Fairy Tail: Raven Rises escrita por Newerth En James


Capítulo 5
Passageiro Parte I




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Capitulo 4 – Passageiros.

Luwan já estava a caminho do centro da floresta, essa era uma área imensa e qualquer um poderia se perder facilmente se não mantiver certo cuidado. Ele estava preparado com sua magia emanando por ao redor de seu corpo e seus fiéis companheiros os corvos já sobrevoavam toda a região a sua frente, assim auxiliando em sua busca pela criatura, mas os resultados não eram nada animadores e para completar sua mente navegava em um mar de preocupações, jamais esperava que alguém pudesse atacar a única mulher que fazia o seu coração palpitar tão rápido que mal fosse capaz de contar e que dotava de um sorriso ardente, o que levara o homem, que aos seus lábios tocasse, ao contínuo delírio e ao pecado mortal da alma.

Era quase impossível não derramar lágrimas ao pensar no mal que lhe fizera por sua causa. E se os médicos não conseguissem salvá-la a tempo? Como a sua família reagiria a isso? Pior, como ele suportaria caso isso viesse a acontecer? Essas eram algumas entre milhares de dúvidas que perpetuavam a sua mente naquele momento, mas seja lá como tudo isso pretendia acabar de braços cruzados ele não poderia ficar.

Durante mais algum tempo ele continuou seguindo pela floresta adentro e não demorou em juntar suas palmas em forma de oração dispersando desse jeito sua magia pela natureza ambiente e tão logo medindo a real distância entre ele e o agora seu inimigo mortal. Assim ele planejou mentalmente seus próximos movimentos e levou em consideração às possibilidades de um contra-ataque inimigo, o tempo estava passando cada vez mais vagarosamente e ele ficava cada vez mais próximo de seu alvo até que o mesmo acabou parando, então luwan tomou um espaço considerável dele e o observou durante todo o tempo.

O sujeito começava uma transformação, sua pele se tornava escamosa à medida que os tons de vermelho se espalhavam pelo seu corpo, suas mãos agora cresciam gradativamente na medida em que suas unhas se tornavam como grandes garras afiadas. O seu rosto tomava uma forma plana assim como seu corpo e o seu focinho crescia a medida que sua estatura o fazia, por fim a sua cauda grossa surgia no lugar de seu orifício e desse modo o tornava um completo lagarto.

– Onore! O efeito da transformação já passou tão rápido assim? – Perguntava a ele, olhando para suas patas e garras. – Pelo menos consegui dar um jeito naquela albina, a senhora ficará orgulhosa quando eu voltar para lá e aposto que irá me conceder algum lugar, quando ela e suas aranhas, dominarem esse reino mais uma vez. – Exclama ele, dando uma risada diabólica.

– E quando isso acontecer, ninguém e nem mesmo você Raven, poderá impedir os nossos planos. – Explicava ele, lançando um olhar frio e sereno em direção ao jovem. Ele ficara surpreso ao ouvir suas palavras e principalmente com o fato de ele ter percebido a sua presença, mesmo ele estando a uns 6 metros distância do individuo e tendo escondido sua presença com uma de suas magias secretas.

– Hehe! O que foi Raven? Acreditou mesmo que tomando uma distância considerável, eu não notaria a sua aproximação? Desculpe, mas permita-me lhe dizer uma coisa, você pode tentar esconder a sua presença do inimigo, porém jamais conseguirá esconder completamente o seu cheiro, ainda mais quando o seu inimigo for alguém como eu. –Vociferou ele, esboçando uma expressão de convicção.

– Sério? Então me permita lhe dar a minha humildade opinião. – Dissera Luwan, surgindo por detrás do lagarto com suas mãos envolto de chamas negras e raios violetas, que em seguida desferirá um forte murro com seu punho esquerdo no peito da criatura fazendo-a voar por vários metros do local, batendo com suas costas em cada árvore no trajeto.

A Criatura não parava de murmurar de dor e uma profunda ferida marcou a parte atingida, ele voltou a se levantar e recuperava sua consciência aos poucos.

–O que foi? Está sentindo dor só com isso? – Questionou o moreno, dando um olhar mortal para o sujeito e cuspindo no chão expressando seu nojo desse jeito. – Saiba que isso é pouco comparado ao que a Mira deve estar sentido agora! – Murmurava luwan, avançando velozmente para cima de seu oponente e desferindo uma série de ataques imprevisíveis com os punhos, os joelhos e por final as pernas. Ele se movia tão rápido que os sentidos aguçados do lagarto mal conseguiam acompanha-lo e somado ao rancor que guardara pelo que o mesmo fizera a sua amada, só aumenta ainda mais a força do impacto de seus golpes e ao mesmo tempo despertará aos poucos a sua escuridão interior.

O seu braço direito começará a emanar uma aura de cor roxa com tons mais claros, alguns pelos escuros já estavam a crescer e a sua musculatura ficava mais rígida à medida que as linhas se formavam os definindo, o mesmo processo ocorria com as partes ainda restantes desse lado. Seus cabelos ficaram arrepiados e alongaram-se até a sua cintura, depois disso algumas marcas apareceram em seu rosto e uma intensa luz dourada ofuscou do interior de seus pelos projetando partes de armaduras, estas cobriam quase toda a metade de seu corpo e deixavam apenas pequenas brechas nos joelhos e cotovelos. Ele estendeu seu braço para o alto e abrindo sua mão estava prestes a conjurar a magia proibida.

–Tetragrama: Pergaminho do Abismo: 166 Selos do inferno, Liberar! – Ordenava ele, fazendo um pergaminho se materializar em pleno ar e ao revelar o seu conteúdo, um bando de corvos com a mesma coloração de sua aura saíram de seu interior e se dirigiram aos céus, escurecendo o mesmo e atraindo nuvens trovejantes. Os ventos sopravam com violência pela região e alguns tremores atingiam da floresta ao centro de magnólia.

~~~~~~~~ Centro de Magnólia (Hospital Central)~~~~~~~~

Mira já se encontrava fora de perigo e apenas descansava na cama de seu quarto, muitos de seus amigos e admiradores lhe mandaram presentes que foram deixados em seu armário. Laki repousava sua cabeça na parede e pensava sobre onde seu namorado poderia estar e como deveria estar passando naquele momento. Isso, posto que, outrora havia dito que se encarregaria de notificar a família e os mesmos apenas souberam de seu estado por um comunicado enviado do hospital a sua guilda.

Os tremores logo começaram a balançar toda a estrutura, fazendo a jovem cair de sua cadeira e ir de cara com o chão, lugar por onde se firmou até as ondas cessarem de vez alguns minutos depois. Em seguida ela se levantou devagar e se recompôs olhando para sua amiga, eis que ela se deparou com uma cena que num instante a assustou e a fez ir de encontro ao seu corpo. Ela estava derramando suas lágrimas sem qualquer razão e sussurrando palavras que de tão baixas ela não conseguira ouvir até se aproximar.

–Ra-ven... – Sussurrava a albina, com uma voz delicada e que revelava a fraqueza de seu estado.

Apesar de suas claras palavras a jovem ollieta continuava de mãos atadas, não sabia se contaria o que ouvirá para algum membro de sua guilda, isso, pois no fundo sabia o que eles fariam assim que mencionasse esse nome. Isso é, se ele fosse inocente, pois do contrário, se ele fosse culpado e ela omitisse essa informação, ela poderia ser expulsa e rejeitada por todos que amasse, sem falar nas consequências jurídicas que seus atos trariam a sua pessoa e a todos da guilda.

~~~~~~~~ Em algum lugar na cidade... ~~~~~~

– Ei Lucy, esta sentindo esse cheiro? – Perguntava natsu, enquanto farejava algo estranho no ar.

– Ahh, Não! Os biscoitos que assei para levar a mira-chan. –Dissera ela, com as mãos sobre a cabeça e correndo em direção a cozinha, assim jogando o rosado que havia caído sobre seus fartos seios para o outro lado. Ao abrir a boca do forno ela fora surpreendida com a figura de um gato azulado, cujo focinho estava sujo de carvão, voando em sua direção.

–Happy! Como diabos você foi parar ali dentro? – Perguntava Lucy, indo checar em seguida a bandeja com os biscoitos que outrora havia colocado para assar. Para sua surpresa o lugar estava totalmente vazio e a bandeja brilhava como nova, então uma aura maligna pairou sobre sua cabeça e ela dirigiu um olhar mortal ao bichano.

–Gato! O que você fez com os biscoitos que eu estava preparando? – Questiona ela, com uma voz serena que fez o gato se afastar e ela estalar os seus punhos. – Ande, confesse. – Continuava a loira.

– Socorro Natsu! Lucy está possuída. – berrava ele, voando em direção ao rosado. O mesmo o pegou em seus braços e gargalhou da situação embaraçosa do bichano, mas se calou ao ouvir os passos apertados da loira e sua espinha congelou ao ver seus dedos sendo colocados para fora da cozinha. Então correram para a porta e antes que pudesse terminar de abri-la a loira os havia alcançado, agora ela estava pronta para dar lhes uma punição da qual nunca mais esqueceriam e um pouco antes de aplica-la a porta se abriu fazendo a forte corrente de ar adentrar no ambiente e arremessa-los contra a parede.

Alguns minutos depois os ventos voltaram ao seu curso natural e os jovens que haviam levantado agora recobravam suas consciências quanto ao ocorrido. Natsu agora curioso se aprontou e correu para fora da casa de Lucy, happy o acompanhou em seguida e por ultimo veio à loira que já tinha trancado a porta de sua casa. Os céus em direção ao leste estavam cobertas de nuvens negras que trovejavam os seus relâmpagos roxos e aquele estranho odor de outrora ficava mais forte quanto mais o rosado seguia por essa direção.

~~~~~~~~ Em algum lugar próximo a saída leste da cidade... ~~~~~~~~

Erza, Laxus e a Rainjinshuu seguiam correndo em direção à floresta, um pouco mais atrás estavam Levy e Gajeel que se apressavam para alcança-los. Não demorou muito para Natsu e os outros encontra-los na saída, mas assim que se aproximaram de seus companheiros um raio atingiu uma área bem a frente dos mesmos. Em seguida um círculo pentagrama surge no local atingido e de seu interior emergiram três criaturas, ambas eram mulheres com estaturas físicas diferenciadas de acordo com a idade e elas tinham uma marca de uma raiz desenhada em seus olhos esquerdos.

A Primeira aparentava ser a mais velha do trio, seus olhos eram de cor laranja e seus cabelos brancos e arrepiados, seus seios eram fartos e esta trajava um collant bastante sensual de coloração laranja escuro, que deixava a amostra desde a dobra em seus seios até o seu umbigo. A Segunda aparentava ser bem mais nova que a primeira, seus olhos eram da cor do mel e seus cabelos brancos e arrepiados, esta usava mesmo collant que sua irmão, porém de coloração esmeralda e tinha curvas invejáveis ate mesmo para um modelo. A Terceira era a caçula entre as duas, seus olhos eram amarelados e os seus cabelos brancos e arrepiados, trajava um collant de coloração rosa claro que realça o volume mediano de seus seios. Elas também tinham uma cauda grossa similar a de um lagarto e seus dentes eram como presas afiadas de uma fera.

Os rapazes assistiam a aparição espantados e as mulheres mal conseguiam entender o que estava acontecendo. O trio ainda mantinha os seus olhos fechados e já respiravam fundo percebendo que já não estavam mais em seu mundo.

– Hum, esse lugar tem um cheiro esquisito Jadeth-neesama! – Disse a caçula, farejando a natureza ao seu redor e a todos que a ela compõe nesse momento.

– Tem razão Lily-chin! Percebo que nossa presença atraiu muitos convidados involuntários, mas não consigo sentir o cheiro do sangue sendo derramado. Então não sei distinguir ao certo se isso se trata de uma cerimônia ou do nosso jantar. – Comentou Judith, a segunda mais velha das irmãs, que franziu as suas sobrancelhas em sinal de duvida.

– Bakas! Não é óbvio? Todos esses mortais foram atraídos por aquela tempestade que a ira de Behe-sama criou. – Explicou Yandith, a mais velha das irmãs, como uma voz autoritária e um tom sarcástico.

Aos poucos elas começaram a abrir os seus olhos e logo deram boas gargalhadas do que viam.

– Teme! Do que diabos vocês estão rindo? – Perguntou Natsu, frustrado com a reação do trio.

– Vocês humanos são criaturas surpreendentes. Como diabos uma raça como a de vocês consegue existir sendo tão fracos e ao mesmo tempo tão desprovidos de aparência? – Questionava a mais velha das irmãs, olhando para todos ali presentes com desprezo.

– Ei, veja só isso Laxus, parece que já conhecemos a faladora dentre as três. – Comentava titânia, em um tom de provocação.

– Hai! Minna-san tomem cuidado com elas, lembre-se que ainda não sabemos nada sobre de onde vieram ou o que querem com essa cidade. – Avisou Laxus, olhando com atenciosidade para seus companheiros e retribuindo o olhar para suas inimigas.

Logo os membros da guilda se juntaram aos seus respectivos companheiros e já começavam a se aprontar para o combate.

– Tolos! Acham mesmo que uma existência inferior como a de vocês possa... – Dizia Yudith, mas antes que pudesse completar fora interrompida pelo repentino ataque de titânia que ela facilmente aparou com suas mãos. Todos se surpreenderam com aquela atitude da ruiva, mas no fundo concordaram com suas razões para as mesmas, independente de qual fosse elas.

– Já chega, estou farta desse papo de supremacia racial.– Explicava Erza, lançando um olhar marejado em fúria para a jovem demônio. – Se você acredita mesmo nessa baboseira toda, então aceite meu desafio e eu lhe mostrarei a verdade apagada de seus olhos. – Encerrou ela, tomando um impulso e afastando-se dela antes que os raios que agora emanam de em seu braço lhe pegassem desprevenida.

–Muito bem titânia, eu aceito o seu desafio. – Exclamou Yandith, esboçando um sorriso diabólico em seus lábios.

~~~~~~~~~ (Arredores da Floresta) ~~~~~~~~~

Uma carruagem seguia com cuidado por uma estrada no meio da floresta, trazia em seu interior duas pessoas que discutiam algumas questões importantes e ao observar algumas árvores bloqueando o caminho, o condutor do veículo fora forçado a parar e tal atitude chamou a atenção dos dois passageiros.

– O que houve dessa vez filho? Não me diga que são os arruaceiros de novo. – Dissera o sujeito, sua estatura era alta e não lhe restara mais nenhum cabelo em sua cabeça, trajava seu um típico kimono branco com um casaco preto por cima e tinha uma barba que agora dava até a sua cintura, além de um par de pintas abaixo no nariz e outra próximo as suas sobrancelhas. Este era Jura Neekis que viajava ao lado de Makarov, este trajava uma roupa abotoada de coloração azul com um desenho de flores caindo.

– Perdão, Srº Jura-Sama e Srº Makarov, mas tem algumas árvores caídas bem no meio do caminho e os céus estão cobertos por nuvens negras. Acho que é o nosso dia de azar, pois além de uma estrada bloqueada, ainda temos que lidar com uma tempestade. – Explicou ele, com uma voz trêmula, pois imaginava que eles repreendessem o seu ato ou relatassem o ocorrido ao seu chefe.

– Bem, deixe-me ver se posso fazer alguma coisa. – Anunciou jura, descendo da carruagem e indo em direção as árvores que bloqueavam o trajeto, então planejou a melhor forma de removê-las daquele local e minutos depois finalmente chegou a uma conclusão. Então se aproximou da cena onde o desastre ocorrerá e antes que viesse a utilizar alguma magia, ele olhou para o alto e se espantou ao observar aquela escuridão. Já havia visto aquilo há alguns anos atrás e se permitisse que a situação seguisse por esses rumos, não apenas a cidade estaria arruinada, como muito em breve todo o mundo também estaria.

– Ei Makarov! Venha, precisamos agir depressa e talvez até mais rápido que isso... – Chamou Jura, em um tom de preocupação que fez até o velho sair de dentro da cabine e ir checar o que estava acontecendo.

– Lu-wan...– Murmurou ele, enquanto olhava vagamente para o lado. – Vamos indo jura, não podemos perder mais tempo. – Afirmou Makarov, em seguida partindo para noroeste, que era o lugar de onde aquela fonte de magia negra se propagava.

(Proximidades da Fairy Tail Guild)

Um raio atingira um dos becos próximo a guilda formando um circulo pentagrama na área e de seu interior emerge a figura de uma idosa senhora de baixa estatura, esta trajava uma longa capa preta com capuz e o seu inseparável cetro em forma de serpente feita da madeira mais pura de uma árvore salgueiro. Ela tinha uma cabeleira longa e arrepiada de coloração branca e sua pele era escura como a mais profunda escuridão, os seus orbes eram verdes perolados e por final tinha cauda de espessura grossa similar a de uma cobra.

Logo o interior do cristal incrustado na boca da serpente de seu cetro, ofuscara uma intensa luz violeta e esta a guiará diretamente até a sede da guilda, onde ela encontrará uma esbelta jovem albina de curtos cabelos brancos, seus orbes eram azuis claros e ela trajava um vestido vermelho a altura de suas coxas e um pequeno laço branco e uma gola de coloração rosa, em seus pés calçava uma sandália de cor azul. A albina olhava vagamente para os lados com uma expressão de tristeza.

– Kukuku,parece que hoje é o meu dia de sorte. – Sussurrava a idosa, com um sorriso ambicioso em seus lábios e caminhando lentamente em direção a jovem.

Fim do capitulo 4.


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