Beijos Letais escrita por WhiteKiller


Capítulo 24
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pelo capítulo ser pequeno é porque o de amanhã vai ser provavelmente enorme, então eu dei uma maneirada nesse, espero que gostem e continuem lendo a fic, obrigado a todo suporte, as recomendações, a da VLic que recomendou a fic recentemente, muito obrigada por acompanhar desde e começo e pelo apoio. Beijos.



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Com uma velocidade inumana eu vi Vincent a minha frente ele segurava meus ombros com força para quebra-los, ele sorria cínico e sujo de terra, com as roupas rasgadas e as armas em suas costas mostrando o sangue mal limpado de batalhas anteriores. O medo tomou conta de minha mente, aqueles olhos maldosos olhando fundo em minha alma faziam com que eu me sentisse uma criança, meus músculos não me obedecessem, não pude ver a reação dos meus amigos, pois meu corpo foi impulsionado com tanta força que só parei ao encontrar o tronco de uma árvore em minhas costas.

Uma dor lancinante subiu pela minha coluna me fazendo o urrar de dor, com muita dificuldade me pus de pé, sem nenhuma arma só tinha a chance de corpo a corpo, minha visão estava embasada pelo medo e pela dor, me controlei e observei a cena em minha frente, Marcos e Jasper seguravam Vincent com uma luta que parecia se passar em câmera lenta. Marcos agora tinha uma espada em mãos, entregando o arco e a aljava de flechas para Jasper, dando tempo para Leo pegar seu soco inglês.

Eu não via Vivian ou Beatrice em lugar nenhum, Vincent era melhor que todos juntos, uma flecha rasante mostrou sua velocidade, ele desviou e ela se fincou em uma árvore atrás de mim, Laura xingou de trás das árvores sua localização tinha sido comprometida. Eu corri cambaleante até a nossa carruagem e puxei minha melhor espada, ela era longa e de prata refinada com aço e um pedaço de meteorito, a empunhei. Consegui me recuperar por completo, e fui para a batalha.

“Eu não ligo para vocês.” Vincent disse fazendo Jasper cair desacordado no chão com um soco no estomago “Eu quero aquele ali!” ele apontou para mim.

“Você terá de passar por nós primeiro. Você matou a minha família, você foi o bárbaro que destruiu minha vila.” Marcos disse entrando entre nós.

“Então você foi o menino que escapou cadê a sua namoradinha ahn?” ele disse sorrindo cinicamente “Eu venho lhe procurando faz anos, você foi o menino que escapou de minhas mãos, você e a menina, eu vou mata-los, e cumprirei o contrato de anos atrás de extinguir por completo a sua etnia.”

E num piscar de olhos Marcos estava estirado entre pedaços de troncos desacordado e ensanguentado, humilhado e destruído como nunca estava antes, ele não tinha força nem mesmo para abrir os olhos, não sei se ele está vivo ou morto, mas não tenho tempo de conferir.

Uma flecha de Jasper fincou em seu ombro fazendo com que a preto ficasse com uma mancha escura, mais escura que suas roupas negras. Ele se virou procurando a origem da flecha como se ela não estivesse em seu ombro causando-lhe dor, encontrou os olhos de Jasper e lançou uma faca de arremesso tirada de debaixo de sua manga que acertou em cheio o braço de Jasper e logo depois outra criou um corte em seu abdômen, impossibilitando que ele continuasse a luta.

“Só falta mais um.” Ele disse roubando o arco de Jasper, e puxando uma flecha de sua aljava.

“Laura!” eu gritei “Saia daí.”

Eu vi seus olhos encontrando os meus enquanto ela não percebeu a velocidade em que a flecha vinha em sua direção, acertando-a em cheio e fazendo com que ela caísse com um baque surdo no chão esverdeado, tornando-o vermelho vivo, eu gritei de ódio, eu gritei de dor pelos meus companheiros machucados, talvez mortos, eu vi os corpos de meus amigos desacordados no chão ensanguentados, eu sentia o ódio borbulhando dentro de mim. Um sentimento despertado depois de anos, o mesmo sentimento de quando eu vi minha família morrer pelas mãos de um assassino.

Eu segurei a espada com mais força e corri para cima daquele homem, eu deixei meu homem de lado e virei um animal, meu ódio fez com que eu ficasse mais forte, eu sentia a adrenalina correndo em minhas veias meu coração palpitava com força, eu sentia a grama macia sobre meus pés descalços, eu sentia o ar batendo em meu rosto, eu sentia os calombos da espada contra a minhas mãos calejadas, meus músculos fazendo força para carrega-la, meu cabelo grudado em minha testa. Eu ouvia o meu próprio grito de ódio enquanto via Vincent sorrindo esperando meu ataque com uma espada negra em mãos.

Eu o ataquei pela esquerda, mas ele se defendeu facilmente dando um passo para trás, me agachei e tentei cortar suas pernas, mas ele pulou se esquivando da lâmina, agora ele me atacou sua lamina passou a milímetros de meu nariz, rodei minha espada e a mirei no estomago de Vincent, mas ele deu um mortal para trás pisando nas águas rasas do rio, me aproximei dele na defensiva, não vi quando sua lamina cortou meu braço direito, troquei a espada de mão e continuei a luta.

Eu ouvi um barulho na clareira não ousei olhar para trás, não podia tirar os olhos de Vincent. Uma enorme árvore cerejeira cobria nossa luta, ela tinha galhos longos e paravam um pouco depois do outro lado da água, suas flores boiavam na água manchada com meu sangue, a paisagem não seria feia se eu não estivesse uma luta, o horizonte era cortado por enormes montanhas cobertas de neve, as árvores grandes e verdes, cheias de flores coloridas refletiam um pouco da luz branca da lua.

Não tinha tempo de observar as belezas do mundo desferi um golpe em seu rosto lhe causando um longo corte de sua orelha até o nariz, ele olhou para mim com ódio.

“Isso vai deixar uma marca bem feia, acho que vou deixar uma em seu rosto também.” Ele disse puxando uma segunda espada.

“Venha.” Eu disse o desafiando.

Suas duas espadas rodavam ao meu redor, eu tinha meus movimentos rápidos bloqueando as espadas o melhor que podia, alguns cortes começaram a surgir em meu corpo, o sangue escorria pelos meus braços, minhas pernas e meu rosto, o rio estava se manchando de vermelho.

A dor não importava agora, eu não sentia mais nada além de ódio, eu parecia um animal em uma caçada sujo de sangue e machucado e com fome de sangue. Desviei de seu último ataque e acertei em cheio as costas do joelho de Vincent criando um longo corte o deixando manco, me afastei dele andando de costas.

Algumas flores brancas que estavam espalhadas pelo rio tinha virado vermelhas, eu não queria saber qual era a situação de meu corpo, eu simplesmente queria continuar lutando até mata-lo, empurrei o cabo de minha espada contra o seu pulso direito, o que o fez urrar de dor e largar uma de suas espadas, estávamos iguais, ele não conseguia mexer o pulso direito e tinha alguns ferimentos.

Ele veio para cima de mim, eu consegui me esquivar de seus golpes e causei sérios cortes em seu abdômen e braços, o sangue escorria pelo seu corpo e cai no rio sendo levado pelo fluxo até que as água ficaram totalmente vermelhas.

Eu ouvi o barulho de dois cavalos, Vivian e Beatrice deviam estar fugindo, isso é o certo a se fazer fugir daqui e não serem mortas, ousei dar uma leve olhada para trás e vi as duas nos cavalos indo para longe.

“Vejo que as duas ali atrás são covardes.”

Ele estava na minha frente com a espada enfiada no meu estomago, ela errou por pouco algum órgão vital estava eu via o fim da lâmina em minhas costas, passou longe da coluna e dos meus órgãos cortou basicamente minha carne, a dor lancinante demorou para vir, que bom que Vivian não estava vendo aquilo, ele puxou a espada me fazendo cair de joelhos de dor, eu pude ouvir aquele grito quebrar o silencio, o olhar de Vincent gostava do que via.

Eu me coloquei de pé com a mão livre em minha ferida tentando impedir o sangramento com uma tentativa falha, o vermelho ficava mais vivo a cada gota de meu sangue e o de Vincent manchavam as puras águas daquele riacho. Eu me sentia mais e mais fraco, mas eu não deixaria aquele homem sair impune, não aqui e não agora, nem que fosse a última coisa que eu faria na minha vida eu o mataria. Mesmo tendo que deixar tudo que um dia eu amei e hoje amo para trás, eu mataria aquele homem, eu veria o corpo desacordado e ensanguentado daquele homem aos meus pés.

Eu me vingaria pelos pais do Marcos, por todas as almas mortas pelas mãos dele, e então levaria sua alma para o inferno junto com a minha, eu empunhei a espada uma última vez.

Ouvi as batidas de meu coração, dizem que quando se está perto da morte a sua vida passa como um flash na frente de seus olhos, eu vi apenas cenas de meus amigos, do dia em que vi minha mãe pela última vez, de meus risos e sorrisos com os mercenários, as partes boas de minha vida, e principalmente de Vivian. Eu escolhi o que queria ver, eu escolhi o meu destino, eu escolhi a morte, eu vou mata-lo, e provavelmente meu corpo não aguentara continuar vivendo, meu coração ira parar de bater.

Eu sentia a espada pesada em minha mão, eu sentia os músculos das minhas pernas fazendo mais força do que o normal para eu conseguir me manter em pé, eu sentia meus pulmões contra as minhas costelas, eu sentia cada órgão de meu corpo funcionar. Eu sentia a dor em meus ossos, eu sentia a morte.


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem e comentem!



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