A alegria de Daniel me contagiou a noite toda, o fiz passar algumas noites comigo para me ajudar, seu bom humor me fez bem depois dos dias que passaram desde a briga com minha mãe por causa de Diego.

Daniel foi chamado para fotografar comigo, não tinha como ficar melhor eu e aquele palhaço juntos.

–Está pronta Viollet? – minha mãe gritou

–Quase! – era seis da manhã e eu acordada, acho que ela não sabe o significado de férias.

Peguei minha bolsa e desci encontrando-a sentada no sofá falando ao celular.

–Vamos – ela ia saindo

–Mas eu estou com fome – fui até a cozinha

–Não precisa comer, vamos – ela me arrastou para fora.

–Não – gritei quase pegando uma fruta em cima da mesa, a empregada que estava lá começou a rir da cena

No caminho para o ensaio fiz o motorista parar em uma Starbucks e comprei café e muffin para mim. Chegamos ao prédio e todos comiam praticamente meus bolinhos com os olhos, agarrei a caixa com mais força e passei por eles sem parar para olhar, eu poderia ser atacada.

–Sabia que querem arrancar esses bolinhos de você – Daniel sorriu pegando um e mordendo

–E você não – comecei a rir

–Não – respondeu de boca cheia

–Bom crianças... São bolinhos?- um cara apareceu do nada na minha frente

–Não te falei – Daniel ria

–Vai menina deixe isso ali e vamos se não hoje as fotos não saem – ele agarrou minha caixa e saiu com ela

Daniel não parava de rir da minha cara e eu ainda estava com fome.

–Não Viollet seu camarim é aqui – aquele cara estava me irritando gritando comigo, só porque eu errei o camarim.

Depois de colocar uma lingerie vermelha sai um pouco envergonhada parando em um cenário de escritório.

–Vamos, Daniel abrace Viollet pelas costas... Isso, agora a segure pela cintura – Daniel fazia o que o fotógrafo mandava – Agora Viollet feche os olhos e abra um pouco a boca, isso.

Os flashes inundaram a sala e não paravam, a cada posição que o fotografo nos colocava eu ficava constrangida.

–Viollet sempre soube que você era bonita, mas assim... – Daniel falava baixinho em meu ouvido para ninguém escutar.

–Você também não é de se jogar fora Dan – o agarrei pelo pescoço e mais flashes.

–Uma pena que somos primos – ele se sentou em uma cadeira de couro preta.

–Ainda bem – comecei a rir me sentando em seu colo.

O dia foi longo, a cada trocar de roupa me deixava mais nervosa e ansiosa para ver as fotos. Daniel e eu tínhamos uma sincronia perfeita, como o fotografo e o carinha que me irritava tinham falado.

–Vocês querem ver as fotos? – minha mãe enfim apareceu naquele estúdio

–Sim – sai para ver as fotos na maquina do fotografo

–Nossa ficaram boas – Daniel elogiou surpreso

–Sim vocês formam um casal perfeito – o fotografo nos olhou desconfiado

–Sim, formamos né Dan – comecei a rir.

–Ainda essa noite elas ficaram prontas para serem lançadas

–Muito bem, Viollet e Daniel já podem se trocar, já terminamos – minha mãe começou a dispensar seus ajudantes.

Troquei-me rapidamente e fiquei esperando Daniel do lado de fora.

–Hora de ir – ele apareceu se despedindo

–Ah já? - abracei quase para implorar que ficasse comigo

–Sim Viollet, tenho muitas coisas para resolver ainda – ele foi até meu ouvido e sussurrou – Mas ainda quero conhecer seu namorado e ver se te merece.

Comecei a rir o acompanhando até seu carro.

–É, até logo Viollet. Tia. – ele se despediu novamente saído com seu Jeep Comando pela rua.

Estava tarde então fomos para casa descansar, eu precisava e muito.

Pov Elliot

–Elliot, Elliot – alguém entrou em meu quarto gritando e pulando em minha cama, jurava que seria uma criança, mas não tinha crianças em casa, ainda.

–Mas que porra! – abri os olhos e vi Ry com o notebook na minha cara.

–Olha isso – ele apontou para tela

Sentei-me xingando-o mentalmente, mas quando vi o que queria me mostrar fiquei perplexo.

–Viollet, essa é a Viollet? – peguei o notebook passando as fotos

–Sim é ela – ele sorriu – Ela está gostosa

–Como é? – olhei furioso para ele – A namorada é minha cara.

–Eu sei, mas você tem que admitir, ela está MUITO GOSTOSA nessas fotos.

Viollet estava trajando roupas elegantes, curtas, lingerie e tinha um cara com ela, pegando de tudo quanto era jeito. Ela teria que me explicar quem era ele quando voltar. Eu estava morto de ciúmes.

–Para de babar na menina – Cris entrou no quarto

–Você também viu?- devolvi o computador para Ry

–Todo o mundo já viu – ele riu

–Ok, agora que já babaram na MINHA garota será que podem me deixar ter meus sonhos em paz? – resmunguei voltando a me deitar.

–Sonhos, sei, só se for os mais eróticos possíveis – Ry saiu rindo

–Cala a boca – joguei um travesseiro expulsando-os do quarto.

Depois de uma discussão sobre meus sonhos eles enfim saiam me deixando sozinho.

Voltei a dormir, ou melhor, tentar porque quando fechava os olhos o que vinha em minha mente eram aquelas fotos, Viollet estava extremamente sexy nelas.

Fim pov