Beijos Letais escrita por WhiteKiller


Capítulo 6
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Terminei esse capítulo, e a história tomou um rumo na minha cabeça eu já tenho o último capitulo na cabeça aqui, mas acho que essa fic vai ser uma long fic, então espero conhecer os meus leitores bem nesse meio tempo ((: Deixem críticas :D



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Uma lágrima escorreu de seu olho, ele sorriu mostrando seus lindos dentes brancos, e me abraçou, puxou meu corpo para o seu não sabia mais onde eu começava e ele terminava, eu menti para Julie, Lucas não me devia favores, ele era meu amigo, meu melhor amigo. Um dia fomos a casal até eu ir para a prisão. Eu realmente estava com saudades dele, aquele corpo musculoso e alto contra o meu, os olhos verdes e cabelos pretos, a pele branca como a neve, e o sorriso encantador. Eu me sentia segura em seus braços, coloquei meus braços envolta sobre seu pescoço e apertei o meu corpo contra o dele. Os boatos contam que ele tentou me tirar da cadeia, mas foi quase preso comigo após matar mais de cem guardas, mas os sobreviventes se recusaram a aceita-lo na prisão, mas não sei qual foi o a punição que ele ganhou.

Ele me puxou pelos ombros e olhou nos meus olhos.

“Você... você está...” ele lacrimejava, mas mesmo assim seus olhos continuavam alegres e com o brilho da vida “viva!” ele passou a mão pela minha bochecha e eu acariciei ela.

Abracei-o de novo, e sussurrei.

“Senti saudades Lucas! Você não sabe como, graças a Deus que você está bem.” passei a mão pelo cabelo.

“Eu estava super preocupado com você.” sequei a lágrima dele com o meu dedo “Eu achava que você estava morta, eu estava desolado Jas. Eu teria sido o culpado pela sua morte.”

“Não.” me separei dele bruscamente “A culpa não foi sua, foi nossa, não foi só você que errou, eu também errei, eu nunca te culpei por nada que aconteceu comigo. Você ainda arriscou sua vida por mim. Você só teve mais sorte que eu.”

“Venha, entre, temos muito o que conversar.” ele segurou minha mão e me puxou suavemente.

“Lucas, antes... Essa é a Julie” ela me olhava com cara feia “ela é minha amiga.”

“Uma amiga? Você evoluiu Jas!” ele sorriu “Venha, vamos entrar.” ele chamou Julie junto.

Entramos na casa de pedra, que deixava o local muito gelado, e eu estava errada, havia algumas janelas na parte de trás da construção que iluminavam boa parte da velha sala. No canto esquerdo um fogão a lenha queimava a madeira e aquecia o local, um sofá preto descansava ao lado, e na frente uma mesa de metal, logo a frente uns armários, uma escada ao lado da porta levava ao próximo andar, o lugar era mal decorado e vazio. O espaço que sobrava para se colocar objetos era enorme.

“Vejo que parou de decorar a casa depois que eu fui embora.” eu sempre trazia móveis para a casa onde morávamos.

“Bem, eu não tenho senso de beleza para essas coisas Jasmine.” ele sorriu e soltou minha mão para fechar a porta atrás de nós.

“Você me deve respostas mais tarde Jas.” Julie sussurrou para que Lucas não pudesse ouvir.

“Eu sei desculpe Julie. Vou responder tudo que perguntar, só espere eu falar com ele.” Lucas voltou e eu me afastei de Julie.

“Lucas... Eu preciso falar com você.” ele assentiu esperando as minhas palavras “em particular.” olhei para Julie.

“Ok, vamos para o terceiro andar, é mais tranquilo lá.” ele seguiu o caminho para a escada.

“Desculpe Julie, eu prometo que vou te compensar por isso.” me virei e segui ele.

Subimos para o segundo andar, uma parede de pedra e uma porta me impediam de ver o que estava ali, havia um corredor até a próxima escada e era bem longo. A casa era realmente enorme, seria como uma ala de um castelo, então avistei o começo da próxima escada era tudo meio escuro, mesmo conseguindo enxergar deixe que Lucas me guiasse entrelaçando seus dedos nos meus.

O terceiro andar era o seu quarto, era amplo e não tinha nenhuma divisória, havia duas janelas na parede oposta e estavam fechadas por uma enorme cortina, e o quarto era tão vazio quanto a sala, apenas uma cama no centro, ao seu lado um criado mudo e um sofá que caberiam no máximo duas pessoas.

“Desculpe que meu quarto é assim, mas você sabe que eu não me importo muito com isso, mas venha, temos lugar para nos sentar pelo menos.” ele me puxou e me sentou no sofá.

Esperei até que ele abrisse completamente as duas cortinas, e então a luz do Sol adentrou o comodo dando uma visão bem melhor de tudo, a cama era nova, tinha lençóis limpos, assim como os travesseiros, o sofá em que eu estava sentada era veludo vermelho, eu lembro de ter dado esse sofá de presente para Lucas depois de um trabalho bem sucedido que ele tinha feito.

“Eu me lembro desse sofá.” ele se jogou ao meu lado.

“É ele mesmo. Boas lembranças, mas então o que você quer me falar.” eu me virei de lado colocando minhas pernas sobre as dele.

“Primeiro, eu queria agradecer por ter ido tentar me salvar naquela prisão. Segundo, bem logo depois que me prenderam, pegaram todas as minha armas...” Lucas era um dos melhores ferreiros do reino “eu preciso de novas, e como você sempre forjou elas para mim. Eu lhe pagarei se for preciso. Terceiro, preciso que me ajude a forjar algumas mortes. E quarto, quero que voltemos a viajar juntos, sermos a dupla dinâmica de sempre, bem agora o trio por causa de Julie.” eu sorri a espera de sua resposta.

“Sim. Porque? E não. Eu poderei lhe providenciar armas, e você não precisará pagar por elas, eu lhe devo essa, e não posso voltar a viajar contigo, os guardas não me deixariam dar um passo para fora da cidade.” ele segurou minha mão e abaixou a cabeça “O que eu mais desejo é sair daqui com você...”

“E porque não pode?” eu coloquei a minha mão em seu queixo e levantei o seu rosto fazendo que ele olhasse para mim.

“Depois da chacina que eu causei na prisão, os guardas ficaram com receio de me deixar preso lá, porque eu daria um jeito de chegar até você, e eles não conseguiriam nos parar, e também acharam que se eu ficasse lá muitos outros guardas morreriam, então eles me botaram nessa casa, e me prenderam na cidade, se eu tentar sair eles vão botar a guarda real inteira atrás de mim.” eu olhei para nossas mãos.

“Eu não posso perder você de novo Lucas.” uma lágrima escorreu na minha bochecha.

“E depois dizem que assassinos não tem sentimentos.” ele me puxou para perto e me colocou de costas para ele, e me aninhou “Você não vai me perder, eu só não poderei ir com você, mas você pode voltar aqui a hora que quiser.”

“Não! Lucas, eu quero que você fique comigo, como era antes.” ele beijou o topo da minha cabeça.

“Se eu sair daqui vai ser pior, eu vou morrer.” eu precisava voltar a mim mesma, precisava ver a razão.

“Você está certo, mas não vai ficar assim, espere só, eu vou te tirar daqui. Mas, antes tenho assuntos a resolver.” eu sequei as lágrimas.

“E aliás porque precisa forjar uma morte.” eu me desvincilhei e me sentei de frente para ele.

“Eu preciso de um corpo morto que você não possa reconhecer quem seja, eu comecei um jogo.” expliquei tudo o que aconteceu depois que eu fugi da cadeia “entende? E eu não quero matar nenhum inocente, só mato aqueles que precisam morrer.”

“Sim” ele pensou por alguns instantes “eu sei que isso pode ser muito desrespeitoso, mas tem um cemitérios de presos saindo da cidade e podemos desenterrar um corpo, podemos irritar alguns deuses, mas é a única saída.” eu assenti.

“Se é assim.” eu me levantei “Deixe que eu cuide do corpo, eu preciso de flechas, e uma catana a mesma que eu sempre usei, meu chakram o meu predileto foi confiscado e de facas de arremesso.” ele assentiu.

[Chakram é uma arma originária da Índia que pode ter vários formatos, mas normalmente são redondos e toda a circunferência é afiada, e no centro a um lugar para se segurar a arma e pode funciona como um bumerangue e geralmente o usuário carrega dois, uma para cada mão. Chakram de Jasmine: http://static.comicvine.com/uploads/square_small/3/39328/1170680-chakram.jpg]

“Antes, venha comigo no quarto andar. Tenho uma surpresa para você!” ele não me deu tempo para perguntas.

Ele subiu a última escada e pegou um chave de seu bolso, ela deveria ser pesada e era de metal. Nos últimos degraus uma enorme porta de madeira impedia a passagem, Lucas colocou a chave pela fechadura e a girou três vezes, e então com um rangido a porta se abriu. O Sol era refletido pelas centenas de armas expostas nas paredes, esse sim era um quarto muito bem decorado. Facas, adagas, espadas, catanas, arcos, flechas e lá estava minha arma predileta, o meu antigo par de Chakram ele estava do jeitinho que eu lembrava, os dois poderiam ser divididos na metade pelo simples pressionar de um determinado local caso eu perdesse um deles em batalha.

“Aonde você conseguiu eles?” eu olhei para Lucas.

“Eu tenho a maior parte de suas armas ai" ele apontou para uma porta no fundo do cômodo "eu roubei da prisão antes de matar os guardas e tentar te salvar, elas iam ser derretidas e transformadas em outras coisas, você acredita que minhas obras de arte iam ser derretidas:.” eu nunca tinha estado tão feliz.

Peguei meu chakram e brinquei com eles na mão, cada um em uma, eles eram leves e cabiam perfeitamente na minha mão, pressionei um deles e ele se dividiu em dois, era um mecanismo complicado que Lucas tinha colocado ali. Prendi-os de volta, havia uma porta ao fundo de tudo, apontei para lá, ele assentiu. Coloquei os dois chakram na mesma mão e corri para a porta, abri-a rapidamente, a luz irradiou nos metais recentemente polidos, todas as armas que eu usava estavam lá.

Meu arco de bronze de um metro e sessenta, ornamentado com imagens de deuses e palavras de sorte, minha catana de ferro com o punho feito a mão por mim mesma, minhas melhores facas e adagas afiadas como nunca estiveram antes, minhas cintas de armas e a minha antiga roupa, uma blusa justa que mostrava minha barriga, escondia meu busto e ia até os meus cotovelos, e um par de luvas de couro a que tampavam o resto do braço que tinham uma bainha para uma adaga (uma adaga se mantinha na parte superior de um dos braços e outra na inferior na do outro, para se caso eu precisasse delas, eu poderia cruzar os braços e puxa-las) cada e com bainha para cinco facas de arremesso, com facilidade para serem pegas e além disso a mão inteira era recoberta com um metal que prevenia corte de facas, uma calça que fica presa aos pés, e uma bota longa até a altura do joelho com proteção contra flechas de metal, ou facas com um fio não tão bom e compartimento para frascos de veneno e pequenos medicamentos.

A máscara preta embutida na blusa vinha até um pouco abaixo dos olhos e agora estava limpa, antes estava suja de sangue, e a capa que ia até os meus pés estava agora novinha em folha, ela era totalmente preta e tinha um capuz.

E minhas cintas, como eu sentia falta de poder organizar minhas armas. Eu ficava perdida para acha-las, agora eu poderia carregar minha espada nas costas de um jeito descente, ela ficava em X na frente e atrás, no meio da havia uma bainha para a catana e logo ao lado um espaço para até vinte flechas, e na altura das omoplatas mais duas para carregar adagas.

“Posso?” perguntei para Lucas apontando para as armas?

“Claro são suas esqueceu?” ele saiu do quarto e fechou a porta.

Toquei na roupa, era macia e leve. Tirei a minha roupa e peguei as minhas antigas do tablado alto, e as coloquei peguei minhas cintas e as ajustei em volta de meu corpo, e coloquei todas as armas nos devidos lugares, as facas, adagas, a catana, as flechas,Coloquei a capa, mas não coloquei o capuz, e por cima da capa coloquei o arco, ele pendia pesadamente nas minhas costas, mas era um peso que eu realmente sentia falta e finalmente voltei a ser aquela que eu sentia falta de ser, Jasmine Michether, a melhor assassina do reino.

Abri a porta do quarto e sai, Lucas estava brincando de arremessar facas em um alvo, ele continuava bom naquilo, ele ouviu eu saindo e olhou para mim.

“Precisa voltar a se exercitar Jas, você está muito magra, você precisa ganhar músculos.” ele jogou a última faca.

“É eu sei, mas ainda serve.” eu dei uma rodadinha “Veja.”

“Você continua linda.” ele me abraçou.

Eu ainda era apaixonada por ele. Querendo ou não, eu gostava dele, nós sempre seremos mais do só amigos, eu poderia até pensar em Peter, mas Lucas sempre esteve lá por mim, eu conheço ele desde sempre, ele sempre me ajudou. Olhei para cima e encontrei seus olhos verdes olhando para mim, ele sorriu, e eu também ele se aproximou de mim, sua boca estava a milímetros da minha, e essa distancia foi ultrapassada por mim, nossos lábios se encontraram era um beijo romântico e sensual, eu sentia falta deles, a mão dele estava na minha cintura e outra na minha nuca, eu puxava seu corpo mais perto do meu. Eu não conseguiria viver sem Lucas.

Nós nos separamos contra a nossa vontade, eu soltei um riso envergonhado, eu estava meio corada ele também.

“Precisamos descer, Julie está lá, além do mais preciso que você me diga onde é o cemitério.” ele assentiu, e em silencio descemos as escadas até o térreo.

Julie estava sentada no sofá brincando com seu leque, ela havia tirado o enorme vestido e em seu lugar trajava uma calça masculina provavelmente de Lucas, mas ele não questionou e uma blusa minha preta e justa que ela devia ter pego na carruagem, ela ouviu nossa chegada e olhou para mim surpresa.

“Uau, você é uma assassina muito bonita, e suas armas parecem de ótima qualidade.” Julie fechou o leque e se levantou.

“Lucas que fez, talvez ele tenha umas para você.” ela sorriu esperançosa.

“Que armas você usa?” Lucas perguntou.

“Geralmente uma foice e shurikens.” ela era exótica com armas, primeiro o leque, depois uma foice.

“Eu tenho shurikens, mas precisaria montar a foice, eu tenho tudo aí, mas são peças separadas, amanhã a noite ela estaria pronta.” ela sorriu

“Quanto eu teria que lhe pagar.” ela puxou um saquinho de dinheiro “Isso é tudo que eu tenho” ela o balançou.

“Não precisa pagar, os guardas me dão o material que eu pedir com a condição que eu não os mate, bem estúpidos eles, mas não pretendo fazer nada com eles. Mas, volte amanhã que eu lhe entregarei a foice.” ela deu pulinhos de alegria.

“Lucas, onde fica o cemitério.” perguntei-lhe mudando de assunto.

“Nos arredores da cidade, pegue seu cavalo e sai pela entrada principal, e siga a oeste depois de uns dois quilômetros você deve chegar lá.” eu assenti.

O sol se punha lá fora, indiquei a porta com a cabeça para Julie e ela entendeu, ela me seguiu até o lado de fora, acenei para Lucas. Em silencio segui para a carroça, o cocheiro ainda estava lá sentado nos esperando, teria de dispensa-lo. A carruagem provia de três cavalos.

“Julie, eu estou com as minhas armas então o cocheiro não poderá me ver assim, vá até ele lhe de um dos cavalos e essas moedas de ouro, mande ele voltar par casa. Peça para ele não contar para onde viemos para ninguém" Julie me obedeceu.

Quando o cocheiro estava longe de vista, desatei os outros dois corcéis negros da carruagem, nesse meio tempo a lua já estava brilhando no céu, subi em um e Julie subiu no outro e então cavalgamos até a entrada da cidade.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem beijos :*