POV. Elliot

Eu tinha que falar com ela, dizer o que estava sentindo, não iria deixá-la viajar sem fazer nada.

Sai da faculdade correndo, sabia que ela estava arrumando suas malas, sempre deixava para fazer isso na ultima hora. Passei por vários sinais vermelhos no semáforo, seria multado sim, mas daria um jeito nisso depois. Estacionei o carro de qualquer jeito na rua e desci quase correndo, aparentemente não tinha ninguém em casa, mas mesmo assim fui procurá-la, joguei minha mochila no sofá e subi as escadas parando na porta de seu quarto, respirei fechando os olhos e entrei.

Tive que me controlar para não agarra lá ali mesmo, ela estava somente de lingerie preta terminando de arrumar suas malas, percebendo minha presença ela logo se levantou corando, eu sempre gostei quando ficava envergonhada, conseguia ficar ainda mais linda.

–Elliot... – disse me tirando do transe

–Eu... Ah... Desculpe! – fiquei envergonhado tentando explicar porque invadi seu quarto

–Tudo bem o que quer? – disse ríspida

Ela ainda estava magoada, mas eu tentei, realmente tentei pedir desculpas, mas ela é marrenta fazer o que?

–Vim te pedir desculpas, perdão o que quer que seja. Eu preciso de você – encarei-a depois falar a ultima frase quase inaudível

–Você precisa do que?- sorri ao ver a confusão em seu rosto

–De você Viollet. Percebi que você não é mais uma criança, você cresceu, mudou...

–Ah agora você percebeu que não sou criança – ela riu sem humor

–Não é por ai Viollet – encarei-a

–É como? – colocou as mãos na cintura esperando uma explicação

Fechei os olhos e suspirei

–Veste alguma coisa, por favor – não tinha como me concentrar com ela ali só de lingerie na minha frente.

Ela foi ate o banheiro e saiu vestindo um robe de seda preto

“Bem melhor agora” – pensei

–Pronto – se sentou na cama e voltou a me encarar

–Eu... Algum tempo antes de você ficar magoada pelo o que disse, comecei a te ver de um modo diferente, sempre tive meu lado protetor com você, mas não era isso, era mais, muito mais – me sentei ao seu lado pegando em suas mãos – Viollet Morgan você pertence ao meu lado que pensei que estava acabado. Percebi que amo você e quero tê-la só para mim, mas não posso fazer isso, seria egoísta da minha parte...

–Egoísta?- ela me interrompeu

–Sim – suspirei

–Não seria egoísta – ela sorriu

Seus olhos estavam se enchendo de lágrimas

–Como não? Você nem gosta de mim – me levantei ficando em pé na sua frente.

Duas lágrimas escorreram de seus olhos, me agachei secando-as com minhas mãos.

–Eu disse alguma coisa de errado? – procurei alguma reação negativa em seu rosto

Ela balançou a cabeça negando minha pergunta e começou a soluçar, estava tentando se aclamar e parar de chorar, mas não consegui se segurar.

Puxei-a para mim e ficamos de joelhos no chão, depois de algum tempo ela se acalmou.

–E-eu não posso – sussurrou

–Por que não? – segurei seu rosto para que pudesse olhar em meus olhos

–Não posso acabar com sua vida, a minha já está toda em pedaços, meu coração está em pedaços, eu simplesmente não posso magoar uma pessoa que gosto tanto – ela desviou seu olhar do meu para alguma coisa no quarto.

–Eu não me importo se me magoar, eu só quero ter você para mim. Desculpe se não cumpri nossa promessa de que iria cuidar de você, mas podemos reconstruir sua vida e consertaremos tudo. Juntos.

–E-eu... – ela parou e me olhou

–Me dê uma chance, é tudo o que te peço – implorei.

Ela ficou séria me olhando, parecia pensar no que disse. De repente um sorriso surgiu de seus lábios, o mais lindo que já vira, não consegui me conter, aquele era o sinal que estava esperando, ela me perdoou e ficaria comigo. Sorri juntando nossos lábios em um beijo.

Fim Pov.