Save My Life escrita por K. Rowe


Capítulo 21
Ordinary world


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores lindos, sim estou no tédio e não consigo ficar sem atualizar aqui, mas ok semana que vem vou viajar então será esse e mais um capítulo antes de eu tirar minha merecidas férias.

Enfim, vamos?



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Quando chegamos já estava de noite, Paris é linda a noite, toda iluminada, pessoas passeando, poderia viver ali para sempre, mas tinha Elliot. Ao pensar nele um sorriso bobo se formou.

–Filha o que foi? – meu pai se virou do banco da frente pra me olhar

–Nada não – sorri balançando as mãos

–O que é isso? – minha mãe pegou minha mão no ar e encarou meu anel – Viollet Morgan.

–É...

–É aquele rapaz né, aquele Hel... Igo... – ela não se lembrava do nome

–Elliot – meu pai ajudou ela a se lembrar

–E esse Elliot, você não pode namorar com ele – ela gritava comigo.

–Agora vai mandar nos meus relacionamentos também – gritei também com ela, estávamos parecendo duas loucas gritando entro do carro.

–Não, mas você está proibida de vê-lo de novo estou clara – ela soltou minha mão com força que até agora ela estava agarrada me machucando.

–Não, não está – saí do carro que tinha acabado de parar na casa e corri chorando para dentro. Minha vida não poderia ser mais fácil!

–Senhorita Viollet – uma empregada chamou minha atenção quando entrei em meu quarto, ela estava acabando de arrumar a cama.

–Sai – gritei com ela

–Mas eu não terminei senhora – ela insistia em ficar pra terminar seu serviço

–SAI! – quase a empurrei porta a fora

Ela se assustou e me obedeceu fechando a porta ao sair. Sentei-me no chão e chorei, a única pessoa que queria na minha vida iria ser tirada de mim, ela não poderia fazer isso comigo, mesmo que eu tenha que fugir de novo.

Alguém estava conversando no corredor, não me importei em me levantar do chão, fiquei ali mesmo chorando.

–Filha – Dona Cristina entrou, não valia a pena chamá-la de mãe.

–Sai daqui! – murmurei de cabeça baixa

–Viollet eu só quero seu bem filha e ele não é homem ser pra você entendeu – ela tocou em meu cabelo

–E você sabe o que é certo pra mim? Deixa-me em paz – agarrei sua mão tirando de mim

–Não vou você é minha filha e eu posso te obrigar a nunca mais ver esse Elliot – ela se arrumou em seu vestido

–O que? – me levantei – Você não ousaria – apontei para ela

–Então me teste Viollet que eu faço você ficar aqui em Paris com sua tia

–Sai do meu quarto – gritei

Ela me encarou sem se mexer

–SAI – gritei pegando um vaso com flores na prateleira.

Ela se assustou com minha atitude e enfim saiu fechando a porta. Eu queria mesmo era jogar esse vaso nela, como me proibir de namorar Elliot e ainda me fazer ficar em Paris. Gritei e joguei o vaso na porta, ele se despedaçou em mil no chão junto com as rosas, meu coração cada vez ficava igual a mil pedaços em meu peito.

Fiquei ali chorando até que a casa ficou silenciosa, lavei meu rosto, joguei meu celular na cama e desci de vagar pra não acordar ninguém, aparentemente estavam todos dormindo, peguei a chave reserva e sai de casa, os seguranças abriram o portão e sai na noite fria de Paris.

Como não levei blusa de frio me abracei para tentar esquentar, mas mesmo assim estava frio. Vaguei pelas ruas desertas olhando as fachadas das lojas que estavam acesas, precisava ficar sozinha, tinha que ficar, acho que Zeus não gosta de mim, não queria me ver feliz acho que ninguém queria.

Andei sem rumo até uma praça, me sentei em um dos bancos e fiquei olhando os casais que estavam passeando, todos sorridentes e felizes, será que um dia eu seria assim também? Feliz.

Alguns minutos admirando e pensando em como a minha vida é uma droga e meus olhos começaram a arderem de novo, não aguentava mais chorar, isso significa que não sou forte o bastante, abracei meus joelhos e chorei, queria que tudo fosse um sonho ruim e que iria acordar a qualquer momento.

Uma chuva fina começou a cair fazendo as pessoas correm e irem embora ou para algum lugar se proteger, um raio riscou o céu a cima de mim e a chuva caiu mais grossa me molhando, não conseguia me mexer, não queria sair dali e voltar para casa. Tomei chuva o resto da noite inteira, minha companhia eram os raios e trovoes e mais nada, nem ninguém.

Estava amanhecendo quando resolvi voltar, toda molhada, cheia de lama e provavelmente minha maquiagem tinha borrado me deixando igual a um panda. Quando cruzei os portões de casa tinha um carro de policia em frente à porta, a movimentação dos seguranças foi instantânea a me ver, um deles colocou um casaco em meus ombros na intenção de me aquecer, eu tirei e joguei no chão passando por cima, nenhum deles me tocaram enquanto caminhava para porta.

Quando a abri fazendo-a ranger chamei a atenção dos dois policiais uniformizados que estavam na sala com meus pais.

–Filha! – minha mãe se levantou e veio até mim tentando e abraçar, não parei de andar passei por ela e subi as escadas, eu queria era um banho e morrer se fosse possível.

–Viollet você não pode fazer isso comigo – ela veio gritando atrás de mim.

–Viollet – gritou, mas eu fechei a porta e a tranquei.

Ela pra mim não existe. Fui ao banhei o enchi a banheira com água quente e entrei do jeito que estava de roupa e sapatos sem me preocupar, sabia que viajar com eles para Paris seria um erro, que iria acontecer alguma coisa, mas não vou me dar por vencida, minha mãe ainda não me conhece.


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Notas finais do capítulo

Viollet, Viollet ...

Música do capítulo: Ordinary World - Red