estava parecendo piada, eu sendo toda educada.

Meu pai apareceu com suco para mim

–Pai? – não peguei a taça que estava estendida para mim.

–O que foi Viollet? – ele se sentou ao meu lado

–Pensei que seria outra coisa não suco

–Filha você não pode...

–Claro que posso quer ver – sai da mesa e ele seguia meus passos com s olhos.

No meio do salão onde o almoço era servido tinha um bar onde ninguém se aproximava, as bebidas coloridas com certeza seriam boas, mas algo me chamou atenção, garrafas de Absolut perfeitamente colocadas uma ao lado da outra, como ninguém ia lá para tomar algo mais forte eu seria a primeira e que certamente chamaria atenção.

Caminhei praticamente desfilando até parar frente a frente com o barman entediado.

–Pois não senhorita – ele se arrumou em seu traje

–Uma daquelas – apontei para as garrafas

–Sim senhorita – ele me deu um sorriso sexy indo colocar minha bebida em uma taça decorada

–Não – eu chamei sua atenção – A garrafa – sorri fazendo carinha de santa

–Mas eu não posso – ele protestou surpreso

–Mas eu posso – dei impulso com meus pés e subi no balcão me sentando primeiro para depois ficar em pé lá em cima sem me importar de estar mostrando a cor de minha calcinha pra todo mundo, andei lá em cima agachando toda sexy e pegando a garrafa que queria, beijei a bochecha do rapaz que me olhava feito bobo e desci do balcão.

No chão arrumei meu vestido vendo todos me olharem de boca aberta e comentando com alguém do lado, comecei a voltar para a mesa rebolando quando avistei Elizabeth que sorria para mim, ela ergueu sua taça com uma bebida rosa do barman e eu ergui a garrafa sorrindo para ela e depois bebendo um pouco, o líquido desceu queimando minha garganta, mas quem se importava.

Não voltei para mesa, sai pela mesma porta que entrei recebendo olhares de todos e de uma Elizabeth que corria em minha direção com outra garrafa de vodka.


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Notas finais do capítulo

Comentem....

Música do Capítulo: Bad Reputation - Avril Lavigne