Ele me beija suavemente e sussurra no meu ouvido:

– Eu te amo muito, me desculpe por isso você merecia algo melhor.

– Eu também te amo e você é a melhor coisa que eu já tive na minha vida

Marcamos a próxima consulta para verificar a saúde do bebê e para sabermos como devemos prosseguir daqui pra frente.

Voltamos para casa sem dizer nenhuma palavra, mas alegria de Peeta era notável.

Chegamos a casa e Peeta vai para o banho, pois ainda está sujo pelo ocorrido na floresta.

Eu fico lá embaixo e como alguma coisa, talvez não seja uma ideia tão ruim ter essa criança. Subo as escadas sorrindo imaginando como seria nosso filho.

Quando eu estou chegando ao quarto olho para o lado e vejo a porta do quarto de Prim entreaberta, meus músculos estremecem, meus olhos se enchem de lágrimas a dor da perda de minha irmã volta com tamanha força como naquele dia que vi minha irmã pegar fogo na minha frente.

Entro no quarto dela, o qual não entro a mais de doze anos, o quarto ainda tem seu cheiro, vejo suas coisas guardadas no mesmo lugar de sempre, parece que ela nunca saiu dali, me deito em sua cama as lágrimas rolam com mais rapidez.

Não, não posso ter aquela criança, nunca vou pode a proteger, vou falhar mais uma vez como fiz com a minha irmã,

Tudo ao meu redor escurece e a cena da morte de Prim passa repetidamente em minha cabeça. E como deixei- a morrer na minha frente, como não consegui chegar a tempo, como falhei.

Então escuto a voz de Peeta me chamando ao longe e tento ao máximo voltar para quarto, voltar para realidade, a voz de Peeta vai se tornando mais perto e a cena vai se desfazendo, abro meus olhos e Peeta está La me olhando preocupado.

E de repente eu lembro que Peeta jamais deixaria eu tirar aquela criança, mesmo que fosse para não feri-la mais tarde, ele jamais deixaria.

Então um pensamento insano passa pela minha cabeça: “Tenho que acabar com isso, e para isso tenho que me afastar de Peeta”