O Legado de Lily Potter escrita por O Coração Negro, Lana


Capítulo 28
Capítulo 27 – O pesadelo da vidente.


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde pessoal,

Gostaria de pedir desculpas pela demora. Realmente foi muito tempo em que ficamos sem postar, então, perdõem esse transtorno e espero que gostem do capítulo.

Aguardo a opinião de vocês,
Boa leitura!



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Capítulo 27 – O pesadelo da vidente.

Um trouxa no beco diagonal, simplesmente impossível. Ou deveria ser impossível... O problema é que havia acontecido e bem na minha frente.

Minhas compras no beco diagonal foram destruídas por ter que prestar depoimento, o trouxa foi estuporado e interrogado, mas segundo tudo indicava ele próprio desconhecia como havia penetrado em um lugar que deveria ser impenetrável para trouxas.

Algo estava errado, eu sabia, meu instinto viria a me dizer que isso não permaneceria um caso isolado, apesar de que os funcionários do ministério se esforçassem para procurar e cobrir qualquer falha nas defesas anti-trouxas.

Enquanto prestei depoimento em três seções diferentes tudo que eu podia pensar era que havia algo errado e o que devia ser. Finalmente pude ir para casa e, segundo minha mãe, tentar relaxar e esquecer esse desagradável incidente, porém eu não poderia relaxar, não agora com tudo que havia descoberto e com o trouxa, de alguma forma os assuntos convergiam para Voldemort, porém não conseguia ver a forma.

Escrevi longas cartas narrando o assunto do trouxa e enviei para Hugo, Tabitha, Escórpio, Giovanna e Alexander. As duas últimas me deram um nó na garganta depois de endereçar, seria possível os dois estarem bem? Visto que o lorde das trevas os tinha na mira? Uma parte de mim se lembrou do fato de Alexander estar desaparecido. Bruxos errantes que meu pai havia conseguido para vigiá-lo não puderam encontrá-lo, tampouco os aurores, embora eu achasse que não haviam se esforçado muito.

Bem, o restante das minhas férias foram razoáveis, vi Hugo regularmente, fomos à toca como de costume e tudo ocorrem sem incidentes, mas havia algo no ar, um sentimento de perigo quase palpável, era algo que eu associava ao fato de Voldemort ter voltado. Era um sentimento opressivo de medo, como se a qualquer momento o bruxo das trevas fosse arrombar a porta da minha casa, ou da de meus avôs e matar a todos.

***

O embarque na plataforma foi normal, pelo menos tão normal quanto algo pode ser para um bruxo. Eu atravessei a parede da plataforma nove e meia e me deparei com a locomotiva vermelha que me levaria a Hogwarts para meu segundo ano. Em meio à baderna, eu consegui encontrar Tabitha conversando com Hugo, passei por Rose e Bichento. Olhar para o felino me fez lembrar de meu próprio gato que desapareceu ano passado... Que será que aconteceu ao felpudo? Porém rever meus amigos tirou esses pensamentos de minha mente, nos reunimos em uma cabine vazia ao mesmo que a locomotiva ganhou velocidade e deixamos para trás meus pais e a plataforma.

– Senti a sua falta – dissa para Tabitha. Descobri durante as férias que me corresponder apenas por mensagens não era o bastante, eu sentia saudade da minha amiga.

– E a minha? – perguntou Hugo meio manhoso e emburrado.

– Para eu sentir sua falta teríamos que ficar mais de dois dias sem nos vermos – o cortei, Tabitha deu uma leve risadinha.

– Tiveram boas férias? – Tabitha perguntou enquanto ajeitava os óculos.

– Levemente agradáveis apesar de tudo – disse Hugo meio sem jeito que não teve nenhum problema para se preocupar.

– Escutem... Eu quero compartilhar algo com vocês – contei a eles tudo que havia descoberto e suspeitava, sobre a atual situação de Flamel, minhas teorias desde as mais lógicas as mais mirabolantes.

– Então Voldemort tem outros grupos em outras escolas?! – perguntou Hugo horrorizado.

– E está tentando se tornar imortal outra vez! – disse Tabitha se focando na parte importante.

– Exato, acho... – tomei coragem – que devíamos procurar esses livros por nós mesmos, encontrar antes dele...

– Para ele vir atrás de nós e nos matar? – perguntou Hugo chocado.

– Não, para destruir – revirei os olhos – se Voldemort conseguir algum tipo de imortalidade outra vez que tipo de estragos ele pode fazer? Pense nisso, mesmo poderoso agora ele é derrotável, imagine o bruxo das trevas de todos os tempos se invencível?

Hugo pareceu ter um calafrio, fiquei satisfeita com a idéia.

– Lily e se nos usássemos os livros para exorcizar o bruxo? Pode ter algo lá para recuperar a Arika e terminar com essa guerra antes mesmo de começar! – disse Tabitha, fiquei orgulhosa. A garota era inteligente, não era minha amiga sem motivo.

– Dessa ideia eu gostei! Poderíamos terminar isso de uma vez por todas! É brilhante! – concordei. Passamos grande parte da viagem discutindo como procurar os livros em Hogwarts. pensamentos em procurar algo em “Hogwarts: uma história”, mas isso era apenas o começo, duvidava que tal informação estivesse tão explícita no livro mais lido sobre a história de Hogwarts; iríamos pesquisar em cada livro, cada relato, carta ou pedaço de papel que falasse algo sobre os fundadores que eu pudesse por as mãos.

Foi uma viagem prazerosa, foi reconfortante poder me dirigir para minha segunda casa com dois dos meus melhores amigos. Olhei distraidamente para a janela enquanto Tabitha me falava de estranhos boatos entre os trouxas sobre a magia existir, isso me deixou inquieta, segundo o que ela me contava várias mensagens haviam sido postadas em fóruns e artigos em revistas pouco confiáveis, mas era claro que estava acontecendo um vazamento de informações.

Depois de desembarcamos do trem pegamos as carruagens para Hogwarts, os testrálios agora totalmente visíveis para mim, fizeram com que eu me lembra-se do terrível incidente que assombrou minhas noites de sono durante as férias, fiquei encarando os olhos vermelhos da criatura durante alguns segundos antes de me sentar na carruagem.

O chapéu seletor foi colocado em um banco e cantou a sua musica da seleção seguida pelo costumeiro aviso.

Em tempos antigos, quando eu era novo

E Hogwarts mal havia começado

Os fundadores dessa nobre escola

Achavam que nunca se separariam:

Unidos por um objetivo comum,

Eles tinha a mesma aspiração,

Fazer a melhor escola de magia do mundo

E passaram todo o conhecimento deles.

Juntos nós construímos e ensinamos

Os quatro bons amigos decidiram

E nunca sonharam que eles

Seriam divididos algum dia,

Pois onde poderia haver amigos

Como Slytherin e Gryffindor?

A não ser se fosse o segundo par

De Hufflepuff e Ravenclaw?

Então como pode ter dado tão errado?

Como pode tal amizade falhar?

Bem, eu estava lá e posso contar

Todo o triste, pesaroso conto.

Disse Slytherin 'Nós ensinaremos apenas aqueles

Cujo ancestral é puro'

Disse Ravenclaw 'Nós ensinaremos aqueles

Cuja Inteligência é perfeita'

Disse Gryffindor 'Nós ensinaremos todos aqueles

Com bravos atos em seu nome'

Disse Hufflepuff 'Ensinarei a laia,

E os tratarei como iguais.'

Essas diferenças causaram poucas discussão

Quando pela primeira vez vieram à luz,

Pois cada um dos fundadores tinha

Uma casa em que podiam

Pegar somente o que ele queriam, então,

De início, Slytherin

Pegou somente bruxos de sangue puro

De grande astúcia, que nem a ele,

E apenas aqueles com a mente afiada

Eram ensinados por Ravenclaw

Enquanto os mais bravos e destemidos

Foram com o audacioso Gryffindor.

Boa Hufflepuff, ela pegou o resto,

E ensinou a eles tudo que sabia,

No entanto as casas e seus fundadores

Permaneceram com a amizade firme e verdadeira.

Então Hogwarts trabalhou em harmonia

Por muitos felizes anos

Mas então a discórdia cresceu entre nós

Alimentando nossas falhas e medos.

E as casas, que como quatro pilares

Tinham uma vez segurado nossa escola,

Agora se viraram uma contra a outra,

Divididas, procuravam dominar.

E por um tempo parecia que a escola

Encontraria um fim próximo,

O que com duelos e lutas

E a colisão de amigos com amigos

E então veio a manhã

Em que o velho Slytherin partiu

E então a luta morreu

Ele saiu bem magoado

E nunca, desde os quatros fundadores

Que foram reduzidos a três,

Tiveram as casas unidas

Como elas uma vez foram.

E agora o Chapéu Seletor está aqui

E todos vocês sabem o porquê:

E selecionarei vocês nas casas

Porque é por isso que eu estou aqui,

Mas esse ano eu irei mais longe,

Ouçam atentamente a minha canção:

Mesmo que condenem, eu separarei vocês

Ainda que eu ache isso errado,

Mas eu devo completar meu propósito

E devo dividi-los em quatro todo ano

Ainda eu espero que seja qual for a seleção

Não traga o fim que temo.

Oh, saiba os perigos, leia os sinais,

A história de aviso mostra,

Que nossa Hogwarts está em perigo

De externos, mortais inimigos

E nós devemos nos unir dentro dela

Ou nós iremos nos despedaçar

Eu os falei, eu os avisei...

Agora que a seleção comece.

O banquete de abertura foi realmente magnífico, me sentei próxima a Hugo e Tabitha e como no ano anterior Escórpio e Alexander estavam isolados, atém mais do que o habitual, como se muitos ainda desconfiassem do garoto ser um assassino. Ambos conversavam formalmente o que mostrou que tivessem recuperado a amizade, sorri para Alexander ao mesmo que minhas preocupações sobre ele ter sido morto nas férias desapareciam, o garoto virou a cara. Meu sorriso murchou e me concentrei em meu prato de rosbife.

– Lily, você está bem? – perguntou Hugo.

– Sim – respondi como se nada estivesse errado.

Em outro canto da mesa James tentava chamar a atenção de Giovanna, que o ignorava, e isso me deixou inquieta. A garota sempre gostou muito de James, mas agora ela parecia mais interessada na própria comida, reparei em seus olhos com olheiras e cabelos mal penteados. Ela estava magra, o que me levava a pensar: Que tipo de coisa a pequena vidente estaria vendo em seus sonhos? Esse pensamento me incomodou.

Eu adoraria dizer que após o banquete fui direto para a cama, mas depois da monitora Jasmine nos deixar no dormitório eu esperei ficar sozinha, fitei as chamas até adormecer na confortável poltrona com a cabeça cheia de pensamentos e tive uma noite inquieta.

***

O dia seguinte foi terrível. Córmaco deu o primeiro período e conseguiu acabar com qualquer bom humor de todo aluno, não conseguia entender como alguém como ele pudesse continuar sendo professor.

Porém eu estava ansiosa mesmo para o fim da aula, Tabitha, Hugo e eu planejamos pesquisar sobre os livros dos fundadores, mas encontrar algum material válido se provou realmente difícil. Depois de um mês para separar alguns livros com dicas úteis, descobrimos que os quatro de Hogwarts possuíam uma gama tão vasta de pesquisa acerca de suas vidas que até mesmo suas preferências de comidas poderiam ser encontradas nos livros, e isso claramente não ajudava.

Porém o fato é que devimos pesquisar, pois Voldemort provavelmente já possuía toda informação de que precisava, ou a maior parte dela, e estávamos em uma corrida contra o tempo. Mas onde cada fundador poderia ter escondido seu livro particular de feitiços?

Pensamentos, teorias, ficamos bolando estratégias, me encontrava regularmente com Alvo para o caso de meu irmão ter alguma informação útil, mas era como procurar uma agulha em um palheiro gigante. Alexander permanecia afastado em silêncio, com seus próprios assuntos, às vezes eu me pegava em pensamentos de se devia ou não falar com ele, mas logo me repreendia. Ele que venha até mim.

Giovanna estava cada dia mais misteriosa e não me procurava para contar nada, mas era tão na cara que ela estava tendo uma visão que me dava arrepios imaginar o que poderia ter causado tal mudança na garota. Eu tinha medo de perguntar, existe um ditado trouxa que diz “Não faça perguntas que não irá gostar das respostas” e outro que dizia “Ignorância é uma benção”. Optei pela cautela e planejava esperar que ela mesma me procurasse, porém depois de uma semana completamente caótica em que briguei com James e tive dois tempos de Defesa Contra as Artes das Trevas, coincidentemente encontrei com Giovanna na biblioteca, sentei em sua mesa e ela me olhou assustada.

– Giovanna, você está bem? – perguntei para a garota.

– Sim – ela parecia incomodada e apenas agora pareceu perceber que ficamos sozinhas na biblioteca, ela parecia realmente desconfortável.

– Você teve uma visão? – perguntei segurando na mão dela, muitas pessoas são céticas, porem a garota não havia errado uma ano passado, logo eu não podia deixar de levar as palavras da garota extremamente a sério.

– Não... está tudo bem – ela tentou se afastar de mim e olhei em seus olhos.

– Lily por favor... apenas não...

– O que você viu? – perguntei, então um pensamento sinistro passou pela minha cabeça – É a morte não é?

Ela assentiu com os olhos cheios de lágrimas.

– Quem? – então um segundo pensamento sombrio – James?

– N... não... – respondeu a garota – Eu... eu vi a minha morte... todas as noites.

– Giovanna... – eu comecei, mas não soube o que dizer, poderia falar algo como “Foi só um pesadelo”, mas se tratando dela não é bem o caso. Engoli em seco – Tudo vai ficar bem, talvez possamos fazer algo... podemos perguntar a alguém... talvez a professora Sibila...

– Lily você não entendeu, eu vi que vou morrer. Uma fera com garras iria arrancar o coração do meu peito – respondeu ela, que chorava em silêncio. E eu a abracei – Foi terrível.

– Giovanna, te prometo fazer o que estiver ao meu alcance para te ajudar, tem que ter algo – eu completei contando a história da profecia de meu pai com o Lorde das trevas, que no fim significava que “um ter que morrer pela mão do outro” significava que a morte de meu pai pelas mãos de Voldemort, serviria apenas para destruir o próprio bruxo das trevas. Isso a acalmou – E se você não morrer? Não vale apena ficar se martirizando por isso e esquecer de viver. Ao dizer isso lembrei quando meu pai nos contou sobre o espelho de Ojesed.

– Lily, eu vou morrer, você não entende. Todas as videntes tem vida curta, minha antepassada e da professora Sibila, Cassandra, viveu apenas até os 25. Dizem que esse dom vem com o fardo... Meu relógio é uma contagem regressiva para o dia de minha morte. Eu vou morrer Lily, simples assim.


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