Criminal Love escrita por Nay Guedes


Capítulo 5
Kiss Me


Notas iniciais do capítulo

Gente, desculpa a demora, é que deu um bloqueio legal aqui.
Por favor, peço a todos que estão lendo que comentem a fic, é muito chato você escrever uma coisa e ninguém falar nada a respeito. São vocês que me fazem ter vontade de escrever, então comentem please.



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– Não vai se afastar agora? – Ele pergunta com a voz rouca, o rosto tão próximo do meu que sinto sua respiração tocar minha face. Nego com a cabeça, pois acho que as palavras agora só atrapalhariam. Ele dá um mínimo sorriso antes de colar seus lábios aos meus de maneira intensa.

***

Sua língua começa uma dança lenta e sensual junto a minha, seus lábios se encaixam com perfeição sobre os meus. Sua mão em minha cintura a aperta com força e minha mão vai até seu cabelo, puxando-o e trazendo seu rosto para mais perto do meu. Continuamos com isso por mais alguns instantes até que o ar se faz necessário, nos afastamos e olhamos um para o outro. O olhar no rosto de Vincent é de luxúria, desejo cru. E duvido que os meus estejam muito diferentes.

Acaricio seu rosto e ele fecha os olhos apreciando meu toque. Sorrio grandiosamente. Vincent é tão lindo que chega doer. Levo meus lábios de encontro aos seus novamente, em um beijo casto. Arranho levemente sua nuca e Vincent geme sobre meus lábios. Por um momento esqueço sua condição, mas quando minha mão – muito atrevida por sinal – começa subir por seu abdômen, acabo encostando meus dedos em seu curativo e me afasto.

Vincent me olha confuso e eu aponto para seu machucado.

– Acha mesmo que isso me impede? – Ele diz e eu praticamente entro em combustão. Céus, como ele pode dizer isso?

– Deveria – respondo ofegante.

– Mas não impede – ele me puxa novamente, mas relutante, me afasto.

– Calminha mocinho – sorrio afetada. – JT pode chegar a qualquer momento, e seria meio constrangedor se ele nos encontrasse em um momento... Hm, íntimo.

– Ok, ok. – Ele sorri, e céus, seu sorriso é tão lindo. – Mas você não me escapa Detetive Chandler.

Antes que eu possa responder JT entra no quarto com uma tão branca quanto papel, e a aparência assustada. Salto da cama e olho para Vincent, sentindo minhas bochechas queimarem. Ele dá de ombros e volta os olhos para JT, que tem as mãos tremendo ao lado do corpo.

– Aconteceu alguma coisa JT? – Pergunto preocupada. Ele parece meio desnorteado.

– Sua amiga policial está lá embaixo. – Ele diz totalmente branco. – Ela quer entrar.

– Ai meu Deus – digo meio desesperada. – Já volto. JT cuide do Vincent.

– Eu posso me cuidar sozinho – escuto-o dizer, quando fecho a porta e desço as escadas correndo.

Encontro Tess ao lado de fora, rondando a propriedade. Sua mão está sobre o coldre, prestes a sacar a arma caso algo aconteça. Não sei se a chamo ou se a deixo ir embora. Não quero chamar atenção para Vincent. Quero saber o que ele ainda faz aqui. Ele sabe que eu não vou chamar o batalhão para ele. Não tem por que ele continuar aqui. Na casa dele ele estaria mais equipado, mais seguro. Vou falar com ele sobre isso.

Decido ficar escondida atrás de uma pilastra e ver qual vai ser o próximo passo dela. Se ela tentar entrar na fábrica eu saio e falo com ela, se não, apenas espero ela ir embora. Ela continua especulando o local, olhando cada perímetro. Depois de uns cinco minutos ela parece achar que o lugar está abandonado e vai embora. Só saio do “esconderijo” quando não consigo mais ver seu carro na autoestrada.

Entro na fábrica e sigo em direção o quarto improvisado de Vincent. Ouço sussurros abafados de Vincent, como se ele não quisesse que ninguém escutasse o que ele está falando, e não era intenção minha ouvir. Até que ouço meu nome ser falado.

– Eu não sei JT – Vincent sussurra com a voz confusa. Quase posso o ver passando a mão nos cabelos de maneira atormentada. – Ela mexe comigo, sabe? Quando... quando senti os lábios dela, eu, foi uma coisa tão forte e arrebatadora. Eu não sei explicar. Eu me senti como um adolescente com os hormônios a flor da pele.

– É até meio óbvio que você se sentisse assim, não é Vincent? – JT diz, a diversão tomando conta de sua voz. – Você a está vigiando há um ano. É normal se sentir assim. Você estava ansioso. – Ele completa. Mas, espera, Vincent tem-me “vigiado” há um ano? Então àquela noite em que ele me ajudou com aquele cara ele realmente estava me seguindo.

Um sorriso bobo se abre em meus lábios ao mesmo tempo em que me sinto meio invadida. Ele não tinha direito de ficar me seguindo. Depois falo com ele sobre isso.

Mas eu não estava apaixonado por ela esse tempo todo – Vincent diz atordoado.

Mas está agora? – Pergunta JT.

Não sei.

Decido que é hora de parar de escutar a conversa alheia e entrar no quarto. E é o que eu faço. Vincent me olha meio assustado e JT com um sorriso sem graça.

– Está aí há muito tempo? – Vincent pergunta me olhando em dúvida.

– Não, acabei de voltar. – Dou de ombros. – Tess já foi.

– Ainda bem – JT finge limpar uma gota de suor em sua testa, fazendo-me rir. – Ela, hm, tem namorado? – Ele pergunta ficando da cor de um tomate.

– Não, por quê? – Pergunto com um sorriso malicioso. – Quer que apresente vocês?

– Ela não me daria bola – ele responde com um sorriso de canto. – Mas tudo bem. Ela é linda.

– Sim, e é muito especial pra mim. – Olho-o ameaçadoramente. Ele ri nervoso e passa batido por mim, deixando-me a só com Vincent.

– Então... – Ele diz com um sorrisinho cínico no canto dos lábios.

Céus, e eu achando que esse homem não podia ficar mais lindo. Balanço minha cabeça e tento não pensar em Vincent, eu e uma cama. Pelo menos não enquanto ele ainda está ferido.

– Você já pode voltar pra casa, sabe? – Sento ao seu lado na cama e ele segura minha mão. – Aqui não é seguro. Você sabe que eu não vou colocar o batalhão atrás de você. Não tem pra quê ficar aqui escondido. Você precisa de cuidados Vincent. Aqui você pode pegar uma infecção e não queremos isso, certo? – Olho-o sorrindo. – Pode voltar para casa.

– Eu sei – ele responde sorrindo.

– Então por que não foi ainda? – Pergunto de forma exasperada.

– Não sei – ele ri, me fazendo rir também.

– Então vamos agora? – Pergunto. – Posso ajudar JT a arrumar suas coisas e te levo no meu carro.

– Não, não quero incomodar – ele diz me olhando sério.

– E quem disse que incomoda? – Aperto sua mão. Ele leva seus olhos para nossas mãos unidas e sorri.

– Ok. – Ele responde. – Chame JT.

***

Depois de termos arrumado tudo JT me ajuda a colocar as coisas na mala do carro e voltamos para a fábrica para pegar Vincent. Muito relutantemente ele me deixa ajudar a levá-lo para o carro.

Fazemos o caminho em um silêncio confortável. JT no banco de trás e Vincent ao meu lado no banco da frente. No rádio está tocando uma música que eu adoro Give Me Love, do Ed Sheeran. Sem perceber começo a cantarolar a música.

– All I want is the taste that your lips allow, my my my my, oh give me love. – Ouço um risinho vindo do meu lado e olho para Vincent morrendo de vergonha.

– Você canta muito bem a propósito. – Ele diz.

– Babaca – reviro os olhos e começamos a rir.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que acharam, por favor.
Toda crítica é bem-vinda.
Beijos, até o próximo cap.



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